Isabella Swan

Eu finalmente estava de volta ao meu trabalho. Todos na agência me desejaram boas vindas e perguntavam como eu e o meu bebezinho estávamos. Alice estava de olho em mim a todo instante, dizendo ela que estava na incumbência de me vigiar enquanto eu não estava nas vistas do irmãozinho querido dela.

Exagero em minha opinião, eles achavam que eu estava doente e não grávida.  Sem contar que minha mãe, Esme e Rosalie também estavam no meu pé, eram várias ligações por dia para saber como eu estava. Sinceramente, eu estava me sentindo num Big Brother da vida, todos me vigiando, só estavam faltando às câmeras... Pelo amor de Deus! Mas tirando isso minha vida estava normal... Tudo estava bem. Eu já estava mais do que acostumada na casa de Edward, não estava sendo ruim afinal.

Terminei de me arrumar e me fitei no espelho. É, até que a minha barriga de quase cinco meses não estava tão estranha na roupa que escolhi: um jeans de grávida, uma regata branca com listras pretas que mais parecia um vestido de tão folgada e grande que era, um blazer branco, sapatilhas pretas super confortáveis nos pés, um relógio dourado e um anel no dedo eram os meus acessórios, segurava minha bolsa preta numa das mãos e estava com meus óculos escuros na cabeça. (n/a: look Bella) Maquiagem básica e meus cabelos estavam molhados.

Aprovei minha imagem e saí de meu quarto, desci as escadas mexendo no meu celular, várias ligações do trabalho, estávamos com uma conta super importante na agência e todos estavam trabalhando dobrado, até eu: a grávida da companhia.

Encontrei Edward já me esperando perto da porta, ele falava ao celular avidamente, devia ser alguma de suas pacientes. Ele me cumprimentou com um beijo rápido na bochecha e enfim saímos de casa. Até parecia que nem tínhamos nos visto há pouco tempo na cozinha, mas tudo bem... Deixa pra lá.

Edward destravou o alarme do seu Volvo e eu fitei meu carro ao lado do dele, já fazendo um bico de insatisfação. Meu irmão o havia trazido para mim no final de semana passado, mas quem disse que o Senhor-Eu-Sou-Médico-E-Você-Não-Está-Apta-a-Dirigir-Ainda me deixava sequer pegar a chave do mesmo? Pra que, não é?

Essa era uma das horas que eu me estressava com a super proteção de Edward Cullen. O pai do meu bebê me deixou na porta do prédio comercial onde situava o meu local de trabalho e então logo partiu para o hospital. Cumprimentei algumas pessoas e sem demora já estava em meu andar e em minha sala.

Já fui ligando o computador e atendendo alguns telefonemas, alguns minutos mais tarde Alice chegava bufando e esbravejando no celular, acho que Jasper andou irritando-a. Podia perceber só pelo tom de voz que ela usava.

- Tchau Jasper, acabei de chegar ao trabalho – ela dizia e desligou na cara dele, sabia que meu irmãozinho devia estar xingando-a de todos os nomes possíveis e impossíveis, reprimi o riso.

- Bom dia, Ali – saudei-a, encarando-a.

- Bom dia, Bella – ela disse, suspirando cansada e se sentando em sua cadeira.

- O que foi que o Jazz aprontou agora? – a indaguei, abrindo meu e-mail.

- Ele está querendo dar uma de dona de casa agora, pode isso? – ralhava – Querendo redecorar a casa... – bufou – E desde quando seu irmão entende disso, posso saber?

Gargalhei alto e a baixinha revirou os olhos reprovando minha atitude.

- Desculpe, mas foi engraçado – dei de ombros – Eu não sei, mas acho que isso é coisa de homem... Querer se meter aonde não é chamado. – bufei, ressentida por causa da minha situação de não poder dirigir.

- Ainda emburrada por não poder dirigir? – ela disse, debochada.

- É – respondi, fazendo bico.

