Mudanças, o Céu é o Limite escrita por Mih_Black


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olá gente. Capitulo novinho pra vocês!
Me empolguei e acabei escrevendo um capitulo bem maior do que eu costumava, não é? hahah'
Espero que gostem. Boa leitura :)



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Capitulo 8  –

- Não. Você está tornando isso óbvio de mais. Tente me surpreender, Damon! – Eu disse, durante o primeiro dia de treinamento.

Ele era rápido, mas não rápido o bastante. Ele correu em volta de mim, tentando me cercar. Eu fiz um movimento rápido, saindo do seu campo de visão e subindo em uma árvore que ficava ali perto. Ele diminuiu o ritmo, tentando me achar. Revirei os olhos e saltei da árvore, caindo em cima dele e o derrubando no chão. O imobilizei, ganhando mais uma vez.

- Ah, cansei de perder. – Disse Damon, cruzando os braços e revirando os olhos, eu ri – Nós bem que poderíamos fazer algo mais interessante não é? – Ele perguntou, sorrindo malicioso.

- Damon, querido. Você sabe que estou aqui pra te treinar e não vou sair daqui até que você consiga me vencer pelo menos uma vez. – Falei.

- Jura que quando eu vencer nós vamos dar uma volta pela cidade? Esse castelo é bem legal, mas eu não sou o tipo de cara que consiga ficar trancado por mais de um dia em casa. Eu to quase morrendo de tédio! – Ele disse, todo emburrado.

Revirei os olhos e prometi que se ele ganhasse nós sairíamos. Antes mesmo de eu acabar de falar, ele veio pra cima de mim, me derrubando e conseguindo me imobilizar. Fui pega totalmente de surpresa e ele tinha um ar vitorioso no rosto. Lógico que a minha vontade foi de gritar e brigar falando que aquilo não era justo, que ele tinha roubado, e coisas assim. Mas eu sabia que se ele não saísse do castelo, os treinamentos realmente não renderiam.

- Não me olhe com essa cara, você não colocou regras na forma como eu tinha que vencer. – Ele me encarou se fazendo se ofendido.

- Ok, Damon. Vamos de uma vez dar uma volta nessa merda dessa cidade antes que eu faça algo do qual vá me arrepender depois. – Eu falei, totalmente furiosa.

[. . .]

Nós estávamos sentados em um banco, num parque com um lago enorme.  Já tínhamos andado por quase toda a cidade, até aproveitamos e fizemos um “lanchinho”.

- Sabe Isa, você tem essa pose de inabalável, mas eu vejo que algo a incomoda. Pode desabafar comigo, sabe disso. – Damon falou depois de um tempo de silencio.

- Não é nada, Damon. Não se preocupe. – Eu disse, sorrindo.

- Ok então. Mas porque não me conta porque se juntou aos Volturi? – Eu sabia que aquela tinha sido uma pergunta inocente, e não me importava mais em pensar nos Cullen, mas com o Damon tudo era diferente. Senti que precisava contar pra ele, que precisava dividir. E foi o que eu fiz.

Contei sobre tudo. E nem sei ao certo por que. Talvez eu precisasse conversar sobre isso com alguém diferente, antes de reencontrá-los. Eu comecei contando sobre o casamento da minha mãe com o Phil, com eu me mudando para Forks pra morar com meu pai, contei sobre a primeira vez que vi os Cullen, contei sobre Edward, sobre nosso namoro, e finalmente contei como ele partiu. Em nenhum momento eu me abalei, apenas contava os fatos como se eles não tivessem mais importância pra mim. Contei de como foi quando eu resolvi me juntar aos Volturi, do meu treinamento puxado, das minhas mudanças. Enfim, eu praticamente contei minha vida toda para Damon, e ele ouvia tudo atentamente.

- Puxa, vejo que mudou bastante nesse tempo. – Damon falou, sorrindo e me olhando com aqueles olhos hipnotizantes.

- Você não imagina o quanto alguém pode mudar depois de ser magoado. – Falei sinceramente, o olhando. E o sorriso dele morreu.

- Pode apostar que eu sei. – Ele ficou sério, de repente. Acho que na minha cara havia um grande ponto de interrogação, porque ao ver minha cara de confusa e curiosa, ele tratou de explicar .

