Naruto - My Chance At Love (itachi) escrita por Mirytie
Notas iniciais do capítulo
Enjoy ^-^
Na semana seguinte, Maiko continuara indisposta, todos os dias, sem excepção. Itachi começava a ficar preocupado, tal como a própria. O seu corpo já se teria livrado de um vírus normal. Se tinha apanhado um vírus raro que nem mesmo o seu corpo era capaz de expelir, seria perigoso ficar ali porque podia ser contagioso.
- Estás um bocado quente. – disse Itachi, pondo-lhe uma mão na testa – Sentes-te bem? Queres água?
- Estou bem. – respondeu Maiko.
Tinha-se confinado ao seu quarto e já nem cozinhava porque o cheiro da comida dava-lhe náuseas. Itachi tinha-lhe dito que o Paine-sama tinha-lhes dado autorizado a afastarem-se da Akatsuki e para mudarem-se para a cabana que Itachi tinha construído, mas este recusava-se a viajar até Maiko melhorar.
Depois de ouvir sobre o caso, Paine visitara Maiko mas limitara-se a olhar. – A Konan vai passar por cá mais tarde. Ela percebe mais de doenças do que eu.
Tal como dissera, umas horas mais tarde, Konan entrou no quarto de Maiko e dirigiu-se a ela, que se encontrava deitada na cama, ignorando Itachi.
- Dizes que o teu corpo não consegue curar o vírus? – perguntou Konan – E quais são os sintomas?
- Náuseas, vómitos e febre, até agora. – respondeu Maiko – Konan-sama, se o vírus for contagioso, será melhor que deixe o esconderijo.
- Eu posso levá-la a um médico se for preciso. – adicionou Itachi.
Konan olhou para Maiko, depois para Itachi e para Maiko outra vez. Não queria perguntar, pensou Konan. Não. Não importava se não o fizesse. Já vira alguns casos como aqueles.
- Ela deve ficar bem não tarda nada. – disse Konan, finalmente – Apesar de te sentires assim, o “vírus” não é contagioso e podes mover-te à vontade uma vez que te sintas bem. Não há motivos para preocupações.
- Tens a certeza? – perguntou Itachi, verdadeiramente preocupado.
- Sim. – confirmou Konan – Podem mudar-se para a cabana quando quiserem mas, antes de o fazerem, quero que a Maiko venha à torre sozinha, para falar comigo.
- Se ela está bem, para que é que tem de ir à torre? – perguntou Itachi, arrependendo-se imediatamente quando Konan olhou para ele.
- Apesar de estarem afastados das missões da Akatsuki, agora, deveriam ter respeito por tudo aquilo que fizemos por vocês. – disse Konan, dirigindo-se para a porta – Maiko, antes de se mudarem, quero falar contigo.
- Farei isso. – concordou Maiko, quando Itachi ia abrir a boca outra vez.
Depois de os vómitos de Maiko pararem, Itachi resolveu fazer as malas e preparar-se para a mudança.
- Tens a certeza de que não queres ajuda? – perguntou Itachi, enquanto via Maiko a meter as suas coisas numa mochila e a equipar o corpo com armas ninja de todo o tipo – Achas que vamos ser atacados?
- Vamos com as capas da Akatsuki. – disse ela – Há muita gente que tem medo de nós, mas também há muita gente que quer vingança. Tu tens vários jutsus para te protegeres, mas eu só tenho estas armas e a minha velocidade.
- Podes fugir, enquanto eu trato deles. – disse Itachi.
Maiko franziu, porque sabia que ele estava a falar a sério. – Eu não vou fugir. Tenho o meu orgulho.
Sem querer continuar a discussão, Itachi pegou na mochila de Maiko e saíram para a sala de convívio. – Eu preciso de falar com o Kisame, porque é que não vais indo para a torre? – sugeriu ele – Encontramo-nos lá.
- Está bem. – aceitou Maiko, com um ar desconfiado – Não sei quanto tempo é que a Konan-sama vai demorar, mas eu espero lá.
- Eu não me demoro. – prometeu Itachi.
E assim, separaram-se. Enquanto Maiko se dirigia para a torre, Itachi sentou-se ao lado de Kisame, que se encontrava a descansar no sofá.
- Então vão mesmo fazer isto. Decidiste-te a ficar com ela. – disse Kisame enquanto Itachi pousava a mochila de Maiko ao seu lado – Vão voltar?
- Não está nos meus planos. Vou ficar com ela até o meu corpo se deteriorar. – respondeu Itachi, fazendo Kisame suspirar – Então, descobriste alguma coisa sobre a última missão da Maiko?
- Sim. – disse Kisame, fechando os olhos – Mas acho que não vais gostar do que vais ouvir.