- Eu não te entendo, Bella – ela falou, me fitando como se eu fosse um ET – Você tem carro, mas não era fã de dirigi-lo, mas agora que está grávida quer? Você anda fumando algo e eu não estou sabendo? – ralhou comigo.

- Eu não sei... – suspirei derrotada e confusa comigo mesmo – Acho que isso é culpa dos hormônios misturados ao fato de eu não gostar de depender de ninguém. – fiz careta.

- Compreendo, mas segure o facho – ela pediu, sorrindo – Você está carregando a minha sobrinha linda! – exaltou-se, batendo palmas feito uma foca. Pirada.

- Para com isso... Você e Edward estão cismando que vai ser menina – bufei – Ainda acho que vai ser um garoto.

Sim, Edward e Alice invocaram que vai ser uma menina. Mas eu tenho o sexto sentido que me diz que é um garoto, minha mãe diz que a mãe sempre sente. Então tenho isso ao meu favor, mas os dois insistem porque insistem que vai ser uma menina. Vai entender a cabeça dos loucos...

O dia passou rápido e logo Edward já me esperava no carro a frente do prédio no fim do meu expediente, eu estava cansada e faminta. Já disse que vou virar uma bola até o fim dessa gestação, não é?

- Como foi o dia? – ele me indagou assim que eu entrei no carro e o cumprimentei com um beijo na bochecha.

É, nós estávamos trocando esses pequenos carinhos. Engraçado porque parecíamos um casal de verdade... Mas não éramos.

- Cansativo, essa nova conta está me deixando maluca... Ainda mais porque eu e a Alice chefiamos o setor de criação e o nosso chefe está nos deixando mais nervosas que o normal – tagarelei, enquanto colocava o cinto de segurança, e ele deu partida.

- Você poderia tirar logo férias... Assim essa preocupação não afetaria o nosso bebê – ele dizia, prestando toda a atenção no trânsito.

- Claro... Super normal eu pedir férias logo que voltei de licença médica, não é? – disse irônica – É tão mais fácil quando eu estou 24h sob a sua vigilância não é Edward? – irritei-me – Só pra lembrá-lo, doutor Cullen... Gravidez não é doença. – bufei.

- Não foi isso que eu quis dizer... – ele murmurou – Só acho melhor você não se estressar.

- Mas você acabou de fazer isso. – ralhei – Eu não sou uma boneca de porcelana e a minha gravidez nem é de risco... A doutora Collins já deixou isso bem claro, eu não sei por que você ainda insiste nisso de super proteção! Eu sei bem o que posso ou não fazer, não sou maluca! – esbravejei.

- Ok, desculpe... Agora se acalme, por favor. – ele implorou.

Eu apenas bufei e revirei os olhos.

Homens.

Fizemos o restante do caminho em silêncio e assim que chegamos eu saí do carro e bati a porta do mesmo com a maior força que pude. Ok, sei que estou sendo infantil, mas e daí? Eu estou muito irritada com essa situação toda, queria respirar...

Subi as escadas rapidamente e fui direto para o meu quarto, nem cumprimentei a Joanna – a empregada que o Edward contratou –, joguei minhas coisas em cima da poltrona que havia por ali e já fui tirando meus sapatos. Meus olhos estavam cheios de lágrimas e eu sabia que não demoraria muito para que eu desabasse em água salgada. Droga de hormônios!

Joguei-me em minha cama e já pude sentir a cascata cair, molhando minhas bochechas. Abracei-me ao meu travesseiro e solucei alto. Nem percebi quando Edward entrou ali, só pude senti-lo quando o mesmo me puxou para seu colo e acariciava meus cabelos e sussurrava em meu ouvido me pedindo calma.

Eu tentei – inutilmente, diga-se de passagem – me desvencilhar de seus braços, mas obviamente Edward era mais forte e me manteve ali. Quando me acalmei – um pouco –, ele me soltou e me fez encará-lo.

