Meu Melhor Amigo escrita por JessykC


Capítulo 3
De volta à Forks e Reencontros


Notas iniciais do capítulo

Oieeee!!!
Ai está mais um capitulo, espero que gostem!!!
(EDITADO)



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Eu estava no carro do meu pai indo para minha nova/antiga casa. Era de manhã ainda, mas não estava frio como eu achei que estaria. Não estava chovendo e o sol estava ameaçando sair de trás das nuvens finas. Realmente um sábado muito bonito - para os padrões de Forks.

Meu pai não mudara muito desde a ultima vez que o vi, e olha que isso já fazia 2 anos. Ele tinha ido para a Florida passar uma semana comigo no meu aniversario de 16. Ele continuava com seu grande bigode quase cobrindo-lhe os lábios, os cabelos curtos e meio encaracolados, marrons como os meus, mas já apontando alguns fios brancos, poucas rugas de expressão e uma barriguinha "quase" imperceptível de cerveja. Oque mais me alegrava era perceber que eu ainda reconhecia suas manias e tiques, como balançar o bigode de um lado para o outro quando estava pensando ou desconfiado, eu adorava isso, era fofo e engraçado.

Charlie estava tão feliz por eu estar aqui, não que ele conseguisse falar isso, mas dava pra ver em seus olhos.

Eu estava feliz também, por ver meu pai, por passar um tempo com ele. Por mais que ele e Renée tenham me feito sofrer no passado, eu os perdoei e principalmente me perdoei. Eu já não me culpava mais por suas brigas, pois agora eu entendia que eu não tive culpa de nada. Lembro-me sempre do que meu pai me disse quando eu fui embora: “Você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida.”, e por algum tempo me perguntei como aquilo podia ser verdade. Com o passar do tempo pude entender e ver as pequenas coisas, os pequenos detalhes que faziam toda a diferença. Um olhar, um sorriso, um "cuidado para não cair, meu anjo!", "tenha uma boa aula", essas pequenas/grandes coisas que deixamos passar, que são esquecidas durante uma briga. Meus pais erraram sim, mas todo mundo erra, as vezes esquecemos que eles são apenas seres humanos afinal. Mas apesar de tudo, eles também acertaram em muitas coisas comigo, afinal é por causa deles que me tornei quem eu sou hoje.

Eu havia conversado um pouco com Charlie, dito com muita dificuldade que havia sentido saudades. Ele apenas sorriu repetindo minhas palavras. O resto do caminho passamos em silencio e eu comecei a ficar nervosa novamente por pensar em rever Edward. Meu pai, como sempre, notou isso.

– O que foi? Há algo errado? – perguntou ele, preocupado

Ele, diferente de minha mãe, sempre sabia quando algo estava errado comigo. Ele ficava um pouco desconfortável em perguntar, mas ele sempre sabia.

Eu suspirei.

– Não, nada... só estou nervosa por reencontrar todo mundo. – engoli em seco.

Charlie arqueou uma sobrancelha.

– Hmmm... Sabe, esse “todo mundo” também estava muito nervoso por reencontra-la. – falou ele, com tom de divertimento.

Foi impressão minha ou ele falou “todo mundo” como se fosse uma única pessoa?

Chegamos em casa e meu pai me ajudou a levar minhas malas para meu antigo quarto no andar de cima. Ele estava exatamente igual: três paredes brancas e uma roxa - eu sempre gostei muito de roxo. Uma cama de casal, uma escrivaninha com o computador, essas coisas...

A casa era bem grande, tinha dois andares. Em baixo ficava a cozinha, a sala de estar, a sala de jantar, um banheiro e a lavanderia. Em cima tinha 3 quartos, com banheiro e closet em cada um. O jardim rodeava a casa, assim como uma cerca viva. Nos fundos havia uma área com uma churrasqueira e uma mesa comprida. Ah, e é claro, uma garagem com espaço para dois carros.

Desfiz minhas malas e arrumei meu closet, enquanto Charlie se aventurava na cozinha e falava ao telefone, informando que já havíamos chegado.

Eu acabei de arrumar minhas coisas e fui tomar banho, coloquei uma roupa confortável para ficar em casa (http://images.bymk.com.br/Sets/Set-969263-500.jpg?v=634203596400000000) e desci as escadas indo direto para a cozinha. Charlie me serviu de suco e torradas, e me avisou que havia combinado um churrasco de boas-vindas na casa dos Cullen. Meu estomago embrulhou e meu primeiro pensamento foi: "Perfeito! Edward poderá ficar com sua namoradinha enganchada em seu pescoço."

