Capitulo 6 –

POV Narrador (Trecho narrado em terceira pessoa)

O tempo mudou de uma hora para outra, o lindo céu azul ensolarado sem nuvens se transformou em um céu cinza por conta das pesadas nuvens carregadas que em segundos apareceram lá. Raios cortavam o céu, e fortes trovoadas eram ouvidas. Os presentes na discussão que acontecia em frente a escola olhavam assustados para o céu. Todos, menos Isabella. Esta estava com os olhos furiosos fixos em Caroline. Jane e Demetri a olhavam temerosos. A cada segundo Isabella olhava a loira assustada em sua frente com mais e mais ódio. Assim como o ódio de Isabella aumentava, as trovoadas e raios também se mostraram mais fortes. Um poderoso raio caiu na rua, a poucos metros deles. Alguns alunos saíram correndo para dentro da escola em busca de abrigo, outros permaneceram ali. Talvez porque não quiseram demonstrar fraqueza, talvez porque queriam ver a discussão das duas garotas, que agora só se encaravam. Isabella com ódio, Caroline com medo e receio. Logo, uma ventania começou, chacoalhando as arvores perigosamente. Mais alguns alunos se renderam ao pavor e se abrigaram na escola. Agora, poucas pessoas se encontravam fora da escola. Apenas as duas, alguns professores, o diretor, e uns 11 alunos. O diretor tentava se fazer ouvir, berrando para que todos entrassem na escola. Dois dos professores o apoiavam, mas era uma tentativa falha. O barulho dos trovões, dos raios e da ventania era alto demais. E foi ai que aconteceu. Um raio fortíssimo veio diretamente na direção deles, ou melhor, na direção de Caroline. Ela estava a 4 metros distante de Isabella, e a 10 dos outros. O raio caiu nela, a deixando inconsciente no chão, com o rosto e corpo deformados, e com os cabelos queimados. No exato momento em que ela caiu no chão, tudo pareceu voltar ao normal. A ventania parou, assim como os raios e os trovões, como se deixar Caroline inconsciente fosse o objetivo dos céus. Todos se olhavam confusos e assustados. Novamente, com exceção de Isabella, que tentava conter um sorriso cruel que se formava no canto de seus lábios. Fato que não passou despercebido por alguns alunos, que só ficaram mais apavorados ainda, e fizeram uma nota mental: nunca irritar Isabella Volturi.

- Chamem uma ambulância! – O diretor berrou, do lado de Caroline.

(. . .)

Haviam se passado exato dois dias do acidente com Caroline. Na escola, os alunos fofocavam sobre Isabella ser alguma bruxa ou algo assim, e apesar dessa idéia ser absurda, parecia fazer sentido na cabeça deles, que com medo que Isabella fizesse a mesma coisa com eles, ficavam a bajulando o dia todo. Mas apesar de essa história fazer sentido na cabeça dos alunos, o diretor e professores achavam isso um absurdo sem fim, e colocaram a culpa numa comum mudança climática. Caroline se encontrava em coma.

Era noite, e apesar de Isabella se divertir com a história de ser temida e bajulada, isso não tirava o tédio da garota. O relógio marcava 01:54 da madrugada.  Isabella se levantou do sofá, onde assistia TV com Jane, e foi em direção do seu quarto, sobre o olhar curioso da amiga.

POV Isabella

Fui até meu quarto, peguei um vestido curtinho vermelho e sai. Avisando Jane que iria dar uma volta. As ruas estavam desertas, não era de se espantar. Parei um pouco em uma rua e pensei por alguns segundos até saber exatamente aonde ir. Dei um sorriso maldoso e corri. Expandi meu escudo pela cidade e fui correndo. Até que cheguei na mansão antiga. Tentei abrir a porta mas estava trancada, obviamente. Então, me tele-transportei direto para o quarto do Damon. Ele era interessante dormindo. Aproximei-me lentamente e quando estava a uns 5 metros da cama, pulei. Cai em cima dele e gritei:

- ACOOORDA BELA ADORMECIDA.

Ele acordou assustado, o que só me fez rir mais ainda. Ele olhou pra mim emburrado e perguntou:

- O que diabos está fazendo aqui? E como conseguiu entrar?

- Hum... Acordou é? Bom dia margarida. Eu estou bem, e você? Oh, que gentileza da sua parte me cumprimentar. E quando a pergunta, bom... Eu tenho meus truques. – Falei sarcástica, piscando pra ele no fim da frase.

- Sabe que são 2 da manhã? Você não dorme não sua doida? – Ele perguntou sorrindo.

- Érr... não mesmo! Perder tempo dormindo? Que tipo de vampiro que se preze faria isso? Hum, sem ofensas. – Respondi.

- Como assim não dorme? – Ele perguntou. Revirei os olhos.

- Olha, eu vim aqui porque estou entediada. Acredita que lá na escola todos tão me bajulando por medo que eu faça um raio cair na cabeça deles? Tá certo que eu fiz isso com a Caroline, mas ela me deu um tapa. Certo, eu nem senti, mas ela mexeu com fogo e se queimou. Poxa, humanos são tão estúpidos! É só eles não me enxerem o saco que tá tranqüilo, não havia necessidade de ficar me bajulando. – Contei, revirando os olhos. Ele riu.

