Isabella Swan

Meu sonho começou como em um lindo conto de fadas que somente divas poderiam sonhar daquele jeito (E como todos já sabem, eu sou uma diva, que sabe ate mais diva que uma própria diva):

Meu príncipe encantado (Brando, dããr!) venho montado em um cavalo branco ao meu encontro, seus lindos cabelos se movimentavam ao ritmo do vento.

Olhei para minha roupa e vi um lindo vestido longo da cor rosa, vários diamantes estavam colados no vestido, o fazendo ficar ainda mais bonito. Como eu era diva!

Assim que Brandon desceu de seu cavalo branco e venho em minha direção, me senti meio que desconfortável ali. Talvez sentisse vontade ate de correr dele.

‘’ Se mecha, sua anta, corra!’’ O cavalo gritou para mim.

Esperem um momento ... Cavalo falante?

Meus olhos, confusos, encontraram os de Brandon novamente. Só que não era mais ele ali e sim Edward, que vinha correndo em minha direção enquanto usava uma cueca de elefante.

- EU SOU RICA SEU PESADELO ORDINARIO! – Gritei, quando finalmente despertei daquele pesadelo.

Maldita cueca de elefante! Assim que eu encontrasse aquela cueca, ela iria parar diretamente dentro da garganta de Emmett.

Não me deixando levar pelo pesadelo, levantei-me do chão, me espreguicei e comecei a cantarolar pelo quarto, enquanto calculava mentalmente quantas horas eu levaria para me arrumar. Fui em direção da janela e abri a cortina, enquanto os raios de sol invadiam meus olhos. Não me importei com aquilo, afinal o sol estava me cumprimentado naquela manhã, assim como era em todos os dias. Novamente, como sou diva!

Abri a janela e olhei para o belo jardim de minha casa. Cheirei o ar ao meu redor e no momento seguinte soube que tipo de roupa teria que usar:

- Hoje é dia de usar algo listrado! – Anunciei para mim mesma, indo em direção de meu closet.

Todo dia, eu demorava três horas para me arrumar antes de ir para a escola: Trinta minutos para escolher minha roupa, uma hora para tomar banho e mais outra meia hora para passar os vários tipos de creme em meu corpo. Outros trintas minutos eu ficava escovando meus cabelos e colocava minhas roupas, em quinze minutos fazia minha maquiam e os outros quinze minutos para me olhar no espelho e ficar praticando minhas palavras para ferir as pessoas. Tudo pronto!

Desci as escadas enquanto passava as mãos em meu lindo vestido listrado. Sem duvida alguma eu seria a garota mais bem vestida da escola inteira, como sempre.

- Bom dia gente! – Cumprimentei papai e mamãe assim que cheguei na cozinha – Acreditem que acordei três horas antes das sete da manhã? Só para me arrumar? Viu mãe, meu cérebro estava acordado automaticamente. Você não vai mais precisar me ameaçar dizendo que vou entrar no couro da cinta se não acordar cedo e ...

Parei de tagarelar no momento em que a voz de um garoto que eu conhecia muito bem invadiu o cômodo. Rapidamente, olhei para a TV e encontrei dois patetas sentados em um sofá grande, junto com uma mulher loira que estava usando um vestido com um decote um pouco enorme, é como se ela dissesse: Vejam meus peitos, como são siliconados!

E acreditem? Os dois patetas eram Edward e Emmett. Novamente, acreditem ou não, os dois estavam dando uma entrevista.

Será que erraram o endereço? Se alguém naquela cidade inteira precisava ser entrevistada era eu. A diva, ué.

- É uma receita de família, sabe ... – Edward falou, sorrindo enquanto suava frio – Demorou certo tempo para eu e meu irmão aprendermos ela toda. E depois de muito tempo, aqui estamos.

- É, concordo com meu mano! – Emmett disse – E ah, se alguma gatinha quiser meu numero e se interessar, já sabem onde me procurar.

- Sabem? – Edward perguntou, erguendo uma sobrancelha.

- Claro que sabem!

- Aonde então? Nós estamos sendo entrevistados e você solta uma mancada dessas caras!

- Que mancada o que? Pelo menos meu amigão aqui embaixo já experimentou muita coisa. Não é igual ao seu, que é tão velho e parado que chega a perder para o Noé.

- Aqui é Whitney Rilston – A loira começou a falar, interrompendo a briga dos dois – Falando diretamente com os dois jovens que prometem fazer o melhor molho já experimentado no restaurante Cumide’Refinade. – E então a tela mudou, agora aparecendo à imagem de uma jovem que foi preza por dançar pelada na frente de um bar de velhos.

Aquilo foi demais para mim.

- Pelo espírito de cristo – Murmurei, ainda olhando para a TV, sabendo que Alice ficaria feliz ao ouvir aquelas frase milagrosa saindo de minha boca.

Edward Cullen

Assim que saímos da sala de entrevista, fomos em direção do banheiro e quando finalmente tiramos os ternos e colocamos nossas roupas para ir à escola, Emmett foi em direção da porta e a trancou, tirando a chave da fechadura.

- Emmett, o que é que você esta fazendo? – Perguntei para meu irmão, enquanto ele pegava sua mochila e de dentro dela tirava um monte de coisas: Um pé de galinha, dois colares grandes e coloridos com um dente de algum animal grande colocado no meio, uma taboa quadrada e mais um monte de conchas.

Santo Deus! Emmett tinha assaltado a casa de uma Baiana.

