Naquele dia, Gina resolveu mesmo contar a Hermione e Rony que estava noiva, e ainda de Harry Potter. Assim que acordou, - já transformada com a poção – Gina foi imediatamente acordar Hermione.

Hermione dormia em sua, serena. Parecia um anjo. Seu cabelo armado presos em uma trança, sua camisola branca de seda, apesar do modelo não ser lá muito indecente, era... Certinho, discreto. Em seu rosto ela tinha um leve sorriso, como se estivesse sonhando com algo muito bom. Sua mão estava uma dela embaixo do travesseiro e a outra encolhida em sua barriga. Estava tão calma e serena que dava pena de se acordar ela.

- Mione. – chamou Gina. Ela passava a mão em cabelo e sussurrava seu nome. – Mione... Hermione. – chamava. Até que funcionou.

- Que foi Gina? – perguntou Hermione, ainda sonolenta se sentando na cama. – Que horas são?

- São 5:45 da manha.

- E pra que você me acordou a essa hora? Eu estou cansada. – ela disse. Seus olhos mal conseguiam se manter abertos. Sua boca se abria em um demorado e cansado bocejo.

- Eu preciso falar com você, urgente! – respondeu a ruiva.

- Não pode ficar para quando eu acordar direito, não? – perguntou Hermione, já escorregando na cama e voltando a dormir.

- Não. Vem logo! Por favor. - Pediu Gina.

- Ok, ok. – disse Hermione. – Deixa só eu me trocar, ok? – ela pediu se levantando e lentamente caminhando para o guarda roupa e para o banheiro logo em seguida.

- Anda logo que é importante.

- Ok.

Depois de finalmente 15 minutos Hermione saiu do banheiro. Ela já tinha vestido seu uniforme e parecia pronta para ir a aula. Os cabelos menos armados que o normal e um cheiro delicioso desprendia de sua pele.

- O que quer falar comigo? – ela perguntou, se sentando em sua cama de frente para Gina.

- Aqui não. Aqui podem escutar. Vamos para a Sala Precisa. Vem. – disse Gina, puxando Hermione para fora do quarto. E depois, para fora do quadro da Mulher Gorda.

Elas caminhavam um pouco em silencio, com Gina ainda puxando Hermione junto dela. Até que chegaram enfrente tapeçaria. Gina largou a mão de Hermione e passou 3 vezes na frente da tapeçaria. Uma porta de madeira apareceu e as meninas entraram.

- O que você quer Gina? – perguntou Hermione.

- Apenas contar uma coisa. – os olhos de Gina brilhavam expressando sua alegria.

- Então conte logo criatura de Merlin! – exclamou Hermione, irritada.

- Eu estou noiva! – contou ela, feliz da vida. Hermione por sua vez abriu a boca e arregalou os olhos.

- C-Como?

- Eu. Estou. Noiva. – repetiu Gina lentamente, seu sorriso ainda maior.

- Gina... – chamou Hermione, lentamente. – Me conte essa historia direito. – pediu.

- Ok. Foi assim...

Gina contou tudo nos últimos detalhes. Como se sentiu, como foi, como aquilo era bom, até que chegou na ultima parte.

- E ai quando eu sai do banheiro ele veio até mim, se ajoelhou e pediu. Ahhhhhh – gritou ela, animada. – Mione, aquele foi o melhor dia da minha vida. – ela sorriu.

- Que bom amiga. Se você esta feliz com isso... – Hermione deu de ombro. Gostava de ver sua amiga feliz e se ela estava feliz, quem era ela pra fazer tal julgação? – Já contou pro Rony? Acho que ele vai surtar.

- Ainda não, mas também acho.

As meninas ficaram conversando por mais um tempo na Sala Precisa.

Depois de tanto conversarem, já era à hora do café da manha. Elas foram andando pelos imensos corredores de Hogwarts, apenas conversando. Até que escutaram uma conversa:

- Mas Sev...

- Não Lily! Eu não quero, entenda isso!

- Por favor. – suplicou ela. Era a primeira vez que ele a negava alguma coisa. – Você viu! Henry gostou de você, não te tratou mal. Aposto como os outros não vão ligar... Por favor.

