O Novato escrita por Ruan


Capítulo 2
Capítulo 2 - Planos




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Edward Cullen

- E aí pai? – Perguntei, me sentando na cadeira.

- Bom dia, Edward – Ele respondeu com um grande sorriso no rosto

Coloquei café em minha caneca e o tomei. Eu estava meio cansado pela noite de ontem.

- Bom dia. Pai, mano! – Emmett apareceu na cozinha, alegre.

Quando olhei para sua mão esquerda quis rir. Ele usava uma luva de couro preta.

- O que é isso, Emmett? – Perguntou Carlisle.

- É... – Meu irmão obviamente estava se preparando para mentir – Estou sentindo minhas mãos muitos geladas.

- Geladas? Tira isso cara, tem um baita sol hoje! – Eu disse, o provocando.

- Não! Gosto das luvas. – Seu olhar era de quem estava prestes a me matar.

- A avó de vocês vem mês que vem, não é? – Carlisle interferiu em nossa briga secreta.

- Sim, Pai – Respondi.

- Ah... – Carlisle suspirou.

- E Sr. Tagalera, também – Emmett lamentou.

- Certo, eu levo vocês pra escola, vamos - Meu pai se levantou, colocou sua xícara dentro da pia e pegou suas coisas indo em direção da garagem.

Meu irmão se colocou na minha frente, com um olhar de serial-killer.

- Não me entregue Ed! Por enquanto eu dei um jeito no sofá, mas já encomendei um novo pela Internet – Emmett pegou a mochila que estava em seus pés e deu o fora dali.

Levantei e fui em direção do sofá, só para ver o ‘’jeito’’ que ele deu.

O nosso sofá era vermelho. Fui em direção do local em que meu irmão tinha colocado os pezinhos, na lateral. E ao chegar lá arregalei os olhos.

Uma parte do sofá estava arrancada – dava para perceber – e aonde ontem havia o tecido do sofá, agora havia um borrão bordo, que fedia a tinta.

COMO SE MEU PAI NÃO FOSSE PERCEBER QUANDO TIRAR A FOLGA NA SEXTA FEIRA.

Peguei minha mochila e fui em direção da garagem, pensando no quanto meu irmão estava lascado, e principalmente nas noites perdidas de sono quando Sr.Tagalera estivesse aqui.

Quando cheguei à escola, Jacob veio correndo para meu lado, com um ar de preocupação.

- Que foi? – Perguntei.

- Isabella Swan tem as mesmas aulas que você. – Ele disse.

- Não...  – Eu não quis acreditar.

Como isso era possível?

- Galera! Vou lá para lá. Ate no final da aula, Ed. – Disse Emmett, indo com sua turminha de jogadores de futebol.

- Só posso dizer que você ta ferrado com essa garota.

Caminhei para dentro do colégio e fui em direção do local aonde a mulher iria me entregar os horários de aula.

- Tudo bem, sou duro na queda – Quis me sentir forte.

- Aquela garota é o demônio, Edward! – Jake disse sério.

- Vai dizer que descobriu isso sozinho? – Suspirei – Ela declarou guerra contra mim, ontem.

- Sério? Guerra com a garota mais rica da cidade?

- Sim, essa mesma. Ou conhece outra Isabella Swan? E... como você sabe?

- Ela me disse, só não sei como ela sabe.

Fiquei esperando os outros alunos pegarem os seus horários de aula na fila. Ótimo, então Isabella contou para o Jacob que o seu horário era igual ao meu. Se eu tivesse sorte, ela poderia estar mentindo .. , ou de alguma forma conseguiu. 

- Querido? – Uma voz feminina me chamou.

- Oi? – Perguntei, saindo de meus devaneios.

- Seu horário.

Ela segurava uma folha na mão e estava atrás de um balcão com uma cara de tédio.

Ela me entregou a folha e a primeira coisa que fiz foi ver as aulas:

Matemática 09:00

Geografia 09:45

Filosofia 10:30

Ed. Física 11:15

Pausa para o almoço 12:00

Historia 13:00

Artes 13:45

Será que as de Isabella poderiam ser iguais as minhas? Isso não seria muita, mas muita ironia do destino?

- Oh, claro! Vamos tomar tempo da mulher que entrega seus horários de aula, como se a vida dela já não fosse infeliz o suficiente – Dei um passo para trás ao ouvir tais palavras – Porque não infernizar a vida de uma simples mulher? Será que eu não posso ter paz? O que uma mulher precisa fazer para ter sossego? Ser atropelada? Tomar um tiro?

- Me desculpa – Eu disse assustado, saindo da fila.

