How Can I Say Good Morning? escrita por Ace


Capítulo 1
Beijo de Bom Dia


Notas iniciais do capítulo

Eu to me aquecendo^^

Fazia séculos que eu queria fazer um shonen-ai Gerita^^ Algo assim... leve, bonitinho, mas é provavél que eu faça mais coisas do Hetalia breve



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Os raios do sol passavam pela janela que eu esqueci aberta e bateram direto na minha cara. Meu cérebro ainda se recuperava da cerveja alemã de ontem e meu corpo ainda não estava pronto pra sair da cama, fixei meu olhos azuis no teto e rangi os dentes, com raiva do sol por bater nos meus olhos.

Estendi a mão até o relógio no criado-mudo e o desliguei antes que ele tivesse chance de tocar e me deixar ainda mais dolorido. Minha cabeça estava girando. Me arrastei da cama ao chão e do chão até o banheiro, onde passei alguns bons minutos jogando água no meu rosto. Logo eu iria ter que acordar o Feliciano, queria estar bem produzido pra isso.

Não é uma data especial. Não era algo em especial. Mas eu gostava de fazer isso. Acordá-lo. Ele fica bonitinho quando dorme, além de que é um dos único momento em que ele é só bonitinho sem ser chato.

Fiquei olhando no espelho, por sorte sem olheiras, e suspirei aliviado. Me joguei debaixo do chuveiro, onde deixei a minha cabeça sendo esfriada por algum tempo. Minha cabeça girava um pouco e eu não sabia onde apoiá-la.

Decidi tomar um banho rápido mesmo, porque a bebedeira não teve o melhor resultado. Acho que isso vai pros meus votos de ano novo.

Me vesti rápido com uma regata e uma bermuda e sorri ao pensar que Feliciano estava me esperando pra acordá-lo.

Não sei quando isso começou, porque ou se realmente começou, só sei que depois de algum tempo, quando eu percebi que o Feliciano não estava comigo, eu me sentia desconfortável, e quando ele estava lá, eu gostava porque... eu não sei, ele para pra se preocupar comigo, ele não quer guerra alguma, ele que passar dias a fio comendo pasta e se fazendo de idiota.

Talvez fosse a inocência que ele tinha, a ponto de nunca suspeitar de nada que me fazia querer protege-lo. Talvez fossem os olhos verdes e brilhantes dele, feito esmeraldas que me faziam querer olhar pra eles. Talvez fosse a pele branca, macia e aveludada dele que me fazia querer mordê-la e prova-la. Talvez fossem os lábios finos e rosados cheios de massa e doces italianos que me fazia querer prova-lo. Talvez fosse o bom humor dele, feito uma criança ou um idiota que me fazia querer compartilhar do humor dele com os meus lábios. Talvez fossem os gritos ensurdecedores dele na sua voz melodiosa que me faziam querer colocar algo na boca dele pra calá-lo. Talvez fosse... simplesmente por ele ser ele, ser o Feliciano, ser o Itália.

Suspirei sozinho nos corredores a caminho do quarto dele. Imaginando como eu podia dizer bom dia pra ele.

Quando finalmente cheguei, abri a porta e o vi na sua cama. Ele estava todo espalhado. A regata que usava pra dormir estava desarrumada e seu abdômen fino e magro não era escondido, apenas o seu pé estava envolvido pelo cobertor. Dava pra ver que a pele dele era totalmente livre de qualquer acne e ele parecia perfeito ali. Um anjinho das esculturas italianas.

Só que eles não falavam tanto.

Me permiti ficar observando o rosto calmo dele por algum tempo. Um rosto calmo, que não parecia se estressar com os problemas que aconteciam por ai. Que só queria comer pasta por muito e muito tempo. Ele não queria ficar economizando problemas, mas era sempre idiota demais pra desviar de todos eles. Era difícil aguentar um impulso do fundo das minhas entranhas de abraça-lo e tentar protege-lo.

Suspirei e me deitei na cama ao lado dele, ficando algum tempo observando o peito dele subindo e descendo, o sorriso bobo que nunca se desfazia, o fio de cabelo despenteado que estava sempre paralelo ao rosto e terminava em uma espiral engraçada. Acho que ele ri porque se vê no espelho de manhã. Ele tem uma aparência engraçada. Energia engraçada.

Fiquei o encarando durante muito tempo, acho que só lembrei que eu tinha que fazer algo quando o despertador dele tocou e me tirou da minha cabeça. Por sorte ele não acorda com despertador nenhum. Eu joguei o despertador pela janela, só pra garantir.

Mas acho que já estava na hora de acordar pra outro dia. Era uma coisa boa poder ouvir o Feliciano chamando o meu nome o dia inteiro, querendo saber onde e como eu estava o tempo todo, ou mesmo me pedindo pra resgatar ele.

Avancei minha mão até ele, mas logo depois, a posicionei do lado da cabeça dele. Pus a minha outra mão ao lado do abdômen dele pra me dar apoio e avancei meu rosto na direção do dele. Não sei o que me deu exatamente, acho que foi algo que eu já aguentei tempo demais, esqueci meus cabelos despenteados porque fiquei pensando nele, esqueci de me arrumar direito pensando nele, esqueci de por sapatos pensando nele. Ainda bem que não íamos sair hoje.

Seus lábios tinham um gosto doce, mas também, tinham gosto de pasta, mas eles eram finos macios, era quase como beijar um muffin, mas era um muffin muito, muito atraente. E delicioso.

Quando finalmente eu estava com meus lábios grudados nos dele, eu ouvi um tipo de ping. Como se os olhos dele estivessem abertos agora.

