Ps: Dont Write escrita por scarecrow


Capítulo 6
You taste like whiskey when you kiss me awe


Notas iniciais do capítulo

Olha só, quem apareceu, a sumida da KILLJOYS e sua fanfic PS:Don't Write! q
Gente, peço todas as desculpas possíveis.
Apesar de não ser justificativa, eu estava muito enrolada com o ENEM, e as provas da escola (( que consequentemente, foram na mesma época )) ou seja, fui mal em ambas q
Por isso, queria que entendesse o atraso de quase um mês com o capítulo 06.
Bom, esse capítulo não tem muuuuitas coisas, mas é nele que a Sakura começa a ficar confusa em relação ao Naruto e o Sasuke, por isso, peço que não desistam da fic pelo cap ruim, e tals ASUAHS
Em relação a má ortografia, digitei correndo para postar o mais rápido possível, e o chap ainda não passou pela beta, então... Pelo desculpas de novo, e assim que estiver corrigido eu arrumo aqui.
Espero que gostem ♥



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PS: Don't Write

Chapter 06: You taste like whiskey when you kiss me awe

Muitas pessoas costumam reclamar incessivamente de sua rotina, por acharem a mesma algo desgradavelmente comum, redundante, todos os dias. Mas acho que eu, em geral, nunca reclamei muito de minha rotina, de minhas idas ao hospital, das minhas consultas com os pequenos com os pais muitas vezes nervosos, do meu marido atrapalhado ou de meus fim de semanas pacatos.

Nunca reclamei diretamente desse um mês que estava passando sem Naruto, que hoje completavam catorze dias de sua partida.

Eu mesma não costumava sentar na frente de alguém e reclamar sobre a mesmisse de minha vida, como Ino estva fazendo aquele momento.

O pior, é que ela não estava reclamando da sua vida – o que eu entenderia se estivesse acontecendo – mas sim da minha.

Como, como você está praticamente namorando esse garoto, e...”

“Ino, por favor. Nunca nem enconstei nele, e como você disse é um garoto.” Disse massageando minhas temporas. Era sábado de manhã e eu estava no final de meu turno no escritório, prester a ir embora quando Ino apareceu em meu recinto.

“Enfim, eu estava andando na rua ontem, e vi Sasuke tomando um café com alguém muito bonito, deveria ser um parente.” Ela disse pensativa, e sorriu boba, se lembrando do fato. Pegou a bolsa e começou a remexer dentro dela. “Fui comprimentá-lo, e ele mandou te entregar esse bilhete.”

Em minha frente, estava pousado um guardanapo, com a escrita que eu já conhecia a letra, e um pequeno recado. Peguei o papel meio amassado, e me coloquei a ler o bilhete.

Sakura,

Desculpe por não ter te acompanhado no almoço de sexta-feira, meu irmão ultimamente tem me deixado ocupado.

Hoje, caso queira me telefonar para fazermos algo a noite, meu número está no verso.

PS: Não sinta muita saudades.

Okay. Era o segundo bilhete de Sasuke, e o segundo PS bobo que ele fazia. Ino tomou o papel de minhas mãos antes que eu pronunciasse qualquer coisa, e leu depressa. Riu sozinha do comentário final de Sasuke,e eu dei ombros quando ela me olhou por cima do papel.

“Quando vai ligar?” Perguntou, curiosa até de mais.

“Não vou.” Disse a verdade, suspirando.

“Eu sei no que você está pensando.” E por céus, ela realmente sabia.

Eu estava aqui, pensando em como em situações como aquela, o homem – no caso Sasuke, deveria ligar para mulher – no caso eu. E eu me corroí nesses pensamentos desde sempre. Digo, eu não me conformo em acreditar que uma garota não só pode, como deve se 'oferecer' à um garoto. É inapropriado.

E Ino sabia que eu pensava daquele jeito, por que fazia parte de um dos meus vários pensamentos considerados conservadores. Yamanaka me olhou sapeca, e abriu seus olhos indistinguívelmente azúis, desenhando um sorriso desafiador.