Será que todo mundo era louco nessa escola?  Bem, a mulher ate tinha razão sobre a parte de ser infeliz. Imagine: Ficar ali, distribuindo horários para um monte de alunos que só faziam confusão na fila.

Quando consegui desviar de todos e sair daquela salinha, ninguém menos que Isabella estava na minha frente, sorrindo ironicamente.

- Nossos horários estão iguais, como é possível? – Ela fez a voz mais inocente possível.

Bella estendeu a folha dos seus horários para que eu pudesse ver.

Eram iguais aos meus.

- Boa sorte – Ela disse, saindo dali com a baixinha logo atrás dela.

Eu fiquei encarando.  Para mim, a garota era orgulhosa demais para poder se conviver, ela era simplesmente desprezível.

- Boa sorte – Jacob fez coro à Isabella dando tapinha em meus ombros.

Nossa primeira aula foi de matemática.  O nosso professor se chamava Jasper, e sua aula era chata, ele tinha uma cara de drogado. Quem mais gostou da aula foi Alice, a baixinha que andava com Isabella. Pude perceber pelo jeito que ela olhava para ele, enquanto a baba escorria da sua boca e formava uma poça na folha do caderno.

Sentei o mais distante possível de Isabella, e um garoto chamado Mike ficou me bajulando na aula.

- Então – Disse Jasper, pegando o pincel atômico. – Está na hora de começar as eleições para decidirmos quem vai ser o líder da sala. Quem deseja se candidatar escreva seu nome em um bilhete, nós vamos sortear três pessoas, e elas terão uma semana para apresentar os melhores projetos para a sala. Também não podem ter nenhuma nota baixa no decorrer do ano, ou reclamações na diretoria. Coloquem o papel com seus nomes dentro da caixinha que esta em cima de minha mesa.

Isabella foi a primeira a retirar um pedaço de papel de seu caderno. Algumas meninas que estavam ao seu lado retirando papéis também, ao ver que ela iria se candidatar, amassaram suas folhas e jogaram dentro do estojo.

Quer saber? Vou mostrar para essa garota o que é vencer por esforço, e não por que alguém teme a você.

Peguei um pedaço de papel, escrevi meu nome e coloquei o papel dentro da caixinha. Encarando Isabella ao me sentar.

Alguns poucos alunos corajosos colocaram seus bilhetes dento da caixinha.

Quando todos se sentaram, Jasper foi em direção da caixinha e tirou o primeiro bilhetinho. Ele escreveu no quadro o nome ‘’Mike’’, e o garoto que estava ao meu lado sussurrou ‘’ Yes, isso ai bicha, você conseguiu!’’.

E foi tirado o segundo bilhetinho com o terceiro junto.

‘’Isabella’

Droga!

‘’Edward’

TO LASCADO!

- E esses são os alunos que vão concorrer!  – Disse Jasper, colocando a tampa no pincel atômico.

Meu celular vibrou em meu bolso, eu havia recebido uma mensagem. Só podia ser minha mãe dizendo que estava preocupada e que era pra eu ligar.

Mas eu estava errado.

‘’ Boa sorte, Garoto novo.’’

XoXo –B

Aquela desgraçada!

Depois de reler irritado, olhei para a mesa em que ela estava sentada. Um sorriso irônico pairava em seu rosto. E ainda por cima, quando percebeu que eu a olhava piscou.

Senti a adrenalina em meu sangue. Finalmente algo interessante por ali. Uma garota querendo disputar comigo. Isso seria legal. Mas, como ela sabia meu numero?

Não me importando, respondi:

‘’ Quem vai precisar é você.’’ -E

Bella Swan

Meu prato estava cheio de salada.

Cutuquei sem fome, apenas pensando em um plano.

- Que fome – Disse Alice, comendo um bom pedaço de sua torrada.

- Eu estou pensando. O numero de celular que estava na ficha de Edward deu certo, ele recebeu minha mensagem de manha.

- Mensagem? – Perguntou Alice.

- Uhum, eu o provoquei – Respondi com um ar triunfante.

- Para variar – Ela disse.

Eu precisava de um plano. Algo que atingisse Edward, que o mostrasse quem é que manda, no caso eu mesma. Mas primeiro eu precisava descobrir mais. A pergunta que eu me fazia era: Como descobrir algo importante de um adolescente? Edward não era o tipo de parecia ter um diário. Depois do diário, vem o computador. Certo, como vou chegar ate o computador dele? E depois do computador ....

- Já sei – Eu disse batendo palmas e sorrindo para minha amiga.

