Naruto - My Chance At Love (itachi) escrita por Mirytie


Capítulo 24
Capítulo 24 - Duas Semanas


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Na semana seguinte, Maiko continuara indisposta, todos os dias, sem excepção. Itachi começava a ficar preocupado, tal como a própria. O seu corpo já se teria livrado de um vírus normal. Se tinha apanhado um vírus raro que nem mesmo o seu corpo era capaz de expelir, seria perigoso ficar ali porque podia ser contagioso.

- Estás um bocado quente. – disse Itachi, pondo-lhe uma mão na testa – Sentes-te bem? Queres água?

- Estou bem. – respondeu Maiko.

Tinha-se confinado ao seu quarto e já nem cozinhava porque o cheiro da comida dava-lhe náuseas. Itachi tinha-lhe dito que o Paine-sama tinha-lhes dado autorizado a afastarem-se da Akatsuki e para mudarem-se para a cabana que Itachi tinha construído, mas este recusava-se a viajar até Maiko melhorar.

Depois de ouvir sobre o caso, Paine visitara Maiko mas limitara-se a olhar. – A Konan vai passar por cá mais tarde. Ela percebe mais de doenças do que eu.

Tal como dissera, umas horas mais tarde, Konan entrou no quarto de Maiko e dirigiu-se a ela, que se encontrava deitada na cama, ignorando Itachi.

- Dizes que o teu corpo não consegue curar o vírus? – perguntou Konan – E quais são os sintomas?

- Náuseas, vómitos e febre, até agora. – respondeu Maiko – Konan-sama, se o vírus for contagioso, será melhor que deixe o esconderijo.

- Eu posso levá-la a um médico se for preciso. – adicionou Itachi.

Konan olhou para Maiko, depois para Itachi e para Maiko outra vez. Não queria perguntar, pensou Konan. Não. Não importava se não o fizesse. Já vira alguns casos como aqueles.

- Ela deve ficar bem não tarda nada. – disse Konan, finalmente – Apesar de te sentires assim, o “vírus” não é contagioso e podes mover-te à vontade uma vez que te sintas bem. Não há motivos para preocupações.

- Tens a certeza? – perguntou Itachi, verdadeiramente preocupado.

- Sim. – confirmou Konan – Podem mudar-se para a cabana quando quiserem mas, antes de o fazerem, quero que a Maiko venha à torre sozinha, para falar comigo.

- Se ela está bem, para que é que tem de ir à torre? – perguntou Itachi, arrependendo-se imediatamente quando Konan olhou para ele.

- Apesar de estarem afastados das missões da Akatsuki, agora, deveriam ter respeito por tudo aquilo que fizemos por vocês. – disse Konan, dirigindo-se para a porta – Maiko, antes de se mudarem, quero falar contigo.

- Farei isso. – concordou Maiko, quando Itachi ia abrir a boca outra vez.

Depois de os vómitos de Maiko pararem, Itachi resolveu fazer as malas e preparar-se para a mudança.

- Tens a certeza de que não queres ajuda? – perguntou Itachi, enquanto via Maiko a meter as suas coisas numa mochila e a equipar o corpo com armas ninja de todo o tipo – Achas que vamos ser atacados?

- Vamos com as capas da Akatsuki. – disse ela – Há muita gente que tem medo de nós, mas também há muita gente que quer vingança. Tu tens vários jutsus para te protegeres, mas eu só tenho estas armas e a minha velocidade.

- Podes fugir, enquanto eu trato deles. – disse Itachi.

Maiko franziu, porque sabia que ele estava a falar a sério. – Eu não vou fugir. Tenho o meu orgulho.

Sem querer continuar a discussão, Itachi pegou na mochila de Maiko e saíram para a sala de convívio. – Eu preciso de falar com o Kisame, porque é que não vais indo para a torre? – sugeriu ele – Encontramo-nos lá.

- Está bem. – aceitou Maiko, com um ar desconfiado – Não sei quanto tempo é que a Konan-sama vai demorar, mas eu espero lá.

- Eu não me demoro. – prometeu Itachi.

E assim, separaram-se. Enquanto Maiko se dirigia para a torre, Itachi sentou-se ao lado de Kisame, que se encontrava a descansar no sofá.

- Então vão mesmo fazer isto. Decidiste-te a ficar com ela. – disse Kisame enquanto Itachi pousava a mochila de Maiko ao seu lado – Vão voltar?

- Não está nos meus planos. Vou ficar com ela até o meu corpo se deteriorar. – respondeu Itachi, fazendo Kisame suspirar – Então, descobriste alguma coisa sobre a última missão da Maiko?

- Sim. – disse Kisame, fechando os olhos – Mas acho que não vais gostar do que vais ouvir.