Ele contou que em 1964 ele e o irmão se apaixonaram pela mesma mulher, Katherine, uma vampira. Ele contou que ela queria ficar com eles dois, mas eles queriam que ela escolhesse apenas um. Indignada, ela fingiu morrer para que eles parassem de brigar entre si. Como eles pensavam que ela estava morta, ambos mataram um ao outro por raiva. Mas como eles tinham o sangue dela no organismo, acordaram como vampiros. Stefan fala que nunca a amou, que ele era hipnotizado por ela para pensar que nutria tais sentimentos. Mas Damon contou que era real pra ele, que Katherine nunca o hipnotizou, que ele a amava. E por isso passou praticamente a eternidade toda procurando por uma forma de abrir uma tumba onde haviam quase 30 vampiros que foram capturados na época. E então ele percebeu que ela não estava lá. Que ela tinha fugido e apenas não queria ser encontrada. Que ela tinha fingido tudo, e que ele gastou praticamente toda sua ‘vida’ procurando por alguém que não merecia tal esforço.

- Damon, parece que não temos sorte com o amor. – Eu comentei, depois de um tempo. – Mas ainda podemos aproveitar que temos um a companhia do outro, não é? – Mordisquei o lóbulo da sua orelha e sorri maliciosamente.

[. . .]

POV Narrador (Narrado em terceira pessoa)

3 dias depois

Isabella estava ocupada demais organizando as coisas para a missão para dedicar muito do seu tempo ao Damon. Talvez seja por isso que ele se aproximou da Renata. Ou talvez seja o fato de que ela ficava se jogando pra cima dele, e segundo ele mesmo “ele não é de ferro”. E provavelmente seja por causa dessa repentina aproximação dos dois que a Isa esteja tão irritada, apesar de não admitir isso. Ciúmes? Segundo Isa, ela não conhecia essa palavra. Mas não foi o que estava parecendo agora. Deixe-me descrever a cena para vocês:

Damon e Renata estavam conversando alegremente, cheios de cochichos e carinhos. Isabella que espiava tudo disfarçadamente (ou nem tão disfarçadamente assim), já estava ficando irritada e não entendia porque, afinal “Damon é um homem livre e faz o que quiser”. Mas de repente eles se aproximaram mais e ela trancou a respiração. E quando eles roçaram levemente os lábios, ela virou o rosto pra outro lado onde viu que Alec passava. Ele era como um irmão pra ela, mas isso não importava. Ela estava com raiva e sabia que o Alec não lhe negava fogo. Então quando ele parou para cumprimentá-la, ela o puxou pela mão e lhe roubou um beijão daqueles. Ela fez conexão mental com Alec e lhe enviou apenas: “Damon e Renata.” E Alec rapidamente entendeu, olhou para onde eles estavam cochichando e sorriu maliciosamente para Isa, mostrando entendimento. Ele voltou a beijá-la, e sem parar o beijo a pegou no colo, correndo na direção dos quartos e fazendo questão de passar onde Damon e Renata estavam.

[. . .]

POV Isabella

- ISA, ESPERA AI! – Ela ouviu Damon gritando ao longe. Instantaneamente revirou os olhos, sem parar de andar, o obrigando a correr se quisesse alcançá-la.

- O que você quer? – Perguntei seca.

- Nossa quanta grosseria! E que história é essa de que você e o Alec...? – Ele perguntou, irritado.

- E de que isso te importa? Pare de achar que tenho que viver pra você. Acorda! Eu jamais serei de alguém que é de todo mundo. – Falei com a voz fria.

- Eu sou de todo mundo? Você percebe o quanto está sendo sínica? Eu vi você e o Alec correrem aos beijos para o quarto. – Ele disse, furioso.

- E EU VI VOCÊ E A RENATA JUNTOS! – Gritei zangada. Pude perceber um brilho de compreensão passar por seus olhos e continuei – Eu confiei em você Damon. Eu até dividi minha vida e meus problemas com você. E então na primeira oportunidade que aparece você fica se assanhando com a vadia da Renata! Mas eu já deveria saber... A regra da vida é clara: Não confie demais, ou se decepcionará. E eu me decepcionei. – Falei, chateada. Eu estava virando as costas para sair, quando ele me puxou pelo braço, me encarando com a expressão divertida.

- Isso tudo é ciúmes? – Ele perguntou, sorrindo. E só eu sei o quanto tive que me controlar para não o matar. Mas eu o fiz sofrer. Peguei o poder da Jane, e olhei fixamente pra ele, que logo começou a se contorcer de dor. Ele gritava, pedia clemência, se desculpava. Mas eu era uma pessoa muito vingativa e não me importaria em continuar com a tortura por horas e horas. E eu continuei, até que a Jane, que passava ali perto nos viu e me interrompeu. Ele respirava com muita dificuldade, não achava a voz para me xingar. Então eu sorri, satisfeita com o estrago. Mandei um beijinho no ar pra ele de forma irônica e fui para meu quarto.

