Naruto - My Chance At Love (itachi) escrita por Mirytie


Capítulo 3
Capítulo 3 - A primeira missão


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/155080/chapter/3

Pela primeira, Maiko não tinha acordado com o nascer do sol mas sim com o bater da chuva na janela. Pela primeira vez, tinha dormido numa cama super desconfortável sem guardas à porta e, pela primeira vez, tinha tido um sonho bom.

Com Itachi.

Apesar de só ter falado com ele uma vez e ter sido uma conversa bastante desagradável, finalmente percebi o que era amor à primeira vista e não correspondido.

Francamente, achava algo impossível alguma vez ser correspondida por alguém como ele mas a esperança era a última a morrer, certo?

Quanto aos outros, tinha uma opinião definida de cada um deles. Hidan e Deidara eram definitivamente os que representavam um maior perigo para ela. O Kakuzo podia gostar de assistir mas não acreditava que ele tomasse a iniciativa para começar alguma “experiência” com ela. Sasori não dava uma para o que acontecia com ela e, francamente, ela até agradecia. Kisame parecia ser o mais preocupado mas apenas porque não queria ter problemas. Respeitava definitivamente Itachi apesar de os dois não trocarem muitas palavras, pareciam compreender-se.

Por enquanto, para além de Pain e Konan, não tinha conhecido mais ninguém por isso esperava que os seus protetores fossem Kisame e Itachi, quando fosse em missão. Assim teria mais oportunidades para falar com Itachi, mesmo que ele não falasse com ela.

Pelo menos era o plano dela até ouvir “A tua primeira missão é com o Hidan e o Kakuzo”. Queriam-lhe dar uma missão fácil para começar e, pelos vistos, a missão em que Itachi e Kisame iam partir era mais perigosa e ia demorar mais do que um dia.

Num piscar de olhos, estava a entrar para uma cave estranha, escura e suspeita com Hidan e Kakuzo para recolher informações.

- Oh, têm um membro novo? – perguntou o homem esquisito que estava dentro da sala poeirenta no fim do corredor – Não se parece nada com o tipo de pessoas que a Akatsuki costuma recrutar.

- Ela é a nossa nova médica de serviço. – explicou Hidan pondo uma mão no ombro de Maiko – Já que não pode ser sacrificada para o meu Mestre.

- Oh, vejo que ainda continuas com os teus sacrifícios, Hidan. – comentou o homem, enquanto vasculhava nas gavetas com teias de aranha – É bom ver que tudo continua normal no grupo.

- E que tal se despacharmos isto? – sugeriu Kakuzo impacientemente.

- Mas é claro. – o homem, baixo e careca, pôs um livro velho em cima do balcão e abriu-o na página exata que procurava – Vai custar-vos caro. Esta informação não foi fácil de obter.

- Depois de receber a informação eu próprio avaliarei o seu preço. – disse Kakuzo pegando no livro – Tem a certeza que isto está correto?

- De certeza. – confirmou o homem com um sorriso de negociante – Tenho um amigo que vive nessa aldeia a forneceu-me tudo o que vocês pediram.

- Sabes que, não é só connosco que vais ter problemas, não sabes? – perguntou Kakuzo fechando o livro – O nosso chefe também não deve ficar nada contente se alguma coisa correr mal.

Agora o sorriso do homem era forçado. – Tenho a certeza que nada vai correr mal.

- Não temos outra opção se não confiar em ti. – Kakuzo tirou um saco de moedas de dentro da capa e atirou para cima do balcão – Nós voltamos.

- Chauzinho. – disse Hidan empurrando Maiko, para seguir Kakuzo.

Maiko olhou para trás quando saíram da cave. Percebia que a Akatsuki podia ter missões duras mas aquilo era fácil de mais para “começar devagar”. Tinha visto e feito muito pior quando estava na sua aldeia natal. Não tinha havido sequer uma luta.

Só depois percebeu que Hidan e Kakuzo tinham parado e estavam a sussurrar alguma coisa. Devagar, ela aproximou-se para ouvir a conversa.

- Ela não consegue. – ouviu Hidan dizer – É a primeira missão dela na Akatsuki.  Se ela se ferir a culpa vai ser nossa.

- Alguém tem que ir avisá-los. – contestou Kakuzo – Se algum deles morrer porque não tinha as informações, ainda vai ser pior.

Hidan levou uma mão à cara. – No que é que o Pain estava a pensar? Ele sabia que esta missão não acabava só aqui. – suspirou – Porque é que não vais tu dar a informação ao Kisame e ao Itachi e eu levo a rapariga de volta?

