Pokémon: Ano Sombrio escrita por Linkusu


Capítulo 11
Capítulo 11: Calmaria antes da tempestade, parte 1




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                -Bom dia, vejo que estão todos aqui. Como eu havia prometido no começo da semana, hoje teremos uma aula diferente. Eu planejava trazer o atual líder de ginásio de Saffron para conhecê-los, mas como não consegui entrar em contato com ele, eu trouxe uma convidada especial em seu lugar. Por favor, recebam com uma salva de palmas a antiga líder de ginásio de Saffron, mestra em pokémons psíquicos: Sabrina!

                Enquanto o professor de óculos escuros e cabelos loiros falava, todos pareciam muito empolgados, afinal de contas, uma líder de ginásio estava na frente deles e iria responder todas as suas perguntas sobre um desafio de ginásio. Bom, todos menos aqueles que estavam presentes antes no terraço e atendiam às aulas de especialização de treinadores: eu, Simon e Angelo. Nenhum de nós estava num estado de espírito saudável naquele momento, mas mesmo assim, tentei fazer um esforço para prestar alguma atenção na aula enquanto várias teorias e possibilidades se formavam em minha cabeça.

                Em primeiro lugar, eu deveria descartar quaisquer tipos de probabilidades insanas. Tudo que envolvesse a possibilidade de o assassino ser algum tipo de entidade sobrenatural deveria desaparecer de minha mente. Se eu fosse me deixar levar por coisas infundadas e fantasiosas como essas, de maneira alguma eu conseguiria chegar no fundo desse mistério. Tem de haver uma explicação lógica e plausível, pautada na realidade. Para uma pessoa habilidosa, é possível fazer até mesmo o mais simples dos truques parecer uma magia inexplicável. Então, a pergunta é: como tentar matar duas pessoas em dois locais completamente diferentes ao mesmo tempo?

                Após me acalmar um pouco, duas possibilidades claras são as primeiras a se formarem em minha cabeça. A primeira é, obviamente, a possibilidade de estarmos lidando com mais de um assassino. Nesse caso, não há mistério: para fazer parecer que uma pessoa cometeu um assassinato em dois lugares ao mesmo tempo, basta matar duas pessoas em locais diferentes, no mesmo horário, utilizando o mesmo método. A segunda possibilidade é um pouco mais complicada e exigiria uma maior capacidade do assassino, que seria cometer um assassinato pessoalmente num local, mas já deixando outro assassinato planejado no outro local, apenas esperando o horário marcado para ser executado.

                Como isso seria possível? Bom, a explicação é mais simples do que parece: Bruce afirmou que, alguns dias antes de ser encontrado morto, o avô dele havia desaparecido sem deixar rastros. Nesse caso, o assassino teria capturado Luiz dias antes de assassiná-lo, e o manteve em cativeiro. Quando ele achou um dia apropriado para matar Catarine, ele decidiu então marcar 2 assassinatos em 2 locais diferentes para confundir a polícia: enquanto o assassino iria pessoalmente cuidar de Catarine, Luiz, que já estava em cativeiro a algum tempo, seria deixado inconsciente na  rota 10 junto com um dos pokémons do criminoso. A ordem dada seria: “após certa quantidade de tempo passar, mate esta pessoa da mesma forma que você matou as outras”. Obviamente o pokémon em questão deveria ser muito bem treinado para poder executar a ordem sem ter o seu mestre por perto. Nesse caso, após encontrar e imobilizar Catarine, tudo que o assassino teria de fazer seria esperar o tempo marcado para executar o crime no mesmo horário combinado com o outro Pokémon. E assim, uma pessoa teria efetivamente cometido 2 crimes em 2 locais diferentes, fazendo apenas um uso inteligente dos pokémons ao seu dispor.

                Qual das duas teorias estaria correta? Eu não sei. Se eu for trabalhar com possibilidades, diria que a primeira alternativa soa mais provável. Mas o assassino já demonstrou dominar truques bastante... “Avançados” e não convencionais, por assim dizer, então não é nem um pouco implausível teorizar que ele teria habilidade o suficiente para executar a segunda teoria. Como eu só poderia trabalhar com uma possibilidade, decidi me focar na teoria de existir apenas um assassino por trás do caso. Afinal, não há provas físicas de que mais de uma pessoa esteja envolvida nesses crimes, então é melhor se ater apenas à possibilidade do assassino ser uma única pessoa até que se prove o contrário. Se eu me deixar levar por outras possibilidades sem provas concretas, será mais difícil achar um culpado e mais fácil de me perder na investigação.

