As Memórias de Lílian Evans escrita por Holliday


Capítulo 33
Uma Mágica Poderosa


Notas iniciais do capítulo

Sim, James Potter está morto, se conformem... sinto que todas as minhas leitoras estão contra mim agorinha, MUAHAHA, sou má, eu sei u__u
MAS ANTES DE LEREM COLOQUEM ESSA MÚSICA, PORQUE, SEI LÁ... SIMPLESMENTE GOSTEI DE LER O CAP COM ELA TOCANDO:
http://www.youtube.com/watch?v=yJyKzDtxZ2g
PS: a música tem 6:50, vocês provavelmente vão terminar de ler antes dela acabar... se não estiverem conseguindo reconhecer esperem o final, tenho certeza de que vão se lembrar ;)



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Eu estava em um jardim. Era um lindo jardim para falar a verdade. Estava repleto de orquídeas, rosas, hortênsias, narcisos, copos-de-leite entre tantas outras flores que eu não sabia nomear.

Havia vários passarinhos azuis voando, eram iguais aos passarinhos que James uma vez conjurara para mim, e eu simplesmente o ignorei...

Eu não sabia que jardim era aquele e nem como tinha ido parar nele. Estava tudo muito claro, tão claro que chegava á ser ofuscante.  Eu estava usando um vestido longo tão branco quanto aquele lugar, porém estava descalça. Continuei caminhando. Cheguei em um lugar onde havia um lindo chafariz rodeado por lírios. Havia alguém parado do outro lado do chafariz.

Eu dei a volta no chafariz para consegui ver quem era a pessoa. Fiquei petrificada por um momento. Eu estava morta? Não importava, pois era James quem estava lá parado. Esbocei um sorriso e não hesitei em pular em seu pescoço, porém quando o fiz James se dissolveu em minhas mãos, não era o meu James. Aquele era como um holograma. Porém seus olhos pareciam tão vivos enquanto me observava.

Eu não pude evitar, as lágrimas simplesmente começavam á escorrer pelo meu rosto contra a minha vontade.

- Mas que droga! Por que você não é o meu James? Por que você me abandonou? - Eu tentei tocar em seus ombros, mas novamente minhas mãos ultrapassaram seu corpo como se ele não fosse nada além de fumaça.

De repente eu queria desesperadamente poder sair daquele lugar. Meus olhos ardiam por conta das lágrimas, porém elas continuavam á cair incessantemente. Eu me sentei no chão apoiando minha cabeça nos meus joelhos. Os pássaros continuavam piando e de repente aquilo estava penetrando na minha cabeça me deixando enlouquecida.

Aqueles eram os pássaros de James, os pássaros do meu James. O James que estava na minha frente era só uma estátua feita de fumaça. Aquilo estava me torturando, eu queria poder sair dali.

Eu ouvi uma voz conhecida me chamando ao longe, mas eu não sabia de quem era ou onde a pessoa estava. Eu procurava pela voz incansavelmente. “Lílian, Lílian, Lily.” A voz ecoava na minha cabeça me deixando enlouquecida.

Esse lugar que antes era um lugar tão lindo, tão admirável de repente tornou-se completamente superficial, como se tudo nele fosse falso, o que talvez fosse. A voz continuava ecoando e eu continuava procurando sem obter sucesso.

- Lílian. – Claro, era Dorcas me chamando, eu não estava morta.  Ela sorriu tristemente para mim, tanto seus olhos quanto seu falso sorriso dizia a verdade que eu queria ignorar. James de fato está morto.

Seu rosto tinha alguns arranhões e em sua testa ela tinha levado pontos, mas ela estava viva, viva!

Não me lembrava de como tinha chego até o meu quarto, mas isso não importava nada mais importava de fato.

Minha cabeça latejava e meu corpo ainda estava extremamente dolorido.

Dorcas sentou-se em minha cama e segurou em minhas mãos. Eu já deveria ter chorado tanto que meus olhos já estavam secos e mesmo que eu quisesse eu não podia chorar.

- Lily eu sei que você ainda está magoada, mas o Professor Dumbledore quer vê-la. – Dorcas murmurou docemente enquanto me ajudava á levantar.

Quando eu me levantei percebi que ainda estava com as mesmas roupas, a roupa do meu primeiro encontro com o James, e de sua morte. Eu tentei ignorar esse fato por mais complicado que fosse, e segui em direção á sala do Professor Dumbledore.

Quando cheguei em frente á gárgula lamentei por não saber a senha, mas ela começou á se mover espontaneamente.

Subi as escadas em passos lentos, o que eu menos queria ouvir agora eram palavras de consolo. Verdadeiras ou falsas, quando se perde alguém que ama, não há quem faça você sentir-se melhor.

Quando terminei de subir as grandes portas de carvalho da sala do diretor já estava aberta.

- Entre Lily querida, tem alguém aqui que quer vê-la. – Professor Dumbledore disse-me bondosamente.

Entrei na sala receosa, quem poderia estar querendo me ver? A pessoa, seja ela quem for estava sentada em uma das cadeiras de frente á escrivaninha de Dumbledore.