- Me desculpe, Bella – ele pediu, pude ver a dor em seus olhos verdes – Não era a minha intenção magoá-la e fazê-la chorar... – suspirou – É que eu me sinto protetor demais quando o assunto é você e o nosso bebê – pousou gentilmente sua mão em meu ventre e sentimos um movimento estranho em meu ventre.

- O que foi isso? – perguntei, aos sussurros, para Edward.

- Isso... Isso foi o nosso bebezinho demonstrando que está se mexendo! – ele disse, todo bobo e eu me contagiei com o sorriso lindo que Edward abriu em seguida.

- OMG! – exaltei-me, colocando minha mão sobre a dele e o fitei com cara de idiota.

E então no meio de toda aquela felicidade, eu me esqueci do motivo de estar chorando rios de lágrimas e principalmente me esqueci de como respirar... Por que simplesmente Edward pressionou levemente seus lábios carnudos sobre os meus, e nos beijamos. Na verdade foi um simples, singelo e longo selinho.

Eu não relutei, não me afastei... Simplesmente fechei os olhos e envolvi meus braços em seu pescoço, puxando-o mais para mim e aprofundando o beijo. Logo sua língua brincava com a minha e um beijo que era simples e calmo passou a ser quente e apaixonado. Mas infelizmente tínhamos que respirar e então terminamos o beijo com longos selinhos.

- Me desculpe – Edward disse, fitando-me com o olhar de culpado.

- Não se desculpe por algo que ambos queríamos – eu disse.

SÉRIO QUE EU DISSE ISSO MESMO?

Ok, estou me desconhecendo agora.

Desde quando eu queria beijá-lo?

- Não quero pressioná-la a nada, eu só... Bem, eu não sei o que me deu e... – ele tentava se explicar.

- Não preciso de explicação – eu o interrompi, sorrindo sem mostrar os dentes – Só, aconteceu. – dei de ombros.

Encaramo-nos por um breve momento e ficamos em silêncio.

- Bom... Eu realmente queria me desculpar pela nossa discussão sem motivo no carro – ele retomou a palavra – Prometo que tentarei me controlar.

- Isso quer dizer que posso dirigir? – o indaguei, sorrindo largamente agora.

- Bella... – ele me advertiu e eu fiz bico – Eu só acho que você ficará mais cansada, e não é problema algum levá-la para onde você queira ir.

- Tá. – murmurei, contrariada.

- Ok – ele disse, mordendo os lábios – Quer tomar banho e comer depois ou prefere comer antes? – mudou de assunto.

- Vou tomar um banho antes – respondi.

Ele assentiu com a cabeça e se levantou da cama.

- Vou pedir a Joanna para arrumar a mesa – ele disse e foi a minha vez de assentir.

Edward saiu de meu quarto e eu suspirei feito uma garotinha adolescente apaixonada. Levantei da cama imediatamente e cacei meu celular na bolsa, precisava contar pra alguém o que havia acontecido antes que pirasse. Então mandei uma SMS para a Alice:

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De: Bella

Para: Alice

18h44, 13 abr. 12

Eu e Edward acabamos de nos beijar!

SOS!

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Larguei o celular em minha cama e fui direto para o meu banheiro. Despi-me e entrei no Box, liguei o chuveiro e tentei relaxar quando a água fria bateu em meu corpo. Tomei um banho não tão demorado assim e logo que saí do banheiro já devidamente enxuta, vi que meu celular piscava freneticamente.

- COMO VOCÊ ME MANDA UMA BOMBA DESSAS E NÃO FICA COM O TELEFONE NA MÃO, SUA MALUCA? – Alice berrava do outro lado da linha.

- Boa noite pra você também, Alice – desconversei um pouco.

- O assunto não requer cumprimentos, Bella – rebateu ela – AGORA PELO AMOR DE DEUS... ME CONTA COMO FOI ISSO!