E, em toda a verdade, enquanto ouvia Kisame, Itachi começava a mudar de ideias sobre o seu futuro com Maiko.

Enquanto Itachi pensava em encontrar-se com o irmão no final de contas, Maiko entrava na torre, aonde Konan já a esperava. As palavras dela foram curtas.

- Tu estás grávida. – disse Konan directamente, chocando Maiko.

- Estou grávida!? – perguntou Maiko, levando imediatamente uma mão à barriga – Como é que isso…?

- Queres que te explique como é que isso acontece? – perguntou Konan – Será que já não sabes porquê e quando é que engravidaste?

- Eu…

- Não consigo dizer há quanto tempo é que estás grávida. – disse Konan – Mas, se quiseres, eu ainda posso tirar o bebé…

- Não! – exclamou Maiko – Eu quero o bebé!

- Então sabes que vais precisar de cuidados médicos daqui a alguns meses. – disse Konan – E podes já estar sozinha quando o tempo chegar.

- O Itachi vai estar lá! – garantiu Maiko, dando um passo atrás – Tenho a certeza de que ele vai estar lá!

Konan não disse mais nada. Terminou a conversa e deixou a torre, enquanto Maiko permaneceu lá, à espera de Itachi, ainda com a mão na barriga, a pensar em como dizer a Itachi que carregava o seu herdeiro. O futuro do Clã Uchiha. Isso era muita coisa para dizer.

Decidiu que ainda tinha muito tempo para pensar em como lhe dizer por isso, quando ele apareceu, ela limitou-se a sorrir apesar de estar nervosa. Claro que Itachi notou que ela estava nervosa, mas decidiu não tocar no assunto, por enquanto.

- Podes esperar lá fora? – pediu Itachi – Eu tenho de fazer uma coisa…

- Está bem. – concordou Maiko, sem sequer o deixar acabar – Vou…esperar lá fora.

Com toda a pressa do mundo, Maiko saiu da torre e deixou Itachi de sobrancelhas franzidas. No entanto, antes de mais nada, abriu as portas que iam dar para a sala onde Nagato estava.

- Vens-te despedir? – perguntou Nagato.

- Não é uma despedida. – corrigiu Itachi – Como disseste antes, vou contar-te como é sentir amor e paz que não acaba em dor ou desilusão. Por isso, não morras.

Nagato sorriu, uma coisa que já não fazia há muito tempo.

- Todos morremos no final. Para nós ninjas, o final fica mais próximo a cada passo que damos. – disse Nagato – Mas eu prometo-te que vou aguentar o máximo que puder, até tu confessares que não pode-se sentir amor nem paz sem se sentir dor ou desilusão.

Itachi também sorriu.

- Talvez tenhamos de amar para sentir dor e não o contrário. – disse Itachi, baixando a cabeça – Às vezes temos de deixar as coisas que amamos para trás para as protegermos. Essa dor, só vem porque amamos essa pessoa.

- Então concordas comigo. – disse Nagato, percebendo o que Itachi iria fazer.

- Talvez concorde. – disse Itachi – Mesmo que eu morra e tu morras, eu prometo dizer-te qual de nós estava certo.

- Então vai. – disse Nagato – Protege as pessoas que amas mesmo que custe a tua vida, mas não as faças pelas razões erradas e não mintas para as fazer sentir melhor. Porque isso só trará mais dor.

- Até nos vermos outra vez, Nagato. – despediu-se Itachi, enquanto abria a porta – Obrigado por tudo o que fizeste por mim e pela Maiko.

- Não precisas de agradecer. – murmurou Nagato, quando Itachi saiu – Porque foste um dos meus melhores amigos. Mas no fim, tudo acaba em dor.

Minutos depois de Itachi ter saído da torre, Konan entrou na sala de Nagato.

- Para que é que são as lágrimas? – perguntou Konan, aproximando-se para as limpar – Já devias saber que isto ia acontecer. Desde o principio que sabias que o Itachi ia morrer.

- Então, para que é que são as lágrimas, Konan? – perguntou Nagato.

Surpreendida, Konan levou uma mão à sua face e reparou que também tinha lágrimas na cara.

Com um sorriso, ela olhou para Nagato. – Perdemos outro amigo, huh?

Konan e Nagato já estavam habituados a perderem membros da Akatsuki e já não sentiam nada. Mas Itachi era diferente.

No entanto, sem saber o que eles sentiam, Itachi acompanhava Maiko até à cabana. Iam em silêncio porque ambos tinham coisas para dizer um ao outro. Coisas que não sabiam como dizer.

- Sentes isto? – perguntou Itachi, quando eles passaram pela barreira que Itachi tinha criado.