[. . .]

Dias depois

- Isabella, creio que já estejam com tudo pronto para partirem amanhã. – Aro supôs. Afirmei, e ele continuou – Ótimo, porque vamos ter uma pequena mudança nos planos. Os irmãos Salvatore estão progredindo bastante no treinamento, mas creio que eles precisam adquirir experiência antes de eu os mandar para alguma missão. Eles concordaram em ir com vocês para o Alasca, para pegarem o estilo Volturi e aprenderem como eles têm que fazer. Não há nenhum problema pra você, não é? – Ele perguntou.

- Claro que não há problemas. – Disse, dando um sorriso falso. Na verdade haviam problemas sim! Alias, muitos problemas. Nesses dias que se passaram, eu e Damon não podíamos nem nos ver na frente que já começávamos a brigar. E isso estava se tornando um habito extremamente cansativo. Mas eu sabia que não podia negar a Aro uma coisa dessas. Ia ter que agüentar Damon.

- Ótimo! Vocês ficarão na escola em que os Cullen estão estudando. Não quero que já cheguem os acusando. Primeiro se aproximem deles, e tentem descobrir algo. Você deve se lembrar que eu e Carlisle fomos amigos, não quero os acusar sem ter certeza. – Ele disse.

- Okay. Ah e Aro, não precisa se incomodar em comprar novos carros, aqueles da ultima missão estavam fantásticos. Compre apenas o do Damon e do Stefan, tá? – Lembrei-me de lhe passar o pedido de Jane, Alec e Demetri, além do meu. Confesso que tinha amado aquele carro!

- Claro. – E acabando de falar, Aro soltou sua famosa gargalhada maníaca. Reprimi um revirar de olhos.

[. . .]

No avião, me sentei entre Jane e Alec. Demetri, Damon e Stefan estavam atrás de nós. Logo as comissárias de bordo começaram a passar com os carrinhos e nos oferecer coisas para comer. Todos nós recusamos, com exceção do Damon, que não perdeu a oportunidade e começou a paquerar a aeromoça que também tava se atirando pra ele. Depois de uns minutos de conversa, ele anotou o numero dela e ela foi servir as outras pessoas. Não pude deixar de revirar os olhos e comentar:

- Você não agüentou não é? Quase 30 minutos sem ficar dando em cima de vadias. Lembre-se que estamos viajando a trabalho, não diversão. – Falei séria. Jane e Alec que estam ao meu lado me olharam de canto de olho. É, eu sei. Era “a suja falando do mau lavado”. Eu também sempre paquerava homens nas missões. Mas ele não precisava saber disso.

- Me poupe dos seus comentários infelizes. Se você não sabe ser feliz, não julgue a minha felicidade. – Ele disse, sarcástico.

- Tenho convites sobrando pra mandar alguém pra puta que pariu, tá afim de um? – Perguntei, perdendo a paciência.

E foi assim que começou mais uma discussão. Trocávamos ofensas, xingamentos e frases irônicas. Foi uma longa viajem, até que finalmente chegamos no Alasca. A casa seguia o modelo da última: Uma mansão com imponentes portões, um enorme jardim, lindos carros na garagem e coisas assim. Mas ela tinha um pequeno problema. A mansão tinha 3 salas, 2 cozinhas, 2 salas de jantar, 6 banheiros, 3 salas de jogos, uma quadra de vôlei, uma de tênis, uma de basquete,  2 piscinas... Enfim, mas o problema é que só haviam 3 quartos. Tipo, que merda é essa? Todos os três eram suítes, com banheiras de hidromassagem, varandas e camas de casal. Já que éramos em 6 e tinham 3 quartos com camas de casal, era de se esperar que tivéssemos que dormir dois em casa quarto. E isso é um problema.

Eu odeio ter que dividir meu espaço. Olhei pra Jane, que era a única garota e me entendia, mas ela já estava agarrada ao Stefan, o que me fez crer que eles dormiriam no mesmo quarto. Revirei os olhos e olhei pra Alec, suplicante. Mas ele disse que só havia um quarto com videogame e que ele e Demetri iriam dividir o quarto para poderem jogar. Suspirei, decepcionada. Olhei pro Damon que me olhava, sorrindo travesso. Fiz uma careta e corri até o “nosso” quarto. Peguei travesseiros e cobertores e corri de volta para a sala onde todos estavam. Fui até um dos sofás e improvisei uma cama. Ele me olhou curioso e confuso, mas deu de ombros e foi em direção ao quarto. Então eu falei:

- Hey, aonde pensa que vai? Você é que vai dormir no sofá! – Falei, indignada, o seguindo em direção ao quarto.