“Você acha que ele deveria ligar.” Eu assenti com a cabeça, e fiquei esperando ela continuar. “Isso quer dizer que vocês tem algo. Digo, se fosse só amizade, não tem problema você ligar.”

Filha da puta.

Minha respiração acabou-se em um suspiro nervoso, e eu peguei o número, discando apressada. Dsicou uma duas, três vezes, e Sasuke atendeu.

Ele disse um 'alô' tão suave, tão intenso, e sua voz saiu tão grave que eu me obriguei em gravar aquela interjeição em minha memória, e ouvi-la entre os espasmos do meu batimento cardiáco.

“Sasuke? É a Sakura, tudo bem?” Minha frase saiu demorada, e eu me segurava para não tremer a voz, de modo em que eu parecesse nervosa.

Ele me respondeu rápido seguido de uma risada, e eu imaginei seu sorriso de lado mal intencionado, seus lábios se mexendo em uma frase muda.

“Então, errr, eu queria saber se você...”

“Sasuke! É a Ino, tudo bem? Queria saber se você não quer ir em uma festa lá na minha casa, hoje a noite... Ótimo! Então anota o endereço.” Em um repente, Ino pegou o telefone de minha mão e pois-se a falar. Suspirei aliviada.

Ela sabia que eu iria agir como uma colegial apaixonada no telefone, e consequentemente me ajudo com isso. Bati a cabeça na mesa frustrada. Vi ela terminar a ligação, colocar o telefone no gancho e me avisar que a festa começava às oito.

Existia uma imagem bem formada em minha mente sobre como eram as festas na casa de Ino. A casa lotada de pessoas desconhecidas e amigas, bebidas e amassos por toda a casa. As portas dos quartos fechadas, o tapete manchado de tequila. Um grupo dançando coma música alta, conversas palalelas pelo saguão.

Era uma linha tênue entre a putaria e a festa da Ino.

Sobre essas festas, eu tinha plena noção de como elas eram. Digo, eu já fui em algumas antes de me casar – aliás, foi numa delas que conheci Naruto, mas são lugares que eu não frequentaria mais. Até mesmo por isso, Ino já desistiu de me chamar para elas.

O incomum era um termo que definia bem a peculiaridade daquelas festas, daquela música, da bebida e da pouca comida. Era tudo bom de mais para Ino.

Vi seus cabelos loiros se aproximarem do brando e irem embora pela porta grande, e me deixar suspirando dentro do escritório. Escutei de leve sua pequena e cotidiana discussão com Gaara na recepção. Ri sozinha. Um dia desses um dos dois ainda iriam se pegar pensando um no outro.

Levantei-me e me dirigi para meu recinto.

Pela primeira vez, pensei em me arrumar decentemente para sair com as meninas. Queira ou não, eu sempre era a mais desarrumada delas. O meu cabelo comprido embrarado e liso, meus olhos tinham apenas – porém sempre – lápis preto em sua volta. Não usava batom, e nada como base ou blush. Não me lembro da ultima vez na qual usei saia ou short sem uma meia calça arrastão por baixo.

Eu me odiava o suficente para me contentar em nunca me ver arrumada. Quer dizer, quando se é adolescente e tem baixo auto estima, como em meu caso, a primeira coisa que me passava pela cabeça é não se arrumar o suficiente para descobrirem que nem assim você é bonita como a Temari, por exemplo.

Bom, a partir aí foi costume.

Como todo costume, estava entrenhado em mim a ideia de só me arrumar o necessário quando é necessário. Mas naquela noite em especial, eu queria estar bonita. Eu queria estar bonita para Sasuke – apesar de estar ciente que eu nunca confessaria isso em voz alta e em bom tom.

Deliciei-me com a decepção doce ao chegar em casa, e perceber a falta de presença em meu guarda-roupa.

