Harry acordou cedo no dia seguinte. Antes de Gina. Aquela fora a melhor noite de sua vida. Nunca iria esquecê-la. Ficou velando o sono de sua amada por um tempo. Como ela era linda. Sua menina, sua mulher. Com seus cabelos ruivos e sedosos, olhos azuis profundos, pele macia e cheirosa, seus doces e irresistíveis lábios, ela lhe encantava.

Harry ficou ali parado, apenas admirando-a. De repente, seus olhos se desviaram para a mesa de cabeceira. Ele assustou-se, quase pulando da confortável cama. Pegou rapidamente seus óculos para ver se estava vendo direito, e estava.

O relógio em cima da mesa de cabeceira marcava que eram 6h21m. Daqui a pouco os alunos iriam acordar e iriam os ver assim, com a aparecia de 18 anos, quer dizer, ele com a aparência de 18 anos e ela com a de 17 anos.

— Gina! – chamou ele, aflito. Mas em resposta ela pegou o travesseiro, virou de lado e o pos em sua cabeça. – Gina, meu amor, acorde! – pediu mais uma vez. – Gina, são 6h25. Os alunos vão acordar. – suplicou Harry. Gina acordou na mesma hora.

— O que está esperando? Ande logo! – apressou-o Gina, já catando suas roupas. Mas Harry ficou parado pensando, e concordou com sua idéia. Enquanto Gina ainda corria apressada pelo quarto. – Minha calcinha, minha calcinha… Harry! Você viu minha calcinha? – perguntou e logo em seguida corou.

— Embaixo da minha calça. – respondeu ele ainda distraído. Mas ao ver uma coisa, sorriu. Ele amava aquela sala. – Quer tomar um banho, meu amor? Eu te espero. – perguntou ele nada inocente.

— Ok. Eu vou, mas você vai me esperar, ou vai ser castrado depois. – ela falou ameaçadora, mas com um sorrisinho de canto no rosto.

— Sem problemas. – ele respondeu levantando as mãos. De forma que dissesse: Eu me rendo.

Gina terminou de catar suas roupas e foi para a porta que apareceu no quarto. Harry pegou a coisa que a sala o tinha dado, e a transfigurou. Agora, em sua mão, estava um lindo anel de noivado dentro de sua caixinha. A caixinha era uma roxa de veludo, parecido com azul marinho. E o anel...

Ele era de ouro com um diamante em seu topo. Lindo.

Não era um de verdade, era transfigurado. Mas logo, fugiria para Hogsmeade e compraria um verdadeiro.

Nesse momento, Gina sai do banheiro. E por pouco não viu o anel, Harry o tinha escondido rapidamente. Gina saiu do banheiro enxugando os cabelos, incrível sua rapidez.

— Vamos Harry. Eles vão acordar e não nos ver. – ela falou jogando a toalha no chão e indo pra porta, já com o cabelo seco.

— Peraí – pediu.

Ele andou até ela e a puxou até o meio do quarto. Quando chegou ao meio do quarto, se ajoelhou enfrente a ela e estendeu o lindo anel dentro de sua caixinha, falando:

— Ginevra Molly Weasley, aceita se casar comigo?

Gina estava em estado de choque, Harry não parava de surpreende-la, primeiro aquela ideia de voltar no tempo, depois aquela noite maravilhosa e agora isso. Enquanto olhava nos olhos de seu amor viu ali que se não aceitasse aquele pedido não seria verdadeiramente feliz com mais ninguém.

Harry já estava entrando em desespero pela demora de Gina em responder, mas logo toda sua aflição passou quando Gina respondeu com lágrimas nos olhos:

— Isso é tudo o que eu mais quero!

Ela pulou no colo de Harry, quase derrubando os dois tamanho era a sua felicidade. A Alegria de Harry não ficava atrás, mas ele soube se controlar. Tirou o lindo anel da caixa e colocou no dedo anelar direito dela.

— Esse ainda não é o verdadeiro, mas assim que der eu vou correndo em Hogsmeade comprar o verdadeiro. – Harry falou depois de dar um beijinho no anel e logo depois na boca de Gina. – Espero que não se importe.

— Harry, eu aceitaria me casar com você mesmo que o anel fosse aquele com bala em cima. – ela falou. Já estava com voz embargada, queriam que aquele momento durasse para sempre. Mas infelizmente tinham que chegar no dormitório e tomar a poção.

