ANNABETH CHASE

Até a hora do almoço, eu tinha suportado bem a situação. No começo foi legal entrar na escola e perceber que todos olhavam para mim, e pela primeira vez, eu gostei de receber um olhar um de desprezo de Rachel, porque no fundo eu sabia que ela sentia inveja e raiva.  Havia posters com meu rosto na cidade interia, eu tinha dançando uma musica romantica com Percy, e agora eu era o cenrto das atenções na escola. Isso no minimo a fazia querer voar no meu pescoço.

Mas eu sabia que Rachel tinha sido criada para ser bem educada, então eu esperava que ela preferisse manter as aparencias do que fazer um barraco comigo. Mas no fundo eu estava perdida, o prazer que eu sentia com aquela atenção tinha prazo de validade e já estava vencido. E para completar Thalia tinha faltado na escola, resumindo eu estava sozinha.

Não tinha certeza se eu devia me sentar com Percy no almoço, que não haviamos nós falado desde o baile e isso foi a três dias atras. Hoje trocamos algumas palavras, conversamos um pouco...
 - Como se sente sendo ocentro das atenções? - eele perguntou parado perto do meu armario.
 - É um pouco assustador, mas também é uma sensação boa... por enquanto. - eu dissee, pegando meus livros no armario.
 - Hum.. então.. como foi seu fim de semana? - ele perguntou.
 - Foi bom. Normal -  MENTIRA!! dormi três dias com a janela aberta, correndo o risco de ser assaltada, ou assassinada, esperando que você aparecesse. Mas você NÃO apareceu! - Thalia, Jason e eu, com sorvete e vendo Friends...
 - Bom também. Fique com meus amigos também. Agora estou ajudando Beckendorf com um carro que ele está montando um carro. - ele disse.
 - Um carro? Isso deve ser muito legal - eu disse. Ele não disse mais nada. Eu também não.
- Tenho que ir para minha aula, tchau - ele disse e saiu apressado, sem nem olhar para trás.
 - Tchau - eu respondi, mas ele já estava longe.
Ele não comentou nada sobre o baile, eu também não, E ficamos nisso. Mas eu me lembrava do que ele havia me dito no baile, de quando ele cantou para mim...
Pela primeira vez eu recebi 5 convites para me juntar com alguém no almoço. Geralmente todos me ignoravam, e além disso,   3 pessoas diferentes tinham se oferecido para fazer dupla de quimica comigo, isso nunca tinha acontecido antes, mas o mais incrivel foi quando uma das lideres de torcida perguntou se eu queria ser uma delas.
Eu, lider de torcida. Ok, não vamos forçar a barra. Recusei o mais educadamente possivel. Mas eu queria que Thalia estivesse comigo, assim correriamos para o banheiro e ficariamos riando até passar mal, com essa historia.
Parecia que eu só tinha duas opções na hora do almoço: ou eu comia do lado de fora sozinha, ou me sentava com Clarisse, mas ela não estava com uma cara muito amigavel, então prefeiri me sentar do lado de fora, na grama, com sol, acho que final das contas escolhi certo. Agora todos podiam falar de mim, sem se incomodar se eu estava perto ou não.

PERCY JACKSON
 - Qual é o problema dela? - disse Nico. - Um monte de gente a convida para sentar, e ela prefere ir comer lá fora? Fala serio.
Eu só podia ver o cabelo loiro de Annabeth preso com um rabo-de-cavalo, não seu rosto. Eu não sabia se ela estava assustada, triste ou confusa. Mas como estamos falando de Annabeth, era possivel que ela estivesse sentindo tudo isso mesmo.
Eu ainda me sentia um grande idiota pela conversa de mais cedo. Quando eu a vi chegar, eu estava decido a falar com ela sobre o baile, mas eu  percebi que todos olhavam para ela, isso matou um pouco minha coragem, então eu ouvi as coisas que falavam sobre ela, boas e ruins, matou mais um pouco, e eu via o modo como ela andava, decidida, confiante, um pouco seria... sei lá, quando finalmente comecei a falar com ela, já tinha perdido toda a coragem de falar sobre o baile.