- Não mesmo. E você nem dorme! Se eu for pro sofá vou ficar todo dolorido, mas se você for não te acontecerá nada. – Ele disse, bravo.

- Não importa. Eu fico com o quarto e acabou! Preciso de um espaço pra por minhas coisas. Preciso de privacidade, então vaza daqui! – Falei, tentando o empurrar em direção a saída do quarto.

- Eu também preciso de espaço pra guardar minhas coisas. Ou você sugere que eu as deixe espalhadas pela casa? – Ele perguntou, sarcástico.

- Ok Damon, então fique na porra do quarto. Mas eu não vou sair daqui! Então teremos que dividir igualmente. Eu fico com a cama, o banheiro, o closet, a penteadeira, a poltrona e a varanda. E você pode ficar com o tapete e aquela cômoda. – Eu disse, sorrindo. Ele me olhou irritado. Ok, já vi que vamos discutir outra vez.

[. . .]

Depois de uma longa e cansativa discutição, decidimos que eu ficaria com a cama e ele com um colchão que colocamos no chão. Eu ficaria com boa parte do closet, mas ele tinha espaço suficiente para guardar suas coisas, eu teria prioridade no banheiro, mas em compensação, a varanda era “dele”, e eu só podia ir lá com sua permissão.

Agora eram 2:08. Damon estava dormindo profundamente no colchão, e eu estava entediada. Sorri perversamente e me levantei em silencio, corri e peguei um balde cheio de água gelada, voltei para o quarto. Me aproximei do Damon, e despejei o balde nele. Ele acordou, olhando para os lados assustado. Quando me viu gargalhando, fechou a cara.

- Você é louca? Nós temos aula amanhã de manhã. Como vou ir pra aula se não conseguir dormir? – Ele perguntou, irritado. Não dei bola pra ele, e continuei rindo, o que fez com que ele ficasse ainda mais bravo. Ele foi para o banheiro bufando, tomou um banho rápido e saiu completamente pelado do banheiro. Ok, isso fez com que eu parasse de rir na hora e ficasse babando pelo corpo do Damon, porque ele pode ser idiota, irritante... Tudo que ele quiser, mas eu não posso negar que o desgraçado é gostoso. Me recompus rapidamente, mas não antes que ele visse minha expressão. Ele sorriu sínico pra mim e disse:

- Tira uma foto, dura mais. – E piscou pra mim. Meus olhos se estreitaram e ele riu. Damon pegou uma cueca no closet e a vestiu. Depois deitou na MINHA cama.

- Damon, ta louco? O que pensa que ta fazendo? – Perguntei, indo pra cama também.

- Tentando dormir. Ou você acha que eu vou dormir naquele colchão encharcado ali? Não mesmo. Boa noite. – Ele disse, puxando os cobertores e virando pro lado. Bufei, indignada. Ok, então agora o cara resolveu que além de invadir meu quarto, ele também invadiria minha cama. Fiquei me xingando mentalmente por ter molhado o colchão do Damon, e quando  notei ele já estava dormindo.

Olhando assim, ele quase pode ser confundido com um anjo dormindo. Preste atenção, eu disse quase. Porque nós sabemos que por trás dessa expressão calma e angelical, há o capeta ou algo próximo a isso. Fiquei por um tempo velando o sono de Damon. Eu não sei porque achava tão fascinante ver ele dormindo. Talvez seja porque eu sinto falta disso. Ou talvez porque ele é simplesmente lindo dormindo. E acordado também. Droga, ele é sempre lindo, e eu o odeio por isso. Depois de mais algum tempo, me vi acariciando seus macios cabelos negros como a noite, mas parei quando ele se movimentou um pouco. Quando faltava aproximadamente 2 horas para a aula, eu não agüentava mais ficar olhando ele. Não era possível que existisse alguém tão perfeito. Levantei e fui pra sala assistir alguma coisa qualquer na TV. Quando faltava 1 hora e 15 minutos pra aula, corri pro quarto pra acordar Damon, tomar meu banho e me arrumar.

Engatinhei na cama, deitando em cima dele e sussurrei no seu ouvido:

- Damon, tá hora de acordar. – Ele não abriu os olhos, mas segurou forte na minha cintura e resmungou:

- Mais cinco minutos, Isa. – Eu tive vontade de rir. Ele parecia um adolescente.

- Ok, você que sabe. – E fui na direção do banheiro pra tomar meu banho.

[. . .]

Eu ainda tava no banho. Fiz questão de demorar o máximo possível. Damon batia freneticamente na porta, ele tinha acordado agora e estava atrasado.