Quando Severo ia responder, Gina interrompe:

- O que houve? – perguntou ela.

- Eu to pedindo para ele se sentar à mesa conosco, mas ele não quer. – gemeu Lily, inconsolável. Ela queria estar perto de seus novos amigos e seu melhor amigo ao mesmo tempo.

- Sente-se conosco Severo. – disse Hermione, suavemente. – Tenho certeza que os outros não vão ligar. Tiago e Sirius podem relutar, mas acho que aceitam.

- Não! Eu já disse que não! Grifinória e Sonserina não combinam! Eu não vou pra lá!

- Ah, qual é Snape? – irritou-se Gina. – Ou você senta a porcaria da bunda na mesa da Grifinória ou eu vou te azarar tanto que você vai parar no St. Mungus!

- Olha aqui, Wastnnoy, - agora que se irritou foi Severo. – só porque é Grifinória não significa que pode mandar nos outros!

- Eu não acho isso. Apenas acho que você poderia se divertir um pouco conosco. – defendeu-se a ruiva. – Nem todos os Grifinórios são ruins. – ela disse, se lembrando do futuro de Pettigrew. Ela, igual ao resto, realmente esperava que eles conseguissem mudar o futuro.

- Mas... – Severo ainda teimava, mas não tinha mais argumentos.

- Ah, Severo, não seja mau. Lily apenas quer sua companhia. Afinal, que eu saiba vocês são melhores amigos, não são? – perguntou Hermione, apesar de saber exatamente a verdade, eles realmente eram melhores amigos.

- Que eu saiba sim. – debochou ele.

- Ótimo. Então venha conosco. Tenho certeza que Henry, Lily, Gabrielly ou eu iremos deixar que alguma coisa aconteça com você. E seus amigos Sonserinos... Com o tempo esquecem. – disse Hermione, dando de ombro no final.

- Ok. Mas se alguma coisa acontecer comigo, esperem o troco. Sonserinos são vingativos.

- Eba! Vem Sev, vou te apresentar o pessoal. – e Lilian saiu arrastando Severo que estava com um sorriso imperceptível nos lábios.

- O Severo realmente gosta da Lily. – comentou Hermione, olhando por onde eles saíram. – Nós temos que arrumar alguém que encante ele, se não ele vai virar comensal da morte do mesmo jeito por não conseguir tirar a Lily do Tiago. Vamos Gina. – ela falou. E saiu puxando Gina do mesmo jeito que Lily saiu puxando Severo.

- Ok. Concordo. Mas quem?

- Por enquanto vamos deixar assim. Depois pensamos nisso. Agora você tem uma noticia pra dar a alguém, Gina... – cantarolou Hermione, divertida.

- Isso não vai ser nada fácil. – suspirou ela. – Rony é muito teimoso, impulsivo, explosivo...

- Como qualquer outro Weasley! – interrompeu Hermione, com um sorriso divertido.

- É. Vamos logo.

Quando chegaram na mesa da Grifinória, viram um Harry se divertindo conversando com Severo e Lily. Um Sirius e um Tiago emburrados olhando para Severo. Um Remo lendo um livro, o que era bastante novidade. E um Pedro e um Rony comendo tudo o que tinha na frente.

-- Bom dia. – cumprimentou Gina, sendo seguida pro Hermione.

- Bom dia. – retribuíram quase todos, menos Severo.

Hermione se sentou do lado de Harry, enquanto Gina se sentou no único lugar vago, do lado de seu irmão comilão.

- Parabéns Harry. – sussurrou Hermione no ouvido de Harry.

- Pelo que exatamente? – fingiu ele. Ainda em sussurros.

- Pelo noivado. Gina me contou hoje de madrugada. Alias me acordou hoje mais cedo só pra contar isso.

- Obrigado. Isso é muito importante pra mim. Eu a amo e tenho certeza que passarei o resto de minha vida do lado dela.

- Ainda falta contar ao Rony. E acho que é o que ela irá fazer agora. – comentou Hermione, olhando para onde Gina e um Rony emburrado por deixar sua comida, iam.

- Tomara que ele não queira me castrar. – Harry riu nervoso.