                O tempo passou tão rápido enquanto eu formulava possibilidades em minha cabeça que, quando fui perceber, a sessão de perguntas com a líder já havia acabado. Olhei ao meu redor e percebi que estavam todos observando atentamente o campo de batalha. Curioso para ver o que estava acontecendo, fiz o mesmo e me deparei com a cena de um Umbreon nocauteando um Mr.Mime com o ataque Revanche (*Payback), fazendo a líder de ginásio, uma idosa porém elegante senhora, retornar seu pokémon. Ao olhar aquilo, entendi que se tratava de uma batalha entre o professor e a líder, provavelmente para mostrar em primeira mão como funcionam as regras de uma batalha de ginásio.

                Logo após retornar seu Pokémon, a líder de ginásio Sabrina enviou Gallade, fazendo com que o professor retornasse seu Umbreon.

                -Lembrem-se, mesmo tendo um Pokémon que possua vantagem contra o tipo do ginásio que você está enfrentando, não é bom ficar excessivamente confiante apenas por causa disso. Sendo um líder de ginásio, obviamente seu adversário já vai ter algo preparado para rebater sua estratégia, então não evitem fazer trocas caso sintam que é necessário. – O professor falava, ensinando as medidas básicas que qualquer um deveria tomar antes de desafiar um líder.

                Esperando que ele fosse usar algum Pokémon com vantagem ao de Sabrina, para minha surpresa, ele enviou um Machamp, um Pokémon com uma clara desvantagem de tipos contra Gallade. Não apenas isso, ele também é estatisticamente mais lento, o que significa que ele irá perder antes mesmo de poder acertar um golpe. Também percebendo isso, Sabrina suspirou, talvez um pouco desapontada pelo descuido de seu oponente. De fato, eu também não esperava um erro tão simples vindo de um professor.

                -Gallade, Corte Psíquico(*Psycho Cut). – Dando sua ordem ao seu Pokémon, ela apenas aguardou pelo resultado inevitável.

                -Machamp, Soco Bala(*Bullet Punch).

                Entretanto, quem deu a última risada foi Vincent. Pegando a líder de surpresa, o ataque de Machamp ultrapassou a velocidade de seu oponente e o acertou com um destemido punho de aço na cabeça de Gallade, nocauteando-o com um único golpe. É verdade que Gallade é naturalmente mais rápido que Machamp, mas usando um ataque de prioridade como o Soco Bala, é possível atacar antes de seu oponente mesmo que ele seja mais rápido que você. Normalmente, ataques como esse não possuem tanto poder e em situações normais não nocauteariam um oponente em um só golpe, mas aquele caso era diferente. Não apenas Gallade era um Pokémon de defesas frágeis, como também aquele Machamp era claramente muito bem treinado. Com um sorriso de orgulho em seu rosto, o professor continuou sua aula.

                -Obviamente, nem sempre uma batalha é determinada por uma disputa de tipos. Se você possuir um trunfo na manga, de nada adianta seu oponente ter a vantagem se ele não puder te acertar primeiro, não é mesmo, senhora Sabrina?

                Rindo de sua própria ingenuidade, a líder retornou seu Pokémon. Dois nocautes e nenhuma vitória, só a restava mais um Pokémon de acordo com o formato padrão das partidas de ginásio 3 contra 3 da liga Pokémon. Colocando todo seu orgulho em seu próximo Pokémon, ela revela seu ultimo combatente: um majestoso e muito bem treinado Espeon. Diferente de Gallade, aquele Espeon sem dúvidas possuía um melhor treinamento defensivo, então mesmo que o professor utilizasse a mesma estratégia com o Soco Bala, ele não conseguiria derrubá-lo com um único golpe. O Espeon, por outro lado, o nocautearia sem maiores dificuldades. Ainda assim, sem recuar, o professor Vincent Aznoble lançou sua última ordem à seu Machamp.

                -Acabemos com essa partida. Use o ataque Revanche.