- Oh não... O que é agora?

- Vamos roubar o celular de Edward!

Ao ouvir isso Alice se engasgou com o pedaço de torrada.

- ALICE! – Gritei, preocupada.

Finalmente ela conseguiu engolir o pedaço, e me olhou espantada.

- Você tem tantos celulares, Bella! – Seu olhar era de piedade.

- Pare de ser burra Alice! Eu vou pegar e depois devolver. Só preciso das informações que tem lá dentro. Descobrir algo constrangedor.

- E como você pretende fazer isso? – Ela revirou os olhos.

- Na verdade, como você vai fazer isso! Levante, vá até lá, desmaie no colo de Edward e tire o celular do bolso dele. Pronto! – Sorri angelicalmente para Alice.

Ela ficou me olhando por vários minutos. Por fim, Alice começou a rir e eu pude ver o pão sendo mastigado dentro da sua boca, alguns farelos caiam na mesa. Ai, eca!

- Você é tão engraçadinha Bella, tão engraçadinha! – Alice disse, as lagrimas caiam de seus olhos.

Eu não disse nada, apenas dei de ombros e esperei. Oh, por favor. O que havia de tão engraçado nisso?!

Alice parou de rir, e ficou me olhando por vários minutos.

Por fim, disse:

- Vai você! Ou você é fraca demais para isso?

- Como assim? – Perguntei incrédula.

- Isso que você ouviu: vai lá. Ou não tem coragem? – Ela estava me provocando.

- Acha que não sou forte o suficiente para isso?

- Não.

Ao ouvir tais palavras, me levantei e fui em direção da mesa em que Edward estava sentado com Jacob e sua rodinha de garotos idiotas. Para minha sorte, ou azar, ele se levantou da mesa, e vi a ponta de seu celular no bolso direito.

Perfeito.

Olhei para Alice que estava me fitando com a sobrancelha erguida. Quando cheguei perto o bastante de Edward, fingindo que eu estava passando por ali apenas por passar, eu despenquei em seus braços e fechei meus olhos.

- Mas que porra é essa? – Ele gritou, me segurando por obrigação em seus braços.

- NÃO, BELLA! – Alice gritou e pude ouvir ela se levantando.

Que fingida!

Sem perder tempo, coloquei minha mão disfarçadamente em volta da ponta do celular e o retirei rapidamente do bolso de Edward, passando para o meu.

- Essa garota é maluca! – Ele gritou me jogando bruscamente em uma cadeira.

Como ele ousou jogar uma dama assim?

- Oh não, Bella!

 Eu não sabia que a fadinha interpretava tão bem.

Abri meus olhos delicadamente, e ainda bem que só havia Edward e Alice em minha volta, os outros alunos estavam comendo tranquilamente. Nossa! Como se preocupavam comigo.

- O que aconteceu, Oh! Bella! – Alice me abraçou.

- Eu não sei – Disfarcei minha voz – Apenas desmaiei, e tive o azar de cair nos braços dele! Já estou bem.

Levantei da cadeira e observei a expressão confusa no rosto de Edward.

- Vou ir, até depois Alice – Ao sair lancei um olhar de desprezo para Edward.

Sim! Eu havia conseguido! Tudo estava indo bem. Tirei o celular do bolso e o coloquei em meu peito, gritando em pensamento ‘’ OBRIGADA SENHOR, OOH! OBRIGADA SENHOR!

Tarde demais para isso.

Eu ouvi a voz de Alice atrás de mim, aos berros.

- CORRA BELLA! ELE DESCOBRIU NOSSO PLANO MALIGNO! CORRA GAROTA, CORRA!

Quando olhei para trás, Edward estava correndo em minha direção.

Corri também, não me importando por aonde ia, apenas me importando para como ter tempo de ler qualquer coisa ali que pudesse me ajudar.

- DEVOLVA MEU CELULAR! – Eu o ouvi gritar atrás de mim.

Virei varias vezes de corredor, e entrei no primeiro banheiro que vi, pois o mesmo estava cheio de vapor. Obviamente tinha pessoas tomando banho ali, só não pude perceber se eram homens ou mulheres. Pouco me importava.

Abri a porta e me joguei em umas das outras portinhas que davam para um vaso e me tranquei lá.

No papel de parede de Edward, havia uma mulher linda, pela idade devia ser sua mãe. Entrei na caixa de mensagens enviadas dele, e lá estava. O numero da casa onde ele morava e o bairro, e embaixo dizia ‘’Chegue logo Jake.’’

Anotei em meu celular as informações. Entrei na caixa de mensagens recebidas.