E, em toda a verdade, enquanto ouvia Kisame, Itachi começava a mudar de ideias sobre o seu futuro com Maiko.
…
Enquanto Itachi pensava em encontrar-se com o irmão no final de contas, Maiko entrava na torre, aonde Konan já a esperava. As palavras dela foram curtas.
- Tu estás grávida. – disse Konan directamente, chocando Maiko.
- Estou grávida!? – perguntou Maiko, levando imediatamente uma mão à barriga – Como é que isso…?
- Queres que te explique como é que isso acontece? – perguntou Konan – Será que já não sabes porquê e quando é que engravidaste?
- Eu…
- Não consigo dizer há quanto tempo é que estás grávida. – disse Konan – Mas, se quiseres, eu ainda posso tirar o bebé…
- Não! – exclamou Maiko – Eu quero o bebé!
- Então sabes que vais precisar de cuidados médicos daqui a alguns meses. – disse Konan – E podes já estar sozinha quando o tempo chegar.
- O Itachi vai estar lá! – garantiu Maiko, dando um passo atrás – Tenho a certeza de que ele vai estar lá!
Konan não disse mais nada. Terminou a conversa e deixou a torre, enquanto Maiko permaneceu lá, à espera de Itachi, ainda com a mão na barriga, a pensar em como dizer a Itachi que carregava o seu herdeiro. O futuro do Clã Uchiha. Isso era muita coisa para dizer.
Decidiu que ainda tinha muito tempo para pensar em como lhe dizer por isso, quando ele apareceu, ela limitou-se a sorrir apesar de estar nervosa. Claro que Itachi notou que ela estava nervosa, mas decidiu não tocar no assunto, por enquanto.
- Podes esperar lá fora? – pediu Itachi – Eu tenho de fazer uma coisa…
- Está bem. – concordou Maiko, sem sequer o deixar acabar – Vou…esperar lá fora.
Com toda a pressa do mundo, Maiko saiu da torre e deixou Itachi de sobrancelhas franzidas. No entanto, antes de mais nada, abriu as portas que iam dar para a sala onde Nagato estava.
- Vens-te despedir? – perguntou Nagato.
- Não é uma despedida. – corrigiu Itachi – Como disseste antes, vou contar-te como é sentir amor e paz que não acaba em dor ou desilusão. Por isso, não morras.
Nagato sorriu, uma coisa que já não fazia há muito tempo.
- Todos morremos no final. Para nós ninjas, o final fica mais próximo a cada passo que damos. – disse Nagato – Mas eu prometo-te que vou aguentar o máximo que puder, até tu confessares que não pode-se sentir amor nem paz sem se sentir dor ou desilusão.
Itachi também sorriu.
- Talvez tenhamos de amar para sentir dor e não o contrário. – disse Itachi, baixando a cabeça – Às vezes temos de deixar as coisas que amamos para trás para as protegermos. Essa dor, só vem porque amamos essa pessoa.
- Então concordas comigo. – disse Nagato, percebendo o que Itachi iria fazer.
- Talvez concorde. – disse Itachi – Mesmo que eu morra e tu morras, eu prometo dizer-te qual de nós estava certo.
- Então vai. – disse Nagato – Protege as pessoas que amas mesmo que custe a tua vida, mas não as faças pelas razões erradas e não mintas para as fazer sentir melhor. Porque isso só trará mais dor.
- Até nos vermos outra vez, Nagato. – despediu-se Itachi, enquanto abria a porta – Obrigado por tudo o que fizeste por mim e pela Maiko.
- Não precisas de agradecer. – murmurou Nagato, quando Itachi saiu – Porque foste um dos meus melhores amigos. Mas no fim, tudo acaba em dor.
Minutos depois de Itachi ter saído da torre, Konan entrou na sala de Nagato.
- Para que é que são as lágrimas? – perguntou Konan, aproximando-se para as limpar – Já devias saber que isto ia acontecer. Desde o principio que sabias que o Itachi ia morrer.
- Então, para que é que são as lágrimas, Konan? – perguntou Nagato.
Surpreendida, Konan levou uma mão à sua face e reparou que também tinha lágrimas na cara.
Com um sorriso, ela olhou para Nagato. – Perdemos outro amigo, huh?
…
Konan e Nagato já estavam habituados a perderem membros da Akatsuki e já não sentiam nada. Mas Itachi era diferente.
No entanto, sem saber o que eles sentiam, Itachi acompanhava Maiko até à cabana. Iam em silêncio porque ambos tinham coisas para dizer um ao outro. Coisas que não sabiam como dizer.
- Sentes isto? – perguntou Itachi, quando eles passaram pela barreira que Itachi tinha criado.