Eles se beijam mais uma vez, e saem da Sala Precisa abraçados. Não tinha quase ninguém no corredor, e quando passava alguém eles se escondiam atrás de alguma estatua e esperavam a pessoa estar no outro corredor. Em alguns instantes estavam dentro do Salao Comunal, á que não era muito longe da Sala Precisa. Eles se despediram e cada um foi para seu quarto, silenciosamente.

Gina chegou em seu quarto, e foi rapidamente para sua mesa de cabeceira ao lado da cama. Ela procurava desesperadamente a poção que Hermione havia preparado para eles. Até que finalmente ela achou o vidrinho com a poção. Bebeu rapidamente, e conseguiu evitar os gemidos de dor ao sentir seus ossos encolhendo-se.

A situação com Harry também não era diferente. Alguns gemidos de dor que não conseguia evitar saíam fracos, bem baixinhos. Quando terminou de se transformar, ele deitou bem debaixo de suas cobertas quentinhas.

Aos poucos os futuros Marotos e as meninas iam se levantando. Tiago e Sirius pareciam estar muito animados. Até demais, mas o pessoal não sabia o porque. Harry até tinha uma leve idéia, só não sabia o que aquela dupla iria aprontar.

— O que vocês vão aprontar? – perguntou Gina, verbalizando os pensamentos de Harry, o fazendo dar um leve sorriso. – Bom dia, Henry, - ela deu um sorrisinho doce, que lhe foi retribuído. – Hermione, Reinald, Tiago, Sirius, Pedro, Lily, Marlene e Alice… Ufa! – exclamou ela ao terminar de citar o nome de todos ali.

— Bom dia, Gina. – disseram todos, mas em ritmos e momentos diferentes. Harry permanecia com um sorriso feliz e animado no rosto, algumas vezes conseguia disfarçar, mas algumas vezes, apenas escapulia.

Eles foram, em meio a conversas, andando à caminho do Salão Principal. Lilian e Tiago conseguiam não brigar, o garoto havia por incrível que pareça, pedido desculpas por azarar seu amigo e feito um pedido de amizade. E ela havia aceitado com um lindo sorriso. Ao chegarem ao Salão Principal, foram direto para a mesa da Grifinória.

— Hm, eu vou falar com o Sev. Depois eu volto. – Lily falou assim que viu o amigo em sua nova mesa, ele estava a olhando. Parecia triste.

O pessoal apenas balançou a cabeça, Tiago e Sirius tinham assentido de má vontade, ainda não gostavam dele, do “Sev”.

Severo havia acordado meio pra baixo naquele dia. Sua melhor amiga, e amada, estava em uma casa inimiga da dele. Ele não se sentia muito bem em se separar dela, ela era a sua única amiga. E a manha pra ele só piorou no café da manha. Ela havia chegado ao Salao Principal, tinha feito novos amigos, ela parecia feliz, estava rindo. Ela com certeza vai se esquecer de mim. Pensou ele. Afinal, quem se importaria de ser meu amigo? Um mestiço. Seus pensamentos se perderam quando viram ela sorrindo vindo em sua direção.

— Oi, Sev. – cumprimentou-o ela, ainda sorrindo. Seu sorriso era lindo, radiante. Severo imediatamente foi tomado por uma imensa alegria, ele pensou que ela não iria mais falar com ele, mas ali estava ela lhe provando o contrario. Lilian sempre o surpreendia.

— Oi, Lilian. Fez novos amigos, foi? – perguntou sarcástico, um brilho de magoa passou nos olhos de Lilian, mas ela o superou.

— Fiz, ele são muito legais. Mas ainda vamos ser amigos, certo? – perguntou ela apreensiva.

— Claro. – ele respondeu com um meio sorriso.

Harry, sabendo que aquele era Severo, se aproximou. Ele, Severo, era com certeza o sonserino mais corajoso que já existiu. E Harry o admirava muito.

— Olá, você deve ser o “Sev” que a Lily tanto falou desde ontem. Prazer sou Henry Peverell. – ele falou com um sorriso gentil, e estendendo a mão.

— Severo Snape. – Severo falou com um aceno de cabeça, mas com um sorriso de canto, quase imperceptível. A idéia de Lilian ter falado dele para os novos amigos, o alegrava.

