O Preço de Amar Um Malfoy escrita por BlissG


Capítulo 13
Destined to fall


Notas iniciais do capítulo

“Lá atrás jurei que casaria com ele algum dia, mas eu descobri alguns sonhos maiores que esse...”
Taylor Swift - Fifteen



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A cena era inusitada. Hermione mal podia acreditar que estava mesmo ali. Parecia apenas mais uma cena de um dos seus sonhos malucos.

Tinham decidido que Pansy não poderia ficar sozinha no resto daquela noite então foram os quatro para o quarto de Hermione.

A garota estava dentro do banheiro ajudando Pansy com o banho e Lucas estava sentado na cama quando Draco entrou carregado de coisas de comer.

- Ela precisa se alimentar. – ele explicou quando Lucas lhe enviou um olhar indagador.

- Estou preocupado com ela. – falou o garoto para o loiro – Ela veio chorando o caminho todo...

- Ainda é muito recente. – falou se sentando ao lado do outro sonserino – Mas ela é forte, vai superar. E tem a nós dois pra ajudar.

- E Hermione. – ele suspirou – Não teríamos conseguido hoje se não fosse por ela... Odeio admitir, mas a garota é incrível.

- É... – ele respirou fundo – Hermione é incrível.

Nesse momento, a porta do banheiro se abriu e Pansy saiu com Hermione em seu encalço. A sonserina estava de banho tomado, usando um roupão da grifinória, seus cabelos estavam molhados, assim como o seu rosto. Ela continuava chorando sem cessar.

- Pansy... – falava Hermione enquanto observava a amiga se sentar em uma das poltronas – Você precisa se acalmar.


- Como eu vou me acalmar, Hermione? Meus pais estão mortos e eu estou sozinha!


- Eu já te disse que você não está sozinha. – falou Draco se levantando e se aproximando mais da garota – Você tem a nós!


- É, nós não vamos te deixar! – falou Hermione.


Um silêncio absoluto reinou no quarto.


Hermione se afastou da amiga quando viu Lucas se aproximar e se ajoelhar de frente para a poltrona que Pansy estava. A garota tapava a mão com o rosto e chorava copiosamente mas Lucas segurou suas mãos e obrigou-a a encará-lo.


Hermione e Draco ficaram lado a lado observando a cena de longe e se sentindo desconfortáveis. Parecia que estavam prestando atenção em uma coisa que não era da conta deles.


- Pansy, me escuta. – o garoto praticamente sussurrou olhando profundamente nos olhos da garota – Eu te prometo, com a minha vida, que eu nunca vou me separar de você daqui em diante. Eu nunca vou te deixar sozinha. Nós vamos sobreviver a essa guerra e vamos passar por ela juntos, tá legal? Não importa o que aconteça.


- Não promete uma coisa que você não pode cumprir. – ela falou em meio a soluços – Você tem sua namorada.


- Ela não significa pra mim metade do que você significa.


Pansy chorou ainda mais quando ao ouvir isso e Lucas a abraçou.


Hermione só percebeu que estava emocionada quando uma lágrima solitária rolou pela sua face. Estava muito emotiva. Sabia que agora Lucas e Pansy iriam ficar juntos, ia ser incrível, a garota verdadeiramente precisava daquela felicidade. Os dois se amavam, era óbvio. Queria que seu namoro fosse assim também. Que as pessoas olhassem pra eles e falassem: “Vocês foram feitos um para o outro!” ou “Como vocês combinam!”. Mas ela sabia que isso nunca ia acontecer, não com Harry. Porque primeiro, ninguém sabia deles e segundo porque, no fundo no fundo, eles não foram feitos um para o outro.


***


Assim que o dia clareou, Hermione foi procurar por Harry. O encontrou tomando café com Rony no salão principal e o chamou para uma conversa a sós no jardim.


Foram para lá em um silêncio incômodo e quando chegaram, Hermione se sentou em um banco.


- Senta aqui. – ela bateu no lugar do seu lado e Harry se sentou.


Os dois se encararam e Hermione soltou um longo suspiro.


- Antes  de tudo, eu quero que saiba que eu te amo, Harry. Eu não menti quando eu disse que essa é a única coisa que eu sei. Eu sempre te amei. Não importa quanto ou de qual modo. Eu te amo e vou sempre te amar. E vou sempre estar do seu lado pro que você precisar, não importa o que aconteça.


Harry pestanejou. Sabia aonde aquela conversa ia levar. E, de algum modo, estava preparado pra ela.


- Eu sei. - ele segurou a mão dela vendo os olhos castanhos da garota tão sérios - Sabe uma coisa boa sobre a gente? Nossos sentimentos estão, na maioria das vezes, em sintonia.


- Acho que é assim - ela o olhou com os olhos marejados e hesitante - que dois melhores amigos devem ser. Sentimentos em sintonia.


Harry sorriu e limpou uma lágrima que escorreu pelo rosto dela.


- Escuta, Hermione... Vou facilitar as coisas pra você. - ele sorriu - Talvez tenhamos confundido as coisas.


Ela balançou a cabeça, concordando.


- E mesmo que a gente se amasse desse jeito... - ela começou.


- Não seria o momento certo pra gente. - ele completou.


Ela também sorriu. E então estava tudo bem.


Ele se levantou e a encarou. Se aproximou e deu um beijo demorado na sua testa.


