Menininha Complicada escrita por jessy-cullen


Capítulo 44
Amar é correr riscos


Notas iniciais do capítulo

Sei que prometi um capitulo enorme pra caminharmos pro final da fic e tals, mais gente NÃO CONSEGUI porque? Porque esse capitulo ta lindo de mais e ate eu terminar de escrever ia demorar então porque não postar logo né? Afinal eu acho que acabei adianto uma coisinha que queria deixar mais pra frente, mais ficou tão perfeito que já era vai assim mesmo BOA LEITURA. OBRIGADA A RECOMENDAÇÃO DA LEITORA LINDA E MARAVILHOSA!! FIQUEI MUITO FELIZ



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Ainda estava chocada e desacreditada que havia encontrado com meu melhor amigo em Londres no mesmo lugar que meu “namorado” príncipe da Grã Betanha. Com toda certeza eu ainda ia encher bastante o saco dele por causa da sua profissão aqui no castelo, mais isso teve que ficar para depois. O Café da manhã transcorreu depois sem mais nenhum desastre ou surpresas, porem não pude deixar de reparar os inúmeros olhares que recebi da maioria das pessoas que estavam ali, principalmente de meus amigos, que tinha quase certeza que não haviam gostado de Jacob.

Assim que terminamos Edward tentou desviar de todas as suas obrigações com o que eu chamo de elegância e sutileza. Então me ofereceu seu braço assim como Jasper fez com Alice e saímos caminhando pelo castelo. Porque eu era incapaz de saber por onde nós andávamos, por mais que prestasse atenção.

— Isso é estranho. – eu disse apontando para nós. Mais especificamente para nossos braços juntos.

— Não é estranho Bella. – ele riu – Não aqui no meu mundo. Alice parece gostar dessas coisas de “príncipes” – fez aspas com as mãos.

— Alice nasceu para ser uma princesa Edward. – respondi revirando os olhos. – A garota acha que esta num conto da Disney.

— Achei que algo tinha a ver com Nárnia.

— Narnia? Como é que você chegou a essa conclusão? - perguntei rindo.

— Escutei algumas coisas dela e Emmett.

— É melhor você não saber. – respondi

— Acha que não conheço Narnia?

Olhei para ele enquanto ele me desafiava.

— Não é isso, é que é uma coisa muito complicada de se explicar.

Eu é que não ia contar das coisas absurdas que acontecia entre mim e meus amigos. As pessoas precisavam ser poupadas às vezes, para o bem delas.

— Eu tive infância, assisti ao filme.

— Não vamos ter nossa primeira briga sobre filmes animados e Narnia certo? – mordi os lábios segurando para não rir. Ele havia ficado um pouco bravo, achando que eu estava insinuando que ele não teve infância, mais nem tinha pensado nisso.

— Claro que não. – ele riu e desfez o nó que estava nossos braços e pegou na minha mão.

— Que tal então eu conhecer você? Você provavelmente sabe de tudo sobre mim, ou pelo menos bastante coisa, e eu não sei quase nada sobre você.  

— Só porque gostaria de saber sobre Jacob e você, e como se conhecem.

— Eu é que queria saber sobre o que ele faz aqui.

E realmente estava curiosa para ter um conversa com meu amigo.

— Lembra quando disse que a pessoa que chegava mais perto de ser meu amigo era Emmett?

— Lembro sim, é difícil esquecer uma coisa dessas.

Edward fez uma pausa quando chegou aos portões do castelo para dois guardas que fizeram uma reverencia e então abriram uma das enormes portas para que pudéssemos sair para o lado de fora, no que eu chamaria de jardim sendo bastante modesta.

— Então, acho que me equivoquei, Jacob é um grande amigo. – respondeu – Não sabia o que chamar de amizade o que não conhecia, nunca tive alguém tão próximo de mim assim como você tem Alice, Emmett e Joe e o resto dos seus amigos, então...

— Você percebeu que Jacob é seu amigo.

— Um pouco mais complicado que isso, mais sim. – ele riu. – Nós não vamos a baladas juntos, ou um na casa do outro jogar vídeo game. Passamos dias em reuniões do parlamento ou analisando documentos.