Suspirei ao pegar uma saia, que foi Tenten que me deu, aliás, e fitei-a na cama cheia de roupas reviradas. Uma saia curta, preta, meio esvoaçada de mais, mas, eu não tinha outra escolha, certo?

Deite-me entre as roupas embaranhadas, e olhei de relance as horas : 15:53. Tinham quase duas horas desde a minha saída no escritório, e até agora eu mal havia arrumado minha roupa. Suspirei novamente, de modo mais pesado.

E como um lapso, eu me lembrei de Naruto.

Uzumaki Naruto era meu marido. Eu havia namorado, noivado e casado com ele, podendo contar nos dedos as vezes que eu realmente quis me enfeitar para sairmos juntos. Quatro, cinco, talvez, no máximo seis vezes?

Peguei o telefone em cima da escrivaninha, do lado da cama. E logo abaixo do aparelho celular, estava o papel deixado por Sasuke. Reli mais uma vez, e decidi por colocar na primeira gaveta, junto com o primeiro recado.

Voltei a olhar para o telefone.

Disquei o número de Naruto lentamente, mesmo sabendo que seu nome estava gravado na minha agenda telefonica, ou que ele foi uma das ultimas 10 pessoas que eu liguei, ou que seu número estava na discagem rápida #105.

Cada chamada que passava se misturava ao som do meu desespero, que arranhava minha garganta.

“Sakura! Tá tudo bem? Te liguei mais cedo e você não atendeu...” Naruto disse com sua voz suavemente animada e ainda assim com aquela pitada de preocupação que não conseguia disfarçar. E eu sabia, oh, como sabia, que Naruto sequer suspeitava que eu estaria traindo sua confiança.

Naruto é inocentemente gentil o suficiente para ter total confiança em mim.

E mais, eu não estava traindo-o de forma alguma. Talvez, um pouco na idealização, mas nunca iria ser decodificado em toques. Nesse instante, me senti personagem principal dos livros realistas que éramos obrigados a ler no ensino médio, que a mulher se sente inconveniente com o casamento e se encontra perdida em um romance quase inexistente.

“Me desculpa, amor, estava cansada e acabei acordando tarde, me atrasei para as consultas da manhã.” Disse eu, deitando novamente na cama desorganizada.

“Oh, sem problema” Eu o imaginei sorrir. Aquele sorriso aberto, alegre, que exalava confiança.

E quase sem querer, me lembrei do sorriso de Sasuke.

“Como está aí na cidade do amor?” Perguntei, resolvendo juntar as roupas e montuá-las em algum canto, para quando chegasse de noite não me deparasse com a cama desorganizada.

“Sem graça, ela estaria brilhando para mim agora se você estivesse aqui” Oh, não. Tinha me esquecido da sensação ruim é ter que se deparar com a mentira atrofiada em sua consciencia, lhe empedindo de dizer as verdadeiras palavras.

Conversei com Naruto por mais 15 minutos antes dele precisar desligar.

Decidi então, ir ler um livro, tomar um bom café e me arrumar para a festa.

Toquei a campainha nervosa, e esperei Ino vir me atender. Ela – como sempre – disse algo como eu não precisar mais tocar a campainha para entrar, que eu já era de casa, apesar de nunca comparecer as suas “festinhas.”

Arrumei minha saia que insistia em subir, e de novo Ino insistiu em comentar sobre a saia, pelo simples fato de finalmente estar vestindo algo descente.

“Só podia ter colocado a saia sem a meia calça” Disse ao olhar a meia arrastão. Sorri desconfortável. Apontou para um canto da festa “Tenten e Hinata estão ali conversando. O resto do povo tá dançando, etc” Ela comentou, pegando um copo em cima da bancada. “Mas o que você procura está na mesa de lá”

Apontou novamente para um canto quase na varanda do grande apartamento.

Andei vagarosamente, e pude reconhecer os cabelos negros no meio de tantas cabeças.

Foi aí que eu vi, o que não queria ver.


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