Naruto - My Chance At Love (itachi) escrita por Mirytie


Capítulo 19
Capítulo 19 - Rejeição


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Depois de ter resgatado Maiko, os dias passaram na normalidade que era a vida da Akatsuki.

Poucos dias depois de ela ter voltado, tinha descoberto que eles tinham raptado, matado e tirado o biju do Kazekage. É claro que, depois de ter passado dois anos sob a protecção de Gaara, Maiko não tinha gostado das notícias.

- Mas ele foi ressuscitado. Pensávamos que já sabia, Maiko-san. Afinal, o Sasori e o Deidara foram mortos nessa missão. – disse Kisame, tentando controlar os danos.

- Eu não sabia que a missão tinha sido essa! – exclamou Maiko, levantando-se do sofá – E não importava se ele está vivo! Se fosse por vocês, ele estaria morto!

Com passos pesados, Maiko afastou-se e entrou no quarto, fechando a porta com força.

- Que raio! – Kakuzo abanou a cabeça perante a reacção de Maiko – O que é que ela acha que nós fazemos aqui?

Itachi levou uma mão à cara e também abanou a cabeça. É claro que percebia a reacção de Maiko. Gaara tinha-lhe salvado a vida e, francamente, ele também lhe estava agradecido. Mas não podia simplesmente dizer a Nagato para deixarem um jinchuuriki em paz por tais motivos.

Também não podia ir falar com ela depois de receber aquelas notícias.

- Não tivemos nada a ver com isso, Itachi-san. – disse Kisame, depois de ouvir Itachi a suspirar.

- É claro que tivemos, Kisame. – corrigiu Itachi – Apesar de terem sido o Deidara e o Sasori a capturá-lo, foi o grupo todo que lhe extraiu o biju e a vida.

Kisame não podia dizer nada sobre aquilo. E assim, acabaram por ir para a cama sem jantarem, com o queixoso Hidan, que não parava de dizer que tinha fome.

No dia seguinte, as notícias que vierem de Konan também não foram agradáveis.

- Ela não pode ir sozinha! – protestou Itachi, depois de Konan anunciar que Maiko iria em missão ao País do Ferro.

- Não temos outra escolha. – disse Konan, sentando-se no sofá para começar a planear a viajem – Os Samurais não confiam em ninjas. A Maiko é a única que pôde disfarçar o chacra e passar por uma pessoa normal. Em todo o caso, ela foi treinada pelo Kazekage e pelos irmãos dele. Está praticamente ao nível dos ANBU. Qual é o problema em deixá-la ir sozinha?

- Eu sou um ANBU. – lembrou Itachi – E mandam-me sempre com o Kisame.

- Isso é porque podes ficar cego a qualquer momento. – disse Konan – E estas são as ordens do Paine. Enquanto a Maiko vai em missão ao País do Ferro, tu e o Kisame vão a Konoha ver como é que está o jinchuuriki da Kyubi. Os outros ficam aqui para treinar o Tobi. Vamos precisar dele não tarda nada.

- Mas…

- A discussão acabou, Itachi. – concluiu Konan, fazendo sinal para que Maiko se sentasse ao lado dela – Vamos começar a planear as missões.

- Então ele recusou-se a deixá-la ir sozinha.

- Exactamente. – confirmou Konan, parada em frente a Nagato – Mas eu disse-lhe que era uma decisão tua e a discussão acabou.

- Achas que ele vai atrás dela? – perguntou Nagato.

- Não me parece. – respondeu Konan, confiante – Eu mandei-o para Konoha por esse motivo. Tenho a certeza que ele vai preferir ver como é que anda a missão para salvar o irmão.

- Estou a ver. – Nagato anuiu com a cabeça, mas não estava tão confiante quanto ela.

Segundo um dos Paines lhe tinha reportado, Itachi tinha escolhido Maiko em vez do irmão quando confrontara Kabuto

Mas a verdade era que Itachi não estava ir ao encontro de Maiko. No entanto, também não estava a dirigir-se para Konoha.

Depois de dizer a Kisame que esperasse por ele em Konoha, Itachi tinha partido na direcção oposta e estava agora a chegar à fronteira do País do Pássaro.

Era ali, entre o País do Pássaro e o País do Vento, que Itachi tinha encontrado o lugar perfeito. Aquele era o único sítio que ficava num País de Ninjas e, apesar de assim ser, pertencia ao País do Ferro.