- Eu te amo, Mione. Você é a garota mais incrível que eu conheço ou vou conhecer.


***


- Hermione acabou de sair com o Potter. – falou Draco.


Ele estava sentado na mesa da sonserina, tomando café com Pansy e Lucas.


- Claro que saiu. – Lucas deu uma risada – Eles devem ter ido dar uns amassos antes da aula. Hermione tem que compensar o Potter de algum jeito por passar a noite com sonserinos.


Draco olhou para ele com uma cara de poucos amigos que o fez se arrepender do que tinha dito.


- Ok. Me desculpe.


Pansy revirou os olhos e soltou um suspiro.


- Preciso falar uma coisa.


O tom que usou a fez ter a completa atenção dos dois garotos.


- Eu tomei uma decisão. – ela disse – Eu... não vou deixar meus pais morrerem em vão. Eles não queriam que eu me juntasse ao Lorde das Trevas e eu vou respeitar isso. Então assim que eu puder, eu vou entrar em contato com a Ordem da Fênix pra saber se eu posso me juntar a eles. É isso.


Draco a olhou sinceramente aliviado.


- Você não sabe como eu fico feliz em ouvir isso, Pansy. – ele falou – Que bom. Que bom mesmo. Estava com medo que tivesse que lutar contra vocês nessa guerra... Se bem que... – ele olhou para Lucas – O que você vai fazer, cara?


Lucas encarou os dois.


- Bom, essa idéia não me agrada totalmente. – ele disse com um pouco de nojo só em pensar em se juntar aos “bonzinhos” - mas... sei que é melhor pra nós ficarmos juntos. – e então ele pegou a mão de Pansy e a segurou firmemente, o que fez a garota sorrir – E eu vou cumprir a minha promessa, senhorita. De hoje em diante, você não se livra mais de mim.


Draco sorriu de lado, olhando para os amigos.


- Estamos juntos nessa.


***


Hermione aproveitou o horário de almoço para terminar seus deveres de casa e ficar um tempo sozinha digerindo o que tinha acontecido. Harry e ela tinham terminado. A coisa que mais queria tinha acontecido e acabado tão rápido que ela mal tinha aproveitado ou sequer notado direito que tinha acontecido. Se sentia estranha.


Alguém bateu na porta do seu quarto e em seguida entrou.


- Oi. – Gina se aproximou.


- Oi. – Hermione sorriu para a amiga.


- Estou atrapalhando? – perguntou vendo que a garota estava estudando e sabendo que Hermione não gostava de ser incomodada.


- É claro que não!


Gina sorriu e se sentou de frente para a amiga na cama.


- Que saudades de você!


Hermione riu.


- Mas a gente se viu hoje!


- Não é isso. – Gina desviou o olhar – Saudades das nossas conversas... Você me trocou pela Pansy!


- Não te troquei não! – revirou os olhos.


- Trocou sim! – ela fez um sinal como se espantasse um mosquito e riu para disfarçar mas Hermione conhecia a ruiva o suficiente para saber que ela estava um pouco triste com a distância das duas – Não sou mais sua melhor amiga!


- É claro que é! – Hermione sorriu – E pra te provar, nós vamos marcar para fazermos uma festa do pijama! Só você e eu!


Gina riu.


- Aposto que você vai furar.


- Eu dou minha palavra que eu não vou. – garantiu a morena –Vai ser só nós duas! Como nos velhos tempos...


***


Já era noite quando Hermione estava arrumando o seu quarto. Não que seu quarto fosse remotamente bagunçado mas gostava de fazer uma limpeza regular porque sabia que acúmulo de poeira era o mesmo que noites mal dormidas, e noites mal dormidas era o mesmo que mal rendimento no estudo.


Olhou para o seu guarda-roupa e suspirou. Sabia que em cima dele estava cheio de poeira. Pegou uma cadeira e subiu nela, pronta para passar um pano em cima daquela imundice. Se surpreendeu mais ainda quando viu sua bagagem ali. Tinha esquecido que tinha deixado para terminar de desempacotar tudo pra depois. Chateada consigo mesma, a morena puxou a enorme mala e se assustou quando ela veio com tudo pra cima de si, a derrubando da cadeira.


Qual não foi sua surpresa ao não sentir a dor da queda. Hermione olhou para o chão chocada e viu que ela estava flutuando. Sim, flutuando. Era como se ela estivesse sentada no chão, mas algum fio a estivesse mantendo á cinco centímetros dele.


Sentiu seu coração acelerar, por medo de tudo isso que estava acontecendo e se levantou. Na mesma hora, estava com o pé no chão de novo e se sentiu aliviada.


Era só o que faltava.


Mas sua mente foi levada pra longe desse acontecido quando Hermione viu o que tinha caído no chão, do lado da mala.


- Oh... – se sentiu desarmada ao ver uma caixa lotada de fotos do verão. Seu coração apertou e ela se ajoelhou no chão, do lado da caixa, para ver melhor.


Estavam ali, todas as fotos tiradas nas últimas férias. Fotos que ela nem lembrava que existiam. Um bolo que Hermione achava que devia ter umas cinqüenta fotos. Só dela e de Draco.


