Naruto - My Chance At Love (itachi) escrita por Mirytie


Capítulo 13
Capítulo 13 - Dois Anos e Seis Meses


Notas iniciais do capítulo

Yup, passaram dois anos e seis meses. O que quer dizer que entraram na era do Naruto Shipuuden mas não se preocupem...ainda há muita história para se desenrolar.
Enjoy ^-^



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Dois anos e Seis meses Depois

Passado algum tempo de Maiko entrar em Suna, Gaara tinha assumido o cargo de Kazekage e dera autorização para que ela ficasse ali durante o tempo que quisesse.

Maiko tinha aceitado a oferta porque não tinha a confiança para voltar para o esconderijo. Era fraca e um estorvo para Itachi e para os outros. Para que Pain a aceitasse de volta, Maiko tinha que se tornar forte. Por isso, para além de aceitar a oferta, pedira humildemente a Gaara para que alguém a treinasse.

Sensibilizado pelo pedido de Maiko, Gaara concordara e os três irmãos tomaram vez para a treinar. No entanto, como Gaara tinha o trabalho burocrático que vinha com o cargo de Kazekage e Kankuro não simpatizava muito com ela, tinha sido maioritariamente treinada por Temari.

Felizmente, depois daquele dia há dois anos atrás, as duas tinham-se tornado amigas.

“Maiko, tu conheces o Itachi?” fora o que Temari lhe perguntara. Claro que ela respondera “não”, que só sabia a história que lhe tinham contado e que Itachi não parecia uma má pessoa. Temaria rira-se e dissera-lhe que ela era engraçada. “Como é que alguém que mata o seu próprio clã numa noite pode ser uma boa pessoa?”

Mas Itachi tinha-a salvo várias vezes, por isso “matou o clã inteiro” era uma coisa em que não queria acreditar até ouvir da boca do próprio.

Um ano tinha passado a correr. Depois outro e, poucos meses depois já estava habilitada para ser uma ninja e ir em missões de dificuldade média.

Com o treino intensivo por que tinha passado, não era nenhuma surpresa.

Quando deu por isso, já ia a meio do terceiro ano. Percebeu-o quando mandaram-na numa missão à Vila Oculta da Chuva. Sentira-se até tentada a voltar para o esconderijo naquele exato momento, mas não podia abandonar a sua equipa durante uma missão.

Voltaram a Suna poucos dias depois, levando com eles o ninja que tinha traído o Kazekage.

Entretanto, descobrira que o irmão mais novo de Sasuke tinha sido levado por um ninja transgressor chamado Orochimaru que, pelos vistos, fazia parte de um grupo de ninjas lendários intitulados de Sannin.

Maiko tinha aprendido muito sobre o mundo ninja. Algo que sempre lhe fora negado antes de ir para Suna.

Maiko entrou no quarto que lhe tinha sido disponibilizado e atirou-se para a cama, sentindo o cabelo molhado que agora, depois de o acordar, passava ligeiramente para além da linha dos ombros.

Tomara a decisão de o cortar quando estava em missão e um dos inimigos a apanhou pelo cabelo. Felizmente, o seu companheiro tinha-a salvo mas, mal chegara à aldeia, pedira a Temari para lhe cortar o cabelo. E, em adição, estava um calor infernal naquela Aldeia.

Por alguma razão estranha e confusa, começava a ter saudades de viver no esconderijo…naquela aldeia eram todos tão respeitosos e sinceros. No esconderijo, apesar de se sentir em perigo de vida quase todos os dias, eram divertidos.

Com um suspiro, levantou-se e olhou-se ao espelho. O cabelo preto estava todo despenteado e estava a começar a encaracolar por causa de não o ter secado propriamente. Sem se importar com o seu aspeto, pegou na mochila que tinha comprado há umas semanas e começou a arrumar a sua roupa lá dentro.

Já tinha pago a sua divida a Suna e, como não era originalmente uma ninja daquela Vila, podia partir quando quisesse. No entanto, sentia-se obrigada a avisar, se não o Kazakage, pelo menos Temari.

Por isso, prendeu o cabelo com um fio, prendeu uma capa preta ao pescoço para cobrir a roupa ninja e tirou a bandana com o símbolo de Suna que estava amarrada ao seu braço direito.

Pegou na mochila e saiu, depois de olhar uma última vez para o quarto que tinha sido seu durante a sua estadia.

Itachi saiu do quarto para se juntar a Kisame.

- Onde é que estão os outros? – perguntou Itachi, sentando-se no sofá em frente a Kisame.

- O Deidara e o Sasori foram a Suna para capturar o Kazekage. – respondeu Kisame – O Paine-sama e a Kanon-sama foram preparar as coisas para recebermos o biju. O Kakuzu e o Hidan estão a recolher informações sobre o próximo jinchuuriki. Nós também devíamos ir andando. Eles vão precisar de ajuda quando Konoha souber.