—Traduzindo, ele é na verdade apenas sua dama de companhia, para essas coisas chatas. – estava me divertindo muito ainda com isso.

— Ele é meu guarda Bella. – Edward não gostou muito.

— Desculpa.

— Se você estivesse arrependida poderia ate desculpar você.

— Você precisa entender que tudo pra mim é difícil de entender, estou dando o meu máximo. – sorri abertamente.

— Você esta é zoando com a minha cara.

— Não é verdade. – eu ri e ficando na ponta dos pés para dar um beijinho na sua bochecha.

Ele me apertou pela cintura e beijou o topo da minha cabeça sorrindo.  Um dos guardas do lado de fora estava acompanhando nossos passos a uns metros de distancia, achei isso totalmente invasivo, mais fiquei quieta.

— Vamos lá Edward Antony Masen Cullen, surpreenda-me.

— Impressão minha ou você acaba de me chamar pelo meu nome inteiro?

— Isabella Swan também sabe usar o google de vez em quando, aproveitar que não é sempre que a pessoa com quem você esta, tem um perfil no Wikipédia.

— Você é impossível. – ele gargalhou.

Eu era é sensacional, mais fiquei quieta para não parecer muito metida.

Edward me levou para o lado esquerdo do castelo, onde fomos para um jardim mesmo, cheio de flores que por incrível que pareça estava todas florescidas mesmo com o clima daqui.

Não dava para dar um só passo e não admirar o lugar, realmente era lindo, cheio de magia se você deixava todas as outras coisas de lado, e estava ainda mais admirada de estar com alguém como Edward, não pelo o que ele era aqui, mais sim pelo o que realmente ele era, um homem de valores, de respeito e maravilhoso em todos os aspectos.

Edward parou e nos fez sentar em um banco que tinha ali.

— O que quer saber sobre mim?

— Hum... deixe-me ver. – tentei pensar em algo bom e fácil para começar. – Me conta sobre as coisas que você gosta de fazer aqui.

— Eu gosto de andar a cavalo. – ele disse enquanto eu franzia a testa.

— Você mencionou uma coisa parecido no seu primeiro dia nos Estados Unidos. – comentei - Eu gosto de ficar longe de cavalo.

— Não acredito, porque?

— Nada disso. – respondi – As perguntas são sobre você hoje.

— Quer dizer que não poderei levar você para um passeio a cavalo?

— Nem nos seus mais perfeitos sonhos. Cavalo e eu não nos gostamos, somos feitos para ficar um bem longe do outro.

— Trovão ficará decepcionado. – brincou

— Trovão?

— O nome do meu cavalo. – respondeu

— Que clichê, ele é preto também?

— Como você sabe? – riu

— Só podia ser esse o nome.

— Eu tinha 08 anos quando ganhei, foi o melhor nome que consegui pensar. – ele me puxou para perto para eu poder encostar no seu peito. - Quando era criança fui brincar naquele labirinto. – ele apontou para o enorme muro de mato que havia mais a frente, não imaginava que aquilo seria um labirinto. Mais fiquei ouvindo atentamente o que ele dizia. – Desobedeci minha mãe. Eu era muito bom em me esconder no palácio, mais naquele dia eu decidi que o labirinto seria o melhor lugar, fiquei preso lá por horas, ninguém me ouvia gritar, ninguém se quer imaginava que eu poderia ter ido parar lá. Fiquei praticamente o dia todo tentando sair do labirinto, e quando começou a escurecer, fui para o centro dele, onde era o único lugar iluminado a noite.

— Você ficou preso lá dentro? – eu estava horrorizada.

— Por horas. – respondeu – A noite eu comecei a gritar quando ouvi uma movimentação, e minha mãe me encontrou. Nunca fiquei tão aliviado em ver minha mãe como naquele dia,  fiquei tão assustado que não conseguia mais chegar perto do labirinto. Depois desse ocorrido dona Esme pediu para que instalassem câmeras por todo o labirinto. Ela me contou que ficou procurando no castelo e que não conseguia me achar, colocou todo mundo para me procurar e que nunca teria imaginado que eu estaria onde estava. Depois de um tempo meu pai conversou sério sobre meu medo e disse que eu teria que encara-lo.

