Quase comecei a rir quando vi a expressão de choque nos rostos do Cullen, bem, te todos menos o de Alice, ela estava sorrindo.

 “Do que você está falando, Bella?” Carlisle tentou salvar sua situação.

 “Por favor, Carlisle, é obvio, vocês são vampiros.”

 “Bella, você caiu e bateu a cabeça muito forte?” Emmett disse com uma risada nervosa.

 “Eu estou errada, Emmett? Então vocês não brilham no sol? Ou tem sentidos muito melhores do que os de um humano?”

 “Como você descobriu?” Esme não tentou esconder a verdade.

 “Eu sempre soube.” Ela arregalou os olhos.

 “E mesmo assim você andou conosco? Uma pessoa normal teria saído correndo e gritando.”

 “Sei que posso confiar em vocês, afinal, vão vegetarianos.”

 “Você andou nos espionando?!” Rosalie gritou.

 “Não, mas você entrou no meu quarto no dia em que nos conhecemos.” Não havia dúvidas de que fora Rosalie. Ela arregalou os olhos.

 “Como você.. mas você é só uma humana! Como sabe dessas coisas?”

 “Simples, eu não sou uma humana normal.” Comecei hesitante.

 “O que você quer dizer?” Edward perguntou.

 “O que vocês sabem sobre mitologia grega?”

 “Você se refere a Zeus, Poseidon e Hades?” Emmett respondeu e trovões soaram não muito longe daqui.

 “Por favor, Emmett, nomes são poderosos, não os pronuncie em vão, principalmente quando eu estiver perto.” Adverti. “Mas vocês tem uma noção básica, o que os deuses costumavam fazer quando vinham a terra?”

 “Tinham filhos com mortais.” Carlisle disse. Eu o encarei por alguns segundos e esclarecimento brilhou em seus olhos.

 “O que está acontecendo aqui?” Emmett perguntou, ele pode ser tão obtuso às vezes.  

 “Emmett, ela é uma filha de Poseidon.” Carlisle respondeu.

 “Será que os dois enlouqueceram?! Deuses não existem!” Rosalie gritou, sério, qual é o problema dela?

 “Isso é um pouco hipócrita, Rosalie, por que vampiros podem existir e deuses não?” Há, peguei em um ponto fraco.

 “Tudo bem, prove.” Ela disse.

 Soltei um longo assovio e o som de batidas no chão pode ser ouvido.

 “O que você fez?” Ela perguntou. Corremos para fora de casa a tempo de ver a senhora Sra. O'Leary saindo da floresta. Assim que ela me viu ela veio até mim, me jogando no chão para lamber o meu rosto. Comecei a rir.

 “Sra. O'Leary, junto!” Ela saiu de cima de mim. Ela deve ter finalmente notado os Cullens, porque começou a latir a rosnar. “Ei, está tudo bem, garota.” Eu disse enquanto acariciava seu pelo. Os latidos pararam, mas ela não parecia contente.

 “O que é isso?” Edward perguntou.

 “Essa é a Senhora O’Leary, ela é o único cão infernal dócil.”

 Aos poucos a Sra. O’Leray se acostumou com o fato de que os vampiros não eram maus e deixou que eles a acariciassem.

 “Edward, qual o problema?” Perguntei enquanto me sentava ao seu lado na varanda.

 “Você mentiu.” Ele disse simplesmente.

 “Não, eu não menti, mas eu também não saio por ai falando ‘Oi, meu nome é Bella e caso você não saiba sou filha do antigo deus grego dos mares.’ A maioria teria mandado me internar.” Ele tentou suprimir um sorriso, mas eu vi as pontas de seus lábios se curvando para cima.

 “E não é como se você tivesse contado que é um vampiro.”

 “Tudo bem, trégua.” Ele sorriu. “Bella, desde o primeiro dia que eu te vi... você me mudou, meu mundo está mais cheio de vida. Eu...” Ele começou, atrapalhado e hesitante, quase com medo.

 “Edward?”

 “Sim?”

 “Cale a boca e me beije logo.” A próxima coisa que percebi, era que seus lábios estavam nos meus.