PERCY JACKSON

Seu eu queria saber? Sim, claro.

Eu queria muito saber como que Annabeth tinha conseguido entrar na GHS, eu sabia que Thalia era neta de um cara rico e tal e que tinha condições de estudar lá.Mas Annie?

 - Acho que elas roubaram um banco - disse Nico enquanto acendia um cigarro, dentro da oficial de Beckendorf.

 - Se essa merda de cigarro expludir minha oficina, eu te mato - disse Beckendorf se jogando na sua poltrona oficial. Já que a ofinal era dele, o lugar mais legal tinha que ser dele também, nada mais justo.

 - Vai se ferrar Beckendorf - respondeu Nico, parado perto da janela.

Ele não fumava sempre, só as vezes para fazer pose, para impresionar alguma garotas. O problema é que não tinha garota nenhuma lá, a oficina de Beckendorf era praticamente nossa quartel-general,e umadas regras principais, era que garotas não entravam lá. Fizemos essa regra quando tinhamos 10 anos e garotas eram um coisa estranha, chata e que cheirava bem.

 - Elas não roubaram um banco, idiota - eu disse para Nico, parado na frente da mesa de sinuca que ficava nos fundos.

 - Como você sabe Percy? - perguntou Grover jogando um taco para mim e ficandocom o outro.

 - Grover, você sinceramente, você consegue ver a Annabeth roubando alguma coisa? - eu perguntei.

Ele parou para pensar e respondeu : - É verdade.... Alias, é dificil imaginar Annabeth fazendo qualquer coisa que fosse errada... Ela é tão...

 - Irritantemente certinha -completou Nico, fazendo circulos com a fumaça do cigarro que saia da sua boca.

 - Eu gosto dela... gosto disso nela.As vezes irrita, mas na maioria das vezes é legal, me ajuda a não fazer coisas erradas.

 - Eu acho isso uma grande merda - disse Nico, e nós três olhamos para ele, que estava  muito ocupado admirando sei o que pela janela.

 - O que? - eu disse.

 - Eu acho isso uma grande merda - repetiu Nico - Primeiro de tudo, as certinhas são as piores. Segundo você mudou pra caralho desde conheceu ela, antes você saia com seus amigos, iamos pra festas, enchiamos a cara, ficavamos doidões, faziamos coisas idiotas e não nos importavamos com isso. Então você conheceu ela, e mudou. Você não mais em festa nenhuma, e não passa tempo nenhum com a droga dos seus melhores amigos. A loirinha vai embora por duas semanas e parece que leva sua alma junto, quando ela volta, você assim, certinho também. Odeio gente certinha, são todas tão hipocritas... Preferia quando você estava com Rachel... pelo menos você era o antigo Percy.... - ele disse tudo de uma vezes, as vezes alterado, as vezes calmo, e cada palavra me atingiu como um soco no estomago.

Olhei para Grover e Beckendorf, queimediatamente desviaram o olhar de mim.

 - É verdade, eu mudei tanto assim? - eu perguntei.

Eram tantos pensamentos e lembranças sobre Annabeth, que as lembranças com meus amigos estavam enterradas. E eu as dessenterrei, Nico estava certo, eu não costumava a ser sim. Claro, eu tinha a cabeça mais no lugar do que ele, mas também fazia coisas como beber e ficar doidão. Eu tinha esquecido que esse "eu"...

Talvez eu tenho mudado sim,mas e dai? Mudei para melhor.

 - Um pouco... você mudou... um pouco - disse Grover sem olhar para mim, olhava para as bolas coloridas que estavam em cima da mesa de sinuca.

 - Mas isso não é ruim, você mudou para melhor - disse Beckendorf, mas eu não senti nem um pouco de confiança em sua voz.

 - Nós prometemos que esse ia ser o melhor ano da nossas vidas - lembrou Nico, agora olhando para nós. - E não estou afim de ver isso estragado por causa de uma garota qualquer.

  - Ela não é uma garota qualquer! - eu disse, juntando toda a calma que eu tinha dentro de mim. - Eu gosto dela. Muito. Eu a amo.

 - Você só tem 16 anos, não sabe nada sobre amor! Serio, o que você sabe sobre ela?