Aquela pequena terra, que só era conhecida pelos ninjas mais antigos, tinha sido oferecida ao País do Ferro como oferta de paz e garantia de que nenhum ninja atacaria a terra dos Samurais.

Já que o País do Ferro era um sítio onde a neve nunca parava de cair, tinham escolhido aquela terra propositadamente.

No entanto, apesar de ter sido oferecida com propósito de paz, nenhum Samurai punha ali os pés há mais de cinquenta anos. Isso devia-se há sua extrema desconfiança mas, para Itachi, aquela situação era perfeita.

Já que tinha sido oferecida ao País do Ferro, aquele pedaço de terra nunca seria envolvido em caso de guerra. Era calmo, ficava a quinze minutos de um rio e a cinco minutos de uma cachoeira.

O sítio que Itachi escolhera era uma clareira rodeada por árvores. Não muito frio no Inverno nem muito quente no Verão.

Para garantir que nenhum ninja entraria naquele lugar, Itachi conjugara o melhor genjutsu de protecção que alguma vez tinha criado. Por isso, se alguém quisesse entrar ali, entraria num genjutsu que só ele conseguiria dispersar.

Aquele lugar…era para Maiko.

Desde que tinha descoberto que Maiko estava viva, Itachi começara a procurar por um lugar assim. Tinha-lhe custado muito a encontra-lo mas, depois de botar as mãos nalguns documentos antigos de Konoha, descobrira aquele lugar.

Tinha começado a construir uma casa de madeira há alguns dias e já tinha as bases prontas. A seguir seria o telhado. Se Maiko tivesse filhos um dia, estes também poderiam brincar por ali sem se preocuparem com quaisquer ameaças.

Ao pensar nisso, Itachi suspirou.

É claro que Maiko quereria filhos e isso significava que ela casaria com alguém, eventualmente. E isso queria dizer que Itachi também estava a construir a casa para esse futuro homem.

Distraído pelo pensamento, acabou com uma lasca de madeira presa no dedo mas, mesmo assim, continuou. Trinta minutos depois, já tinha acabado o tecto e começou a dirigir-se imediatamente para Konoha.

Com mais duas visitas, Itachi tinha a certeza que acabaria a casa. Talvez até construísse algumas coisas para que as futuras crianças dela pudessem brincar.

Quando chegou ao pé de Kisame, estava extremamente deprimido.

- Onde é que foi, Itachi-san? – perguntou Kisame, percebendo que ele estava perturbado – O que é que se passou?

- Nada, Kisame. – respondeu Itachi, enquanto se preparava para entrar na Vila. Não podia dizer a ninguém sobre aquela Terra neutra…e isso incluía os membros da Akatsuki.

Cinco dias depois de ter partido para o País do Ferro, Maiko estava de volta à torre onde Paine e Konan viviam, para reportar o que tinha acontecido.

Duas horas depois, voltara para o esconderijo, cansada e sem paciência para aturar os membros. Até porque ainda estava chateada com eles por causa de Gaara.

No entanto, quando entrou, havia gente para ser curada. Entre eles, Itachi.

- O que é que aconteceu? – perguntou Maiko, dirigindo-se imediatamente até Itachi.

- Ele estava distraído e fomos atacados. Ele teve de usar o genjutsu para que eles se esquecessem. – explicou Kisame – E agora está assim. Mal consegue ver.

- Kisame, já chega. – disse Itachi, olhando para Maiko – Eu não estou assim tão mal. Podes tratar dos outros, primeiro.

Suspirando, Maiko sentou-se ao lado de Itachi e puxou a mão dele. Tal como das vezes anteriores, começou a ficar cansada enquanto o curava. Sabia porquê e sabia que Itachi a pararia por isso não ficou surpreendida quando ele o fez.

Sem dizer uma palavra, passou de Itachi para Hidan e depois para Kakuzo.

- Como é que ficaram assim só a treinar com o Tobi? – perguntou Maiko.

- Houve alguns acidentes. – respondeu Kakuzo, encolhendo os braços.

- Em todo o caso, hoje vamos ter jantar? – perguntou Hidan, com os olhos a brilhar.

- Bem, já que todos esforçaram-se para concluírem as missões, acho que posso abrir uma excepção e preparar uma refeição. – resolveu Maiko, pondo um sorriso na cara – Mas só porque estão um bocado abatidos.

Contentíssimo, Hidan seguiu Maiko até à cozinha. Foi naquele momento que ela decidiu parar de pensar no Kazekage.