Fiquei durante três dias rondando o predio dela, pensando se devia ou não  dar uma de Edward, como sempre, e subir pela escada de incendio seguindo caminho para o quarto dela. Não o fiz.
Eu não sabia o que estava acontecendo comigo. Toda vez que eu sentia vontade de ir atras dela, essa vontade se esvaia, as vezes sem motivo, as vezes com motivos demais. Era como se um parte do meu cerebro estivesse com medo de sguir em frente, com medo de dar tudo errado de novo, que talvez dessa vez nenhum de nós tivesse força para correr atrás, ou talvez começasse a pensar que talvez não valesse tanto assim a pena fazer tudo isso por alguém. Mas ela era Annabeth, eu sabia que ela valia a pena.
Agora ela estava ali, do lado de fora almoçando sozinha. Parecia o momento perfeito para falar com ela. Me levantei, mas Beckendprf segurou meu braço.
 - Que foi? - perguntei.
 - Olha lá - ele apontou para onde Annabeth estava, e de primeira não vi nada. Mas era para Annabeth que ele apontava, era para quem estava se aproximando dela.
La vinha ele, com calça social preta e com blazer da mesa cor usando uma camisa azul-claro sem gravata, nem parecia um universitario, ele usava gel no cabelo que dava um ar de quem acabou de sair do banho e sorria como se fosse protagonista de uma propagando de pasta de dente. Sim, sim, parem de babar, era Luke.
 - Percy, posso te perguntar uma coisa? - disse Nico em um tom serio de voz
 - O que?
 - Você sabe qual é a marca do gel que Luke usa? - ele disse, ainda com tom serio de voz, e parei por um tempo, tentando descobrir se ele estava tirando mesmo uma com a minha cara, ou se ele só era idiota mesmo.
Era a segunda opção. Enfim, Luke andava confiante e sorridente na direção de Annbeth,  e é claro que eu não gostei daquilo, eu não gostava dele, e eu já tinha avisado Annabeth sobre ele.
 - Nico, você lembra quando disse que ia pegar algumas informações sobre ele? Luke, eu quero dizer - perguntei.
 - Eu sei, eu devia ter incluido a marca do gel de cabelo..tsc tsc - Nico disse.
 - Não é disso que estou falando. Quero saber se você conseguiu.
 - Acho que deve estar lá em casa... ou será que eu joguei fora?
 - Jogou fora?
 - Eu não sei, você não estava mais com a sabidinha ali, pensei que seria inutil. Vou procurar em casa, fica frio - ele disse com um tom irritantemente desprocupado.
 - Preciso que você ache e rapido.
Ele sentou do lado e começou a conversar, e eu não podia nem fazer a leitura labial da conversa, já que os dois estava de costas para mim. Então os dois se levantaram e sairam. Simplesmente assim. Sem mais nada, sem explicações.
 - Ela não fez isso - eu disse a mim mesmo.
 - Sim, Percy, ela fez - Nico respondeu.
 - Nico, cala a boca - disse Beckendorf lendo meus pensamentos.
Como assim? Para onde eles iam? Como que Annabeth era capaz de sair da escola acompanhada com Luke? Não era nem hora da saida! E o que eu podia fazer para impedi-la?

ANNABETH CHASE
Eu me sentia mal por ter esquecido que tinha prometido falar com Luke hoje de manhã, antes de ir para a escola, então ele veio atras de mim na hora do almoço. E lá estava eu subindo na moto dele, sem fazer ideia de onde ele ia me levar ou o que ele falar. Eu confiava em Luke. Eu não evitar isso, algo me dizia que eu podia confiar nele sem medo. Pode até parecer egoista/idiota/metido o que eu vou falar agora, mas eu sabia que ele gostava de mim, e talvez eu soubesse que ele gostasse de mim o bastante para não me decepcionar.
Nossa eu realmente falei isso? Pareceu tão vulgar na minha mente... me odiei  por isso. 