- Só se você parar de berrar no meu ouvido – choraminguei, e ela resmungou – Enfim... Eu e Edward discutimos no carro sobre o exagero de proteção dele, como sempre... – revirei os olhos – Daí por causa dos hormônios que me regem no momento, assim que pisei em casa subi as escadas chorando feito uma boboca e me joguei na cama. Eu estava com tanta raiva e chorando que nem percebi quando Edward estava aqui comigo. – tagarelei – Então ele me pediu desculpas e blá-blá-blá, eu aceitei e Edward pôs sua mão em seu ventre, daí nosso bebê mexeu! Ele mexeu Alice! – exclamei contente.

- OMG! JURA? MINHA SOBRINHA MEXEU PELA PRIMEIRA VEZ? – e lá vinha ela me deixar surda novamente – OK, CONTINUA!

- Sim! Houve aquele momento tenso, porque eu realmente me assustei... E quando dei por mim, Edward estava me beijando. Repito: ME-BEI-JAN-DO! – exclamei – Como já estava no inferno, né... Aproveitei. – resumi.

- E depois? – ela me indagou.

- Bom... Depois ele pediu desculpas e eu disse que não precisava, ficou aquele clima estranho, mas logo voltou ao normal. – respondi, suspirando.

- Nossa... – ela murmurou – Ainda bem que isso aconteceu... Estou torcendo por vocês e sei que meu irmão sempre gostou de você...

- Como assim sempre gostou de mim? – peraí, como é?

- Er... Olha Bella, isso é um assunto entre você e o Edward, não quero me meter. – ela desconversou – Mas é isso... Eu espero que vocês fiquem juntos, não só por causa do bebê, mas por vocês mesmos... Vocês precisam. – disse bem séria.

- Alice, isso tudo é muito precipitado... Eu não sei o que pensar... – disse, já ficando nervosa – Eu não quero relacionamento e...

- Ok, Bella. É melhor você parar por aí antes que eu me estresse contigo! – ela me interrompeu – Você tem vinte e sete anos na cara, pera lá... Você já está bem crescidinha, vai até ter um bebê, olha que coisa... – debochou – Não estou dizendo que você deve se jogar nos braços do meu irmão. – disse séria − Estou dizendo que é para você se abrir, deixar levar... Você se fecha, não dá oportunidades a ninguém, eu sei bem disso porque já observei você fazer o mesmo com vários caras...

- Eu sei disso, Ali... É só que... – tentei falar.

- Sim Bella, mas só quero te lembrar de uma coisa... – a ouvi suspirar – Edward não é qualquer um. Ele é o pai do seu filho. Vocês estando juntos ou não terão que ter um relacionamento no mínimo amigável pelo bem dessa criança.

- Você tem razão. – admiti a contragosto.

- Sei que tenho – pude jurar que ela estava sorrindo – Agora vai logo que meu irmão deve estar te esperando, conversamos mais amanhã.

- Ok, até mais. – me despedi e a ouvi fazer o mesmo.

Respirei fundo e joguei meu celular na cama. Entrei em meu closet e coloquei o primeiro pijama confortável que vi, penteei meus cabelos e então saí de meu quarto. Desci as escadas e encontrei Edward sentado no sofá assistindo TV.

Chamei-o e então seguimos para a sala de jantar, a Joanna já havia posto a mesa e a refeição só nos esperava. Ao sentir o cheiro do macarrão fabuloso da Jô, meu estômago resolveu se manifestar e minha boca se encheu d’água.

Nós dois jantamos em silêncio, depois Edward foi para a sala assistir TV e eu resolvi ir me deitar, pois depois que comi estava bocejando a cada dois segundos. Depois de desejar “boa noite” a Edward, subi as escadas e entrei em meu quarto. Deitei-me em minha cama e sem demora já estava dormindo.

[...]

Eu estava terminando de me arrumar para ir a mais uma consulta rotineira com a Dra. Collins. Como tinha pedido para sair assim que desse a hora do almoço, deu tempo de comer em casa e tomar um banho. Escolhi um vestido longo e estampado, coloquei um casaquinho cinza e calcei sandálias rasteirinhas. Prendi meu cabelo num alto rabo-de-cavalo, fiz uma maquiagem básica, coloquei um relógio, peguei minha bolsa e os óculos escuros. (n/a: look Bella)

Desci as escadas e encontrei Edward ali, ele estava no consultório pela manhã e tinha ido me buscar na agência para almoçarmos e depois voltarmos para o hospital. Assim que ele me viu, sorriu largamente, Edward adorava quando eu usava vestido porque minha barriga de recém-completos cinco meses ficava demarcada.