Terminamos de comer e eu fui para meu quarto descansar um pouco da viagem. Porem, depois do que me pareceu pouco tempo, Charlie me chamou aos gritos.

– Isabella! Bells?? Venha aqui!!

Eu sai correndo me perguntando onde seria o incêndio, e chegando à sala, qual não foi minha surpresa ao ver a família Cullen todinha me olhando com sorrisos bobos nos rostos.

Os pais de Edward, Esme e Carlisle vieram na frente me dando beijos e abraços.

– Nós não conseguimos esperar até amanha! - começou Esme. - Nossa, quanto tempo, Bella! Que saudades! Como você esta linda! - eu corei e abracei a linda mulher de rosto em forma de coração e de grandes olhos verdes cheios de compaixão.

– Obrigada, Esme. Também senti saudades, e você que esta linda!

– Ora, oque é isso.. - disse ela, sem jeito e corada.

– Olá, Isabella! - disse Carlisle, um homem realmente muito bonito, com ares de modelo, olhos também verdes e um sorriso arrasador, me abraçando. - Quanto tempo! Você cresceu menina!

Depois foi a vez dos irmãos de Edward: Emmett, o mais velho (19 anos), que parecia mais um urso de tao grande, de cabelos castanhos, com um sorriso enorme e covinhas, veio correndo na minha direção, me pegando e rodando em um abraço tao apertado que quase fiquei sem ar. Alice, a caçula (15 anos), de cabelos pretos curtos e espigados, com um sorriso que mal cabia em seu pequeno rosto de fada, veio em seguida, me abraçando e me fazendo dar pulinhos com ela, dizendo que sentiu muito a minha falta.

E enfim foi a vez de Edward, que até então olhava tudo de um canto da sala, muito quieto e sério, mas nunca desviava os olhos de mim. Ele estava tão lindo, com seus cabelos bronze revoltados, seus olhos do mais bonito tom de verde. Não era musculoso como Emmett, mas também não era fraco. Ele estava com 17 anos agora, assim como eu.

Ele veio até mim, um pouco envergonhado e me olhou nos olhos por um momento, sorri pra ele e então Edward me puxou para um abraço apertado. Quanto tempo eu sonhei em reencontra-lo? Quanto tempo ansiei seu abraço? Só sei que oque eu sentia agora enquanto ele me abraçava era... alivio, como se eu estivesse com dor e ela de repente cessasse. Eu me derreti em seus braços enquanto ele falava em meu ouvido:

– Bella. Eu estava com tantas saudades.

– Eu também... – falei em seu ouvido. - Você não faz ideia do quanto.

Nós nos soltamos sorrindo, e ele acariciou meu rosto apanhando algumas lagrimas que até então eu não tinha notado.

– Eu sei... – e então ele disse as palavras que tanto queria ouvir de novo. – Mas você esta aqui agora, e eu estou aqui. Não chora, não...

Nós nos abraçamos novamente, porem ao ouvir o movimento de nossas famílias eu me afastei lembrando novamente que éramos apenas amigos e que eu devia me policiar perto dele. Edward me olhou com um ponto de interrogação, mas eu apenas lhe dei um sorriso e virei as costas indo atras de nossos pais na cozinha.

Eu conversei com todos os Cullen até que Alice fez biquinho e começou a quicar pedindo para ver meu closet, eu subi as escadas com ela e a deixei futricar nas minhas roupas. Ela gostou de algumas (poucas) e o resto ela disse que iam direto para a caixa de doações. Eu fiquei horrorizada, mas Alice é Alice, mesmo 6 anos depois ela continua sendo a mesma baixinha irritante que se acha a rainha da moda! Ela escolheu a roupa que eu colocaria amanha e enfim a convenci a descer.

Os Cullen logo se despediram e foram embora. Edward ficou por ultimo, me abraçando apertado. E sussurrando um “até amanha”.

Edward estava estranho, parecia estar se esforçando muito para me tratar como antigamente. Ele parecia muito envergonhado em falar comigo, isso não era típico de Edward. Talvez nós tenhamos ficado afastados por tempo demais e agora ele já não me via mais como a sua melhor amiga.