 - Um monte de coisas - eu respondi. Eu estava me segurando para não brigar com Nico, ele estava chateado por eu ter me distanciado, ele tinha razão em estar assim.

 - Cor preferida?

 - É... hum... rosa - chutei. Todas garotas gostam de rosa.

 - Você chutou. - disse Nico, jogando uma bituca de cigarro pela janela.

 - Ok, outra pergunta - eu pedi.

 - Dia do aniversario dela - perguntou Beckendorf.

 - É dia... dia..., merda, Não sei - admiti.

 - Nome completo? -perguntou Grover.

 - Annabeth Alguma-Coisa Chase.

 - "Alguma-Coisa" não vale - disse Nico. - Ou sabe ou não.

 - Os pais dela fazem o que? 

 - Puts, eu sabia essa... olha, eu sei a profissão do pai dela, é que eu esqueci, mas eu sei.

 -Ta bom, e a mãe dela? 

 - Morreu quando ela era criança.

 - Morreu? - repetiu Grover.

 - É quando ela tinha 5 anos, e desde então ela é criada pelo pai. É por isso que ela é certinha, quando você não tem alguém para cuidar de você  toda hora, e você tem que tomar suas decisões sozinho, e é melhor que ela sempre sejam as certas - depois que eu disse isso, o assunto morreu. Nico continuou de cara fechada, Grover jogou mal, acho que de proposito, e Beckendorf se perdeu debaixo de um carro velho.

Foi uma droga perceber que eu sabia tão pouco sobre Annabeth, porque eu tinha certeza que ela sabia bastante sobre mim.

Eu continuava querendo saber como Annabeth tinha conseguido entrar na Goode High School, mas eu tinha medo que ela ficavasse  brava, pensando que eu estava invando a privacidade dela, e acabassemos brigando.

ANNABETH CHASE.

Estou sentada na borda da pista de skate , que na verdade é uma piscina, grande, só que sem água, e toda grafitada por dentro.

Jason dá algumas voltas, até parar do meu lado.

 - Uniforme legal - ele tira uma coma minha cara.

 - Hematoma legal - eu retruco vendo o hematoma, que agora estava quase invisivel, mas eu tinha certez que já esteve bem pior, no seu queixo.

 - Skatista. Uma profissão perigosa - ele disse, brincando com as rodinhas.

 - Primeiro, ser skatista não é uma profissão. Segundo, não foi  andando de skate que você conseguiu isso.

 - Thalia te contou né? - ele disse com um ar de derrotado,e irritado.

 - Claro que contou. O que vocês tem na cabeça? Brigar? Porque?

 - O idiota do cara quevocê chama de namorado, enfiou naquela cabeça oca dele que eu gosto de você mais do que amiga - ele disse irritado.

 - Então vocês decidiram resolver isso na base do tapa? Parabéns, vocês dois são seres de mentes não evoluidas.

 - Já foi, ta bom? Aconteceu, e já acabou - ele disse.

 - Ta bom - eu disse aborrecida.

Ficamos em silêncio. Ele mexia nas rodinhas do skate, e eu olhava para a piscina e balançava os pés.

Então olho para ele. Vejo que ele está olhando para mim.

 - Que foi? - pergunto.

 - Nada - ele disse, voltando sua atenção para o skate de novo.

  - Hum-hum, ta bom - eu falei, cetica.

 Jason se virou para mim mais uma vez.

E dessa vez, o que aconteceu, aconteceu tão rapido, eu nem consegui impedir.

Jason me puxou e me beijou. Mas não foi um beijo qualquer,  foi intenso e forte, e já que ele era mais forte do que eu, não consegui me separar dele.

Jason me beijou.

De novo.

Droga.

Ele se afastou, tantpo eu quanto ele estavamos sem ar.

 - É, eu não gosto de você - ele afirmou.

 - Que bom - eu disse, com pouco ar. - Porque agora sim Percy vai ter algum motivo para socar sua cara.

 - Eu sei - ele disse.

 - Fizemos de novo! Eu não acredito que nos beijamos de novo! Puta merda. No dia em que volto a namorar o cara dos meus sonhos, o cara que amo, meu melhor amigo me beija.