- Nem pensar. Ela ainda vai ficar mais vulnerável contigo sempre a “experimentá-la”. – disse Kakuzo abanando a cabeça – Eu levo-a para o covil.

- Esperem! – pediu Maiko juntando-se a eles – Eu quero ir convosco!

- O quê? – Kakuzo olhou para ela enquanto a sua paciência começava a esgotar-se – Não, vai ser perigoso.

- Se não receber a informação, o Itachi-san vai estar em perigo, certo? – perguntou Maiko pensando que era a oportunidade perfeita para o ver – Não podemos perder tempo.

- Ela tem razão, mas…

- Sim, tenho! – gritou Maiko, interrompendo Hidan – E, se encontrarem problemas pelo caminho, eu posso curar-vos.

- Hmm…acho que sim. – ponderou Kakuzo – Só demoramos um par de horas de horas a chegar lá e depois voltamos logo. Ninguém tem conhecimento de quem é ela ou de que está connosco, pois não?

- Não. – respondeu Hidan – E também não senti ninguém a seguir-nos.

- Em todo o caso, já perdemos muito tempo com esta conversa. – suspirou Kakuzo – Vamos lá.

No entanto, não era mentira que a aldeia escondida na neve preferia ver Maiko morta do que nas mãos de outros, e havia alguém a observá-los.

Maiko olhou para a aldeia enevoada onde estavam prestes a entrar. Não havia muita gente na estrada e mal se via um palmo à frente da cara.

Era Kisame que estava à espera deles, Itachi estava mais atrás, encostado a uma casa velha. Nem sequer estava a olhar para eles. Parecia extremamente distraído.

Mas, na verdade, estava atento a tudo a sua volta, preocupado a presença alheia que sentia, não muito longe deles.

- Hum…o que é que se passa? – perguntou Maiko ao ver Itachi franzir as sobrancelhas.

- Foram seguidos? – perguntou Itachi em voz baixa, enquanto olhava para uma rocha, à porta da aldeia.

- Tenho quase a certeza que não. – respondeu Hidan olhando em volta.

- Itachi-san. – Kisame olhou para Itachi, reconhecendo a sua expressão.

- Vocês foram seguidos. – disse Itachi.

- Já disse que não! – gritou Hidan irritado.

- Eu não estava a perguntar. – Itachi precipitou-se para a frente e empurrou Maiko para o lado, mesmo a tempo de evitar um shuriken enviado de trás da roxa – Mostra-te! – ordenou Itachi já com o charingan.

Um ANBU com uma máscara de águia e uma bandana enrolada à volta do braço com o símbolo da aldeia da neve saiu de trás da rocha com outro shuriken na mão.

- Devolvam-nos a Maiko-san. – disse o homem por detrás da mascara – Caso contrário, vou ser obrigado a fazer coisas drásticas.

- Hei, não tenho bem a certeza que ela está cheia de medo e quer voltar contigo. – disse Hidan apontando para Maiko que continuava no chão a corar ligeiramente – Eu nem sei se ela está a ouvir alguma coisa que estás a dizer.

E Hidan tinha razão. Itachi tinha acabado de lhe salvar a vida e tinha-a tocado! Se conseguisse um abraço, podia morrer feliz.

- Se eu não sair daqui com… - disse o ANBU lançando o shuriken de maneira a fazer um leve corte na cara de Maiko – Vocês só vão sair daqui com ela morta.

- Estarias disposto a matá-la só para nós não ficarmos com ela? – perguntou Kakuzo sabendo a resposta mesmo antes de ele a dizer. Tinham mandado apenas um ANBU quando sabiam que ela estava com a Akatsuki? Isso queria dizer que não era oponente fácil. Kakuzo puxou Maiko até ela estar em pé e depois atirou-a para cima do ombro – Itachi, trata disso.

E, mal disse isso, saltou para cima da casa onde antes estava escondido e começou a correr o mais depressa que conseguia.

- Espera… - Maiko viu Itachi e Kisame afastarem-se, enquanto Hidan seguia Kakuzo e começou a entrar em pânico. ANBUs da aldeia dela não eram fáceis de enfrentar. – Esperem! Não podemos deixá-los ali, sozinhos!

- Tem calma. – disse Kakuzo para ela lhe parar de dar murros nas costas – Eles depois vêm ter connosco.

- Sim, eles são bons, não te preocupes. – disse Hidan vendo os olhos lacrimejantes de Maiko – Não tarda nada, estão connosco.