Ainda tinhamos pouca mais de 30 minutos, antes que o almoço acabasse, Luke não me levou muito longe da escola. Aproveitei para respirar um pouco, me sentir um pouco mais livre.
 - Pode ir mais rapido? - pedi.
 - Claro - ele acelerou a moto, e isso me deu uma otima sensação. Era uma dose de adrenalina em pequena quantidade, que fazia muito bem ao meu organismo.
Ele estacionou a moto algumas quadras distante da escola, em uma cafeteria. Pegamos uma mesa do lado de fora e fizemos nosso pedido, eu só quria um cookie e Luke pediu um café. Enquanto esperavamos, ficamos em um estranho silencio, olhando para rua, para o movimento ao nosso redor. Parei para reparar em Luke, ele continuava lindo como sempre...
 - Vou para a Irlanda - ele disse subitamente.
 - Irlanda? - eu repeti. - Fazer o que lá? Por que? Quando? Irlanda?
 - Zeus vai fechar um negocio lá.  Ele quer quer um grupo de estagiarios de diferentes areas vá para a Irlanda, para ver como as coisas funcionam... - ele disse, nosso pedido chegou, mas eu já não queria mais comer o cookie. As gotas de chocolates perderam o encanto.
 - Por quanto tempo? - perguntei.
 - Não sei ao certo - ele disse. - Pode ser de duas semanas á um mês.
 - Um mês? Você vai ficar um mês na Irlanda?! - eu não conseguia acreditar. Eu não sabia porque eu estava tão surpressa e irritada com isso. Eu só sabia que eu não queria que Luke fosse para a Irlanda.
 - Tem um motivo para eu te contar isso. Eu quero que você.... pense... sobre nós. Nesse meio tempo. Eu não vou estar aqui, então você não vai estar pressionada. Não estou falando que você tem que escolher entre mim e Percy. Só queria que você começasse a refletir... E quando eu voltar, eu vou respeitar sua decisão. Se você quiser, podemos até falar para Zeus que nós terminamos.
 - Mas isso não vai te afetar no trabalho? Quero dizer, não que eu não te ache capaz, mas Zeus só não te deu esse estagio porque você era meu "namorado"?
  - Acho que Zeus gosta de mim. Talvez que ele fique triste se nós terminarmos, mas acho que ele supera.
 - Espera, vamos terminar antes de você viajar ou depois?- perguntei.
 - O que você acha melhor? Depois? Eu acho melhor depois.
 - É claro que você acha....
 - Tem mais uma coisa... Eu queria passar um tempo com você antes de eu partir - ele disse.
Não evitei. Comecei a rir da cara dele.
 - O que? Por que você está rindo?
 - O jeito que você falou isso. "... antes de eu partir" - imitei a voz dele. - Pareceu um clichê de um filme de romance antigo...
 - Primeiro: eu não falo desse jeito, segundo: muitas garotas gostam do meu jeito de falar; terceiro: você é linda quando está rindo de mim. - ele disse isso do jeito mais fofo do mundo, que quase me fez derreter. - E então?
 - Ok Luke, eu adoraria passar um tempo com você antes de você partir - eu disse por fim.


Amo Percy.  De verdade. Mas as vezes tenho vontade de jogar laxante dentro do copo dele. Tipo nesse momento. Por que? Ele simplesmente me dedurou para o Sr. D. E aparentimente é proibido sair das dependencias da escola durante o almoço, ou a qualquer momento, sem o consentimento de um professor e seu responsavel.
 - Você está falando serio? - eu disse incredula. Eu estava na sala dele, de pé irritada, com o Sr. D na minha frente, fumando um charuto com uma garrafa de vinho na mesa jogando truco online.
 - Bem serio Mary-Elizabeth - ele disse sem olhar para mim.
 - Annabeth.. Ah! Por que eu ainda tento?! Por que é proibido sair?
- Você já percebeu que os filhos das pessoas mais ricas do pais estudam aqui? É nossa obrigação protege-los; dar um porto seguro onde eles não se sintam ameaçados - Sr. D disse.
 - Você está lendo isso no nesse folheto sobre um abrigo de animais!! - eu disse apontando para o folheto em cima da mesa dele.