- A meu bem, se vira. Eu te chamei a 40 minutos e você disse que queria dormir mais. E sou eu quem tem prioridade no banheiro se você não se lembra. – Falei.

- Isa, sai daí. Eu preciso tomar meu banho! Anda logo, faz séculos que você ta ai! – Ele falava, esmurrando a porta.

- Não vou sair. – Cantarolei. E foi aí que eu ouvi um baque, e a porta se abriu. Ele tinha dado um coice na porta, e entrado no banheiro. Minha boca se abriu num O de descrença. – Isso é invasão de privacidade. – Falei indignada.

- Pedi alguma coisa? E foi você quem me obrigou a fazer isso. – Ele disse, entrando no Box comigo e se lavando. Ok, eu devo ter olhado muito pra ele, porque pouco tempo depois ele me olhou malicioso e colou seu corpo no meu. E tem como resistir a esse homem? É, não tem. Então naquele momento eu me permiti esquecer minhas magoas e me entregar ao momento.

[. . .]

Eu embarquei no meu Koenigsegg Trevita lindo e maravilhoso, e sai logo atrás da Ferrari da Jane. Nós corríamos muito, e eu logo soube que nossa entrada seria similar a da nossa última missão. A diferença seria que agora não éramos apenas 4, agora nós éramos 6. Aceleramos muito, nós praticamente voávamos na direção da escola. Viramos a ultima curva e entramos nos portões do colégio. Depois fizemos nossas tão amadas manobras arriscadas e fatais, e pisamos no freio, estacionando perfeitamente. Os alunos, como sempre, nos olhavam com uma mistura de curiosidade e admiração. Mas eles não pareciam tão surpresos quanto os alunos de Mystic Falls. Os alunos do Alasca deveriam estar acostumados com carros caríssimos entrando assim, afinal os Cullen estudavam aqui também. Esse pensamento fez com que minha boca ficasse amarga de repente. Mas logo afastei esse pensamente e continuei a caminhar poderosamente na direção do colégio. Enquanto caminhava, eu balançava meus cabelos, rebolava, piscava para alguns garotos que prendiam a respiração e praticamente babavam... Enfim, e quando nós finalmente entramos na escola, fomos buscar nossos horários. Aqui nessa escola foi o oposto do que foi em Mystic Falls, pois lá eu só tinha uma única aula com a Jane, e aqui eu tinha diversas aulas com todos. Eu tinha apenas uma aula sozinha. No 4º período. Minha primeira aula era com Alec e Stefan. A aula foi muito chata, e nós não prestamos atenção em praticamente uma palavra do que o professor disse. Quando finalmente tocou o sinal, me dirigi calmamente para a segunda aula que seria Educação Física, aula que eu tinha junto com o Damon. O achei no corredor e procuramos a sala no grande colégio, e quando finalmente a achamos, chegamos atrasados. Bati na porta e a abri.

- Olá professor, desculpe-nos pelo atraso. – Eu disse com a voz mais sensual que eu encontrei. O professor parecia me olhar hipnotizado, e eu sorri com isso. Esse professor era bem bonito até. Ele não parecia ter mais que 25 anos, era bem musculoso, seus cabelos escuros eram arrepiados com o auxilio de gel, e ele tinha lindos olhos verdes.

- Hum... Claro, não se preocupem com isso. Creio que são os alunos novos, não é? – Sorri novamente, concordando. – Então prazer em conhecê-los, sou Scott professor de Educação Física. Eu estava acabando de fazer a chamada, já íamos para o Ginásio de Esportes. Enquanto isso, porque não se apresentam para a turma, dizendo seus nomes e de onde vieram? – Ele perguntou sorrindo.

- Ok, bom meu nome é Isabella Volturi e eu fui transferida de Volterra, Itália. – Falei sorrindo, olhando para a turma. Os meninos praticamente me comiam com os olhos.

- E eu sou Damon Salvatore, e vim de Mystic Falls, EUA. – Damon contou, abrindo aquele sorriso sexy dele, causando suspiros em todas as meninas da sala.

- Certo, espero que gostem do Alasca. Agora turma, me acompanhem até o Ginásio. Hoje vamos jogar vôlei. – O professor gato disse, saindo da sala e caminhando por entre os corredores.