Na primeira foto, eles estavam na praia, os dois com roupas de banho e completamente encharcados. Hermione riu ao lembrar daquele momento. Aquilo tinha sido no começo do verão, assim que eles tinham começado a se envolver. Hermione tinha o convencido, com muito custo e com muitos beijos, a irem a praia. Malfoy tinha descoberto sua câmera digital, ficou falando mal dela e dizendo que trouxas não sabiam de nada, porque suas fotos nem se mexiam, mas não parava de tirar fotos. Naquela ele segurava a câmera fazendo uma careta enquanto, ao fundo, Hermione mostrava a língua para a tela. Na próxima foto, eles se beijavam, enquanto quem segurava a câmera era Hermione. Ela fechou os olhos por um segundo se lembrando do beijo dele e, secretamente, desejando poder sentir seus lábios novamente.


E ela foi passando as fotos e lembrando de momentos que ficaram escondidos na sua mente.


Ela sentiu seu coração acelerar e decidiu que precisava ver Malfoy. Por mais estranho que parecesse, precisava compartilhar aquilo com ele. Catou as fotos e colocou dentro da caixa, saindo do seu quarto rápido como um furacão. Precisava chegar no quarto do sonserino o mais cedo possível, ou então ela sabia que desistiria. E ela não queria desistir. Hermione não era uma pessoa impulsiva, mas decidiu se dar ao luxo de seguir aquele impulso, pelo menos naquela vez.


Chegou rápido até o corredor do quarto dele e bateu na porta sentindo seu coração quase sair pela boca. A surpresa de Draco era evidente quando ele deu de cara com a grifinória na sua porta.


- Oi! – ela disse sem fôlego por ter corrido.


Ele franziu o cenho, visivelmente confuso.


- Hermione, tá tudo bem?


- Tá tudo ótimo!!! – ela sorriu – Posso entrar?


Ele a deu passagem, apesar de ainda estar confuso.


- Eu... – ela começou, de repente se sentindo perdida – estava no meu quarto limpando. Aí eu dei de cara com isso. – ela esticou a caixa para ele, que a pegou – Abre.


Ele se sentou na cama e abriu a caixa ainda confuso, mas uma surpresa o dominou quando ele viu o seu conteúdo. Hermione sorriu se sentando ao lado dele.


- Eu nem lembrava... – ele falou.


- É, nem eu! – ela pegou uma foto de dentro da caixa e mostrou pra ele. Os dois estavam saindo do mar e pareciam estar se divertindo muito. – Lembra desse dia? Quando a gente andou de Jet ski...


- É claro que eu lembro! – ele sorriu.


- Você parecia uma criança sem querer largar o brinquedo! – ela riu.


- Ei! Vai dizer que você não achou aquilo maneiro? E a sensação??? Eu ainda vou comprar um treco daqueles pra mim!


Ela riu mais ainda.


- Ah! – ele soltou um muxoxo ao olhar outra foto. Era noite na praia e o Draco da fotografia estava com uma cara emburrada – Esse dia foi horrível! Você cismou que seria “uma ótima experiência” se a gente dormisse na praia!


- Mas foi uma ótima experiência! – ela se defendeu – Eu sempre quis passar a noite na praia!


- A gente não pregou o olho um segundo por causa dos mosquitos!


- Eu teria dormido muito bem se você não tivesse passado o tempo todo reclamando!


- É claro, eu não ia te deixar dormir e ficar a noite inteira acordado sozinho!


Os dois se olharam e riram juntos.


- Caramba... – ele falou ainda olhando as fotografias - Parece que faz tanto tempo...


- É... Nem parece a gente...


- Ás vezes eu queria poder voltar pra esses momentos...


- Faria alguma coisa diferente? – perguntou curiosa.


- Não... – ele a olhou profundamente - Só os reviveria...


Hermione não respondeu. Estava olhando novamente para as fotos que estavam na mão dele. Aquele verão tinha sido tão maravilhoso... E por mais que quisesse negar, machucava olhar pra trás e perceber que não tinha sido real, que não houve nenhum sentimento da parte dele. Era tão... absurdo... Se ela pegasse aquela foto, olhasse para o rosto dele do lado de qualquer outra garota, ela iria acreditar nas palavras dele. Porque, como podia ser mentira? Eles passaram dois meses juntos e não houve nada? Nenhum sentimento da parte dele? Por quê?


Draco viu os olhos de Hermione marejarem e seu coração apertou. Não gostava de ver Hermione triste. Era errado. Ele gostava de se lembrar da Hermione do verão. Ela ria, era feliz e o contagiava com a felicidade dela. Ela parecia um raio de sol, sempre o iluminava.


- Você é um anjo... – ele falou se virando para ela e passando as mãos nos seus cabelos. Em seguida, as colocou no rosto e fez ela olhá-lo. – Você é meu anjo...


Ela não aguentou e o abraçou. Encostou a cabeça no ombro dele e sentiu seu coração acelerado. Era tão bom estar perto dele que ela podia quebrar a lei da gravidade e sair flutuando. Qualquer pessoa poderia imaginar que Draco, por ser um sonserino e por ser um Malfoy, seria frio e seco. Mas não. Malfoy era quente. Não quente propriamente dito, mas de alguma forma ele emanava calor. Ela se sentia aquecida perto dele. Aquecida e segura.


- Queria poder ficar assim pra sempre. – ele falou. – Queria poder te beijar na hora que eu quisesse.