Ah, cacete.

Meus músculos travaram naquela posição e eu não podia recuar nem avançar. Fui um pouco pra trás até ver a expressão confusa e idiotamente feliz que era nova pra mim.

-Nee Alemanha, o que você tá fazendo? –Ele perguntou, já animado de novo.

-Dando bom dia. –Cuspi. Merda! Eu podia dizer qualquer coisa, fingir que tinha voltado a dormir ou coisa do gênero.

-Sério? –Ele perguntou, sabia que ele era ingênuo demais, mas eu não sabia que era tanto.

-É assim que fazem. –Virei os olhos e soltei um sorriso falso, esperava que ele acreditasse nessa idiotice.

-Achei que isso era boa noite. –Ele falou, tocando os próprios lábios.

-Hein?

-Não lembra? Ontem a noite, você tinha bebido com o Gilbert e veio até o meu quarto me deu um beijo porque é assim que dão boa noite na Prússia. –Ele sorriu singelo, com os olhos esverdeados e claros me olhando com afeição.

Ah, merda!

-E é assim que dão bom dia na França! –Chutei, mas conhecendo o Francis, era mais ou menos isso.

O silêncio perdurou durante algum tempo, eu esperava que ele digerisse tudo aquilo e estava pronto pra pagar promessa pro primeiro santo que fazer isso. Ele olhou pra mim com um sorriso e fechou os olhos. A mão dele partiu pra minha nuca e ele colou nossos lábios de novo.

Esbugalhei os olhos quando senti algo quente e macio invadir a minha boca e brincar com a minha língua, a puxando em direção a outra boca. Nossas línguas se enroscaram, se puxando e brincando uma com a outra e eu fechei os olhos, deixando que ele guiasse tudo. Foi um jogo apaixonante que só parou quando precisamos de ar de novo.

-O que achou, já que é francês, achei que devia ser um beijo francês. –Ele sorriu pra mim, se sentando e deixando a cabeça apoiada nos joelhos.

E eu lá, feito um idiota. Me sentindo perto dos céus e ainda assim, um idiota por ter enganado ele assim.

-Alemanha? –Ele chamou, mas isso parecia a quilômetros de distância.

Não acredito que fiz isso! O que meus pais diriam se eles soubessem agora!?! Meu deus, eles podiam me esganar vivo! O Gilbert! Aposto que foi culpa daquele pervertido!! Levou um pé da sapata da Elizaveta e veio descontar em mim! Se ele não fosse meu irmão, eu já teria chamado ele de filho da puta!

-Nee, Alemanha? –Mais uma vez um chamado de quilômetros de distância.

Levei as mãos à cabeça mexendo no meu cabelo bagunçado matinal até eu perceber que meu mundo podia estar acabando ali mesmo. Senti que eu queria esganar aquele egocêntrico filho da... MERDA!!!!

Senti de repente um par de lábios sendo pressionados contra os meus de novo. Me tirando dos meus próprios pensamentos. E com aquele estalo no final do selinho, esbugalhei meus olhos pra ver o rosto calmo e sorridente do italiano à minha frente.

-É falta de educação ignorar as pessoas que querem te dar bom dia. –Ele me deu um selinho de novo e eu achei que ia desmaiar com aquela sensação de ter um par de lábios doces e quentes contra os meus. –Buon Giorno.

-Guten Morgen. –Sorri segurando seu queixo e o dando outro selinho. Podia esquecer de tudo um momento.

E quem sabe agradecer ao Gilbert um dia desses... Quem sabe...

Naquele momento, eu não sabia de nada, apenas que, mesmo por alguma idiotice e ingenuidade, eu estava beijando.

Hum... talvez algum dia eu arranje coragem e diga a ele que tomar banhos juntos é um jeito de dizer somos amigos na Turquia ou na Rússia... sei lá, em um desses países que ele tem medo demais pra ir confirmar.

No dia seguinte:

Richard desceu as escadas berrando logo pela manhã enquanto eu lia meu livro calmo no sofá. Ele trazia Feliciano pela gola da camisa e ele não parecia muito preocupado.

-Ludwig, existe qualquer motivo pro Feliciano estar me beijando pela manhã? –Ele falou com aquele ar de aristocrata maldito.

Olhei por cima do ombro e do apoio do sofá. Richard parecia estar prestes a soltar fogo pelos olhos e Feliciano com o seu típico sorriso inofensivo e idiota matinal. Mesmo que com um pouco de ciúmes, eu sorri e me virei pro meu livro de novo.

-Foi culpa do Gilbert. –E bebi alguns goles de café deixando Richard ter seus ataques sozinhos enquanto Feliciano foi pro meu lado e se sentou comigo. –De agora em diante, guarde seus beijos matinais pra mim tá?

Sorri, selando seus lábios em um apaixonado bom dia.


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Notas finais do capítulo

That's The End!

Cacete, eu senti falta de escrever isso, eu coloco essa frase no final de toda história que eu escrevo, esperei seis meses pra escrevê-lo de novo, mas é ótimo ter uma sensação de que logo logo, muitos deles serão escritos.

Para todos aqueles que querem saber, tenho mais 3 ou 4 histórias de Hetalia planejadas, mas nem todas incluem o Gerita, mas planejo fazer bem mais delas, apenas não sei quando^^

Achei que fico uma toisinha fofa^^ Mas queria a opinião de vocês, sabendo se meu sexto sentido escritor, inspirado yaoistico e fanfictionario ainda se amntém afiado mesmo depois d 6 meses afastado Mesmo sabendo que ainda não recuperei o meu poder totalmente^^