                Avançando sem temer seu oponente superior, Machamp se preparava para executar seu ataque definitivo em Espeon. Se ele acertasse, sem dúvidas a partida estaria encerrada.

                -Não me subestime. Espeon, golpe Psíquico(*Psychic).

                Porém, como ele mesmo havia dito mais cedo, de nada adianta um golpe efetivo se você não puder acertar seu oponente. Com uma velocidade claramente superior, Espeon executa seu ataque primeiro, acertando o indefeso Machamp muito efetivamente. O duelo estava acabado, por melhor que fossem as defesas daquele Machamp, ele não deveria sobreviver a um golpe daqueles. Porém, segurando uma faixa em suas mãos, o Pokémon lutador recebeu o ataque direto de Espeon e continuou avançando em direção ao seu nêmesis, surpreendendo não apenas a líder de ginásio como todos ali presentes, eu incluso. Sem dar tempo de reação, a grande montanha de músculos executou seu ataque Revanche, arremessando Espeon alguns metros no ar e fazendo-o ricochetear na parede atrás de Sabrina, efetivamente encerrando a partida. Três vitórias e nenhum nocaute, ele havia derrotado uma líder de ginásio veterana sem maiores dificuldades, usando um Pokémon que deveria lhe dar uma desvantagem. Foi nesse momento, mais do que antes, que eu senti que ele não era apenas um treinador qualquer.

                -Há mais uma coisa importante numa batalha de ginásio: o uso de itens. Notem como no punho direito de meu Machamp, ele está segurando uma faixa. Esse é o item Faixa do Foco, que permite um Pokémon que esteja segurando a faixa resistir a um ataque que normalmente o nocautearia. Claro, para que isso ocorra, o Pokémon precisa estar em condições perfeitas e o item funciona apenas uma vez. Mas sobreviver a um único ataque pode decidir o destino de uma batalha, assim como eu acabei de lhes demonstrar. O fator surpresa também é muito importante. Lembrem-se dessa batalha quando forem passar pelos seus desafios de ginásio. Vantagem, estratégia, saber quando recuar e uso inteligente de itens a seu dispor, se vocês tiverem isso em mente, sem dúvidas se tornarão grandes treinadores no futuro. Agora, deem uma salva de palmas para a senhora Sabrina, que nos honrou com esta grande batalha e compartilhou seu conhecimento conosco.

                Extasiados, todos aplaudiram, não apenas a líder de ginásio, como também aquele homem de cabelos dourados e reluzentes como o sol. Foi nesse momento que eu pensei: se eu quisesse realmente ser um adversário digno a um assassino perigoso, eu não precisaria apenas de inteligência. Sim, eu também precisaria de força. Eu deveria melhorar minhas habilidades como treinador se não quisesse morrer naquela minha busca mórbida pela verdade. Tomei minha decisão e esperei a aula acabar para falar com Vincent. Alguns minutos depois, quando todos já haviam se retirado, fui conversar diretamente com ele.

                -Hum, professor Vincent, posso falar com você por um instante?

                -Oh? Você é... Neil, não é? Um dos alunos novos. É um prazer poder falar com você pessoalmente. Há algo que você deseja conversar sobre?

                -Ah, o prazer é todo meu. E sim, tem algo que eu gostaria de falar com o senhor. É que, bem, atualmente eu... – Como eu poderia pôr isso da maneira menos suspeita possível? – Eu pretendo fazer um teste especial para executar uma tarefa, e para isso eu preciso aprimorar minhas habilidades como treinador. Então, após ver sua batalha contra a líder, eu estava pensando, será que o senhor não poderia me treinar particularmente, por favor? – Eu estava ficando cada vez melhor nesse trabalho de inventar mentiras na ponta da língua. Não sei se isso é algo bom ou ruim.

                Ao ouvir meu pedido, o professor franze a testa e me olhou com um pouco de decepção.

                -Eu não posso fazer isso, Neil. Como seu professor, seria antiético com os outros alunos se eu fizesse favores especiais para você.

                -Mas é realmente uma emergência! Eu sei que é pedir demais, mas por favor, apenas me ensine o básico para deixar meus pokémons mais fortes!

                -Neil, deixe-me perguntar: você se considera um bom estrategista?

