Eu tentava ajeitar tudo que Thalia tinha me contado na minha cabeça. Mas parecia tudo tão torto e errado que não se encaixava.

Ela contou sobre as festas que Nico a levava, sempre festas grandiosas e luxuosas, algo totalmente comum para Nico, mas totalmente facisnante para Thalia.

E é claro, tinha tudo que rolava entre ela e Nico depois de nem-sei-quantos copos de tequila, vokda e sei lá mais o que tinha lá para beber e para fumar.

– Thalia... você e Nico...? - perguntei sabendo que que não precisava terminar.

– Creio que não.

– O que quer dizer com "creio" que não?

– Annabeth, você é um anjo boa e correta, então vou explicar, quando você fica bebedo as vezes, na maioria das vezes na verdade, você não se lembra do que fez na noite anterior. - ela disse e me fez sentir como eu fosse um freira inocente. - Tem vezes que ainda não descobri como cheguei em casa.

– Então você pode ter dormido com ele e nem faz ideia disso?! - perguntei, pronta para mata-la.

– Annie, eu não fiz isso okay? Não me dê mais motivos para sentir culpa, já tenho o bastante.

– Mas como você pode ter certeza?! E se você pegou alguma doença? Ou está gravida?!

– Annie relaxa, ok? Não estou gravida porque não dormi com ele. Você é minha melhor amiga, tem que confiar em mim.

– Tudo bem, eu confio.

Thalia deu um soco no meu ombro e eu nunca pensei que me sentiria tão feliz em sentir aquele leve dor no ombro. Aquilo queria dizer que minha amiga estava de volta. Então era um bom momento para falar com ela sobre um assunto que estava me dando muita dor de cabeça.

– Thalia, eu queria contar a verdade para Percy - eu comecei em forma de comentario.

– Verdade sobre o que?

– Tudo. Sobre Zeus sabe.

– Eu bebo e você que fica bebada! Tá louca? Nico nunca mais vai querer olhar na minha cara.

– Quando Percy descobrir tudo ele também não vai querer olhar na minha.

– Então ficamos as duas sem namorados, tristes e daqui a 30 anos vamos estar gordas , feias, masl vestidas, com 15 gatos cada uma. É isso que você quer?

– Não!

– Então não conte a verdade.

– Thalia, se ele tem qu saber que seja por mim.

– Quem disse que ele tem de saber?

– Thalia...

– Ok! Quem disse que ele tem que saber agora?

– Uma hora ele vai ter que saber! Cedo ou tarde.

– Quando mais tarde melhor, já disse um grande pensador.

– Quem?

– Eu.

– Thalia!

– Vamos fazer o seguinte. Eu conto para Nico primeiro, esta bem?

– Quando?

– Quando a coragem aparecer.

– Que será...?

Ela se sentou hereta, parecendo pensativa e disse: - Não sei, não me sinto nem um pouco corajosa para fazer isso.

Depois disso o assunto morreu. Eu sabia que continuassem, acabriamos brigando e nem eu, nem ela queriamos isso. Então ficamos em silencio vendo as crianças brincar.Até que um homem se apoximou de nós. - Com licença, meninas - ele disse.

– Eu sou um fotografo, de uma revista nova. Eu estava observando vocês de longe e eu gostaria de saber se vocês se importariam de ser fotografadas?

– Você não é nenhum tarado que vai fazer montagens com nossas fotos, certo? - perguntei.

– Hum... não. Não sou.

– Como vamos ter certeza? Minha mãe sempre diz para nunca posar para fotos a pedido de estranhos.

– Tenho certeza que ela não fala isso - ele disse.

– É, você está certo, ela não fala. Ah! Por que não? São só algumas fotos

– Por mim tudo bem - eu respondi.

PERCY JACKSON

Comecei a mastigar as panquecas bem lentamente, para ter tempo em arranjar alguma coisa para dizer para Rachel.

– Hã... então... hum... Já experimentou esas panquecas? Cara, são otimas! - foi tudo que eu consegui dizer.