Ela levantou a cabeça e o beijou. Ela pretendia que aquele beijo fosse simples e inocente. Apenas um beijo. Mas não foi. Com Draco nunca poderia ser. O sonserino aproveitou para aprofundar o beijo e jogou seu peso contra o dela, a deitando na cama e ficando por cima dela, mas sem colocar seu peso sobre o corpo da garota. Hermione não o afastou e nem ela queria, e se quisesse não poderia. A verdade era que nunca tinha tido forças para lutar contra o efeito que Malfoy causava nela ou as coisas que ele a fazia sentir. Foi por isso que se deixou ter um caso com ele no verão. Porque nunca poderia lutar contra aquilo. Não que ela não tivesse tentado... Mas tinha sido um desperdício de forças.


Draco parou de beijá-la e a olhou. Os olhos dela tinham um brilho tão lindo que ele achava que podia ficar horas assim: só olhando pra ela. Foi aí que ele teve a certeza de uma coisa que seu subconsciente sabia há muito tempo. O feitiço estava quebrado, sem dúvida alguma. É claro que ele amava Hermione. Era tão óbvio. Ele deveria ter percebido isso quando soube que ela estava com o Potter ou quando viu os dois se beijando. É claro que ele tinha ciúmes dela antes mas aquilo que ele sentiu foi muito pior, era como se alguém tivesse enfiado a mão na sua boca e chegado até seu coração e o apertado com mãos de ferro. Ou quando a beijou na sala dos monitores-chefes, afinal, desde quando seu coração acelerava ao beijar uma garota? Mesmo agora, ele achava que quase toda a Hogwarts poderia ouvir as batidas fortes do seu peito.


- O que foi? – ela perguntou ao se passar alguns segundos e Malfoy não voltar a beijá-la.


- Eu te... – ele ia dizer, estava quase lá, mas foi interrompido.


Os olhos de Hermione recaíram sobre a janela e o que viu no céu fez um frio descer pela sua espinha. Ela o empurrou com força, se levantando em seguida.


- Malfoy! A marca negra!


Draco seguiu o olhar dela e seus olhos arregalaram. Ótimo, pensou ironicamente, como ele estava querendo receber a visita do seu pai e amigos próximos! Havia tanto papo para colocar em dia!


- Nós temos que fazer alguma coisa!


Ele só se mexeu quando viu que Hermione rumava para a porta do quarto.


- Ei, ei, ei! – ele chegou lá antes dela e tapou seu caminho – Granger, aonde você pensa que vai?


Ela ficou confusa.


- Como assim? A Ordem deve estar á caminho! Nós temos que ajudá-los! – falou como se fosse óbvio.


- Você não tem que fazer nada! – ele falou – Eu vou até lá, você fica aqui!


Ela ficou uns segundos em silêncio, apenas olhando pra ele, como se esperasse que Malfoy começasse a rir e dissesse “Aháá! Te peguei!”. Mas isso não aconteceu. Ela o olhou com o cenho franzido e balançou a cabeça.


- O quê?


- Eu não vou te deixar sair desse quarto! É muito perigoso!


- Malfoy, tá doido??? – ela falava como se aquilo fosse absurdo – Meus amigos estão em perigo! Eu preciso ir até lá!


- Pra quê? Pra morrer com eles? Não, você fica aqui!


Ela sacou a varinha.


- Ou você sai da minha frente ou eu te azaro, Malfoy!


Ele fez o mesmo.


- Não antes que eu azare você!


Ela deu um risinho descrente.


- Você não me machucaria...


- Tem razão, não mesmo. – ele viu o sorriso dela aumentar – Mas eu te lançaria um feitiço de corpo preso que faria você ficar aqui á força!


Ela abaixou a varinha, tentando outra abordagem.


- Harry nunca me prenderia no quarto... – ela falou num tom venenoso.


Ele fez uma careta.


- Não posso fazer nada se seu namoradinho não se preocupa com você.


Ela pensou em dizer que ela e Harry tinham terminado mas achou desnecessário. Não acreditava que estava discutindo com Malfoy enquanto comensais deviam estar ali por perto, fazendo sabe Deus o quê. Maldita hora que tinha ido pro quarto dele. Se estivesse no seu quarto quando viu a marca negra, já estaria lá fora lutando.


Ela fechou os olhos e soltou um suspiro profundo. Só podia tentar mais uma coisa.


- Malfoy... – ela guardou a varinha no bolso – Eu posso até ficar. Mas você tem que ficar comigo...


Ela olhou pra ele com um sorriso encantador mas, quem conhecesse bem Hermione veria ali um ar malicioso também. Se aproximou dele e colocou uma mão no peitoral definido enquanto seu braço ficava apoiado nos ombros do loiro. Ela começou a acariciar sua nuca e deixou sua unha o arranhar, causando um tremor no garoto. Ficou na ponta dos pés e começou a dar pequenos beijos no pescoço dele. Quase deu um sorriso de vitória quando sentiu ele passar os braços em volta da cintura dela e fechar os olhos. Subiu as carícias para o queixo e mordiscou sua orelha do jeito que sabia que o deixava louco.


Ele abriu os olhos e a fitou.


- O que está fazendo, Hermione?


