Eu estava nervosa, será que eu ainda sabia como chegar à campina? Fazia tanto tempo...

Caminhei devagar pela rua deserta e sorri ao achar a trilha em que entramos naquele dia... já faziam 7 anos, será que era mesmo esse o caminho?

Andei bastante até que vi uma luz ao longe, fui em direção a claridade e finalmente cheguei. Minha linda campina estava exatamente como eu lembrava... ela me fez ficar mais calma só de olha-la. Caminhei até o centro e me sentei, apreciando as lindas flores e arvores a minha volta.

O tempo foi passando e de repente eu ouvi passos se aproximando. Fiquei alerta, olhando para o lugar de onde vinha o barulho e então Edward entrou na campina. Suspirei aliviada. Ele caminhou até mim, com um pequeno sorriso nos lábios e sentou-se ao meu lado.

Agora minha paz e felicidade estavam completas.

– Oi!

– Oi. – respondi.

– Fui na sua casa, mas Charlie me disse que tinha saído. Então eu logo pensei que você estaria aqui. Está melhor?

– Um pouco, melhor agora que você ta aqui. – ele sorriu.

– Que bom.

Ficamos em silencio por um instante.

– Olha, só quero dizer que a Tanya é uma idiota! Ela não devia ter dito aquilo...

– Nossa! Isso porque você estava apaixonado por ela! Imagina se não tivesse! – eu ri fraquinho.

Ele olhou pra baixo.

– Eu nunca gostei dela. Nunca me apaixonei por ela.

Oque?

– Mas, você me disse que tava apaixonado!

– Mas não pela Tanya. – ele olhou encarava o chão.

– Não? Entao por quem?

– Bella... Como a gente sabe quando esta gostando de uma pessoa e principalmente: se estamos sendo correspondidos? – ele segurou minha mão, me olhando atento, esperando a resposta.

– Ahmmm, a gente tem certeza quando... a pessoa se torna a mais importante para você, quando tudo gira em tono dela, quando você vê que faria qualquer coisa por ela, seria qualquer coisa por ela... quando você pode vê-la perfeitamente até de olhos fechados, quando você pode ouvir a sua voz mesmo a mil quilômetros de distancia, mesmo quando você fica longe ainda sente a sua presença – eu coloquei a mão no peito. – aqui dentro.

Nós ficamos nos encarando por um momento, até que o ar ficou mais pesado e uma corrente elétrica passava por nós, seus olhos pareciam presos aos meus.

– E como sabemos se estamos sendo correspondidos?

– Isso não se sabe... se sente! – e nessa hora eu senti, dentro do meu coração.

– É, eu sinto! – disse ele. – Você também sente?

– Sim, eu também sinto!

E então Edward se aproximou e encostou os lábios nos meus, delicadamente.

O beijo foi breve, suave e muito doce. Ele se afastou, olhando em meus olhos.

– Bella, eu sou apaixonado por você! – disse ele, intenso. – Sempre fui! Mas foi justamente no dia em que você foi embora que eu descobri.

– Eu também sou apaixonada por você. No dia em que fui embora, fiquei sem ar e meu coração se despedaçou.

– Já perdemos tempo suficiente, Bella! Não quero mais ficar um minuto sem você! Então, você quer ser minha namorada? – Omg! Eu arregalei os olhos, eu com certeza não esperava por isso. – Eu sei que acabamos de descobrir que oque sentimos um pelo outro é reciproco... mas eu não quero mais perder tempo!

Meus olhos se encheram de água e eu sorri.

– Sim, eu quero ser sua namorada! – eu o abracei. Também não queria perder mais um minuto, queria ser dele, e queria que ele fosse meu!

Ele me deitou na relva fria ficando por cima de mim, sempre sustentando o seu peso e me beijando novamente, desta vez pedia passagem com a língua em meus lábios e eu os abri prontamente, a sensação de sua língua macia acariciando a minha era maravilhosa! Era um beijo lento e apaixonado.

Eu poderia ficar ali para sempre, beijando Edward, mas meus pulmões imploravam por mais ar, então eu separei nossos lábios. Edward me deu um beijo na bochecha e deitou-se do meu lado, puxando-me para seu peito. E nós ficamos mais um tempo ali, admirando a maravilhosa campina que foi testemunha do começo do nosso amor...

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Nossa como eu fui estupida, idiota!!! Perdi tanto tempo com medo de me declarar pra Edward... Mas não importa, estávamos juntos agora!!!
Fomos para minha casa, ele disse que seus pais jantariam lá. Andamos de mãos dadas, ele me falava como foi difícil ficar longe de mim e eu também confessei minhas noites de choro excessivo e insônia.

Eu ainda não acreditava que tudo isso estava realmente acontecendo! Eu tornei-me, a menos de 30 minutos, namorada de Edward Cullen! Meu amor, meu melhor amigo!

Foi tudo tao fácil, tao natural... Simplesmente deixamos nossos sentimentos transparecerem e nos entregamos a esses sentimentos.