Sem se queixar, Itachi levantou-se e saiu do esconderijo com o parceiro.

Já tinham passado dois anos, pensou ele sentindo as gotas de chuva na pele.

Depois de ter deixado Maiko à sua morte, Paine arranjara um novo curandeiro…que morrera dez dias depois, na sua primeira missão com Kakuzu e Hidan.

Entretanto, a sua saúde deteriorava-se por cada mês que passava. Kisame sabia-o, Paine sabia-o, mas nenhum dos dois tinha tentado impedi-lo de continuar.

- Tens as instruções, Kisame? – perguntou Itachi referindo-se às ordens de Paine.

- Sim. – disse Kisame – Temos que ir para Suna.

- Eu tenho outra ideia.

- Tens a certeza que queres partir? – perguntou Temari que se tinha reunido com Maiko no salão principal dos aposentos do Kazekage – O que é que te fez mudar de ideias?

- Não mudei de ideias. – garantiu Maiko – Desde do principio que não planeava ficar aqui para sempre. Apesar de estar bastante agradecida pelo acomodamento e pelo tempo que me disponibilizaste para me treinar. Mas há outro sitio onde preciso de estar.

- Bem…tu já pagaste a tua divida com Suna depois da última missão. – disse Temari – Mas tens a certeza que é a decisão acertada? Tens algum lugar para onde ir?

- Tenho alguém à minha espera…pelo menos creio que sim. – respondeu Maiko, sorrindo – Mas tenho pena de ir embora sem falar com o Gaara-sama.

- Ele próprio disse que podias partir quando quisesses sem dar satisfações a ninguém. – lembrou Temari – No entanto, será que nos voltamos a ver?

- Talvez… - a tristeza de deixar a primeira amiga que tinha feito desde que nascera, apoderou-se do seu coração – O sitio para onde vou…não é fácil sair de lá.

Viva, pensou Maiko mantendo o sorriso. Mas talvez conseguisse provar-lhes que era leal depois de não contar nada sobre a seita durante a sua permanência em Suna.

- Então, já tens as tuas coisas? – perguntou Temari, olhando para a mochila pousada no chão, ao lado de Maiko – Tencionas ir neste momento?

- Sim. – disse Maiko – Já demorei demasiado tempo. Aquela pessoa…já sinto falta dela à muito tempo.

- Maiko, aquela pessoa não poderá ser…

- Aquela pessoa é muito importante para mim. – esclareceu Maiko – Por isso, antes de acreditar em rumores, quero que seja essa pessoa a dizer-me.

- Maiko, se sabes alguma coisa sobre a Akatsuki e não estás a dizer, podes ser considerada uma traidora. – avisou Temari – E voltar para pessoas como aquelas é perigoso. Se for esse o caso, não posso deixar-te partir.

Maiko levantou-se e pegou na mochila.

- Não tenho obrigação com Suna. – lembrou Maiko – Para começar, nem sequer sou uma ninja oficial da Vila. Só fui em missões para pagar o meu alojamento e outras despesas adicionais.

- Qualquer pessoa que esteja a reter informações sobre a Akatsuki tem que ser enclausurado até que faculte o que sabe. – disse Temari levantando-se também – Mesmo que não pertenças oficialmente à Vila, se nós te deixarmos ir, também seremos considerados traidores.

- Tu…?

- Eu e o Gaara. – corrigiu Temari – Vai ser demovido do cargo de Kazekage…talvez até seja expulso de Suna. Ou, no pior dos casos, acaba morto “acidentalmente”.

- Se fingires que não sabes nada, ninguém vai perguntar nada. – propôs Maiko, chocando Temari – Tens de me deixar ir.

Temari semicerrou os olhos e, por fim, virou as costas.

- Nunca mais voltes! – exclamou Temari antes de sair do salão.

Maiko sorriu. Apesar de estar triste por não poder voltar a ver Temari, ter uma amiga tinha sido bom. Era uma memória da qual nunca se esqueceria.

Mas, se fosse para escolher entre Temari ou Itachi, escolheria sempre o segundo.

Por isso, meteu a mochila às costas e saiu da Vila. Olhou para o céu tingido de laranja pelo pôr-do-sol e despido de nuvens.

Por momentos, pareceu-lhe ver um pássaro branco a rondar os céus. Mas, um pássaro branco daquele tamanho…só tinha visto um e não era bom sinal.

Por isso tomou-o como uma miragem.

Tinha atravessado o deserto com a destreza de um ninja de Suna. Tinha atravessado a floresta densa como se fosse um habitante de Konoha e finalmente sentira a chuva refrescante sete horas depois. Sem para, sempre a correr, porque não queria ser apanhada por ninjas de outras terras.