 - Calma. Já disse que não gosto de você daquele jeito. Não se preocupa.

 - Não se preocupa? Como você fala isso? Percy vai te matar e depois vai terminar comigo!!

 - Ele não vai terminar com você. - ele afirmou.

 - Como você sabe?

 - Vou dar um jeito nisso.

Eu odiava o modo como meu coração ainda batia acelerado por causa do beijo. Droga, droga, droga. 

Mais uma vez, silêncio. Meus animos se acalmavam aos poucos.

 - Eu gosto de você Annie - ele disse calmo.

 - Como amiga - eu completei, rezando para estar certa.

 - É. Mas já pensei que fosse algo mais. 

 - Mas não é, certo?

 -Certo. Não é.

 - Droga Jason. Você é meu melhor amigo. Não devia ter me beijado.

 - Relaxa.

 Isso mesmo Annie, relaxa, você já perdeu seu namorado mesmo. Agora relaxa.

 Sinti meu celular tocar.

 - Alô

 - Annabeth, querida - disse Zeus do outro lado da linha. - Desculpe, mas não não poder ir almoçar com você.

 - Tudo bem.

 - Uma reunião de ultima hora.

 - Tudo bem.

 - Mas eu ainda quero te ver - ele disse. - Mas tarde eu te ligo.

 - Tudo bem.

 - Esta mesmo tudo bem?

Não.

 - Sim. Até mais tarde - e desligo.

 - Zeus? - Jason pergunta.

- Sim. Já vou - eu disse, levantando.

 - Tchau - disse Jason levantando também.

Eu o baraço e vou até o carro.

 - Bora pra minha casa Argos.Zeus cancelou o almoço - eu disse quando entrei.E acrescentei mentalmente: E Percy vai terminar comigo,  e matar Jason.

Thalia já estava irritada.

 - Annabeth, sai dai - ela disse.

No segundoa dia de aula, eu tinha faltado. Passei a manhã inteira debaixo do ededrom no meu quarto e não pretendia sair tão cedo.

 - Não. - eu respondi.

 - O que aconteceu? - ela perguntou.

- Nada.

 - Beleza. Acredito muito em você. - ela disse sarcastica. - Ou você sai dai, ou eu vou tacar fogo nessa cama.

 - Tudo bem - eu disse.

 - Percy passou o dia inteiro perguntado sobre você, e eu tenho certeza que deve ter uma dewz mensagens dele gravadas no telefone da cozinha.

 - Eu sei. Eu ouvi - eu disse, me revirando na cama, sem descobrir a cabeça.

 - Annabeth, você vai morrer sem ar ai debaixo - disse Thalia.

 - Tanto faz - Percy vai terminar comigo quando descobrir que Jason me beijou, e Thalia vai me matar.

 - Percy está preocupado com você, bobona.

 - Percy vai me odiar - ei cochichei para mim mesma.

 - O que? - Thalia perguntou confusa, mas a campanhia tocou e ela foi ver o que era.

Eu não queria nunca mais sair de debaixo daquele ededrom.

Thalia voltou rapido.

 - Que historia é essa? Percy o que?

 - Percy vai me odiar quando descobrir o que aconteceu?

 - E o que aconteceu?

 - Você vai me odiar também - eu disse, e apesar de não ver Thalia por estar coma cabeça coberta, eu sabia que sua expressão não devia ser nada boa.

 - Sai dai!!!!!!! - ela disse.

 - Não.

 - Annabeth, sai dai - dessa vez, não Thalia. Era Percy.

 - Não. - eu disse, quase sem voz.

 - Ta bom então, se você não vai sair. Eu vou entrar - ele disse.

Ele puxou o ededrom com forçae deitou na minha cama do meu lado, e se cobriu.

Ficamos nos encarando, sem dizer nada.

 - Jason me contou o que aconteceu - ele disse, e eu não conseguia sentir nadaem sua voz, nem raiva, nem compreensão.

Eu tentava ler seus olhos, mas eles também não diziam nada.

 - Você me odeia? Vai terminar comigo? - eu perguntou, já sabendo a resposta obvia.