The New Barbie escrita por MiArashiro


Capítulo 30
Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Mais um. Boa leitura :*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/154776/chapter/30

- Claro que não. – falei com um sorriso debochado enquanto mentalmente perguntava-me a mesma coisa.

Será que eu estava com febre? Ah. Eu odeio ficar com febre.

Resolvi ignorar minha pergunta mental e voltei a organizar aquelas folhas infelizes.  Com o passar do tempo, que pra mim parecia uma eternidade, eu sentia mais frio, minha garganta doía, minha cabeça latejava ainda mais e meu sono aumentava. Que droga!

- Que horas são? – perguntei no que não se passou de um sussurro.

- 21h45min. – respondeu Zac sem desviar o olhar das provas.

- O quê? Ainda? – perguntei baixo, sentindo minha garganta doer e minha cabeça latejar.

Gemi e bocejei de novo.

Continuei a organizar. Os montinhos estavam diminuindo à medida que o tempo passava, devagar para mim e rápido para todas as outras pessoas.

- Terminei. – falou Zac e esticou os braços.

Ele deu um sorriso orgulhoso, e cruzou seus braços em volta da sua cabeça jogando-se na cadeira.

- Eu também. – falou Harold estralando os dedos.

Os dois olharam pra mim com cara de ponto de interrogação e eu revirei os olhos.

- Eu ainda não terminei. – falei com a voz baixa.

- Está rouca Sam?- perguntou Harold com o olhar preocupado.

- Não. – menti. Estava sentindo minha voz falhar, mas não podia dar esse gostinho ao demônio.

 - Você ta bem mesmo? – perguntou Harold.

- Sim. – menti e tentei dar um sorriso convincente. Acho que funcionou porque ele não questionou mais nada.

Coloquei meus dedos indicadores em minhas têmporas, massageando-as para que aliviasse um pouco a dor. Foi em vão, a dor continuou a mesma.

Gemi e bocejei de novo.

Ainda faltavam pelo menos 20 papeis na mesa. Ignorei alguns que tinham as letras D, E, F, e as outras letras do alfabeto e me concentrei em achar só as com a letra C.

De repente, a sala inteira girou em meus olhos fazendo com que minha cabeça doesse ainda mais.

Fechei os olhos com força e abaixei a cabeça.

Os abri lentamente, piscando algumas vezes para me certificar de que a sala estava normal de novo.

Dei de cara com olhos preocupados de Harold e Zac na mesa posição que antes.

Sem demora, continuei procurando as folhas com a letra C enquanto sentia como se estivesse tacando minha cabeça em uma pedra de mármore.

Fechei os olhos de novo e pressionei meus dedos fortemente sobre minha cabeça.

- Pode ir. Eu termino isso. – falou uma voz conhecida. Sim, era o demônio.

Abri os olhos acordando para a realidade. Se eu não terminasse, ele falaria ao professor e eu seria desclassificada da competição.

O ignorei e voltei a organizar as folhas.

- Ouviu o que eu disse? – perguntou Zac segurando meus braços.

Olhei para ele e ele tinha a expressão preocupada.

- Acha que eu sou tão idiota? Depois que eu sair daqui você vai dizer ao professor que eu não terminei minha obrigação. – falei um pouco mais alto forçando minha garganta, enquanto a mesma gritava em protesto.

- Não vou falar nada. Pode ir. Eu termino. – respondeu Zac em um tom calmo.

- Por que quer que eu vá? – perguntei olhando pra ele.

- Porque você ta caindo de sono e não vai nos ajudar em nada se você estiver ruim. – explicou procurando as folhas com muito mais rapidez que eu.

- Não estou com sono. – menti. – Estou bem. Nunca estive melhor.

- Um dia você se da conta de que não sabe mentir. – falou Zac em tom de deboche.

- Olha aqui seu... – me levantei e no mesmo instante a sala girou novamente e eu vi o chão sentindo que ia bater no mesmo, antes que desse de cara no chão, alguém me segurou.

- Da pra fazer o que eu disse? – perguntou Zac em um tom alterado.

- Não. – falei e me soltei dele.

- Teimosa. – falou ele e me colocou em seu ombro. – Você vai pro seu quarto já! – falou e foi me levando para fora da sala.

- Me solta. – falei enquanto dava socos e tapas em suas costas, que parecia não fazer efeito algum nele.

- Não. Você vai pro seu quarto. – falou em tom autoritário.

- Zac me solta ou... – fui interrompida.

- Ou o quê? – dasafiou ainda carregando-me.

- Ou eu... Eu... Tsc. Me solta.

Ele deu risada e continuou me carregando.

Eu continuei me debatendo e batendo em suas costas, mas ele não me soltava.

De repente, ele parou e eu ouvi uma porta sendo aberta e depois ele continuou caminhando. Assim que ele continuou, eu percebi que estávamos no dormitório feminino.

Ele abriu outra porta e me colocou na cama. Sim, eu estava no meu quarto.

- Boa noite. – ele disse e foi indo em direção a porta.

Levantei-me e fui até ele. Assim que ia tocar no braço dele, ele se virou e foi se aproximando de mim, enquanto eu me afastava.

Ele continuou até eu bater as costas na parede e não conseguir mais ir para trás.

Ele colocou os dois braços em volta dos meus ombros.

- Eu vou ter que prender você na cama? – perguntou ele em um tom sério olhando para mim.

- Não vou deixar que depois você diga ao professor que... – fui interrompida.

- Não vou falar pro professor, já disse. – ele disse olhando para cima.

- Não sei o que você acha, mas eu acho que não posso confiar em você. – falei.

- Como vou fazer com que você acredite em mim? – perguntou ele olhando para mim agora.

- Não vai. – respondi.

- Bom. Pense o que quiser, mas você vai ficar nesse quarto. – falou.

- E o que te faz pensar que pode mandar em mim? – perguntei irônica.

- Nem que eu tenha que te trancar em algum lugar, você não volta pra sala. – falou em um tom calmo.

- Por que não quer que eu volte? – perguntei confusa.

- Porque você está doente. E só vai ficar pior se esforçar-se. Então fica no quarto... – ele foi aproximando a boca dele do meu ouvido. – bem quietinha para eu não ter que prender você. – sussurrou.

- Tudo bem, eu vou dormir. Só... Para com isso. Me da nos nervos. – falei afastando ele de mim, que por sua vez, deu um sorriso vitorioso.

Revirei os olhos e o levei até a porta.

- Boa noite. – falou e foi se virando para caminhar até a saída, mas eu o impedi segurando seu braço.

- Obrigada. – sussurrei de cabeça baixa.

- Não há de quê. – respondeu e beijou o topo da minha cabeça.

Olhei pra ele com a expressão surpresa e ele só deu um sorriso torto e saiu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Reviews onegai?