- Só tem um jeito de acabar com isso – Emmett resmungou, sentando-se no chão – Vamos falar com os espíritos, quem sabe eles estavam lá quando colocamos os ingredientes na panela. O assunto é serio Edward, não me atrapalhe.

Tudo bem, era compreensível ver que ele esta pirando, afinal, nós ate pensamos em contar para nosso pai, só que foi difícil.  E estou falando da parte de que meu pai abraçou eu e meu irmão, enquanto dizia que nós éramos motivos de orgulho para ele. Ah, e Vovó Cullen nos levou para a cozinha e nos deu o livro secreto de ingredientes dela. Ate o papagaio começou a cantar algo como: ‘’ Os idiotas fizeram algo certo, mas algo esta errado, algo esta errado!’’ Maldito passarinho, mal sabe que já estou ate comprando a panela da qual vou assar ele.

- Emmett ...

- Fique quieto! – Ordenou – Sinto eles entre nós ...

Depois disso, Emmett fechou os olhos e começou a chacoalhar os ombros para os lados. Com um único movimento, ele pegou as conchas nas mãos e as despejou encima da taboa.

- Me digam o que sabem, me digam através das conchas.

Aquilo estava começando a me causar medo ...

Tudo bem, eu não vou me borrar, não vou me borrar .....

- PARA! – Gritei, chutando a taboa para o outro lado do banheiro.

Assim que a taboa atingiu a parede e ao seu partir ao meio, meu irmão gritou.

- TÁ MALUCO? OS ESPIRITOS VÃO SE VINGAR DE NÓS DOIS!

- Claro que não, idiota. Isso é um monte de besteiras ...

- Como é que é? Você não acredita no poder, Ed? – Ele me acusou, colocando as mãos na cintura igual a uma dona de casa furiosa.

- Você é uma anta mesmo, isso é tudo besteira!

- Não é!

- Claro que é! – Discordei, o fuzilando.

- Pena que não comprei o vestido branco, quem sabe teria dado certo ...

- Como assim?

A discussão durou por um bom tempo, ate que do nada as conchas começaram a tremer sozinhas no chão, resultando no total silencio entre nós dois.

Quando olhei para Emmett, percebi que ele estava estralando os dedos no ar, igual a uma macumbeira.

- Eles estão aqui Ed...

Pronto, agora eu ia socar a cara da besta. Aquilo já estava virando loucura!

Me segurando para não acabar com a raça de Emmett, peguei minha mochila e fui em direção da porta, só que quando eu estava na metade do caminho, ouvi um barulho violento vindo da madeira da mesma.

Pronto, eram os espíritos!! E estavam pronto para destruir a porta só para quebrar o barraco om agente! Ferrou!

Quando me dei conta, Emmett venho correndo em minha direção e me abraçou.

- NUNCA MAIS INVO OS ESPIRITOS! – berrou, igual a uma garotinha – ME SALVA MANO! SÃO ELES, VOCE NÃO DEVIA TER CHUTADO A TABOA!

Pronto para dizer que aquilo tudo era um monte de besteiras, afastei Emmett de mim com apenas um empurrão.

- Para de besteira, isso é tudo coisa da sua cabeça!

Mais uma vez o barulho da porta me surpreendeu, e dei um pulo para trás, a tempo de ver a madeira já torta.

Antes que me desse conta do que estava fazendo, corri ate Emmett e o abracei, me sentindo inutilmente protegido quando ele retribuiu.

- ME DESCULPEM – berrei igual a uma garotinha – NUNCA MAIS DESRESPEITO VOCÊS!!

Eu já estava a beira das lagrimas quando a porta finalmente foi aberta e em seu lugar um homem apareceu, sorrindo para mim.

Rapidamente, me afastei de Emmett e olhei para os lados, como quem não quer nada.

- A entrevista foi ótima rapazes, só tentem não discutir na próxima – Ele foi falando, enquanto segurava a chave em uma das mãos – Só que não tranque a porta do banheiro quando quiserem discutir e berrar a sós e se o fizerem, certifiquem-se que ninguém irá precisar usar o banheiro.

- C-Claro – Concordei,olhando para Emmett, que agora passava as mãos no traseiro.

- Acho que me borrei - Ele murmurou baixinho ao se colocar ao meu lado.

Pensando no quando eu e ele estávamos ferrados, me despedi do homem e sai do banheiro.

Foi quando, do nada, uma idéia surgiu em minha mente.

Quando estávamos em uma distancia segura de qualquer pessoa que pudesse nos escutar, empurrei meu irmão para dentro de uma salinha qualquer e ao ver que ninguém estava por lá, fechei a porta.

- Emmett, deve ter câmeras no restaurante, certo? – Não foi uma pergunta, foi uma mais uma algo dito para que ele se tocasse.

- Claro que tem! – Ele respondeu – Mas você é burro mesmo, não saber dessa coisas ...

- Não é isso, escuta! – Falei ainda mais baixo, tentando controlar minha ansiedade – Deve ter alguma fita em alguma salinha por lá, com a gravação daquele dia inteiro. E se tivesse uma dentro da cozinha?

- Então estaríamos salvos! Mas espera ai, como vamos pedir uma coisa dessas para o dono do lugar, ele vai desconfiar!

- E é por isso que tenho mais um plano. Vamos chamar Jane e formar nosso grupo imbatível!

Aquele dia seria longo. E eu estava louco para o dia passar logo, para que eu pudesse colocar meu plano em ação:

Iríamos invadir o restaurante!