Chegamos na minha casa e pelo belo BMW parado na frente de casa, os Cullens já estavam ali. Edward parou na porta, segurou bem firme minha mao e me olhou como se perguntasse se era isso que eu queria – que todos soubessem. Eu assenti com um meio sorriso nervoso e entramos.

– Ola! – eu disse, entrando na sala onde todos conversavam animadamente.

Eles nem responderam, olharam na hora para nossas mãos entrelaçadas e eu corei (ótimo!). A cena seria cômica, se não fosse tao tensa. Estavam todos de boca aberta.

Edward, para ajudar, soltou minha mão e passou o braço pela minha cintura, me puxando para mais perto de seu corpo. Olhei pra ele, e ele não parecia nada nervoso, ele sorria tanto, estava tao feliz, seus olhos brilhavam de tal maneira, que me contagiaram. Sorri o abraçando também.

– OMG! Vocês... – Alice começou.

– Eu e Bella estamos namorando! – disse Edward, sorrindo.

– Ahhhh!!! – Alice gritou e veio pulando nos abraçar.

– Nossa! Isso é... ótimo meninos!!! – disse Carlisle, após o escândalo de Alice.

– Sim! Maravilhoso! – Esme levantou-se e veio nos abraçar. – Fico muito feliz!

– AMÉM! – exclamou Rose.

– Aleluia! – Alice.

– É! Não aguentava mais esse chove e não molha de vocês... – disse Emmett, rindo.

Todos nos abraçaram e meu pai ainda estava sentado nos encarando. Vish! Edward ficou tenso e engoliu em seco.

Meu pai levantou-se, veio até nós e disse serio:

– Finalmente! – e sorriu. - Pensei que nunca fosse acontecer!!!

Todos rimos e Edward suspirou aliviado.

– Você demoraram em? Para finalmente perceberem o que todos aqui já sabiam! Fico muito feliz crianças! – ele nos abraçou.

O jantar foi pizza. Todos adorávamos!!!

Durante o jantar Emmett comentou que achou que Charlie iria “fazer um escândalo” como ele mesmo disse.

– Não. Eu já esperava por isso... Vou contar um segredo, que uma pessoinha – que nem deve se lembrar mais disso – me pediu para guardar.

Todos ficamos em silencio.

– Um dia, um certo rapazinho de 6 anos de idade, veio até mim e pediu minha permissão, para que quando ele e Bella fossem grandes, pudessem se casar! – Todos ficaram de olhos arregalados e com sorrisos bobos nos rostos. Olhamos para Edward que estava ruborizado. – Eu disse que sim, com uma condição! E esse garotinho foi crescendo, sempre cumprindo nosso trato. Por vias tortas, admito - sempre que podia batia em algum menino e botava a culpa em mim! – todos rimos. - Mas ele protegia a minha menina, quando a mesma mais precisava, como me prometeu. Não acho que precisasse de trato algum, pois mesmo esquecendo dessa promessa, como penso que deve te-lo. - ele olhou pra Edward que assentiu. – Ele nunca a deixou, sempre esteve ali. Até e principalmente quando eu mesmo não estava! Cuidando de minha menina quando eu mesmo não o fazia! Cuidando dos machucados que meu relacionamento conturbado com Renée lhe causou. E eu devo muito, tudo, a ele. – Charlie já estava com os olhos cheio de lagrimas, assim como a maioria dos presentes. – Obrigado meu rapaz!

Charlie se levantou e Edward também, os dois deram um abraço demorado. Meu pai beijou minha testa e disse:

– Não pense que me esqueci de você! Não esqueci o dia em que você veio até mim pedindo que eu não ficasse bravo com Edward por ele ter te beijado no rosto, pois ele era seu “amoizinho”...

– Ownnnnn – todos exclamaram e eu fiquei vermelha. Edward me abraçou de lado.

– Quantos anos ela tinha? – perguntou Rose.

– Três! – agora sim eu me apavorei!

– Nossa! Vocês eram crianças precoce, né não? – disse Alice.

Todos caímos na risada e o jantar se estendeu até tarde.

Estávamos todos na sala, Charlie havia ido fazer sei lá o que lá fora, e voltou de repente gritando :

– Agora é a hora!!!

Ele pegou minha mão, me puxando para a porta da frente. Todos nos seguiram.

– Seu presente de boas vindas, querida!

Olhei para fora e lá havia um maravilho carro, enfeitado com um tope gigante em cima.

(http://www.cartuningrevolution.com/blog/wp-content/uploads/2011/02/chevrolet-camaro-com-rodas-aro-241.jpg)

OMG! Não podia acreditar que havia mesmo ganhado um carro!!! E era o carro que eu sempre sonhei!!!

– Camarooooooooo – disse Emmett, com uma voz estranha. Tipo de zumbi, sabe?

Ele foi hipnotizado até o carro e o abraçou.
– Obrigada papai!!! É lindooo. – eu abracei meu pai e sai correndo pra entrar no MEU carro lindo e maravilhoso!!!! Nao sem antes dar um tapa no Emmett. – Não baba no meu bebê!!!

Levei todos para dar uma volta, depois os Cullens foram embora. Apenas Edward ficou mais um pouco para se despedir.