Quando avistou o esconderijo, sorriu, sentindo-se em casa de novo.

A casa que parecia abandonada tinha sempre a porta aberta para ninguém desconfiar que tinha habitantes. E estava estragada o suficiente para ninguém se atrever a entrar. Para adicionar a esse facto, Deidara tinha espalho pela população que a casa estava assombrada, por isso nem os miúdos mais corajosos e aventureiros se atreviam a ir lá.

Contente, Maiko entrou, ansiosa pela receção e por poder finalmente voltar a ver Itachi, mas ninguém estava lá. Um pouco amuada, afundou-se no sofá e cruzou os braços por cima do peito.

Com certeza tinham ido em missão. Mas quanto tempo duraria?

Talvez desse uma volta pela cidade para restabelecer o frigorífico e arrumasse a sala para quando eles voltassem. Pelo que sabia, a cozinha estava às moscas. Mesmo durante a sua estadia ali, sempre que precisavam de comer, iam à cidade e visitavam sempre o mesmo restaurante.

Primeiro, decidiu ver o seu quarto.

Levantou-se, pegou na mochila que tinha apoleado para o chão e dirigiu-se para o quarto. Não foi surpresa quando o viu vazio. Apenas com a cama no meio; sem cobertores.

Feliz por não a terem substituído, Maiko pousou a mochila em cima da cama e começou a tirar a roupa de lá de dentro. Dobrou-a cuidadosamente e guardou-a no armário improvisado que Sasori lhe tinha construído há dois anos atrás.

Decidindo que só ia dar uma vista de olhos, saiu do quarto e dirigiu-se à porta do quarto de Itachi. Afinal, não seria afetada pela armadilha que ele tinha posto.

Quando abriu a porta, o cheiro dele invadiu-a imediatamente, fazendo-a sorrir.

O quarto também a fez sorrir. A cama estava desfeita, a roupa estava espalhada pelo chão, completamente diferente do que tinha visto na primeira vez que entrara ali.

Aproximou-se e começou a estender os cobertores e a dobrar a roupa. Seria um presente por ter concluído a missão com sucesso. Ela tinha aparecido sem avisar, no final de contas. Seria desapropriado se não fizesse nada.

Quando acabou, suspirou e espreguiçou-se.

Estava na hora de ir às compras.

Depois de se ter encontrado com Naruto e ter atrasado a equipa de Kakashi o suficiente para que conseguissem tirar o biju do Kazekage sem interrupções, Itachi e Kisame estavam de volta à Vila Escondida da Chuva.

Aquela missão não tinha sido dura, mas Itachi estava extremamente cansado, graças ao corpo debilitado. Por quanto tempo é que seria capaz de continuar a ir em missões como aquelas?

Graças aos poderes especiais de Maiko, Itachi não sentiu a sua presença até o cheiro de comida chegar até ele. Vergonhosamente, o seu estômago reagiu fazendo Kisame dar uma gargalhada que cessou imediatamente quando Itachi o olhou de relance.

- Que inimigo entraria em nossa casa para nos preparar uma refeição deliciosa? – perguntou Kisame.

- Talvez a Konan-san tenha voltado mais cedo. – sugeriu Itachi.

- Se fosse a Konan-sama, seria uma refeição mas não seria deliciosa. – referiu Kisame – Nem teria este cheiro. E a Konan-sama não gosta de cozinhar porque tem medo de atrair inimigos com o fumo negro que sairia do cozinhado.

Sem dizer mais nada, Itachi avançou cuidadosamente, pronto para atacar qualquer inimigo. Abriu a porta da frente silenciosamente, passou pela sala de convívio e dirigiu-se para a cozinha que já não era utilizada há mais de cinco anos.

Abriu a porta de correr e o que viu fez o seu coração para por um segundo.

Maiko olhou para trás e sorriu.

- Bem-vindo a casa Itachi-san, Kisame-san. – cumprimentou Maiko parando de cozinhar para lhes fazer uma vénia – O jantar vai estar pronto dentro de pouco tempo.

- Maiko? – Itachi não sabia o que mais dizer. Durante todo aquele tempo, pensara que ela estava morta. Mas ali estava ela, a cozinhar para eles com um sorriso na cara.

- Peço desculpa por ter demorado tanto tempo.


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Notas finais do capítulo

Tal como a Maiko disse: peço desculpa por ter demorado tanto tempo a actualizar a história.
Comentários?
Nota: O Itachi tinha uma doença incurável e mortal mesmo na história principal (pelo que percebi; também foi por causa disso que ele perdeu contra o irmão (apesar de ele já ter planeado de antemão morrer nas mãos do Sasuke para se redimir)). Se é por causa do mangekyou sharingan não sei mas aqui, ele também tem.
Só para esclarecer, apesar de achar que todos os fãs do Itachi sabem disso ^^



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