Eu poderia ser groso e não dar atenção a ela, como fiz quando terminei nosso namoro. Mas naquela epoca eu estava sendo movido pela chama da paixão que eu sentia por Annabeth. Agora essa chama estava abalada. Ainda existia, mas estava abalada.

– Eu esperava uma resposta assim - disse Rachel, dando atenção ao seu novo copo de suco.

– Rachel, eu gostaria de dizer que sinto memso e que poderia ser tudo lindo e flores, mas não posso. É de Annabeth que eu gosto.

– Okay, é sua escolha, sinta-se a vondade para arrepender-se dela a qualquer momento - ela disse, com a voz mais triste.

Então levantou da mesa antes que eu falasse qualquer coisa. Eu sabia que se continuasse falando, as coisas só iam piorar, mas eu não podia deixar ela sair assim.

Ela foi seguindo em direção as piscisnas e então ela caiu dentro de uma delas. Mas não foi uma queda normal, seu corpo estava mole demais ao cair na água. Imediatamente levantei e corri até a piscisna contando mentalmente quando tempos ela estava debaixo da água. Era tempo demais. Eu já sabia o que estava acontecendo.

Pulei dentro da piscisna e vi o corpo de Rachel sem movimento, de olhos fechados. Existe tantos lugares para cair desamaida, ela tinha que cair na piscisna?

Peguei seu corpo e o tirei da piscisna. Ela não estava respirando.

– Rachel... - eu chamei. - Vamos acorda! Rachel... - dei leves tapas em seu rosto, mas nada.

Eu só podia fazer uma coisa.

Respiração boca a boca.

Ela demorou menos de 5 segundos para responder. Mas eu não esperava que ela fizesse o que fez.

Quando nossas bocas estavam juntas, ela segurou meu rosto e começou a me beijar.

Minha mente gritava: Nãããããããããããããããããããããããããããããooooo!!

Mas meu corpo correspondeu muito bem ao beijo. Um beijo longo, intenso e ... ( droga) bom.

Finalmente nos separamos. Foi mais ao menos na mesma hora que eu ouvi uma bandeja caindo no chão.

– Rachel!

– Vai dizer que não gostou?

– Droga, Rachel! - eu disse de olhos fechados tentando me concetrar.

Olhei na direção que ouvi as bandejas e vi Jason Grace, irmão da Thalia me dando uma olhar de condenação que sabia que merecia.

Meus Deus! Thalia. Será que ela tinha visto?

Acho que não. caso contrario eu estaria sendo estragulado por ela agora.

Me afastei de Rachel e fui na direção de Jason.

– Jason, eu posso explicar - eu comecei.

Jason deu um soco no meu rosto. Um soco forte, que me deixou meio abalado por algum tempo.

– Hum... tudo bem.. hã... acho que mereci isso... - eu disse.

– Annnabeth não merece isso - ele disse.

– Eu sei! Eu sei! Mas não como você pensa!

– Eu penso que você estava beijando sua ex-namorada, sendo que você namora a Annie agora. Pensei errado?

– Hã... não. Sim! Não! Sim e não!

– Sim e não?

– Não e sim? - tentei.

– Annabeth é muito melhor do que isso. Ela merece muito mais do que um namorado riquinho que que fica traindo ela.

- Não é bem assim, eu não trai ela!

– Você estava beijando outra. Qual é nome disso além de traição?

– Ela me beijou!

– Aquele beijo teve muita contribuição sua. Muita.

– Não conte para ela. Annabeth.

– Eu não ia contar. Eu não vou querer ver ela chorar por sua causa.

– Obrigado - eu disse.

– Mas eu espero que você seja homem o bastante para contar. - ele disse.

– Eu... vou contar. - eu disse.

Talvez eu estivesse mentindo. talvez eu realmente não contasse para Annabeth sobre o beijo. Ela não precisava saber. Era só ter cuidado para que não se repetisse, e não teria problema, certo?