Não valia a pena protestar. O que é que ela podia fazer de qualquer das maneiras, já que nem sabia lutar.

Fechou os olhos e uma lágrima caiu.

Passados alguns minutos, sentaram-se em cima de uma árvore. Maiko não tinha a certeza se ainda estavam na aldeia. Já não ouvia nem via Itachi ou Kisame, só alguns dos tetos das casas da aldeia.

Depois disso já tinha passado meia hora e nem sinal de Itachi ou Kisame. Hidan e Kakuzo não pareciam estar preocupados aliás, falavam seriamente sobre recompensas e informações do tipo. Maiko não sabia como é que eles faziam aquilo.

- Não deviam ir ver se ele…se eles estão bem? – perguntou Maiko sempre a olhar para a aldeia – Eles podem estar…

- Já está tudo tratado.

Maiko quase caía do ramo onde estava sentada quando viu Kisame aparecer do nada. Ele estava ferido! Onde é que estava Itachi?!

- O Itachi-san está lá em baixo. – disse Kisame respondendo à pergunta silenciosa de Maiko – Diz que não está com disposição para esperar muito mais pela informação.

- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Maiko levantando-se imediatamente.

- Vocês foram seguidos até aqui e comprometeram a missão. – respondeu Kisame arranjando a capa – No que é que estavam a pensar ao trazê-la convosco?

- Sim, já percebemos. – disse Kakuzo levantando-se no ramo, com facilidade – Vamos trocar informações para continuarmos.

E Maiko ficou ali, a vê-los falar, a pensar como Itachi estaria. Queria vê-lo. Estaria ferido? Se estava, porque é que não a levavam até ele?

- Vamos até lá abaixo. Precisamos de falar sobre uma coisa com o Itachi-san. – pediu Kisame depois de ter recebido as informações. Depois olhou para ela – Maiko-san, venha também. Ele pode querer usá-la.

Sim, finalmente, pensou Maiko mas teve que conter o abraço que lhe queria dar quando chegou lá abaixo. Itachi estava com um olho fechado. Apesar de não ter mais feridas pelo corpo, parecia cansado. Só tinha que lhe tocar para ser tocado, no entanto, ele permanecia afastado.

- Itachi-san. – começou Kisame em voz baixa – Talvez fosse melhor o Kakuzo vir comigo nesta missão e você ir para casa para se restabelecer.

- Não, Kisame. – replicou Itachi, encostado a uma árvore – Esta missão é nossa e vamos acabá-la como tal.

Mas, Itachi-san…

- Já chega, Kisame. – interrompeu Itachi, fazendo questão de levantar a voz – Já perdemos tempo suficiente, temos que ir! Só temos dois dias!

- Sim, Itachi-san. – concordou Kisame finalmente – Mas, pelo menos, deixe a Maiko-san curá-lo.

Itachi olhou para Maiko durante alguns momentos, depois virou a cara e disse, antes de começar a correr. – Estou bem, Kisame. Agora, vem. Ou eu vou sem ti.

Kisame suspirou ao ver Itachi afastar-se. Olhou rapidamente para o resto do grupo. – Maiko-san, esteja pronta para curar o Itachi-san quando chegarmos. Estamos de volta dentro de dois dias.

Depois de ver Kisame desaparecer, atrás de Itachi, Maiko quase teve que ser puxada para se mover dali. Queria ajudar Itachi…porque é que ele não deixava ajuda-lo!!!

- O que é que ele tem? – perguntou Maiko às costas de Hidan, enquanto se apressavam para o covil e entravam no país coberto de chuva – Porque é que ninguém me diz?

- Se, nem o Itachi nem o Pain te disser, então é porque não tens que saber. – respondeu Kakuzo – Ou não estás autorizada a saber.

- O que é que ele tinha no olho? – continuou Maiko – Porque é que estava fechado? Porque é que ele não me deixou curá-lo!?

- Às vezes não é bom fazer muitas perguntas. – avisou Hidan – Principalmente quando se é tão descartável quanto tu és.

Maiko arrepiou-se ao ouvir isso. Tinha pensado nisso, mas nunca tão seriamente. Não sabia lutar e era definitivamente um fardo para os outros. Se eles encontrassem alguém como ela, que se soubesse defender, então ela seria descartada, tal como Hidan tinha dito.

Tinha sido naquele momento, que Maiko decidiu começar a treinar.

Sem saber o que realmente significava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A pobre coitada corria perigo de vida e só pensava no Itachi XD isso é que é amor!
Comentários?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Naruto - My Chance At Love (itachi)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.