— Carlisle parece o tipo de pessoa que faz você encarar qualquer coisa. – comentei

— Minha mãe concordaria com você agora. – Edward riu, mas continuou - Então depois do conselho de meu pai arrumei pedrinhas e fui ate o labirinto, fui fazendo o caminho para não me perder, depois que isso não foi dando certo, arrumei um barbante com a Louise na cozinha e entrava todo dia no labirinto ate que um dia consegui sair sozinho sem precisar de nada. Foram meses tentando memorizar o caminho,  ficava o dia todo trabalhando nisso, ate que consegui.

— Uau Edward! – falei realmente impressionada. – Caso eu fique presa ali, posso contar com seu salvamento?

— Duvido que mais alguém saiba andar naquele labirinto como eu. – respondeu. - Foi a primeira vez que meu pai viu em mim o potencial para quem sabe um dia assumir a coroa.

— Jasper já tinha decido que não queria nessa época? – fiquei um pouco confusa.

— Na verdade não, Esme e Carlisle nunca conversaram muito sobre isso com nós nessa idade, mas sabíamos que tínhamos uma obrigação quando fossemos maior, porém mesmo que minha infância não tenha sido em nada parecida com a sua nós tivemos uma.

— Nunca duvidei de que você não tenha tido uma infância Edward. – disse rindo – Mas me surpreende de verdade algumas coisas que você fazia.

— Eu sou apenas de uma família real britânica Bella, não um alienígena. – ele riu me dando um selinho.

— Engraçadinho você em. – eu disse.

— Apesar de eu estar realmente muito curiosa para saber que filmes mais o príncipe Edward assistiu na infância, vou me contentar com outras perguntas.

— E quais seriam elas? – ele levantou uma das sombrancelhas.

— Me conta mais sobre seus pais. – pedi.

Sempre acreditei em amor verdadeiro, mas conforme você vai crescendo algumas coisas passam a não fazer tanto sentido como fazia antes, mas era nítido o amor que Carlisle e Esme sentiam um pelo outro, e havia ficado curiosa quanto a história dele dois.

— Meus pais? – ele ficou um pouco confuso.

— É. – respondi. – Fiquei curiosa para saber a história deles dois, parece que é também uma história tão emocionante como a nossa.

Edward sorriu para mim, um sorriso aberto e sincero, seus olhos verdes brilhando com a luz fraca do sol. E aquele olhar junto com o sorriso aqueceu meu coração, de uma forma que nunca pensei ser possível.

— Talvez você devesse perguntar a eles. – sugeriu Edward – As vezes é melhor ouvir da fonte.

— Você é muito estraga prazeres Edward. – cruzei os braços chateada.

— É apenas uma verdade. – ele afastou meus cabelos e colocou eles para o lado, seu rosto ficou perto do meu. – Esme é uma mulher excepcional em todas as coisas, meu pai sempre insiste em dizer isso para nós. E de fato ela é, minha mãe consegue ser calma, paciente e amorosa com todas coisas que nos cercam. Eles tem tudo que um casal tem que ter para ser feliz, e admiro muito os dois.

Com delicadeza tirei os braços de Edward de mim e me sentei cruzando as pernas de frente para ele, para poder olhar em seus olhos quando respondesse.

— Acha que um dia vai amar alguém como eles se amam? – perguntei, e depois me lembrei tarde de mais que Edward havia me dito, mesmo que por mensagens que ele me amava.

— Não acha que é estranho perguntar isso para a pessoa que disse que te amava?

— Você esta certo. – eu disse abaixando a cabeça corando.

— Eu amo você Bella. – ele disse.

Meu coração acelerou naquele instante, vários sentimentos se agitaram dentro de mim como uma tempestade agita o mar. Era ao mesmo tempo sentimentos felizes como sentimentos de tristeza, por talvez não corresponder da mesma forma.