Chegando no Ginásio de Esportes, que ficava atrás do prédio da escola o professor Scott nos disse para trocarmos de roupa no vestuário. As roupas de educação física das meninas eram basicamente um shortinho curto, e uma regata branca com o nome da escola. Como eu tinha acabado de chegar, ainda não tinha minha roupa de educação física, sendo que tive que pedir emprestado pra uma garota baixinha e sem curvas, que era a única que tinha um uniforme sobrando. Não preciso nem dizer que a roupa ficou super curta em mim, certo? Por causa dos meus seios particularmente avantajados, a regata subiu bastante, sendo que ela deixava quase metade da minha barriga de fora. Com o shorts aconteceu o mesmo, sendo que aquilo mais parecia uma calcinha e deixava quase minha bunda toda descoberta. Suspirei alto. Não era minha intenção causar um ataque cardíaco nos alunos logo no primeiro dia de aula, mas fazer o quê? Soltei uma gargalhada involuntária e sai do vestuário. No momento em que pisei no ginásio, um bando de assobios foram ouvidos, até mesmo de Damon. O professor silenciou os meninos, mas até ele não conseguia disfarçar e me olhava de cima a baixo mais do que o normal.

No alongamento, praticamente toda população masculina da sala foi pra trás de mim, porque quando eu me abaixava pra alongar, fazia questão de arrebitar minha bunda o maximo possível. Depois que nos alongamos, eu e Damon começamos escolher nossos times. Na verdade, ele só escolheu meninas e eu só escolhi meninos. Eu não gosto de jogar vôlei, porque tenho que controlar minha força e minha velocidade pra não levantar suspeitas. Mas dessa vez, só controlei minha velocidade, porque eu fazia questão de usar bastante força na bola pro Damon não conseguir pegar. E vez ou outra eu dava uma bolada na cara das garotas que se assanhavam pro Damon. Mas eu nunca vou admitir isso, claro. Nosso time tava ganhando de 18 pontos de diferença. 90% desses pontos fui eu que marquei. No final meu time ganhou, e comemoramos nos abraçando muito. Os garotos me ergueram no colo e começaram a me elogiar, dizendo que não ganhariam se não fosse por mim. Eu ria, e agradecia. Depois de um tempo, pedi que me largassem porque eu tinha que me trocar. Dei um beijinho na bochecha de cada um deles, e corri pro vestuário. Todas as outras já tinham saído, então eu tava sozinha ali. Tirei a roupa e fui tomar uma ducha.

- Isabella? – A voz do Scott gritou lá do Ginásio.

- No vestuário professor. – Gritei também. Ouvi seus passos pararem na porta do vestuário feminino.

- Isabella, gostaria de te parabenizar pelo jogo de hoje e também te fazer um pedido. – Ele disse da porta do vestuário.

- Pode entrar professor, to com a porta do box fechada, não tem problema. – Falei. Ele entrou e vi pelo Box que ele se sentou num dos bancos. – O que o senhor quer me pedir? – Perguntei.

- Senhor? Assim você me ofende, Isabella. Me chame de você.

- Só se você me chamar de Isa. – Disse sorrindo.

- Certo. Isa, deve saber que joga vôlei muito bem. Então creio que suas habilidades se expandem para os outros esportes também. Temos um time de basquete na escola, que logo vai disputar o Campeonato Estadual contra outras escolas. Gostaria de pedir se você não gostaria de fazer parte? – Ele pediu. Sorri maliciosamente.

- Basquete? Ah professor, eu adoraria mas creio que não esteja preparada. Não sei nada de basquete, não sei as regras nem nada. Mas acho que não é nada que umas aulas particulares não resolvam, claro. Se você conhecer alguém disposto a me ensinar, então eu com certeza participaria do time da escola. – Falei, me ensaboando.

- Bom, eu mesmo posso te dar umas aulas se você quiser. – Ele disse. Abri mais ainda meu sorriso.

- Seria ótimo, Scott. Você pode ir lá em casa, tem uma quadra de basquete. Depois te passo o endereço.

- Ok, passo lá por volta das 17 horas, tá? – Ele perguntou. Acabei de me enxaguar e falei:

- Claro. Ahn, Scott, você pode pegar uma toalha pra mim por favor? – Perguntei.

- Aham. Qual é o seu armário? – Ele perguntou. Suspirei. Eu não sabia o número, porque não me dei ao trabalho de olhar, mas sabia que era o quinto da direita pra esquerda, na parede perto do ultimo Box. E como eu ia explicar isso? Ele não ia achar. Então tive que abrir a porta do Box, e eu mesma ir pegar a toalha.