Ela não disse nada. O puxou pela nuca e o beijou com fervor, explorando cada canto da sua boca com a língua. A mão dele entrou debaixo da blusa dela e agora foi a sua vez de sentir um arrepio quando Draco tocou a sua pele. Quando viu já estava sendo conduzida para a cama.


É claro que ela não tinha considerado o fato de que uma vez que o beijava, era missão impossível conseguir parar.


Ele deitou sobre ela novamente na cama e, dessa vez, quando se afastou foi para tirar a camisa.


Hermione soltou um longo suspiro ao ver o peitoral nu de Draco e ele soltou um risinho convencido que o deixou mais irresistível ainda, se é que aquilo era possível. Quase se derreteu toda. Ele voltou a beijá-la e Hermione sabia, pelo menos no seu inconsciente, de que eles deveriam parar porque iriam acabar fazendo o que não deviam, no momento que não deviam. Devia estar havendo uma batalha lá fora, mas tudo que conseguia pensar no momento era no que estava acontecendo naquele quarto.


Hermione se viu sem sapatos e passou as pernas em volta do corpo de Draco, o fazendo ficar mais louco ainda. Ela tinha perdido totalmente o controle sob a situação. Só conseguia pensar que aquele monte de roupas estavam atrapalhando. Ele começou a levantar sua blusa deixando á mostra o sutiã preto e ela o ajudou, o que o encorajou ainda mais. Começou a beijar o pescoço dela, dando pequenas mordidas e a fazendo gemer e se arrepiar.


Trocaram de posição e Hermione ficou por cima dele, sentada bem em cima da sua masculinidade, que estava visivelmente volumosa. Aquilo só a fez se excitar ainda mais. Tirou seus cabelos do rosto e o olhou.


- Você vai me enlouquecer, Granger... – ele falou com uma voz sensualmente rouca.


Ela sabia que aquele era o melhor momento. Deveria aproveitar o estado dele e dar o fora dali. Mas não foi isso que ela fez. Ela se curvou e começou a distribuir beijos pelo peito dele enquanto arranhava em alguns lugares e apertava outros o fazendo gemer. A intimidade dela pulsava, ela queria mais. Ela o queria, precisava dele. Malfoy se surpreendeu quando viu que ela abria o zíper da calça dele e se levantou para tirar a sua. Ele estava só de cueca e tremia de desejo ao vê-la só de lingerie. Ele a puxou de volta pra ele e a colocou sentada no seu colo de novo. A beijou na boca e em seguida desceu para o colo do seu pescoço. Abriu o sutiã e o tirou revelando os seios da garota. Ele os olhou por um tempo até que não aguentou e levou sua boca a um deles enquanto a mão ia em outro, mordendo, apertando e beijando e levando Hermione á loucura. Ela o deitou novamente e passou os seios rígidos no peito dele, o deixando sem fôlego. Esfregava sua intimidade na dele propositalmente, o deixando doido.


Nunca tinham ido tão longe e Hermione sabia disso. Ela tentou se lembrar do objetivo daquilo, sabia que tinha um mas era difícil se lembrar quando tinha um loiro delicioso beijando cada parte do seu corpo. E então se lembrou de que enquanto eles estavam ali, pessoas poderiam estar morrendo. Não era hora de ser egoísta.


Draco se assustou quando a viu se afastar dele como se tivesse levado um choque e voltar a se vestir com a velocidade da luz.


- O que você está fazendo??? – ele perguntou se sentando na cama, sem poder conter a expressão decepcionada.


- Fomos longe demais! – ela falou terminando de colocar o sutiã e pondo a blusa.


- Como se você não estivesse gostando... – ele falou arrogante. – Foi você que me beijou, pra começo de conversa.


- Eu só queria que você me deixasse sair! E eu sabia que esse era o único jeito... – ela deu de ombros e não pôde conter uma risada – Você nunca resiste...


- Você... sua criatura maléfica! – ele parecia chocado – Nunca mais caio na sua!


- É? – ela voltou a se aproximar dele, já completamente vestida, e segurou o queixo dele para lhe beijar. Draco ficou de boca fechada enquanto Hermione pedia passagem com a língua, acariciando os lábios dele com os seus. Ele estava se fazendo de difícil mas não se segurou quando ela enfiou a mão que não segurava seu rosto nos cabelos platinados dele, os puxando levemente. Ele abriu a boca e ela moveu sua língua sensualmente com a dele, terminando o beijo com uma mordida nos lábios finos dele.


- Você é muito fácil, Malfoy...


- E você é perigosa, Granger... Coitado de quem pensa que você é santa.


Hermione saiu daquele quarto enquanto ainda podia. Malfoy era uma distração e tanto... A única coisa que poderia atrasá-la quando sabia que seus amigos estavam em perigo era ele. Nunca seria assim se ela estivesse com outro cara.


***


O caos reinava em Hogwarts.


Harry e Rony estavam no dormitório quando viram a Marca Negra e saíram á procura de Hermione antes que todos percebessem ou que os comensais os encontrassem mas ela não estava no quarto nem em lugar nenhum.


Ninguém sabia como os comensais tinham conseguido passar por todas as proteções que haviam em Hogwarts e, no momento, ninguém estava pensando naquilo. Eles eram muitos, Harry podia dizer que todos estavam ali. Eles chegaram rindo e quebrando tudo que lhes aparecia na frente e só pararam quando bateram de frente com os membros da Ordem, começando duelos em cada canto do castelo. Harry lutava com um comensal que não conhecia e sabia que tinha que se concentrar ali mas tudo que conseguia pensar era aonde estava Hermione.


