06 - Harry Potter e a Sentinela dos Errantes escrita por alinecarneirohp


Capítulo 1
CARTAS




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 Sete corujas entraram pela janela de Harry ao mesmo tempo naquela manhã, faltavam alguns dias para seu aniversário e ele ficou surpreso. Seu coração deu uma ligeira acelerada... e se houvesse uma carta de Willy? Começou a abrir um a um os envelopes, com uma certa ansiedade, lendo seu conteúdo:

            “Harry

            É uma droga isso, mas não vou mesmo poder passar o resto das férias com vocês. Nem bem mandei a coruja para o tal Daniel Dubois e apareceu um agente aqui na porta com um contrato para eu assinar. Acho que afinal duzentos galeões não deve ser nenhum cachê de outro mundo, mas é mais dinheiro que eu ganhei em minha vida toda, e é lógico que eu aceitei... o filme se chama “A Maldição do Celacanto” e conta dezoito histórias diferentes... o que  é  um record. Estamos rodando em Londres e eu estou em um hotel!  O Diretor quer finalmente ganhar o Merlin (já falei deste prêmio que dão para os melhores filmes bruxos?) de Diretor, que ele nunca conseguiu, mesmo tendo faturado a estatueta de filme sete vezes, e acha que com este filme consegue. Lendo o roteiro dá apenas para ter uma vaga idéia das histórias. Eu apareço muito pouco, o nome do meu personagem é Kenny, mas o mais chato é que eu tenho uma morte horrível em cada uma das histórias.  Espero que este filme me dê uma oportunidade melhor em outro. Eu gosto de ser ator, e agora que aquele cretino do Lockheart abandonou Hogwarts para aceitar a vaga na Ópera dos Vampiros, eu acho que não teremos mais peças por lá, o que é uma pena. Te vejo 21 de agosto, quando acabam as filmagens.

Rony

PS: Acho que Fred e Jorge vão pegar você na casa dos seus tios.”

            Harry releu a carta de Rony rindo... afinal de contas não era todo dia que um amigo aparecia no cinema, ainda mais num filme com dezoito histórias. Harry esperou sinceramente que Rony ganhasse ainda mais dinheiro pelo próximo filme, se havia alguém no mundo que merecia se dar bem na vida, esse alguém era Rony. Abriu o segundo envelope:

As Famílias

Clearwater    e     Weasley

Tem o prazer de convidar para o casamento dos seus filhos

  Penélope e Percy

Que realizar-se-á na capela de Hogsmeade, no dia 13 de setembro,  às 17:00

Os noivos convidam para a recepção posterior no grande salão do castelo de Hogwarts, onde receberão os cumprimentos.

            Percy era o primeiro dos Weasleys que se casava. Embora Gui aparentemente tivesse um “rolo” com uma garota com cara de  Veela chamada Fleur Delacour, Harry achava que não parecia exatamente o tipo de relação que acaba em casamento, pois como toda meio-veela, Fleur era muito inconstante. Carlinhos o outro irmão mais velho, vivia sendo queimado por Dragões, o que provavelmente afastava qualquer eventual candidata, e os gêmeos, formados em Hogwarts há um ano, eram malucos demais para namorar sério. Ele riu pensando nos dois com um pouco de saudade e abriu a carta seguinte, que era deles:

            Prezado, aliás prezadíssimo Harry...

            Comunicamos que iremos apanhá-lo na véspera do seu 17º aniversário no lugar de Sirius, combinamos com ele que iríamos levá-lo para uma pequena comemoração, mais apropriada para jovens, se é que você nos entende. Não se preocupe, vai ser emocionante.

            Algo nesta frase desagradou Harry. Parecia que os gêmeos o bajulavam, e eles só faziam isso quando iam aprontar alguma.

            Não se preocupe. Sirius sabe de tudo, ele provavelmente vai escrever-lhe para dizer... ele até nos emprestou a moto dele para irmos buscá-lo...

            Decididamente, havia algo errado nesta história.

            Então... nos vemos em 29 de julho. Até lá.

Fred e Jorge

            Harry procurou a carta que seria de Sirius, para conferir se realmente ele permitira essa história. Achou o envelope com o timbre dele e abriu. Reconheceu em outra carta o timbre de Sheeba, e resolveu lê-la depois.

            Harry

            Fred e Jorge Weasley vão buscá-lo dia 29 em minha moto, com a minha autorização.  Não é nada demais, acho que eles querem levá-lo a uma festinha de jovens. Não me opus, afinal está na hora de você se virar um pouco sozinho, não é mesmo? Depois eles trazem você para cá.

            Um abraço,

            Sirius.

            Sentiu-se um pouco mais tranqüilo, um pouco. Resolveu ler a carta de Sheeba:

            Harry,

            Não beba NADA que Fred e Jorge Weasley te oferecerem.

            Um beijo da sua madrinha,

            Sheeba

            “Obrigada, Sheeba” – ele pensou, rindo. Provavelmente eles iriam dar a ele alguma poção maluca da sua loja de brincadeiras que o transformaria em algum bicho horrível. Era bom ter uma madrinha que sabia ver o futuro com um toque e que tinha em seu poder uma pena de escrever que lhe pertencera para monitorá-lo.

            A sexta carta era de Hermione, animada com as tarefas de férias de monitora e dizendo que não iria a Hogsmeade porque tinha algumas coisas sérias a fazer em Londres (Harry achou que ela estava disfarçando, mas que na verdade iria ficar em Londres vigiando Rony para ver se ele não saía com nenhuma artista). Eles se encontrariam em Hogsmeade em 21 de agosto.

            Ele então abriu a última carta e teve um choque. Havia apenas uma frase escrita:

            “Esqueça-a, ela já te esqueceu”

            Ficou minutos intermináveis olhando para aquela carta, sabendo que “ela” era Willy. Não podia acreditar que ela havia lhe esquecido. Também não podia saber porque alguém lhe escreveria anonimamente sobre Willy. Decidiu guardar a carta e mostrá-la a Dumbledore, afinal era a primeira notícia sobre Willy em quase quatro meses.

            A milhares de quilômetros dali, Mina Moore examinava atentamente uma pulseira que usava desde que se lembrava de alguma coisa. Era chato sofrer de amnésia. Mas era pior não conseguir se lembrar direito de seus pais, mesmo sabendo que convivera com eles até pouco tempo atrás. Tinha algumas fotos deles num cordão que trazia no pescoço, mas na pulseira, não havia nada, embora uma colega da escola houvesse dito a ela que aquele tipo de pulseira costumava guardar imagens como se fossem fotos. Mas a dela parecia estar com problemas. Depois de muito cutucar a pulseira, ela apontou sua varinha para ela e perdeu a paciência, jogando um feitiço de revelação. Não surgiu nenhuma fotografia dos pais, mas na superfície da pedra surgiu o rosto de um rapaz de óculos, cabelos pretos e olhos verdes. Mina deu um pulo. Já vira este rapaz em um sonho. O que ele estaria fazendo em sua pulseira? Decidiu não perguntar nada para a avó, que era sempre tão evasiva quando o assunto era sua vida antes do acidente que matara seus pais. E afinal, por algum motivo, gostava de olhar aquele rosto.  Seria ridículo se sua avó lhe perguntasse quem era.


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