- Não lembro o número, mas é esse aqui. – Apontei, pro armário quando cheguei na frente dele. Scott me olhava de boca aberta, quase babando. Ele olhava pros meus seios grandes durinhos e com o bico rosado, depois descia o olhar pra minha bucetinha totalmente depilada, e depois olhava pra minha bunda arrebitada e redondinha. E depois repetia o percurso com os olhos. Sorri maliciosamente quando olhei pro meio das suas pernas e vi que ele tava bastante animadinho. Peguei uma das toalhas que tinha no meu armário, me sequei, e vi que minhas roupas estavam atiradas pelo banheiro.

- Professor, pode pegar minhas roupas que estão espalhadas ali? – Perguntei e apontei. Scott pareceu sair de um transe, e concordou indo juntar as roupas. Ele passou a língua pelos lábios carnudos dele e me entregou as roupas. Vesti minha calcinha, meu sutiã, minha saia, minha blusinha e meus sapatos de salto. Me aproximei dele, pondo a mão no seu peito musculoso e sussurrei no seu ouvido – Não esquece de ir lá em casa hoje, as 5 da tarde, ok? Tenho que ir pra aula, já estou bem atrasada. – E dei um beijo no canto da boca dele. Pisquei e fui pra aula.

[. . .]

Quando bateu o sinal para o intervalo, eu, Jane, Damon, Stefan, Alec e Demetri fomos juntos para o refeitório. Sentamos em uma mesa e ficamos observando todos a nossa volta. E então eu os vi. Eles estavam lindos. Mais lindos do que eu me lembrava. E Edward me olhava como se estivesse hipnotizado ou enxergando coisas demais. Ele até esfregou os olhos pra ter certeza do que estava vendo. Não pude deixar de revirar os olhos e sorrir sarcástica pra ele. Mas então me lembrei que Aro nos pediu para primeiro tentarmos nos aproximar deles para descobrir sobre a criança imortal. E foi o que eu e Jane fizemos. [N/A: Lembrando vocês que o final de Lua Nova não aconteceu, sendo que os Cullen não conhecem os Volturi pessoalmente, só pelas histórias que o Carlisle conta.] Nós duas pedimos para os rapazes esperarem, e nos aproximamos com nossos melhores sorrisos sinceros. O que pareceu meio falso, principalmente em mim. Eles nos olhavam petrificados, mas Alice foi a primeira a sair do transe e correr na nossa direção.

- Bella? É você? Céus, que saudades. – Ela me abraçava fortemente. E meu sorriso falsamente alegre, quase se transformou numa careta. Eu era falsa, mas a Alice me ganhava. Que garota sínica! Ela me abandona, e depois vem toda cheia de sorrisos pra cima de mim? Nada disso. Mas mantive minha postura de garota boazinha, pelo menos até ganhar a confiança deles. E depois sim... Depois sim terei minha tão esperada vingança. Criança imortal? Tsc tsc... Aproveitei que estava próxima de todos eles, e expandi meu escudo pra eles, copiando seus poderes também.

- Sim Alice. E você não mudou nada! – Eu falei, com minha voz doce. Ela sorriu mais ainda, e eu reprimi minha vontade de revirar os olhos com tamanha ingenuidade. – Essa é Jane, minha melhor amiga. – Fiz questão de frisar bem o melhor amiga. Nessa parte, o sorriso de Alice vacilou e eu senti vontade de gargalhar da cara de desapontada dela. Qual é? Será que ela achou que depois de tudo eu ainda a considerava minha melhor amiga? Ah, nem aqui e nem na China meu bem.

- Prazer Jane. Sou Alice! – Ela sorriu fraco. Jane me olhou divertida e eu retribui o olhar. Depois fui cumprimentar o gostoso do Emmett.

- Emmett, tudo bem? – Perguntei sorrindo.

- Bellinha! – E ele me pegou no colo e me girou como costumava fazer antes. – Quanto tempo! Você mudou bastante, hein? – Ele disse, me olhando de cima a baixo. Não consegui esconder um sorriso malicioso e comentei:

- Obrigada. Mas não posso dizer o mesmo de você! Não mudou nadinha. Continua gostoso como sempre. – E pisquei marota pra ele, que riu e me abraçou de novo. Olhei para os outros e os cumprimentei. Edward ainda me olhava hipnotizado, o que me fez olhar divertida pra ele.

- Edward? Tudo bem? – Perguntei sarcástica.

- Ahn, tudo sim. Bella, temos que conversar. – Ele me olhou suplicante.

- Me chame de Isabella, por favor. E pode falar aqui mesmo. – Falei, sorrindo falsamente.

- Bell... Isabella, me desculpe por ter te deixado daquele jeito. Mas eu não tinha escolha... Você era humana e não daria certo... Mas agora, agora eu me arrependo, por favor me perdoe. Não me tire de sua vida. – Edward foi dramático como sempre.