Os professores tentavam acalmar os alunos e tirá-los de dentro do castelo por passagens secretas enquanto faziam de tudo para não passar por perto de comensais com os estudantes.


Com o canto de olho, Harry viu Belatriz e Lúcio passarem com dois outros comensais e subirem ás escadas em direção aos dormitórios. Ele queria impedi-los mas o cara com quem estava duelando estava lhe dando trabalho.


E aonde estava Hermione???


***


Hermione corria rápido pelos corredores para chegar o mais rápido possível á batalha. Deveria ter sido mais atenciosa. Só percebeu que não estava sozinha quando se sentiu ser atingida e foi lançada contra a parede, batendo a cabeça com força. Soltou um gemido de dor ao cair no chão e a pontada na sua cabeça era tão forte e a dor tão profunda que sentiu sua visão embaçar. Levou a mão a cabeça e quando a trouxe de volta, estava repleta de sangue.


- Olha só... exatamente a garota que estávamos procurando...


A grifinória sentiu um frio na espinha quando ouviu a voz de Belatriz e a risada de Lúcio Malfoy. Se levantou se apoiando na parede e tentando colocar a visão em foco. Sua cabeça parecia que ia explodir.


- O que vocês querem? – ela falou.


- Simples. – Lúcio deu um passo a frente – Você.


- Acho que isso não vai ser possível. – Draco apareceu no fim do corredor e se aproximou de Hermione parando estrategicamente do seu lado. Os olhos dele caíram sobre o sangue na cabeça dela e ele a olhou preocupado. – Olá, pai... Como anda, tia? – ele olhou para os dois grandalhões atrás dos dois – Trouxe novos amigos?


- Draco... – falou Lúcio – É bom não me causar problemas essa noite...


- Eu não contaria com isso, Lúcio. A não ser que você e seus amigos deixem a Granger em paz, vou te causar muitos problemas hoje.


Belatriz olhava para ele com um olhar reprovador.


- Você ainda pode voltar atrás, garoto. O lorde pode dificultar as coisas pra você no começo, mas vai acabar te perdoando. Você tem um futuro brilhante. Venha para o lado em que você deve estar! O que te prende nessa estúpida Ordem?


Os olhos de Draco recaíram sobre Hermione inconscientemente e Belatriz riu.


- Essa garota? – ele riu.


- O que você fez com meu filho, Granger? – perguntou Lúcio – Pra deixá-lo de quatro como ele está?


- Eu não fiz nada! – ela respondeu impetuosa – Não é minha culpa se ele não é tão estúpido quanto vocês!


- Que garota insolente!


Belatriz apontou a varinha para Hermione.


- Crucio!


Num impulso, Hermione levantou o braço como se aquilo fosse lhe proteger da maldição e o que aconteceu em seguida surpreendeu a todos. Foi como se o feitiço ricocheteasse em um escudo invisível e voltasse para Belatriz, que caiu no chão urrando de dor. Foi rápido, questão de cinco segundos até o feitiço parar de fazer efeito e ela se levantar como se tivesse passado uma imensa vergonha mas foi o suficiente para que todos olhassem para Hermione assustados.


Ela franziu o cenho apavorada consigo mesma e encarou as próprias mãos.


- Olhe pra você... – disse Lúcio rindo – não tem nem noção do que é capaz.


- Você me paga por isso, Granger! – Belatriz parecia que ia explodir de raiva.


- Venha conosco, Granger... – disse Malfoy – Nós podemos fazer seus poderes se desenvolverem... Você pode ser mais poderosa que o bruxo mais poderoso de que você já tenha ouvido falar... Você faz idéia do que pode ser?


Hermione estava visivelmente confusa. Talvez tenha, pela primeira vez, parado para pensar sobre o que significava todas aquelas coisas que lhe tinham acontecido.


Draco revirou os olhos.


- Pare de dizer essas coisas a ela! – falou ele – Ela nunca vai mudar de lado! Nunca se deixaria influenciar por você!


Lúcio meneou a cabeça.


- Se ela é tão importante pra você, Draco... Você deveria querer que ela mudasse... Porque, caso contrário, não teremos outra opção...


- Que opção? – perguntou o sonserino.


Em questão de segundos, um dos grandalhões estava atrás de Hermione e a segurou pelo pescoço, apontando a varinha para ela.


- Teremos que matá-la. – foi Belatriz quem respondeu, com um ar de riso. – E eu é quem vou querer fazer as honras.


- Seria um pecado desperdiçar tantos poderes... – falou Lúcio – Mas se não tivermos alguém como ela a nosso favor, não podemos ter contra nós. O feitiço era para recair sobre você, meu filho, mas algo deu errado naquela ilha... Agora, infelizmente, essa sangue-ruim se tornou muito importante.


Draco tentava pensar rápido. Não podia deixá-los levar Hermione mas, acima de tudo, não podia deixá-los matá-la. Seus olhos recaíram sobre a janela. Tinha treinado pouco mas talvez...


- Podem me matar! – ela falou com dificuldade pois o aperto no seu pescoço era muito forte – Eu nunca vou ficar do lado de vocês.