- Você fica a cada dia mais linda, Bella. – ele me elogiou e eu corei, é claro.

- Obrigada – agradeci, ainda envergonhada.

Nós dois não conversamos mais sobre o beijo, mas este ainda não saiu da minha cabeça. Vez por outra eu me pegava imaginando como era bom beijá-lo, como eu me sentia estranhamente bem... Hormônios, a culpa era exclusivamente deles.

Fomos o caminho inteiro conversando sobre amenidades, assim que chegamos fui logo fazendo o meu registro e sem demora já estávamos no consultório e conversando com a médica. Ela fez os exames básicos, elogiou meu peso e todos os cuidados que eu estava tomando depois do susto. Algumas reclamações feitas por Edward, por causa da minha teimosia, mas eu nada disse, apenas revirei os olhos.

- Bem... Preparados para saber o sexo do bebê, queridos? – a médica nos indagou quando eu já estava na maca, vestida adequadamente, e já no ponto de fazer o exame de ultrassom.

- Sim – eu respondi e Edward apenas assentiu com a cabeça.

- Então vamos lá... – a doutora falou.

Edward estava ao meu lado e segurava uma de minhas mãos, mas estava de olho na tela de LCD, eu olhava pela outra tela que havia a minha frente. A médica passava o aparelho pelo meu ventre e eu sentia o gelado do gel. Estava ansiosa, inquieta e completamente nervosa, massacrava meus lábios, pois estava mordendo-os.

Desviei meu olhar da tela para Edward e de repente o vi abrir um sorriso, e seus orbes verdes brilhavam de uma forma que eu nunca havia visto. Tentei entender o que ele via na tela, mas eu não sou médica, só consegui distinguir meu bebê depois de alguns segundos analisando.

- Parabéns mamãe e papai, vocês terão uma linda garotinha! – a doutora Collins exclamou, animada.

Uma garotinha.

Uma menininha.

E sem que eu percebesse já estava sorrindo e chorando, ao mesmo tempo, feito uma boboca. Ouvi a risada de Edward e o mesmo me deu um demorado beijo na testa.

- Obrigado, Bella – ele disse, sorridente.

- Eu que agradeço – respondi a ele, também sorrindo.

A médica terminou todo o procedimento e eu pude me levantar. Fui até o banheiro e coloquei minha roupa novamente, voltei até o consultório e vi Edward e a doutora Collins conversando.

Ela deu mais algumas recomendações e me pediu para voltar no próximo mês, como já era de praxe. Eu e Edward agradecemos e nos despedimos dela, e então saímos de seu consultório.

- Ai Deus... – eu disse, suspirando ao final – Uma menina! – exclamei.

- Eu disse que era uma garota, não disse? – Edward dizia, se achando.

- Você e a Alice – rebati, revirando os olhos – Oh God... Alice vai surtar! – ri sozinha.

- Certeza que vai – Edward riu, acompanhando-me – Quer contar logo pra todos?

- Claro! – assenti, sorrindo feliz.

- Ótimo, vamos ligar pro pessoal e marcar um jantar. – ele disse enquanto íamos saindo do hospital.

- Vamos para uma pizzaria? – eu o indaguei, já imaginando o cheiro do queijo derretido.

- Não era pra você comer essas besteiras, Bella – ele me advertia.

- Ah Edward... Por favor! – pedi, fazendo a carinha mais fofa que eu conseguia.

Edward me encarou por um momento, e então suspirou derrotado.

- O que você não pede sorrindo que eu não faça chorando? – ele disse, me encarando divertido.

- Yeah! – comemorei, rindo que nem uma criança que ganha o que queria de Natal.