Antigamente ele dizia que eu era a única pessoa que o conhecia de verdade, que era a única que o compreendia e o fazia sentir bem. Bom, parece que ele se esqueceu disso, ou talvez ele pense que eu já não o conheço mais. Pois estaria enganado, eu sei tudo sobre Edward Cullen, conheço sua historia, seu humor, seus sonhos e seus maiores medos.

Me lembro de quando ele vinha até a minha casa no meio da noite e jogava pedrinhas na minha janela. Edward também tinha seus problemas, ele tinha o sonho de ser musico, tocava piano super bem, mas isso não passava de um hobbie aos olhos de seus pais. Eles queriam que ele fosse medico como Carlisle, ou advogado... que tivesse um trabalho importante! Poxa, que criança sonha em ser uma dessas coisas? Por isso Edward sempre estava de mal com os pais, eles não entendiam como a musica era importante para Edward.

Então uma noite ele chegou chorando na minha casa dizendo que seu lindo piano de calda havia sido jogado fora, eu senti a sua dor como se fosse minha e, de certo modo, era. Eu sentei-me no jardim com Edward deitado com a cabeça no meu colo, chorei com ele e o consolei como ele sempre fazia comigo. Ele foi embora de madrugada. Naquela semana convenci meu pai a comprar um piano para mim, é claro que ele não se deixou enganar quando eu disse que queria há muito tempo aprender a tocar, mas mesmo assim ele comprou. O piano não era tão grande e bonito como o de Edward, mas foi o suficiente para faze-lo chorar de novo e me dizer que eu era a melhor amiga do mundo, a pessoa mais importante de todas para ele. Lembro-me que ele compôs uma musica linda para mim, como agradecimento, uma canção de ninar, pena que eu não o fiz gravar... Ele até tentou me ensinar a tocar, mas eu não consegui aprender muita coisa, eu gostava muito mais de ouvi-lo tocando. Apenas alguns meses depois, Esme e Carlisle entenderam a sua paixão pela musica e lhe devolveram seu piano, a partir daquele dia eles passaram a apoia-lo no que ele queria. Mas ele nunca deixou de vir na minha casa tocar para mim.

Depois que saí de Forks convenci minha mãe a me pagar aulas de piano, hoje eu sei tocar muito bem, obviamente não tanto quanto Edward, que tocava desde os 4 anos. Ele nem sabe disso, jurei a mim mesma que não lhe contaria, que seria uma surpresa quando nos encontrássemos de novo. Porem já não sei se é uma boa ideia, e pelo oque eu sei ele não toca mais...

Eu subi para o meu quarto, já com lagrimas nos olhos. Sentei-me em minha cama olhando a roupa que Alice escolheu para que eu vestisse amanha, eu não gostava de muito de vestidos, pois sempre detestei minhas pernas, mas a baixinha insistiu dizendo que eu tinha um corpo bonito e que aquele vestido ficaria perfeito em mim. Então eu concordei em usá-lo, afinal eu queria estar bonita para que Edward reparasse em mim. Quase me bati com esse pensamento.

"Ele tem namorada! Não quer nada com você!" uma vozinha dentro da minha cabeça gritou.

É, eu sabia que isso era besteira, mas "a esperança é a ultima que morre" não é?

Eu coloquei um pijama e fui dormir...

– Mas você esta aqui agora, e eu estou aqui. Não chora, não...

Nos abraçamos novamente e ao fundo eu ouvia uma musica conhecida tocada no piano... uma canção de ninar.


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Notas finais do capítulo

Primeiro quero agradecer a todas que me mandaram reviews! Vocês sao D+!!!
Ok, eu nao sei vcs, mas eu achei super fofo esse encontro! Eu sei, foi bem light, mas fazia tempo que eles nao se viam... estavam ambos nervosos. Nao conversaram muito, mas no proximo eles vao poder se falar melhor e esclarecer as "duvidas" que todas nós temos, e a principal duvida no momento: Quem era a vac(ops...) "menina" da foto? rsrsrs
Outra coisa: Eu adoro as lembranças da Bella!!! Da para ver como eles eram proximos e como eles sempre estavam alí quando o outro precisava.
Bom espero que tenham gostado, se sim me mandem muito reviews! Eu sempre responderei a todos eles!!!
Criticas sao sempre bem-vindas ok? Só peço que se nao gostarem de algo na historia deixem sugestoes também... ok? bjssss a todas que arrumam um tempinho para minha fic!!