- Sim. – respondeu Maiko, maravilhada por conseguir sentir. Era como uma cortina fina e suave – Isto vai impedir que inimigos se aproximem, certo?

- Exactamente. – respondeu Itachi – Já que tu não és afectada por jutsus e fui eu que criei a barreira, mais ninguém pode passar a não ser tu e eu.

Maiko ficou preocupada. Se só eles os dois podiam passar, o que acontecer à criança que crescia dentro dela? Nunca poderia sair dali de dentro?

Maiko manteve o sorriso, apesar de agora estar a força-lo.

Por outro lado, Itachi pensava ficar naquele território durante duas semanas com Maiko e depois partir para falar com o irmão. Falar, pensou Itachi rindo-se dos seus próprios pensamentos.

Claro que o irmão não iria querer falar e Itachi não estava disposto a falar sobre a extinção do Clã Uchiha nem do seu acordo que tinha feito com o anterior Hokage. Queria-lhe falar de Maiko e do encontro que tinha tido com ela.

Kisame contara-lhe tudo e, pelos vistos, o encontro não tinha sido nada agradável. Maiko tinha lutado contra o irmão e, surpreendentemente, ganhado. Mas não queria que as duas pessoas mais importantes da sua vida se destruíssem uma à outra. Era isso que queria dizer ao irmão. Pelo menos isso. Mesmo que tivesse de morrer. Afinal, não era isso que ele tinha planeado desde o princípio.

Mas agora, enquanto olhava para Maiko, morrer não era um pensamento agradável, mesmo que fosse para se redimir aos olhos do irmão.

As duas semanas tinham passado pacificamente.

Apesar de não terem muito para fazer, Itachi mantinha-se ocupado a caçar e a dar alguns retoques finais à cabana. Maiko também se mantinha ocupada, a obcecar em como contar a Itachi que estava grávida porque, mesmo passadas duas semanas, ainda não tinha-lhe contado. Também cozinhava e apanhava ervas medicinais.

Itachi construía brinquedos para os futuros bebés que ele tinha a certeza que ela queria ter. Mesmo se ele morresse, tinha a certeza que Maiko encontraria outra pessoa para amar.

Quando o tempo chegou, Itachi esperou até estarem à mesa, a jantar, para dar-lhe as noticias. Maiko falava alegremente sobre o que tinha feito durante o dia e Itachi ouvia com atenção, sorrindo por ela estar a gostar de viver ali.

Depois de ela acabar de falar, foi a vez dele.

- Amanhã tenho de ir à torre. – mentiu ele – Não te importas de ficar um pouco sozinha.

O silêncio instalou-se durante alguns segundos mas Maiko acabou por anuir com a cabeça. – Claro que não me importo. Afinal, não é uma viagem muito longa.

Assim também tinha tempo para pensar numa maneira de lhe contar, pensou Maiko.

- Vou partir de manhã cedo. – continuou Itachi – Não precisas de te levantar para me veres partir.

- Não faz mal, eu também tenho de me levantar cedo. – disse Maiko – Tenho de preparar a comida que trouxeste no outro dia.

Itachi sorriu e continuou a comer, enquanto Maiko queixava-se por ele ter caçado comida que dava para semanas.

Nessa noite, Itachi esperou que ela adormecesse e abriu os olhos.

Ficou toda a noite a olhar para ela.

O sol mal tinha aparecido no horizonte quando Itachi acordou, seguido por Maiko, que sentiu-o a deixar a cama. No entanto, depois do pequeno-almoço, quando o viu a ingerir uma quantidade excessiva de medicamentos derivados que o impediam de morrer mais cedo, Maiko sentiu um aperto no peito e apercebeu-se de que ele não se dirigia para a torre.

Quando chegaram à barreira, pararam.

- Não vais demorar muito, certo? – perguntou Maiko, tentando conter as lágrimas. Mesmo que o tentasse impedir, não serviria de nada. Ele provavelmente limitar-se-ia a deixá-la inconsciente e a partir – Vais voltar, certo? Eu tenho uma coisa para te contar quando voltares. Uma coisa muito importante.

- Claro que vou voltar. – disse Itachi – Porque é que estás a dizer isso?

- Promete-me que vais voltar. – disse Maiko, falando mais alto – Tens de prometer.

- Eu prometo. – disse Itachi, agarrando-se às suas próprias palavras – Eu prometo que vou voltar. Só tens de esperar por mim.

Itachi baixou-se e deu-lhe um beijo na testa como costumava fazer e depois partiu sem olhar para trás.

Não conseguia olhar para trás. Se olhasse, perderia toda a vontade de ir.


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Notas finais do capítulo

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