- Não te tirei da minha vida, foi você que decidiu sair. – Falei, séria.

- Mas eu não tive escolha. Isabella, me perdoe.

- Eu não guardo mágoas de você Edward. Eu não te culpo de nada. – Menti, ao perceber que estávamos chamando muita atenção.

- Obrigado. – Ele deu seu sorriso torto que antigamente fora tão lindo pra mim, mas que agora o fazia parecer com a boca meio deficiente, sei lá.

- Mas Bellinha, como você se transformou em... er... uma vampira? – Emmett perguntou baixinho. Era a pergunta que todos esperavam, pois me olharam curiosos. Olhei pra mesa onde os garotos estavam, transmitindo com o olhar um claro: “Me tirem daqui agora!”. O que foi rapidamente atendido por Damon, que se aproximou e me abraçou por trás. Vi pelo canto dos olhos que Edward trincou a mandíbula e lançou um olhar mortal pro Damon, que sorriu sarcástico pra ele.

- Amor, volta pra mesa. Odeio quando você me deixa sozinho por muito tempo. Alias, que roupinha era aquela na educação física? Temos que conversar sobre isso. Ah, mas antes vamos dar uma volta que eu tenho que matar a saudade. – Damon disse, beijando meu pescoço e sorrindo malicioso. Retribui o sorriso. E notei que o Emmett segurava o Edward por baixo da mesa pra ele não pular no Damon. Tive que reprimir uma gargalhada. O Edward era tão patético.

- Claro amor, ahn, foi um prazer revê-los, mas agora tenho que ir. Mandem lembranças para Carlisle e Esme. – Falei, me virando para sair dali.

- Bella, espera. Passa lá em casa algum dia desses? – Alice perguntou. Concordei e sai. Mas só porque precisava descobrir coisas sobre a criança imortal. Voltei pra mesa, conversei um pouco e Damon me arrastou para o pátio.

- Tá me devendo essa. Você sabe disso, não é? – Damon perguntou.

- É, eu sei. E essa missão é um saco. Você tem noção do que eu queria falar pra eles e não pude? Ou do que eu queria fazer com eles? Meu pensamento mais calmo envolvia a cabeça deles substituindo a bola em um jogo de futebol. Que saco isso de ter que fingir que somos amigos deles. – Falei, revirando os olhos.

- Calma Isa, você vai ter a oportunidade de fazê-los pagar por tudo. Você sabe disso. Só que tem que ter um pouquinho de paciência.

- Tem razão. Mas até lá eu posso me divertir. Arrumar briga com a Rosalie, quem sabe? Tenho certeza que se eu der em cima do Emmett ela fica louca. – Soltei uma gargalhada.

- É, tem razão. Mas eu não gosto de pensar em você com outros caras. – Damon falou ficando sério.

- Ciúmes? – Repeti a pergunta que ele me fez quando vi ele e a vaca da Renata juntos.

- Não, eu só cuido do que é meu. – Ele disse. Revirei os olhos.

- Haha, não me faça rir! – Falei brava. E ali se iniciou outra briga. 

POV Narrador (Narrado em terceira pessoa)


Era sempre assim. Os dois viviam brigando. Mas no fundo, um não conseguia viver sem o outro. E só eles não viam isso, porque ambos eram orgulhos demais para admitir uma coisa dessas. Talvez eles nunca percebessem, ou talvez percebessem com o tempo, ou ainda talvez alguém os de uma dica. A vida é cheia de incertezas, e só basta torcermos para que eles não percebam isso tarde de mais. Mas agora, tudo se complica... Muitas pessoas farão de tudo para separá-los. E só os resta torcer, para que como nos filmes no final tudo dê certo.

Pessoas mudam, sentimentos também. E o que antes era complicado, ficará ainda mais difícil com a chegada de outras pessoas, velhos amores. O que fazer quando Katherine também entrar na jogada?

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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Eu sei que esse encontro com os Cullen não foi o que vocês esperavam, mas faz parte da missão. Quando a Isa descobrir sobre a tal criança imortal vai mostrar sua verdadeira face ;) Aguardem.
Reviews me fazem ter inspiração pra continuar a escrever. Então, por favor, deixe um review e eu continuo a fic. =)
AGRADECIMENTOS: Eu gostaria de agradecer a Amy_Marie_Lee, Emmy, gabhi_cullen, Sereninha e Trovador, Damond06, maykamimura, aninha031, Katerina_Cullen, DamonN, Betsy_Cullen e Nay-Adry. Muito obrigada a todos pelos maravilhosos reviews.
beeeeijo ;*