— Eu amo você . – ele repetiu, dessa vez ele segurou minhas mãos e me fez olhar para ele. – Talvez não como meus pais se amam agora, ou como os seus pais se amaram, mais eu amo você, eu gosto de estar ao seu lado, gosto de conversar com você. E pode dizer que não conheço o amor, e é verdade, deve conhece-lo melhor que eu, e não me importo com isso. Na verdade não importo também com o que pensa, sei que isso é de mais para você, e tudo tem acontecido rápido de mais...

Cada palavra que saia de sua boca confirmava o sentimento que ele tinha por mim, e isso crescia dentro do meu peito, vê-lo tão vulnerável abrindo seu coração para mim quando a única coisa que conseguia pensar era em quanto eu gostava dele também, e o quanto as coisas poderiam ser menos complicadas se ele não fosse o que ele era, mas o sentimento falou mais alto e antes que ele pudesse continuar, eu o calei com um beijo. Era a primeira vez que um menino falava que me amava de verdade, e isso era tão assustador quanto qualquer outra coisa na minha vida.

Edward ficou surpreso por alguns instantes mais depois retribuiu o beijo, nossos corações acelerado por causa do momento.

— Por favor só não saia correndo depois disso. – ele disse quando nos afastamos e eu ri.

Provavelmente era isso que eu queria estar fazendo neste momento, mais pela primeira vez eu deixei me levar pelos sentimentos.

— Saiba que me amar é quase tão complicado quanto suas obrigações como príncipe. – disse meus olhos se enchendo de lagrimas – E que às vezes, bom... na maioria delas eu não vou saber o que falar, ou o que fazer, ou nem mesmo como retribuir. Difícil vai ser amar quando meus medos denunciarem os nossos.

— É por isso que o seu medo não é o meu. – ele disse, enxugando uma lagrima que escorria pela minha bochecha. – E se amar você quer dizer que enfrentarei obstáculos, que no final eu serei magoado, prefiro correr esse risco e ter meu coração partido do que nunca experimentar o que sinto com você.

— Você não sabe o que esta fazendo Edward. – na verdade nem eu sabia o que estava falando.

Mas não queria magoa-lo, não sabia se aguentaria tudo, Edward tinha que casar! Ele veio para o meu país para tentar achar um amor, e ele havia achado, eu também havia achado, mas o que aconteceria se eu me permitisse? Se eu me permitisse se apaixonar ainda mais por ele?

Como se ele tivesse ouvindo meus pensamentos ele acrescentou.

— Isso não é um pedido de casamento Bella. – ele riu irônico, estava tão nervoso quanto eu nessa situação. – Eu só quero que me permita ama-la.

— E depois Edward? – eu não conseguia parar de chorar.

— Eu não sei, me diz você Bella.

Eu quase não conseguia enxerga-lo de tanta lagrimas que havia nos meus olhos, e nem mesmo conseguia parar de chorar, eu só queria que tudo fosse menos complicado e que eu pudesse ter um namoro normal, como qualquer pessoa normal na minha idade.

Ele estava tão atônito quanto eu, e não queria deixar que o medo me paralisasse justo quando havia encontrado alguém que valia a pena sofrer de amor. Nunca me perdoaria se neste momento eu desiste de tudo que sentia por ele, sem nem ao menos ir ate o fim, mesmo que esse fim fosse quando ele tivesse que voltar definitivamente para Londres.

— Vivemos o hoje. – disse a ele me estiquei para abraça-lo. – Um dia de cada vez. – sussurrei enquanto minhas lagrimas caiam silenciosamente e molhavam sua camisa.

— Esta disposta Bella? – ele perguntou sem me soltar. – Podemos sair machucados.

— Por você, vai valer a pena. – respondi.


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Notas finais do capítulo

AHAHAHA MEREÇO OU NÃO MEREÇO QUINHENTO COMENATRIOS? E RECOMENDAÇÕES? CORRAM E ME CONTEM O QUE ACHARAM. TO CHORANDO AQUI AINDA KKK



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