‘’ Isabella é o demônio em vida, Ed.’’ – Jake

Você já vai ver que é o demônio queridinho.

‘’ Estou com saudades de meu netinho, mês que vem estou ai’’ – Vovó Cullen.

O QUE? VÓVÓ CULLEN? MÊS QUE VEM? Eu comecei a rir alto lá.

- Tem alguém ai? – Uma voz masculina perguntou, batendo na porta.

- Sim – Respondi com a voz mais masculina possível.

- Pode me passar o papel higiênico?

- Ah... sim – Tentei engolir a ânsia de vomitar.

Que legal destino!  Tinha que ser o banheiro dos meninos.

Procurei pelo papel higiênico e o encontrei no canto do vaso. Tapei meu nariz e abri a porta, entregando rapidamente o papel, e fechei a mesma em seguida.

- Nossa cara, suas unhas são grandes! Qual seu nome? – Perguntou a voz.

Sem hesitar, eu disse o primeiro nome que me venho ha mente:

- Edward... Edward Cullen – Respondi, tentando manter a voz ‘’grossa’’.

- O novato?

Como esse idiota fazia perguntas.

-Sim.

- E porque você pinta as unhas?

‘’ Para ver qual o idiota que vai perguntar primeiro’’ Eu quis responder.

- Porque adoro arranhar homens grandes e musculosos!  - Respondi em troca, tentando não rir.

Coitadinho do Edward.

- Oh... Ah, Se cuida, bro!

Ao dizer tais palavras, ele saiu.

Continuei lendo as mensagens:

‘ Vamos acabar com ela, Edward’’ – Mike

Não se eu acabar com você primeiro!

 “Sinto sua falta. Meu nenenzinho’’ – Esme.

Eu ri novamente.

Sai daquela pasta e fui em direção dos vídeos. Esses sim! Sempre eram ótimos para uma bela chantagem.

Não tinha nada.

E fotos? Somente a daquela mulher que estava no papel de parede.

Ela me lembrava o Edward. Fechei a pasta. Isso bastaria.

Guardei o celular em meu bolso e sai dali.

Quando abri a porta, Eu encontrei Jacob Black... apenas enrolado em uma toalha e todo molhado.

- BELLA? – Jacob disse, espantado.

Aposto que fiquei vermelha. Sai correndo dali tentando expulsar a imagem do garoto em minha cabeça.

Quando sai de dentro do banheiro, tomei um susto ao ver que braços me envolveram e me colocaram entre a parede, quando olhei para cima percebi que era exatamente quem você está pensando que é.

Edward.

- Me solte, Imbecil! – Tentei chutar ele, mas foi em vão.

- Cadê meu celular, patricinha?

Peguei o celular de meu bolso e me certifiquei que era o dele antes de entregar.

- Tome!

- Obrigado – Ele me soltou.

Arrumei minhas vestes e passei a mão em meu cabelo.

- Nenezinho! – Eu o chamei disso, e sai dali com um ar triunfante ao ver sua cara.

Fui em direção do refeitório, apostando que Alice estaria por lá.

Bem, eu não tinha muitas provas contra ele, faltava algo ali para completar meu plano. Olhei para trás apenas para ver se ele estava me seguindo, nada.

Quando meu olhar se voltou para ha frente, eu tomei um baita susto.

Alice estava no meio do corredor com um caderno embaixo da axila. Ela estava usando fones de ouvido. Mas isso era o de menos, o que realmente me surpreendeu foi que ela jogava suas mãos para ha frente e o bumbum para trás há uma velocidade assustadora. De onde eu estava, dava para ouvir uma musica mais ou menos assim:

‘’ Isso ai galera, agora, vamos dançar creu na velocidade dez... Creu,Creu,Creu....’’

Ai meu deus!

Fiquei paralisada com aquela cena do demônio, ate que finalmente Alice abriu seus olhos e me viu.

Rapidamente, tirou os fones de ouvidos e gritou:

- BELLA!

- Oh, Amiga! – Sorri para ela, tentando expulsara a cena recente de minha mente.

- Onde você estava? – Perguntou vindo ate mim.

- No banheiro dos meninos – Respondi tranqüila.

- Nossa Bella! Eu não sabia que você é capaz de estar fugindo e ao mesmo tempo pensar em dar uma rapidinha!

- Alice, olha os modos. Não fui eu que comprar um ‘’brinquedinho’’ no Sex Shop e trouxe uma minhoca de pelúcia.

- Não fale mal do George!

- Você deu um nome para aquela coisa?

- Não é coisa, é George!