- Como quiser... – Belatriz levantou a varinha e Draco não teve outra escolha.


Estuporou o homem que segurava Hermione antes que Belatriz pudesse dizer “avada” e a pegou pela cintura a levando consigo. Subiu na janela o mais rápido que pôde e pulou.


Hermione se sentia uma boneca de pano e só percebeu o que estava acontecendo quando sentiu a brisa da noite fria no rosto. Se agarrou ao pescoço de Draco mesmo sabendo que ele já estava a segurando firme pela cintura.


Os dois estavam voando.


- Draco! – ela falou – Como você...?


- Eu percebi que podia há um tempo atrás... – ele disse parecendo divertido - mas nunca subi tão alto.


Ela cometeu o erro de olhar para baixo. Viu Hogwarts ficar mais longe e percebeu que eles deveriam estar há uns 100 metros do chão. Estremeceu.


- Tudo bem, sei que não gosta de altura. – ele disse – Vou descer.


Eles desceram aonde Hermione sabia que era um dos caminhos que daria em Hogsmeade. Draco se sentou encostado em uma árvore parecendo cansado e ela o encarou.


- O que está fazendo? Temos que voltar! Precisamos ajudá-los!


- Não ouviu o que eles disseram, Hermione? Eles querem você! Assim que não a encontrarem mais, eles vão embora! O melhor para todos eles é você permanecer longe de vista!


Ela hesitou.


- Você acha?


- Acho.


Ela respirou fundo mas acabou se sentando ao lado dele, principalmente porque começava a sentir muita moleza. Draco a olhou, seu cabelo estava praticamente empapado de sangue. Ele conjurou um pano.


- Precisa colocar isso na cabeça. – ele amarrou o pano apertado na cabeça dela para estancar o sangue – Eu faria um feitiço mas não deu muito certo da última vez.


Ela se sentia cada vez mais sonolenta.


- Tudo bem.


Ele a viu fechar os olhos e encostar a cabeça no ombro dele.


- O que está fazendo, Granger? – ele a afastou assustado – Não pode dormir!


- Por quê não? – ela o encarou com estranheza.


- Vem cá, Granger... – ele encostou a cabeça dela no seu peito – Precisa escorar a cabeça... mas não durma... Converse comigo, vamos lá.


- Sobre o quê?


- Não sei, qualquer coisa. – ele pensou por um instante - O que achou de voar comigo?


Ele a sentiu sorrir.


- Incrível. Me senti a Lois Lane.


- Quem?


- Ninguém, Malfoy... – ela passou os braços pela cintura dele e se aconchegou no seu peito.


- Não feche os olhos, Hermione... Vamos, me responda. Quem é sua melhor amiga? – perguntou a primeira coisa que lhe veio á cabeça.


- Gina. Mas... Pansy é muito importante também.


- Quem beija melhor: Potter ou eu? – perguntou com um sorriso malicioso.


- Você é um idiota... – ela respondeu.


- Sou eu, não sou?


- Cala a boca, Malfoy.


- Tá. O que você pensa quando eu te beijo?


- Que você é um idiota.


Ele revirou os olhos.


- Falando sério, Granger...


Ela suspirou.


- Eu me assusto toda vez que você me beija. – sussurrou - Minha mente sabe que tenho que ficar longe de você... porque eu não consigo me controlar quando você está por perto... e por mais que eu queira seguir meus instintos, eu não quero ser só mais uma garota pra você.


- Você nunca seria só mais uma garota...


Ela o ignorou.


- Minha vez de fazer perguntas?


- Dependendo do que você vai perguntar...


- Humm... Saudades da sua mãe?


- Muitas. Eu a vi na última visita a Hogsmeade.


- Mesmo? Ela está bem?


- Está. – ele hesitou – Nós falamos de você.


- O que falaram de mim?


- Ela me disse que eu deveria lutar por você.


- E você vai seguir o conselho dela?


- Já estou seguindo...


- Hum. – ela mudou de assunto - Com quem foi sua primeira vez?


- O quê? – ele se assustou com o tópico inesperado da conversa - Eu não vou falar sobre isso com você!


- Por que não?


- Porque...! – ele revirou os olhos - Porque você vai ficar com ciúmes!


- Ciúmes? – ela riu - Eu nem sinto nada por você...


- Ah, ok. E aquilo no meu quarto foi só um amasso.


- E não foi?


- Não pra mim. E eu sei que nem pra você.


- Você é muito convencido, isso sim... Vai responder minha pergunta?


- Claro que não!


- Ah, Malfoy...


- Pergunta outra coisa.


- Foi com a Pansy?


Ele bufou.


- Não, eu nunca nem dormi com a Pansy.


- Ah, tá... E eu nunca beijei o Harry...


- Não ponha imagens na minha cabeça, ok?


- Olha só quem fala de ciúme...


- Hum. Eu estou falando sério. Pode perguntar pra ela, se quiser.


- Por que não?


- Sei lá. Nunca rolou.


- Então foi com a Taylor? – a voz dela saiu debochada.


- Isso me faz lembrar daquela história do ciúme.


- Vai sonhando...


- Claro que não foi com a Taylor, Hermione. Eu nunca nem tinha beijado ela até o dia em Hogsmeade.


- Então com quem foi?


- Não foi com ninguém de Hogwarts, ok? Foi com uma amiga da minha família.


