Uma semana atrás.

_ Oi Pattie – sorri a abraçando

_ Oi querida

_ Como você está? – sorri

_ Estou ótima – ele sentou-se a minha frente e de repente fitou algo atrás de mim, na escada.

Eu virei me e vi o Justin sem camisa descendo as escadas com uma menina loira, tudo bem, eu falei para ele viver mais a vida dele, mas não com aquela meninas, aliás acho que falei, mas não era sério, aquela menina era a Ariana, ela sorriu irônica para mim e eu senti meus olhos marejarem.

_ Tchau Pattie – lhe dei um beijo na bochecha e saí

Ela conseguiu, ela simplesmente conseguiu acabar comigo, como sempre quis.

_ Anny – ouvi a voz rouca atrás de mim enquanto eu passava pelo jardim – eu, eu posso te explicar

_ Porque me explicar? – suspirei o olhando - Foi eu mesmo quem falou para você viver sua vida, lembra? – voltei a andar com passos longos

_ Mas eu quero – ele segurou em meu braço

_ Eu já disse que não precisa – falei vendo a cobra de cabelos loiros da porta – vai lá com essa vadia, vai Justin, VAI VIVER SUA VIDA – gritei – ela já conseguiu acabar com o resto do que restava de mim – sussurrei deixando uma lágrima descer pelo meu rosto.

_ Você chamou quem de vadia? – a Ariana falou empurrando o Justin me dando uma tapa no rosto

_ Você sua cobra – cuspi as palavras a encarando.

_ Então, saiba que essa vadia aqui é a atual namorada do Justin – ela me olhou rindo de lado

Meu mundo simplesmente desabou, mas sei lá né, ele que seja feliz da forma dele.

_ Então sejam feliz vocês dois, imbecis – os olhei e senti, dessa vez senti um soco em meu rosto me fazendo cair, ela cravou as unhas em meu pescoço, e as puxou com toda vontade

_ Não faz isso – o Justin a segurou e veio em minha direção

_ Ou você vai com sua amiguinha que não pode te dar nada, ou fica aqui comigo, que posso fazer todas as suas vontades – ela sorriu maliciosa e ele parou de andar sussurrando um “sinto muito”.

Levantei-me e voltei para casa, me tranquei ali e a única coisa que eu queria era sumir.

Enquanto ao que aconteceu com o Ryan eu prefiro não lembrar, eu tento o máximo não lembrar de coisas da França.

_ Anny, não tem cama para você – o Christian me olhou com um olhar triste

_ Eu durmo no chão – dei de ombros analisando o quarto dele – o seu quarto costumava ser mais amigável Chris.

_ Eu sei, mas cada sábado é uma coisa diferente - ele riu

_ Porque você decidiu vir? – a Tay perguntou

_ Eu estava com medo – sorri sem graça

_ Medo de que? – o Chris perguntou rindo

_ Eu estava só em casa né, as portas começaram a bater e aquela foto digna de capa de revista não contribuiu muito. – falei e eles riram

_ Então, já que tá aqui, vai ter que jogar – o Charles falou rindo

_ Ah não – fiz bico

_ Vai, é só fazer uma roda, o jogo de agora é só ficar de costas um para o outro ouvindo os sons e os efeitos que o Chris colocou. Se gritar ou se assustar tem de pagar uma consequência – a Tay explicou

Ela ficou perto da porta, o Chris perto de uma ponta da cama, eu em cima da cama, Justin de frente para a mesinha do computador e o Charles de frente para a porta do banheiro.

Começaram uns gritos, depois vários barulhos, eu estava realmente com medo, depois começaram as imagens, quanta criatividade em, de repente surgiu um grito com uma mulher cheia de coisas no rosto, o que me fez gritar e cair da cama.

_ AAAAAAAAAH – sem querer me joguei pra trás, tapando os olhos e caindo no colo de alguém

_ AAAAAAAAH – O Justin gritou junto – QUE COISA! – ele gritou quando eu abri os olhos

_ Me... Me desculpa – levantei-me

_ Logo dois de uma vez – a Tay falou virando-se – qual é a consequência Chris?

_ Hm, não tem nenhuma para dois juntos – o Chaz falou – então vamos maneirar, vocês precisarão... conversar, sei lá né, faz tempo que isso não aconteceu

_ Concordo – o Chris falou – e só vão sair do quarto quando conversarem, ou uns 15 minutos depois – o Christian falou

_ Já sei, porque não dar uma consequência pra cada? – sugeri e o Justin me olhou

_ Nada disso, e se agente ouvir briga eu coloco na seção terror por mais 15 minutos – o Chris riu e saíram do quarto.

Estava bastante silêncio no quarto.

_ É PRA CONVERSAR – a Tayany gritou e começaram a surgir umas imagens nas paredes e no teto

_ OK AGENTE CONVERSA, PARA COM ISSO – eu gritava desesperada, quase chorando.

Passou um tempinho e preferi puxar assunto

_ Então, está totalmente recuperado? – perguntei

_ Não muito, mas se talvez você me ouvir talvez eu fique bem melhor – ele me olhou

_ Diga – falei encostando-me na cama o olhando sentado na cadeira

_ Porque você parou de falar comigo? Você não é mais a mesma – ele me olhou

_ Eu sou a mesma pessoa, eu só gosto de respeitar os limites dos outros.

_ E porque esse limite é tão distante de mim?

_ Você está com a Ariana, e eu aposto que ela nunca iria me querer perto de você, da mesma forma que... – parei de falar – em fim, como você se sentiu quando abriu os olhos? – perguntei tentando mudar de assuntos.

_ Apesar de ter mudado totalmente de assunto vou responder – ele engoliu seco – na ultima vez que você foi ao hospital, eu conseguia ouvir tudo, você foi embora e eu com um enorme esforço abri os olhos, eu ainda vi você saindo do quarto, eu tentei falar, mas foi totalmente inútil, eu senti que tudo havia acabado naquele momento, eu tentei seguir seu conselho, todos os dias durante um mês era uma diferente, menos nos sábados porque tem esses jogos aqui, eu tentei viver minha vida, mas eu sei e você sabe que minha vida, minha vida boa é com... – o interrompi

_ Não fala isso – falei rápido