- Sim. – respondeu Maiko, maravilhada por conseguir sentir. Era como uma cortina fina e suave – Isto vai impedir que inimigos se aproximem, certo?
- Exactamente. – respondeu Itachi – Já que tu não és afectada por jutsus e fui eu que criei a barreira, mais ninguém pode passar a não ser tu e eu.
Maiko ficou preocupada. Se só eles os dois podiam passar, o que acontecer à criança que crescia dentro dela? Nunca poderia sair dali de dentro?
Maiko manteve o sorriso, apesar de agora estar a força-lo.
Por outro lado, Itachi pensava ficar naquele território durante duas semanas com Maiko e depois partir para falar com o irmão. Falar, pensou Itachi rindo-se dos seus próprios pensamentos.
Claro que o irmão não iria querer falar e Itachi não estava disposto a falar sobre a extinção do Clã Uchiha nem do seu acordo que tinha feito com o anterior Hokage. Queria-lhe falar de Maiko e do encontro que tinha tido com ela.
Kisame contara-lhe tudo e, pelos vistos, o encontro não tinha sido nada agradável. Maiko tinha lutado contra o irmão e, surpreendentemente, ganhado. Mas não queria que as duas pessoas mais importantes da sua vida se destruíssem uma à outra. Era isso que queria dizer ao irmão. Pelo menos isso. Mesmo que tivesse de morrer. Afinal, não era isso que ele tinha planeado desde o princípio.
Mas agora, enquanto olhava para Maiko, morrer não era um pensamento agradável, mesmo que fosse para se redimir aos olhos do irmão.
…
As duas semanas tinham passado pacificamente.
Apesar de não terem muito para fazer, Itachi mantinha-se ocupado a caçar e a dar alguns retoques finais à cabana. Maiko também se mantinha ocupada, a obcecar em como contar a Itachi que estava grávida porque, mesmo passadas duas semanas, ainda não tinha-lhe contado. Também cozinhava e apanhava ervas medicinais.
Itachi construía brinquedos para os futuros bebés que ele tinha a certeza que ela queria ter. Mesmo se ele morresse, tinha a certeza que Maiko encontraria outra pessoa para amar.
Quando o tempo chegou, Itachi esperou até estarem à mesa, a jantar, para dar-lhe as noticias. Maiko falava alegremente sobre o que tinha feito durante o dia e Itachi ouvia com atenção, sorrindo por ela estar a gostar de viver ali.
Depois de ela acabar de falar, foi a vez dele.
- Amanhã tenho de ir à torre. – mentiu ele – Não te importas de ficar um pouco sozinha.
O silêncio instalou-se durante alguns segundos mas Maiko acabou por anuir com a cabeça. – Claro que não me importo. Afinal, não é uma viagem muito longa.
Assim também tinha tempo para pensar numa maneira de lhe contar, pensou Maiko.
- Vou partir de manhã cedo. – continuou Itachi – Não precisas de te levantar para me veres partir.
- Não faz mal, eu também tenho de me levantar cedo. – disse Maiko – Tenho de preparar a comida que trouxeste no outro dia.
Itachi sorriu e continuou a comer, enquanto Maiko queixava-se por ele ter caçado comida que dava para semanas.
Nessa noite, Itachi esperou que ela adormecesse e abriu os olhos.
Ficou toda a noite a olhar para ela.
…
O sol mal tinha aparecido no horizonte quando Itachi acordou, seguido por Maiko, que sentiu-o a deixar a cama. No entanto, depois do pequeno-almoço, quando o viu a ingerir uma quantidade excessiva de medicamentos derivados que o impediam de morrer mais cedo, Maiko sentiu um aperto no peito e apercebeu-se de que ele não se dirigia para a torre.
Quando chegaram à barreira, pararam.
- Não vais demorar muito, certo? – perguntou Maiko, tentando conter as lágrimas. Mesmo que o tentasse impedir, não serviria de nada. Ele provavelmente limitar-se-ia a deixá-la inconsciente e a partir – Vais voltar, certo? Eu tenho uma coisa para te contar quando voltares. Uma coisa muito importante.
- Claro que vou voltar. – disse Itachi – Porque é que estás a dizer isso?
- Promete-me que vais voltar. – disse Maiko, falando mais alto – Tens de prometer.
- Eu prometo. – disse Itachi, agarrando-se às suas próprias palavras – Eu prometo que vou voltar. Só tens de esperar por mim.
Itachi baixou-se e deu-lhe um beijo na testa como costumava fazer e depois partiu sem olhar para trás.
Não conseguia olhar para trás. Se olhasse, perderia toda a vontade de ir.
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