- Quantos anos você tinha?


- 14.


- E ela?


- 21.


- Que papa anjo!


- Eu nunca fui anjo...


- Percebe-se. Como foi?


- Ah, você vai querer saber até a posição daqui a pouco!


- Não, eca!


- Por que está tão interessada?


- Curiosidade.


- Por quê? – aqui ele a apertou um pouco forte demais – Você transou com o Potter?


- Não.


- Por que não?


- Sei lá. Nunca rolou. – repetiu a fala dele.


O corpo dele pareceu um pouco mais relaxado.


- Você gostou de saber disso?


- É claro que eu gostei...


- Por quê?


- Por nada, ué.


- Grande coisa. Não transei com o Harry mas transei com um estranho numa festa em que eu estava drogada. Bem romântico.


- Você nem se lembra, aquilo não vale. Você ainda não teve a sua primeira vez oficialmente.


- Por que você parece tão feliz em dizer isso? – ele não respondeu – Será que é porque pensa que vai ser “o primeiro”?


- Modéstia a parte, você não faria escolha  melhor...


Ela revirou os olhos.


- Que modéstia você têm pra colocar á parte, Malfoy? E eu não dormiria com você, Sr. Transei-com-a-metade-das-garotas-de-Hogwarts!


- Chegamos muito perto hoje...


- Aquilo não vai se repetir.


- Eu vou tomar minha providências para que se repita.


- Se minha cabeça não doesse tanto, eu me levantaria daqui e te daria um soco!


Ele riu.


- E, só para sua informação, não foi com a metade de Hogwarts! Eu não sou tão rápido!


- Vou fingir que acredito.


- É sério!


- Com quantas garotas você já dormiu até hoje?


- Eu não fico contando!


- Traduzindo: você perdeu a conta!


Ele meneou a cabeça.


- Você é impossível, Hermione...


- Você é um galinha, Malfoy...


- Aposto que quando eu dormir com você, vai ser muito melhor do que com qualquer outra garota.


- Vai sonhando que eu vou dormir com você... Espera deitado porque até sentado vai cansar!


- Nós vamos dormir juntos sim! Muito mais que isso, nós vamos namorar e nos casar! Você vai ter o vestido dos seus sonhos e a festa dos seus sonhos... Posso até imaginar você vindo até mim, toda de branco... Como um anjo que você é.


Ela riu. Ele falava aquilo tudo como se estivesse vendo numa bola de cristal que realmente ia acontecer. Por mais que não quisesse, ela estava achando aquilo muito divertido.


- Você viaja, Malfoy.


- O meu pedido de casamento vai ser o mais lindo que você já ouviu falar! – ele garantiu.


- Não vai ser não... Porque eu vou dizer não!


- Ai de você se disser não! Nenhuma mulher jamais foi capaz de negar o pedido de um Malfoy.


- Aposto que vou ser a primeira!


- E eu aposto que você vai se derreter toda quando eu me ajoelhar na sua frente com um anel!


- Você vai se ajoelhar?


- Vou. Por quê? Acha que é antiquado?


- Não, eu acho que é muito romântico.


- Viu? Eu até já sei o que fazer pra você dizer sim.


- Não vou dizer sim só porque você se ajoelhou!


- Também vou te dar um anel de diamantes deslumbrante.


- Não me importo com jóias.


- Vai se importar quando vê-lo. E então nós vamos nos casar e nos mudar pra... – ele parou pra pensar - Aonde você quer morar, Hermione?


Ela riu.


- Aonde você quer morar?


- Eu? Ah, não sei. Com certeza não na mansão Malfoy! Quer dizer, sei lá. Não na mansão que eu cresci, pelo menos.


- Más lembranças?


- Muitas. E quero que nossos filhos sejam muito felizes. Vou ser o melhor pai para eles! Mas então, nós talvez podemos passar alguns anos morando fora do país, o que acha?


- Sempre quis morar num barco, sabia?


- Então está decidido! Nós podemos morar num barco em Amsterdã ou em Paris. Nos mudamos para uma casa quando as crianças vierem...


- E se eu já casar grávida?


- É. Isso pode acontecer, né. Porque... você sabe... Então, se isso acontecer, nós moramos no barco quando estivermos velhinhos e nossos filhos não precisarem mais da gente.

Draco continuou falando e Hermione não podia nem queria fazer nada além de ficar lá ao lado dele, ouvindo sua conversa boba enquanto ele a fazia se lembrar de que, apesar de ser uma das pessoas mais arrogantes que ela tinha conhecido, ele também era um dos garotos mais fofos que ela iria conhecer.


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Notas finais do capítulo

N/A: Olá, pessoal! Antes de tudo, quero muuuuito agradecer a quem está lendo a fic e a quem está comentando. A fic tem estado nas mais lidas por um tempo e isso é muito, muito, muito legal. Antigamente, quando eu só lia fanfics, eu nunca ia imaginar que uma fic minha ia entrar para as mais lidas, então supeeer obrigada!

Então, espero que tenham gostado do capítulo! Ele é bem importante pra fic.

Aaah, Hermione terminou com o Harry como, pelo que eu vi dos comentários, TODAS vocês queriam... kkk.

Então, vou ficando por aí. Comentem bastante pra dizerem o que acharam do capítulo e pra mim me animar de postar logo.

beijooos

:-*



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