Edward me abraçou e me deu um selinho. Mas não era o bastante pra mim. Enterrei os dedos em seus cabelos e o puxei pra mim. Minha língua explorava sua boca, assim como a dele, e acabamos com um beijo lento, memorizando os lábios um do outro.

– Boa noite princesa. Tenha lindos sonhos...

– Vou sonhar com você! É claro que vão ser lindos... – eu disse.

Ele sorriu e me deu mais um selinho.

– Tchau. Boa noite. – eu disse.

– Tchau.

Fiquei mais um tempo na garagem apreciando meu lindo carro. E depois fui me deitar. Edward, como sempre, não saia de meus pensamentos...

Toc!

O que foi isso?

Toc!

Levantei-me e fui até a janela. Era ele, o dono de meus pensamentos...

– Desce aqui!!! – sussurrou ele.

Fui até minha cama, peguei meu travesseiro e um edredom e joguei pela janela, depois desci.

Edward me puxou mais uma vez para seus braços e me beijou com tamanho ardor que parecia que fazia anos que não nos víamos, sendo que fazia no máximo meia hora...

– O que faz aqui? Acabou de ir embora...

– Tava com saudade! E eu só fui embora pois tinha que fazer cena pro seu pai... - ele explicou e eu ri lhe dando um selinho rápido.

Ajeitamos o edredom no chão e o travesseiro, nos deitamos, eu com a cabeça no seu braço. Ficamos olhando as estrelas.

Vimos uma estrela cadente e ambos ficamos de boca aberta, pois não víamos muitas por aqui.

– Rápido Bella, vamos fazer um pedido. Mas não em segredo, esse pedido tem de ser nosso.

– Como assim?

– Vamos pedir juntos, assim o pedido será mais forte e será de nos dois. Pedimos para nunca mais nos separarmos? Para que fiquemos juntos para sempre? – ele olhou para mim.

– Sim, para sempre! - eu sorri.

Ele se virou e ficou de frente pra mim, encostou a testa na minha, sua mão acariciando minha bochecha, fechou os olhos. Fazendo o pedido em silencio. Fiz o mesmo. Depois ele me beijou, apenas alguns selinhos. Ficamos em silencio, nos olhando, como se quiséssemos memorizar as feições um do outro. Como eu o amava!!! Agora, aqui, olhando em seus olhos, vi que meu coração pertence e sempre pertencerá a ele. Pra sempre...

Nos ficamos ali até tarde da noite, nunca foi tao bom... Edward falava a cada dois minutos o quanto eu significava pra ele.

Agora estávamos nos despedindo sem vontade nenhuma, eu não queria ficar nem um segundo longe dele, pois tudo que aconteceu hoje parecia mais um sonho do que realidade, e eu tinha medo de fechar os olhos e descobrir, no outro dia, que nada foi real...

Edward notou a minha tristeza, pegou meu rosto com as duas mãos e me fez olhar em seus olhos.

– O que foi princesa? Porque está triste? - ele perguntou, franzindo o cenho.

– Só não queria que você fosse embora... - eu suspirei e ele sorriu triste.

– Eu também não... Mas não se preocupe! Eu vou estar na sua porta amanha... Ou melhor daqui a 5 horas! – disse ele olhando pro relógio, nós rimos.

– Não precisa, eu tenho carro agora! - eu sorri, queria muito ir com ele, mas também queria estrear meu carro novo, né.

– Mas eu quero ir com minha namorada! – ele fez biquinho.

– Vem no meu carro? – pedi, também fazendo biquinho.

– Mas e o meu? Quem vai levar Alice e... Rose, que pelo jeito tá morando lá em casa agora?

– Rose não pode levar Alice?

– Não, Rose não levou o carro dela lá pra casa...

– Empresta o seu!

– OQUE? Nem pensar! Ninguém dirige meu Volvo! – disse ele, me olhando indignado.

Homens...

– Ok, então eu vou buscar todos! - eu disse, querendo terminar logo com isso.

Edward fez uma careta e suspirou.

– Tá, talvez eu empreste o carro pra Rose... - disse, se rendendo.

Eu sorri e rolei os olhos.

– Ok então, eu vou passar lá na sua casa amanha bem cedo.

Ele me abraçou e me beijou, o ar ficou denso.

–Eu te amo! – ele sussurrou em meus lábios.

OMG! Ele disse mesmo isso? Que me amava com todas as letras?

Fiquei estática e ele se afastou um pouco, me olhando em expectativa. As lagrimas ameaçavam trasbordar e eu só tinha uma coisa a dizer, a única que importava agora.

– Eu também te amo! Te amo demais!

Nos abraçamos, ele me deitou no edredom novamente e beijou meu pescoço, subindo pelo meu rosto, para enfim beijar meus lábios. Um beijo calmo, línguas se envolvendo, o ar faltando, aquela sensação de borboletas no estomago. Nunca acreditei muito naquele papo de fogos de artificio... mas com certeza agora eu entendia. É a sensação mais incrível do mundo, poder sentir seu gosto e seu corpo no meu, saboreando a maravilhosa sensação de amar e ser amada, eu quase me afogava em meio a tanta felicidade.