Aquela era a família dela, agora. Por muito que eles fossem cruéis e não se importassem com quem matavam, tinham-na acolhido da melhor maneira que conseguiam. E Gaara estava vivo. Nada de mal tinha acontecido no final.

Quinze minutos depois, enquanto desfrutavam da refeição ligeira, Maiko olhou para Itachi e franziu as sobrancelhas, perguntando-se porque é que ele não a deixava curá-lo.

Talvez não confiasse nela ou talvez pensasse que ela não conseguia curá-lo.

Talvez devesse tentar curá-lo enquanto ele estivesse a dormir. Já que ele era incapaz de sentir a sua presença, talvez resultasse. No entanto, ele era um ANBU e ela não sabia se ele ouviria a porta a abrir-se ou ela a tocar-lhe.

Mas tinha de tentar, pensou ela. Se não tentasse, nunca se perdoaria.

- Algum problema, Maiko-san? – perguntou Kisame quando viu Maiko a olhar para Itachi.

- Nenhum. – respondeu Maiko, virando os olhos para o prato para que Itachi não a visse corar.

Curá-lo enquanto ele dormia significava entrar no quarto dele à noite…ENQUANTO ELE ESTAVA A DORMIR!

Teria de juntar muita coragem para o fazer.

Mesmo sentindo-se envergonhada por entrar no quarto da pessoa de quem gostava sorrateiramente enquanto ele dormia, Maiko esperou até há uma da madrugada (para ter a certeza de que estavam todos a dormir) e saiu do quarto.

Em bicos de pés, dirigiu-se para o quarto de Itachi e abriu a porta o mais silenciosamente possível. Para tentar evitar o barulho, resolveu deixar a porta encostada. No entanto, quando viu Itachi a dormir pacificamente em cima da cama, a sua coragem desvaneceu-se.

Era a primeira vez que o via daquela maneira.

Perguntava-se se ele levaria a peito se ela lhe roubasse um beijo. Para começar, ele nunca saberia e não era o primeiro beijo dele. Sabia que ele já tinha tido uma namora, pelo menos.

Mas para ela, Itachi seria o primeiro.

Tentando esquecer aquela ideia, Maiko abanou a cabeça e focou-se no que tinha ido ali para fazer.

Continuando em bicos de pés, Maiko aproximou-se a ajoelhou-se ao lado da cama mas, quando lhe ia tocar, tal como previra, ele acordou e agarrou-a.

- O que é que estás aqui a fazer? – perguntou Itachi, abrindo os olhos – Não devias entrar no quarto dos outros sem permissão.

- Eu…eu…não conseguia dormir… - gaguejou Maiko, enquanto Itachi se sentava na cama – Por isso…

- Por isso vieste até ao meu quarto? – perguntou Itachi, um bocado confuso com a mentira de Maiko – Como é que isso te ajudaria a adormecer.

- Eu…é que… - Maiko não conseguia lembrar-se de mais nada. Devia ter pensado numa desculpa melhor, antes de ter ido até ali.

- Sabes que estavas a falar alto à pouco? – perguntou Itachi, vendo a cara dela a empalidecer.

- O quê!? – exclamou Maiko, vendo Itachi pôr um indicador em frente aos lábios para que ela falasse mais baixo.

- Sim, estavas a falar alto. – confirmou Itachi – Não achas que roubar um beijo a alguém é mau?

- Eu não estava a falar a sério. – justificou-se Maiko, passando de pálida para vermelha – E nem estava a falar de ti.

- A sério? – perguntou Itachi – Então a quem é que querias roubar um beijo?

- Ao…Hidan! – mentiu Maiko, vendo Itachi franzir as sobrancelhas – Sim, é isso! Eu queria roubar um beijo ao Hidan.

Apesar de qualquer pessoa normal conseguir ver que ela estava a mentir para esconder os seus sentimentos verdadeiros, Itachi não era uma pessoa normal quando se tratava de relações daquele tipo. Por isso, a única coisa em que conseguiu pensar foi “Então é para o Hidan que estou a construir a casa?” Mais do que isso, sentiu-se rejeitado. Como se tivesse acabado de confessar o que sentia e ela tivesse retribuído com um não.

- Estou a ver. – foi a resposta de Itachi, depois de a largar – Mas ainda não disseste porque é que estás aqui.

- Porque queria curar-te! – confessou Maiko – Porque é que não me deixas curar-te!?

- Porque não confio em ti…


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Notas finais do capítulo

Para quem não percebeu, é óbvio que o Itachi só disse aquilo porque estava ressentido T_T
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