                -Huh? Bom... Eu acho que sim. Eu posso não ter participado de tantas batalhas na minha vida, mas eu sempre tirei boas notas em teoria Pokémon, e consigo prever razoavelmente bem os movimentos de meus oponentes quando eu aprendo seus padrões de ataque...

                -Então não há muito que eu possa te ensinar. Se você já possui o conhecimento, lhe falta apenas o poder para coincidir com sua capacidade. Mesmo o mais brilhante dos generais não conseguiria vencer uma batalha onde seu inimigo possui um arsenal esmagadoramente mais forte. Nesse caso, o que você precisa não é de um tutor, mas sim a força de vontade para treinar seus Pokémons e extrair seus potenciais até o limite. O único que pode extrair todo o potencial adormecido em você é você mesmo.

                Falando aquelas palavras de sabedoria, ele se virou e começou a andar em direção em direção à saída. Eu queria pará-lo, mas sabia que o que ele havia dito era verdade. Se eu quiser ficar mais forte, então eu mesmo devo buscar a minha força. Olhando suas costas como se fosse alguém imensuravelmente distante e superior, eu percebi o quanto ainda faltava em mim para chegar ao seu nível.

                -Neil... Participe do torneio do colégio desse ano. Se seu objetivo for apenas ficar mais forte, então sem dúvidas batalhar contra outros treinadores vai lhe ajudar a alcançar seu objetivo. Quanto ao resto... Trilhe seu próprio caminho. Tenho certeza que você é capaz disso, talvez até mais do que eu. – Eu não vi, mas pude sentir um pequeno sorriso amargurado se formando em seu rosto.

                Um pouco intrigado com a afirmação dele, eu o observei saindo do local, agora mais distante do que nunca. Já não restavam mais dúvidas em meu coração. Eu perseguiria e capturaria o assassino custe o que custasse. Não há nada me impedindo agora a não ser eu mesmo. Se o oponente é forte, eu apenas preciso me tornar tão forte quanto. Guardando as palavras do homem de cabelos dourados em meu peito, eu saí da arena convicto do caminho que eu trilharia a partir daquele momento. Não há mais volta. A partir de hoje, Neil Liebert não sairá de Lavender Town até colocar o assassino fantasma atrás das grades. Com esse ideal encravado em minha mente, eu comecei minha jornada em direção a meu novo destino. O que me aguardaria nessa trilha de mortes e conflitos apenas o futuro poderia me contar...

...

..

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Interlúdio: Premonição de um desastre.

                Na calada da noite, a pacífica cidade de Pewter dorme com o refrescante vento noturno batendo nas folhas de suas árvores. As janelas se fecham, as cortinas descem, e as ruas daquela pequena cidade de Kanto são imersas no sereno silêncio da escuridão. Mas nem todos ali presentes estão alheios a seus destinos. Um Pokémon permanece em cima do telhado do ginásio, observando atentamente uma grande construção localizada na frente daquela área de batalha. "Museu de Pewter", dizem as letras que aquela criatura de corpo azul-acizentado coberto por pêlos brancos não conseguia entender. Mas o que ela podia entender era o perigo eminente que aquele local emitia.

                Três pessoas suspeitas, utilizando longos sobretudos de cor preta, se escondem nas sombras da cidade, rondando aquele museu como predadores analisando uma presa.

                -Você tem certeza que é esse o local, C? – Uma voz fria e controlada de um homem se pronunciou, dirigindo sua pergunta a um de seus colegas de sobretudo.

                -Afirmativo. Hoje vocês estão aqui apenas para uma missão de reconhecimento. Analisem pontos estratégicos de saídas, esconderijos e possíveis armadilhas. Eu irei me manter de vigia para assegurar que ninguém os veja. – Dessa vez, era uma voz feminina que havia saído por debaixo de um dos sobretudos, suave e calma.

                -Hahaha, mas que local mais simplistico. Nada mais do que o esperado de uma construção de Kanto, que terra primitiva. – A terceira pessoa presente, um homem, se pronunciou, com um tom de escárnio e sarcasmo em sua voz, contrastando com a frieza de seus colegas. – Isso é uma piada, C? Posso entender alguém como ele ser mandado para esse tipo de missão fútil, mas o que um membro de elite como eu está fazendo perdendo tempo com esse tipo de escória? – Ele continuou com sua zombaria, claramente desprezando seu próprio aliado.