- É, eu fiquei sabendo. Mas porque está reclamando? Isso deveria te agradar não é?

- E agrada. Por enquanto pelo menos, já estou me cansando disso. Mas não foi por isso que vim aqui. É que eu to muito entediada, sabe? E então eu lembrei de você. – Falei sedutora, me aproximando dele.

 - Deixa eu ver se eu entendi, você veio atrás do gostosão aqui pra acabar com seu tédio? Sabe, quase todas as pessoas têm o seu valor. Você é uma exceção, não vale nada. – Falou com aquele sorriso malicioso dele.

- Então empatamos. Você também não vale! Mas na verdade, não foi essa minha intenção inicial. Eu só queria irritá-lo o acordando e pedir pra você onde se tem uma boate ou algo semelhante aqui perto. Mas, dadas as circunstâncias e considerando que você é mesmo muito gato... Por que não? – Sorri maliciosa e fiz um movimento com a mão para ele permanecer onde estava e deixar eu terminar quando ele ameaçou levantar, então continuei – Mas, tenho que deixar bem claro que você não pode de maneira nenhuma se apaixonar, ok? – perguntei

- Querida, vamos esclarecer as coisas. Eu nunca me apaixono! – Ele disse, logo após me pegar e me beijar deliciosamente. Humm, que pegada, que beijo... que tudo!

(. . .)

No momento, eu me encontrava dentro da banheira junto com Damon. Estava satisfeita. Ele realmente sabe o que faz! Mas infelizmente tive que sair apressada dali. Daqui a uma hora a aula começaria e eu ainda tinha que me arrumar. Procurei minhas roupas que estavam espalhadas pelo quarto, me vesti e me despedi rapidamente de Damon, logo depois desci. Quando eu estava atravessando a sala, vi Stefan escrevendo no diário dele.

- Olá Stefan. Dormiu bem? – Perguntei me aproximando.

- Isso é uma pergunta irônica? Porque acredito que nós sabemos que eu não consegui dormir graças ao barulho ensurdecedor que vinha do quarto do Damon. – Ele disse, mal humorado.

- Stefan, você ta de TPM é? Credo garoto! Que mau humor. Bom, estou saindo querido, te vejo na escola. – Acabando a frase, me tele-transportei pra minha casa. Jane estava vendo TV, Demetri estava se arrumando e Alec ainda não havia voltado.

- Isa,  onde você foi ontem? – Perguntou Jane, me acompanhando no caminho do meu quarto.

- Jane, eu só estava me divertindo... Com o Damon! – Contei, sorrindo maliciosamente.

- NÃO ACREDITO! Isa, sua sortuda malvada. Eu tinha visto primeiro! – Ela resmungou, emburrada. Soltei uma gargalhada.

- Calma Jane, ainda tem o outro irmão. – Lembrei-a.

- Mas ele parece tão chatinho e sem graça. – Ele falou, desanimada.

- Nada que você não possa mudar, não é Jane?! – Comentei. Vi seus olhos brilharem.

- Tem razão. Vou me aproximar dele hoje mesmo! – Ela riu maldosa.

- É, mas terá que driblar a namorada dele. – Avisei.

- Sem problemas. Você vai me ajudar não vai?

- Claro, porque não? – Respondi, sorrindo maldosa.

(. . . )

Estávamos na escola, no intervalo. E eu era seguida por todos os cantos pelas bajuladoras idiotas. Aquilo já estava me irritando profundamente. Eu tinha uma garota agarrada no meu braço direito, outra no esquerdo. E assim continuava a corrente, um monte de garotas de braços entrelaçados de um lado e mais um monte do outro. Sem contar na multidão de pessoas que vinham atrás de nós. Parei, fazendo todos pararem. Encarei todos e disse:

- Gente, tenho que resolver um probleminha particular agora, depois nos vemos, ok? – Os dispensei educadamente. Todos assentiram e saíram de perto, satisfeitos por serem meus “amigos”. Vi Stefan sentado em um banco, conversando com Elena, a namorada dele. Me aproximei com meu melhor sorriso forçado.

- Stefan, querido. Preciso conversar com você! – Falei já na frente dos dois. Elena me olhava cautelosa, mas ainda assim parecendo brava por eu ter interrompido a conversa dos dois. Stefan, por outro lado, me olhava curioso.

- O que quer Isabella? – Perguntou, educado.

- Hum, é particular. – Falei, apontando Elena com o queixo.

- Ahn, certo. Elena, pode nos dar um minuto? – Ele perguntou.

- Claro. – Ela respondeu, a contra gosto. Assim que ela saiu, me sentei no seu lugar.

- Então, cadê Damon? – Perguntei, pra descontrair.

- Dormindo. Aparentemente você conseguiu deixá-lo cansado. – Comentou Stefan, me fazendo soltar uma gargalhada.

- Sabe Stefan, creio que conhece minha “irmã”, Jane. – Falei, entrando no assunto que queria.

- Certamente.

- Então, ela descobriu que se alimenta de animais, e quer adaptar-se a dieta. – Menti, na maior cara de pau. Mas aparentemente, ele acreditou, então continuei – Queria saber se pode ajudá-la? – Perguntei.

- Claro. Diga a ela que ficarei feliz em ajudar. –  Ele respondeu, e eu sorri. Me despedi e fui contar a novidade para Jane.

Primeira parte do plano, completa.