- Ele não vai fazer isso. Pelo menos eu espero. – sussurrou ela.

- O que vocês estão sussurrando ai? – perguntou Sirius, sorrindo malicioso. Como uma criança de 11 anos poderia ter um sorriso malicioso?

- Se te interessasse você ficaria sabendo, Sirius. – sorriu Hermione.

- Autch! – ele pôs a mão no coração. – Essa doeu lá no fundo, morena. – ele fez uma cara fingida de dor.

Hermione apenas sorriu divertida e voltou à atenção a sua comida.

Em uma sala vazia do primeiro andar, Gina entrou e pediu Rony para fechar a porta. A sala era escura, cheia de teia de aranha, sem janelas, um cheiro insuportável de mofo...

- Gina... – começou Rony, ao reparar nas teias. – Aqui tem aranhas.

- Te garanto que com o que eu te contar você vai esquecer das aranhas. – falou ela.

- E o que você quer me contar? – agora Rony realmente se esqueceu das aranhas e ficou com uma postura séria.

- Eu... – ela tomou fôlego e soltou de uma vez. – abaffiato. Eu vou me casar. – falou em alto e bom som.

- Ah tá. Você vai se casar. – ele falou, parecendo aliviado. Mas isso demorou pouco. – COMO ASSIM VOCÊ VAI SE CASAR?!? – gritou ele, descontrolado. Sua magia acabou com todas as aranhas daquele lugar e fez um vento circundar eles.

- Rony...

- Não! Me deixe falar! Como assim você vai se casar? Você só tem 17 anos! Está muito nova pra noivar, ainda mais estando no primeiro ano. – nessa parte deu pra sentir um deboche. – E com quem você vai se casar?

- Harry. – murmurou ela.

- Harry?!? – ele perguntou, agora furioso. – Accio Harry Potter.

De dentro do salão, uma coisa inédita aconteceu. O garoto do primeiro ano, Henry Peverell, o que eles achavam, saiu do banco da Grifinória flutuando e passou pela porta do Salão Principal. Flutuando! Assim que viu, Minerva foi até a mesa da Grifinória e parou atrás de Tiago e Sirius.

- Podem me explicar o que foi isso? – pediu furiosa.

- Não fomos nós! – falaram eles.

- Como não foi?! Vocês são os únicos que fariam isso! Se não admitirem pra mim até o final do dia, estão em detenção por duas semanas e meio. E se admitirem agora vocês estão em detenção por duas semanas.

- Mas não fomos nós! – falou Tiago, revoltado.

- Pois bem. Têm até o final do dia. Se não detenção!

E saiu de lá batendo o pé e bufando. Todos do Salão Principal riam de Harry.

- Ahhhhh. – gritava Harry pelo corredor, tentando se segurar em uma armadura. – Gina! – gritou assim que entrou na sala. – O que é isso?

- Foi o Rony. – disse ela, com a voz embargada. Não imaginava que seu irmão fosse reagir assim.

- Rony! Por que isso? – ele disse quando foi parar nas mãos de Rony.

- Casar?! Você vai se casar com minha irmã?! Quem deu permissão para isso, Potter? – falava Rony, furioso, apertando Harry em suas mãos mais ainda.

- Bem, primeiramente, quem deu permissão foi ela. – respondeu Harry, tentando tirar as mãos de Rony de seu colarinho. Estava começando a machucar. E como ele agüentava seu peso se estava magro igual a ele? – Agora, pode me soltar Rony?

- Eu vou soltar, mas você trate de manter suas mãozinhas longe da minha irmã, Potter. Se não perde o que lhe é mais preciso e não poderá ter mais filho. – ameaçou Rony, largando Harry, que caiu no chão.

- Ai. – disse Harry, massageando o pescoço. Havia doído. Rony saiu da sala sem olhar para trás. Estava realmente chateado.

- Ai Merlin! Desculpa Harry, mas eu tinha que contar ao Rony. Nunca imaginei que ele reagiria assim. – soluçava Gina.

- Tá tudo bem. Vem cá, pequena. – chamou ele, abraçando Gina. – Ele sempre será seu irmão e bastante ciumento.