- Você ainda mantém aquela coisa escondida? – Perguntei, não querendo acreditar que ela deu um nome para uma minhoca colorida de pelúcia.

- Claro! O que meus pais pensariam se vissem aquilo?

- É só uma minhoca de pelúcia, Alice!

Ela olhou para cima. E percebi novamente o caderno.

- É de quem? –O tomei de sua mão.

- É o caderno de Mike. Devolva! – Ela disse, me fuzilando com seu olhar.

- Vou olhar isso!

- Isso é errado! Alem do mais, quero ver as informações que você descobriu sobre nosso garoto novo.

- Primeiro vou olhar isso. Depois te conto! – Sorri no canto dos lábios.

Quando abri o caderno, fiquei chocada.

Havia uma foto do Jensen Ackles, com corações rosas desenhados em seu abdômen.

- Isso é de Mike? Tem certeza, Alice? – Perguntei.

- Sim, o professor de matemática gatinho me mandou entregar isso a ele. Por quê?

- Veja o que encontrei – Respondi pasma.

Alice correu para meu lado, soltando um gritinho de terror ao ver aquilo.

- Mike? Gay? – Disse, me olhando com seus olhos esbugalhados.

- Pelo que parece, sim. Isso deve explicar porque ele fez amizade tão cedo com o Edward.

Nos duas ficamos paradas, olhando o ator ali.

Mike? Juste ele? Coitada de Angela.

Coitada nada, bem feito para ela!

Sorri triunfante ao ver mais um plano se formar em minha mente.

 Fechei rápido o caderno e o entreguei para Alice de volta.

- Não vai querer usar isso a seu favor? – Ela perguntou, tomando o caderno em suas mãos.

- Na verdade, Sim! Eu tenho um ótimo plano. Edward mal espera para ver.

- Um plano? Qual? Quando? – Ela me enchia de perguntas.

- Vai acontecer essa noite Alice. Hoje, Edward vai ter uma visitinha especial.

Eu comecei a rir ao imaginar a cena.

- Alice, chame as garotas. Vou precisar que elas me façam um favor no final da aula.

Edward Cullen

A aula finalmente havia acabado.

O dia de hoje foi muito louco.

Depois de Bella ter pegado meu celular, eu fui para a sala e fiquei o mais distante possível. Olhei as minhas fotos e mensagens, parecia que nada havia sido mudado. Ainda bem.

Quer dizer, nem tanto. Pois ela havia me chamado de ‘’ Nenenzinho’’ um apelido que somente minha mãe usava. Ela só podia saber disso se tivesse lido viu minhas mensagens, o que era obvio.

- Vamos para casa? – Perguntou meu irmão, aparecendo ao meu lado.

- Vou no banheiro antes, tirar a água do joelho. Me espera? – Perguntei.

- Desculpa mano, mas eu marquei com uma loira lá em casa, não posso.

Não deu tempo de confrontá-lo, pois no momento seguinte Emmett já havia desaparecido no meio dos Alunos.

Será que ele nunca iria aprender?

Não. Obviamente não.

Quando entrei no banheiro e estava quase na metade do caminho para os vasos, me surpreendi com um barulho forte atrás de mim.

A porta se fechou.

Foi o vento, não foi?

Só para me certificar, fui em direção da mesma e girei a maçaneta.

A porta não se abriu.

Não acredito, não acredito.

Por mais que eu tentasse, nada acontecia.

Eu girava a maçaneta com força, chutava a porta, e nada.

Foi ai que cheguei a uma conclusão obvia:

Haviam me trancado no banheiro.

Mas... Por que alguém iria me trancar no banheiro?

Visualizei todo o banheiro, tentando achar um plano para sair dali. A janela era minúscula, então, sem chance. A porta estava trancada. E no chão, havia uma coisinha pequena e marrom. Ah sim, uma barata!

Eu precisava sair dali o mais depres...

Espera ai! aquilo era mesmo uma ....

Não....

Não podia ser, não meu deus, meu bom deus, não....

Sim, aquilo era mesmo....

Uma barata.

Uma barata das grandes estava ali, vindo em minha direção.

Eu sei, é estranho quando um homem tem medo de baratas.

É só que, deste pequeno, tenho trauma com baratas. Eu as acho pequenas e nojentas, e ponto. Era a única coisa da qual eu tinha verdadeiro medo.

Então, fiz a coisa que somente um homem em verdadeiro desespero faria:

Subi encima de um vaso e comecei a gritar por socorro.


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Notas finais do capítulo

Então, espero que vocês tenham gostado! E por favor, não esqueçam de comentar.

Beijos!