— Bom, - começou Harry sem graça, ele havia recusado seu cumprimento. – vou voltar pra mesa da Grifinoria, Lily, se quiser, pode ficar. Eu aviso os outros. Bom dia, Severo.

Com mais um aceno de cabeça como resposta, Harry voltou para a mesa, onde Tiago e Sirius estavam cochichando. Com certeza aquilo era suspeito.

— O que vocês vão aprontar? – perguntou Harry com um sorriso maroto herdado do pai.

— Quem? Nós? Nós não vamos aprontar nada. – respondeu Sirius se fingindo de ofendido, meio dramático até, ele estava com a mão no peito.

— Sei… Você finge que fala a verdade, e eu finjo que acredito. – rebateu Harry, ainda desconfiado, enquanto bebia seu suco de abobora.

— Olha só, Tiago, ele está desconfiando de nós. – falou Sirius teatralmente.

— Nós somos dois santos, não é, Sirius?

— Com toda certeza, meu caro amigo. Mais santos do que agente impossível!

— Sei... – Harry falou olhando para eles, desconfiado. – Só pesso que não mexam com o Severo.

— Nós não íamos mexer com ele mesmo... – falou Tiago com a voz fininha, e dando de ombro. A cena fez com que Harry desse um leve sorriso, aquela era uma cena única, que ele nunca pensou que veria. Seu pai e seu padrinho, juntos novamente, agindo feito criança...

Seus pensamentos foram interrompidos por uma forte explosão, quer dizer, pra ele fora uma forte explosão. Tão logo a explosão passou, o Salão Principal prorrompeu em risadas. O motivo, era simplesmente, que o cabelo de um certo moreno estava roxo fluorescente. Mas esse não era um moreno qualquer, esse moreno, era filho de um maroto, e como um bom filho de maroto, ia retrucar na mesma moeda. Afinal, ele sabia quem fora o infeliz, alias, os infelizes, que fizeram isso com ele.

— Confundus. – sussurrou Harry, em meio aquele alvoroço. Ele lançou primeiramente em Sirius, logo depois em Tiago, fazendo cada um, beber um gole do que restou de seu suco de abobora.

Mais duas explosões se seguiram, se antes os alunos estavam rindo, riram mais ainda agora. Um moreno de olhos avelãs estava com o cabelo verde limão, e um moreno de olhos azuis estava com o cabelo rosa pink.

McGonagall, já não suportando tudo aquilo, se levantou de sua cadeira na mesa dos professores, e marchou em direção ao trio “colorido”. Tiago e Sirius olhavam um pro outro e começavam a rir, nem parecia que sabiam que os cabelos deles estavam de outra cor também. Assim que McGonagall chegou à mesa de sua casa, as risadas cessaram rapidamente. Ela ao chegar perto do trio liberou sua fúria:

— O que foi que aconteceu aqui?

— Acho que já sabe tia Mimi, então não precisa ficar perguntando. – falou Sirius despreocupado. Lily, ainda na mesa da Sonserina mesmo recebendo olhares tortos, os olhou com a sobrancelha erguida. Quem aquele ser acha que é para tratar um professor dessa maneira? Esse era o pensamento que passava na cabeça da garota.

— Deixa eu responder professora. – pediu Harry, olhando atravessado para Sirius, mesmo contendo uma ponta de divertimento em sua voz e em seus olhos. – Nós estávamos conversando, e eu tomei meu suco de abobora normalmente, mas ai, depois teve a explosão e meu cabelo ficou roxo. E como eu sabia que foram esses dois que fizeram isso, pois estavam estranhos desde o dormitório, eu apenas os fiz provar da mesma moeda. – explicou calmamente o moreno mais velho.

— Eu entendi que o movimento do senhor Peverell foi à legítima defesa, mas mesmo assim, o senhor atacou um aluno, mesmo que tenha sido uma pequena brincadeira... – começou Minerva docemente, assustando o resto do pessoal no salão, nunca tinham visto Minerva ser doce com ninguém! – E deverá pagar as conseqüências da brincadeira, e revanche junto com eles. Caso vocês, Senhores Potter e Black, não tenham entendido vocês três estão de detenção. Hoje, depois do jantar, na minha sala, e sem falta. Se não, eu venho buscá-los pelas orelhas aqui no salão ou onde quer que estejam. – saiu sendo mais ameaçadora que de costume.