Logo nós chegamos aonde Edward tinha estacionado o Volvo, nós dois entramos e enquanto ele dirigia, eu ligava pra nossa família: meus pais, os pais de Edward, meu irmão e os irmãos de Edward, e a Rosalie − é claro.

Alice me pentelhou por meia hora, querendo saber se era menino ou menina, mas eu disse que só contaria quando todos estivessem presentes na minha pizzaria favorita.

Eu passei o restante da tarde jogada no sofá, mais precisamente dormindo no peito de Edward enquanto nós dois tentávamos assistir a algum filme. Na realidade acho que só ele assistiu porque eu dormi quinze minutos depois que o filme começou. Ossos do ofício.

Edward me acordou quando passava das seis da tarde, pois eu combinei com todos na pizzaria às sete da noite. E eu já estava atrasada pra me arrumar. Subi as escadas correndo e isso foi um motivo pra Edward ralhar comigo como se eu fosse uma criança de cinco anos... Patético!

Tomei um banho rápido e escolhi uma roupa confortável pra usar. E até que eu estava bonita, concluí assim que me olhei no espelho. Peguei minha bolsa e desci as escadas, encontrei Edward já arrumado e me esperando próximo a porta, ele estava lindo, como sempre.

- Vamos? – ele me indagou – Alice já está lá, acredita? – ele dizia, risonho.

- Sério? – eu tive que rir – O que a curiosidade não faz com as pessoas...

A pizzaria era relativamente perto da casa de Edward, ficava mais próxima ao meu apartamento. Assim que entramos, vimos à mesa que Edward havia reservado para nós, e lá já estavam sentados meu irmão e a Alice.

A baixinha veio até mim, abraçou-me e foi logo me interrogando.

- Alice, eu já falei que só vou contar quando todos estiverem aqui – disse a ela, revirando os olhos.

- Mas Bella... – ela insistia.

- Sossega Ali. – Edward pediu – Não seja curiosa.

- Isso não vale! Você já está sabendo! – ela o acusou, cruzou os braços e fez bico.

Típico de uma criança birrenta, tive que segurar o riso. Eu e Edward nos sentamos depois que meu irmãozinho querido nos cumprimentou, ficamos conversando sobre qualquer besteira até que meu pai e minha mãe chegaram. Emmett e Rosalie chegaram a seguir, junto com Carlisle e Esme.

- Pronto Bella, todos já chegaram... Você pode falar agora. – interveio Alice, impaciente, depois que eu cumprimentei os recém-chegados.

- Vamos fazer os pedidos e depois eu conto – falei, tentando não rir.

Adorava deixar os outros curiosos. Edward apenas me encarou e sorriu de canto, entendendo a minha jogada. Demoramos um pouquinho para fazermos os pedidos, aproveitamos e esperamos o garçom chegar com as bebidas.

- Bem... – eu comecei a falar – Acho que já deixei todos curiosos o suficiente – ri sozinha e recebi um resmungo em resposta de Alice.

- Você acha? – Alice ralhou, irônica.

- Não vou deixar mais vocês curiosos... – suspirei – Digamos que você e Edward estavam certos, Ali. – falei, misteriosamente.

- OMG! SÉRIO? – ela gritou, pulando da cadeira.

- Sim... É uma menina! – exclamei e ouvi a comemoração de todos.

Cada uma daquelas pessoas – que tinham uma importância enorme na minha vida – veio até mim e a Edward, felicitar-nos e desejar tudo de maravilhoso para a nossa pequena princesa. Depois de todos os abraços e beijos, nós voltamos a nos sentar, conversando sobre a nova integrante da família Swan-Cullen.

Debaixo da mesa, Edward pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos, senti um conforto e segurança se apossar de mim. Encarei-o e o mesmo sorriu, voltando a sua conversa com o irmão logo em seguida.

Eu me sentia bem, feliz como nunca estive. Só estava pedindo a Deus que a minha pequena seja tão linda e maravilhosa quanto o pai dela é.

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