                Como resposta, o outro homem presente apenas deu uma risada de deboche e virou seus olhos para a pessoa que o havia ridicularizado.

                -Ora, não me diga que o grande Lancilotto não possui capacidade o suficiente para executar uma simples missão de reconhecimento? – Ele respondeu jocosamente, como se não desse importância às provocações direcionadas à si próprio.

                -Calado, verme. Um farsante que sequer possui um nome como você não deveria dirigir a palavra a mim. Se quiser conversar comigo, tenha a decência de inclinar sua cabeça para o chão, o local ao qual você pertence, heh.

                -Basta, Lancilotto. – A mulher ordenou, fazendo com que os dois parassem de perder tempo. – Essa não é uma missão tão simples quanto parece. Tenho de me certificar de que tudo saia como planejado, então esse trabalho deve ser entregue apenas às pessoas mais confiáveis.

                -Hah, tudo bem então. – O homem deu um sorriso de superioridade, aceitando sua tarefa. – Mas não deveríamos cuidar dos ratos curiosos primeiro?

                Um barulho de um corpo caindo no chão pôde ser ouvido logo após a fala de Lancilotto. O pokémon de pelagens brancas aterrissou com dificuldades no chão, tendo sido acertado abruptamente por um inimigo desconhecido.

                -Ah, era apenas um vira-lata. – Lancilotto se pronunciou, decepcionado com o "espião" que estava os observando.

                -É um Absol, um pokémon dito como sendo capaz de prever desastres antes mesmo deles acontecerem. – O outro homem disse calmamente enquanto olhava para o pokémon de pelagem branca. – Provavelmente ele já sentiu o que nós pretendemos fazer aqui.

                Absol recuou, rugindo, enquanto fixava seus olhos naquelas 3 pessoas suspeitas. Como se estivesse pressentindo o perigo que o assolava, começou a preparar seu ataque.

                -Oh? – Lancilotto fitou os olhos vermelhos de Absol, que estavam direcionados fixamente nele. – Você tem coragem, besta selvagem, em olhar para seu superior dessa forma. Parece que eu terei de lhe ensinar algumas boas maneiras, vira-lata.

                Com um desprezo indescritível em seus olhos, ele ordenou a alguma coisa nas sombras: "acabe com esse lixo".

                A cena não durou sequer 1 segundo. Um tufão de vento passou pelo local e, sem ao menos saber o que o atingiu, o Pokémon noturno foi arremessado da cidade em direção às montanhas que cercam Pewter. Não era necessário ir checar, a batalha, ou melhor dizendo, a execução já havia terminado. Mesmo que aquele Absol tivesse sobrevivido ao poder do ataque e o impacto da queda causada pelo seu arremesso, ele ficaria, no mínimo, imobilizado por semanas caso não recebesse assistência médica.

                -Que desnecessário. – O outro homem presente no local deu um suspiro. – Apenas um ataque simples para fazê-lo desmaiar seria o suficiente. Não precisava ser tão bruto contra um pokémon inocente.

                -Insetos não são dignos de minha piedade, e sua inocência era apenas prova de sua inutilidade. Se ele ousou me desafiar com aqueles olhos pútridos, então nada mais apropriado do que puni-lo por sua insolência. – Aquele homem poderia ter uma arrogância do tamanho de um continente, mas ele sem dúvidas tinha um poder proporcionalmente grande para justificá-la. Ignorando a repreensão de seu colega, ele se dirigiu ao museu de Pewter para executar sua missão. O outro homem, frustrado, deu um suspiro antes de segui-lo.

                Observando a rua para se certificar de que ninguém mais se intrometeria em seus assuntos, a mulher começou a fazer algumas gravações de vozes.

                -Preparações para a parte C da Operação Utopia em andamento. Alvo atual: museu de Pewter. Objetivo: o item que será trazido para a exibição especial dia 4 de Março. Plano: batalha de Avalon, começar.


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Notas finais do capítulo

Coloquei o nome original dos golpes entre parênteses. Essa prática será feita apenas na primeira vez em que o ataque traduzido for utilizado.
Como o título já disse, apenas um capítulo preparatório para os grandes acontecimentos que acontecerão logo logo.
Capítulo 12: Calmaria antes da tempestade, parte 2.
Estréia: Dia 23 de Dezembro.



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