Naruto - My Chance At Love (itachi) escrita por Mirytie


Capítulo 9
Capítulo 9 - O telhado


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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- Pergunto-me se chegaremos a casa, por este ritmo. – murmurou Itachi.

Por causa da droga, Itachi não podia andar muito depressa pois tinha medo do que podia acontecer com Maiko se houvesse demasiado movimento. Para adicionar a isso, estava tudo desfocado graças ao mangekyou que tinha usado no pai de Maiko.

Bem, pelo menos ele não os iria chatear, a partir de agora…

No entanto, Konan só lhe tinha dado 24 horas para ir e voltar. Sendo a viajem de cinco e eles só tendo mais três horas para chegar lá, Itachi não via muita esperança.

- Maiko, estás bem? – perguntou Itachi parando numa árvore.

Maiko não parecia bem, apesar de estar consciente. Estava a ofegar e provavelmente com febre. Conseguia sentir a temperatura do corpo dela a aumentar a cada quilómetro que percorriam. Se continuasse assim e o seu corpo não limpasse o sistema dela, ia perdê-la a meio do caminho.

- Estou bem. – murmurou Maiko com a testa encostada ao ombro de Itachi – Como está o teu olho?

Itachi suspirou.

Quando a primeira gota caiu na pele branca de Maiko, só faltavam dez minutos para chegar ao esconderijo, mas eles só tinham cinco.

- Vamos ter que correr um pouco, Maiko. – disse Itachi. Apesar de estar preocupado com ela, ele próprio só via sombras à sua frente – Consegues agarrar-te?

- Hm. – respondeu Maiko apertando os braço em volta do pescoço de Itachi quando o vento começou a instigar-lhe o cabelo com força. O seu corpo estava pesado e nem conseguia aproveitar o facto de Itachi ter ido salvá-la.

Em seis minutos já estavam lá, mesmo a tempo de parar Deidara e Sasori de saírem, que já iam buscar o substituto de Maiko.

- Oh, olha quem voltou! – exclamou Deidara com um sorriso radiante – Já não temos que ir buscar o outro, então.

- Podem ajudar-me aqui? – pediu Itachi com as sobrancelhas franzidas para tentar ver melhor – Onde é que está a Kanon-san?

- Ela está com o Paine, na torre. – disse Sasori, ajudando Itachi a tirar Maiko das costas – O  que é que ela tem?

- Foi drogada. – respondeu Itachi – Mas não conheço a droga.

- Itachi-san. – disse Kisame que já se tinha levantado do sofá para o ir ajudar, também – O que é que aconteceu ao seu olho? Usou o mangekyou, outra vez?

- Tive que o usar. – confirmou Itachi – Assim o chefe da aldeia não vai mandar mais ninguém à procura dela.

- Mesmo agora que a Maiko-san não pode curá-lo… - disse Kisame com pena, conduzindo Itachi para o sofá – Devia ter mais cuidado.

- Espera, tenho que ir cuidar da Maiko! – disse Itachi quando Kisame o sentou forçosamente.

- Eu trato disso. – Sasori pegou em Maiko ao colo e dirigiu-se para o quarto dele.

- Eu vou buscar a Kanon para dar uma vista de olhos à Maiko-san. – disse Sasori saindo pela porta fora, logo a seguir.

- Onde é que estão os outros? – perguntou Itachi tentando piscar os olhos para clarear a visão.

- Foram em missão. – respondeu Kisame, simplesmente.

- A Maiko…

- Eles vão tratar dela. – interrompeu Kisame – Itachi-san, precisa de dormir e descansar os olhos. Caso contrário, sem as capacidades de Maiko disponíveis, vai ficar cego.

Itachi fechou os olhos durante uns momentos.

Estava acordado há mais de vinte e quatro horas. Estava cansado, não conseguia raciocinar e as dores que o mangekyou lhe tinha causado ao corpo, eram insuportáveis.

Nem deu conta que já tinha adormecido.

Quando acordou, estava deitado no sofá, a visão tinha melhorado consideravelmente e as dores quase já tinham desaparecido.

- Ela não vai sobreviver?

Ao ouvir isso, Itachi levantou-se e viu Kisame a conversar com Kanon a um canto da sala, em tom baixo para não o acordar. De que estariam a falar?

- É o que eu estou a dizer. – respondeu Kanon – A droga é muito forte e, apesar de já estar a sair do sistema, não será a tempo. O corpo não vai resistir. A febre está a subir sem parar. A continuar assim, o cérebro dela vai ficar grelhado.