 - Tanta faz, dá na mesma - ele disse. - Enfim, você vai ficar de castigo por isso.
 - Castigo? O que é isso? A primeira serie? Qual é a droga do castigo? - perguntei.
 - Não faço ideia. Vá perguntar a Quiron, ele é quem cuida dessa coisas chatas - ele disse. - E anda logo, cai fora daqui.
Esse cara era meu gentil, educado e sensivel diretor. Nossa, que cara legal!
Sai da sala dele, e a primeira pessoa que eu encontei foi Percy. Ele estava do lado outro lado do corredor, encostado na parede. Me senti uma idiota quando meu coração começou a fazer sua dança da alegria ao ver Percy, porque eu ainda estava com raiva dele.
 - Você....! - eu disse indo em sua direção.
Comecei a bater nele, comecei socando seu peito, então ele se curvou para se proteger e eu então dei tapas nas suas costas.
 - Ai, ai ai! Annabeth para com isso, ai para, por favor, ai para, - ele pedia. 
Ele cansou de pedir, em um movimento rapido, ele me colocou contra a parede segurando meus braços. Percebi como ele era forte, e o quão fraca eu era perto dele. Me senti indefesa, mas ainda com raiva, então me debati um pouco para ver se ele me soltava.
 - Para com isso Annabeth - ele disse, e dessa fez ele estava serio. Sabe quando você está fazendo alguma coisa errada, e seu pai manda você parar, com um tom assustadoramente serio, e você no mesmo segundo? Foi bem  isso que aconteceu.
 - Você contou para o Sr. D! - eu disse. - Por que? Como pôde?
 - Precisei - ele disse. - Já te falei tantas vezes para tomar cuidado com esse cara... 
 - Eu confio nele. E Zeus também.
 - Sim. claro, e Zeus é obviamente a pessoa mais honesta do mundo e por isso você deve confiar no julgamento dele em relação as pessoas - ele disse, no mais puro sarcasmo.
Me senti como alguém tivesse me estapeado. Ele percebeu. E me soltou.
 - Me desculpe - ele disse, provavelmente envergonhado.
 - Não importa o que pensa sobre ele. Zeus é da minha familia, e eu não vou admitir que você que você fale desse jeito - eu disse, era minha vez de ser seria.
 - Já pedi desculpas. Mas duvido que Zeus saiba tudo sobre Luke.
 - Ninguém sabe tudo sobre Luke. Nem sobre mim, ou você. 
 - Ok, mas não gosto de te ver com ele. - ele disse olhando nos meus olhos. - Quantas vezes vou ter que te dizer isso?
 - De novo Percy? Quantas vezes vamos ter que ficar repassando esse filme? 
 - Quantas vezes acha que vai precisar para entender? - ele retrucou.
 - Ah!! Ta bom, Percy. Só que eu sou livre para ir onde eu quiser com quem eu quiser.
 - Só não com ele.
Eu já estava de saco cheio daquilo e então comecei a andar.  - Otimo Percy, você não precisa mais se preocupar com Luke então! Porque ele vai passar um mês na Irlanda e quando ele voltar, vamos terminar nosso namoro falso para Zeus!! Ou não... FELIZ AGORA? - eu disse.
Percy me beijou. Um beijo bem animado. Que como sempre,fez meu espirito se elevar ao céu.
 - Mais do que feliz - ele disse sorrindo.
 - Sai daqui, não te perdoei por ter me dedurado para o Sr. D! - eu disse, mas tenho certeza que a frase não chegou me perto do efeito que eu queria.
 - Te vejo mais tarde sabidinha - ele disse, deu um beijo no meu rosto e saiu;
Como eu consegue isso? Tinhamos voltado? Aquele garoto mexia com a minha mente do como que nenhuma droga nesse mundo conseguira. Por mais que eu tentasse me apegar a razão, para fazer as coisas direito, ele tinha o poder de me tirar so serio, conseguir com que faça e sinta coisas que fogem totalmente da logica. E eu amava tudo isso.