- Então, ela vai morrer? – perguntou Kisame, um bocado deprimido.

- Aqui, sim. –disse Kanon – Não temos condições para trata-la, aqui.

- Então, se ela estivesse num hospital… - sugeriu Itachi, levantando-se para entrar na conversa – Se ela estivesse num hospital, eles conseguiriam curá-la.

Konan olhou para Itachi que ainda não tinha limpado os traços de sangue que tinham escorrido pelo seu olho.

- Suponho que sim. – respondeu Kanon – Talvez o hospital de Suna ou Konoha. Mas sabes que não conseguimos entrar lá com facilidade, sendo nós quem somos.

- Eu levo-o a Konoha. – disse Itachi, imediatamente.

- Itachi-san! Acabou de voltar de uma viagem de vinte e quatro horas e nem descansou depois da missão de Konoha! – protestou Kisame – Não há maneira nenhuma de conseguir ir a Konoha e voltar sem colapsar. Vai ser apanhado!

-Eu já dormi! – disse Itachi continuando quando Kisame o ia interromper – E posso dormir mais, enquanto espero pela Maiko no hospital.

- Tencionas ficar à espera dela, até ela melhorar? – perguntou Kanon, franzindo as sobrancelhas – Não achas que ias estar a arriscar demais? És especialmente procurado em Konoha. Como é que achas que eles te iam receber? E transportar a Maiko não é seguro, agora. Ela morreria na viajem.

- Então, fico a vê-la morrer!? – exclamou Itachi – Aquilo que passei para ir resgatá-la, foi tudo em vão!?

- Eu empresto-te o meu pássaro.

Deidara, que tinha acabado de sair do quarto de Sasori, onde Maiko descansava, espantou-os com a proposta altruísta.

- Estás disposto a emprestar o teu pássaro ao Itachi para ele ir a Konoha? – perguntou Konan – Porquê?

- Porque quero ajudar. – a resposta não pareceu agradar aos três que estavam habituados aos “mas” das ofertas de Deidara – Estou a falar a sério! E, se o Itachi precisar de proteção, pode sempre induzir a explosão do pássaro com uma shuriken.

- Por outro lado, tu podes explodir o pássaro a qualquer momento e matar a Maiko. – realçou Itachi – O que é que tu ganhas em emprestar-me o pássaro, afinal?

- Eu só quero a Maiko disponível para as próximas missões. – revelou Deidara – Não quero morrer porque não fui curado devidamente.

Então era essa a razão, pensou Itachi. Ele era exatamente como os idiotas da aldeia dela mas, se o deixava usar o pássaro, ele podia ignorar esse facto.

- O Kisame vai contigo, então. – disse Konan – A vossa missão é protegerem-se um ao outro, enquanto entram em Konoha e entregam a Maiko aos cuidados hospitalares. Mesmo que queiras ficar lá, Itachi, a prioridade é a tua segurança e a do Kisame. – instruiu ela – Para esta missão, vão deixar as vossas capas aqui, tal como o vosso titulo de membros da Akatsuki. Isto significa que, mesmo que sejam apanhados e interrogados, vocês só voltam a pertencer à Akatsuki quando voltarem da missão, compreendido?

- Sim. – disseram Itachi e Kisame ao mesmo tempo.

– Se algo correr mal, deixam a Maiko para trás e voltam imediatamente. – continuou Konan – Itachi, eu vou reportar isto ao Paine e vais ser castigado quando voltares.

Aquilo era inevitável porque estava a fazer aquilo por “conta própria” e não em benefício para os planos da Akatsuki. Ir buscar um substituto para Maiko seria em benefício da Akatsuki e muito mais rápido do que esperar que ela recuperasse.

Ele próprio tinha dito que ela estaria morta antes de ele ter tempo de decorar o seu nome, mas não podia deixar que ela morresse daquela maneira.

- Então, vamos. – disse Itachi – Não temos muito tempo.

Maiko ia deitada no pássaro, a vaguear entre a realidade e as ilusões que a febre alta criava. Kisame ia ao seu lado para garantir que ela não parava de respirar sem ninguém reparar.

Itachi, ia a correr, no chão, com a bandana intacta na testa. Ele tinha o trabalho de os pôr dentro da aldeia sem dar nas vistas e isso também implicava alguma sorte. Se o ninja que guardava o portão principal o reconhecesse, estaria tudo acabado.

Se não se conseguisse infiltrar no hospital, Kisame nunca o conseguiria fazer sozinho.

- Bom dia. – disse o guarda, olhando bem para Itachi – De volta de uma missão, a estas horas?

Itachi olhou de revés para o guarda.

Não o reconhecia e o homem não parecia reconhecê-lo a ele.

- Ah, sim! – respondeu Itachi casualmente, rindo-se de uma maneira pateta – A verdade é que fui visitar a minha namorada à aldeia vizinha.

- Eh? Tiveste autorização? – perguntou o guarda como se já fossem amigos há bastantes tempo – De quem?

- Na verdade, esgueirei-me sem ninguém saber. – disse Itachi – A minha namorada disse que acabava comigo se eu não a visitasse mais vezes por isso…podes não dizer a ninguém que me viste?

- Bem… - o ninja parecia estar a pensar mas Itachi sabia que ele já tinha decidido – Está bem. Afinal, eu também tenho uma namorada e também faria o mesmo se ela morasse longe. No entanto, quando a quiseres ir visitar outra vez, pede a alguém.

- Obrigado. – agradeceu Itachi como se o guarda tivesse acabado de salvar-lhe a vida – Vou fazer isso.

Depois de se despedir do guarda, Itachi apreçou-se para o hospital. Eram duas da manhã. Àquela hora não haveria visitas aos doentes nem muitos médicos de um lado para o outro.

Ao chegar à porta do hospital, olhou para cima para garantir que Kisame ainda o seguia e fez sinal para eles pousarem no telhado.

Agora a andar normalmente, Itachi entrou no hospital e começou a cumprimentar alegremente as enfermeiras e os doentes que deambulavam pelo hospital.

- Estás a brincar? – disse uma enfermeira que ia a falar com uma colega – Se o Itachi Uchiha estivesse na aldeia, já tinham dado o alarme! Afinal, ele é um assassino perigoso!

- Estou-te a dizer que um dos pacientes jura ter acabado de ver alguém super parecido com o Itachi. – disse a outra.

- Isso é assustador. – finalizou a primeira – Se ele estivesse aqui, ninguém estaria a salvo.

- Mas nós também não sabemos como ele é. – disse a segunda – Como é que saberíamos?

- Na verdade, o meu irmão é ninja e tem uma capa com todos os “procurados” da aldeia. – disse a primeira – Eu sei exatamente como é a figura dele.

Ao ouvir isso, Itachi entrou num quarto à sorte só para garantir que não era apanhado.

No entanto, quando se virou e viu Sasuke deitado na cama, sentiu que o destino estava a gozar com ele.

- Onde é que ele está!? – resmugou Kisame que já estava há espera de Itachi há mais de quinze minutos.

Tinha Maiko nos braços, estava vento e ela parecia estar mesmo perto da morte. Não queria que ela morresse nos seus braços.

Por outro lado, se Itachi ainda não tinha aparecido, devia haver uma boa razão…certo?

Itachi estava a olhar para o irmão mais novo há quinze minutos e tinha-se esquecido completamente de Kisame e Maiko que o esperavam no telhado.

Tinha sido ele a mandar Sasuke para ali e agora ele estava a sofrer dentro do seu genjutsu até alguém o conseguir acordar. Mesmo estando ali, Itachi sabia que não podia acordá-lo pois chamaria as atenções dos médicos.

Talvez tivesse sido demasiado duro, com ele. Afinal, ele só era uma criança…

Itachi suspirou mas ficou contente ao ver uma flor ao lado da cama de Sasuke. Isso significava que ele tinha alguém ao seu lado…o que era mais do que ele alguma vez conseguira fazer.

- Ah! – lembrou-se Itachi – O Kisame!

Kisame tentava proteger Maiko do vento frio da madrugada mas não podia fazer milagres e não podia entrar sem Itachi lhe dar o sinal. Um homem-tubarão num hospital seria imediatamente questionado.

- Ela parou de respirar!? – exclamou Kisame quando parou de sentir o peito dela a mexer-se.

Com cuidado, pousou-a no chão e mediu-lhe o pulso. Para ter a certeza da sua conclusão, encostou o ouvido ao peito dela e depois dois dedos à jugular mas não conseguia sentir o coração a bater.

Quando Itachi saiu para o telhado, Kisame já estava a fazer reanimação.


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Notas finais do capítulo

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