Aproximei-me lentamente e tive que me apoiar na escrivaninha de Dumbledore para não cair. Era James quem estava sentado na cadeira, e ele decididamente estava vivo, sorrindo em minha direção.

Tive medo, medo de toca-lo e minhas mãos passarem por seu corpo como se ele não fosse humano. Tinha medo de ter adormecido novamente. Simplesmente tive medo...

James levantou-se e fez menção de me tocar, porém eu afastei meu rosto antes que ele pudesse tê-lo feito.

- Sou eu Lily, sou eu James, o garoto que te ama perdidamente, que já fez uma serenata pra você na frente de todos no primeiro dia de aula do quinto ano, que já proibiu outros garotos de saírem com você por te amar incondicionalmente, que já morreu, mas graças á você voltou a viver. – Ele disse e eu senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto. Ele fez menção de tocar em meu rosto e dessa vez eu não o impedi.

Consegui sentir suas mãos macias e quentes tocando meu rosto e não pude me conter, segurei-as como se pudesse perdê-lo á qualquer instante.

- Eu estou aqui com você para sempre, nada nem ninguém vai nos separar. – Ele sussurrou encostando sua testa na minha também deixando algumas lágrimas escaparem.

- Você deve estar se perguntando como o Sr. Potter está vivo. Estou certo Srta. Evans? - Dumbledore perguntou e eu me separei de James entrelaçando nossos dedos.

- Sim Professor Dumbledore.

- Foi o seu amor Lily, aparentemente o seu amor é a mágica mais poderosa que o mundo bruxo já viu. – Dumbledore disse sorrindo. Eu estava confusa. Se o amor pode trazer um amor de volta, como outras pessoas morrem? Como todas essas pessoas que foram mortas por Voldemort e seus comensais não voltaram à vida?

Dumbledore pareceu perceber que eu estava com essa dúvida e começou a me explicar:

- Você tem um dom muito raro Lílian. O seu amor é mais poderoso que qualquer outro, e seu amor pelo James digamos que é em um nível elevado. Quando você viu James morto e chorou, suas lágrimas tiveram um poder milagroso, como se James estivesse com gripe e suas lágrimas fossem o remédio. Assim você acabou trazendo-o de volta á vida.

Eu estava perplexa. Se eu amo tanto assim James á ponto de fazê-lo voltar á vida, como disfarcei meu amor por ódio por todos esses anos?

- Alguma dúvida Srta. Evans? - Eu apenas neguei com a cabeça. – Então os senhores estão dispensados.

Estávamos saindo da sala quando James parou abruptamente e voltou correndo para falar com o Professor Dumbledore.

- Eu tenho sim uma dúvida Professor... – James engoliu em seco antes de continuar. – Os meus pais... Voldemort falou algo sobre... Sobre eles...

James não conseguiu terminar sua frase, mas o olhar solidário de Dumbledore fora o suficiente.

- Sinto muito meu rapaz, receio que seja verdade. – Dumbledore murmurou.

James se jogou no chão e começou á chorar. Aquilo doeu em mim tanto quanto quando o vi morto.

Eu agachei no chão ao seu lado e o abracei. Ele se aconchegou em mim e eu pude sentir suas lágrimas molhando meu pescoço.

Por um momento eu me senti culpada. Meu amor fora forte o suficiente para trazer James dos mortos, mas eu nem ao menos conhecia os seus pais para poder fazer o mesmo.

POV Sirius Black

Eu estava na Ala Hospitalar. Eu havia encontrado o corpo de Lene ao lado do de dois alunos que estavam mortos, mas graças á Merlin Lene estava viva, só precisa ficar um pouco em repouso, ela quebrou o braço direito.

Eu estava sentado em uma cadeira ao lado de sua maca segurando sua mão, ficaria ali até que ela acordasse. Coloquei uma mexa do seu cabelo atrás de sua orelha. A Ala Hospitalar nunca ficou tão lotada como hoje e tenho certeza de que nunca chegaria á ficar.

Houve muitas perdas, terríveis perdas e muitos alunos ainda estavam desolados andando sem rumo pelo castelo. Por um momento eu achei que tinha perdido o meu melhor amigo, mas graças á ruivinha ele sobreviveu.

FlashBack On

Eu estava carregando o corpo de Lene de volta para o castelo, alguns professores já estavam vindo para ajudar assim como o Professor Dumbledore.

Estava subindo a rua de Hogsmead quando eu vi os cabelos ruivos da Lily esvoaçando. Podia ouvi-la gritando, chorando e lamentando, tudo ao mesmo tempo. Tive medo de ir ver o que tinha acontecido, mas eu segui em frente.

Entrei em choque ao ver á quem Lily estava abraçada, era James, James, meu melhor amigo! As lágrimas começaram á escorrer tanto quanto as lágrimas que Lily deixava cair. Professor Dumbledore de repente estava ao nosso lado e tentava afastar os braços de Lily para poder carregar James, mas ela não deixava, ela não queria deixa-lo... Todos esses anos e o dia em que ela descobre amar esse idiota é quando ele morre.

Inevitavelmente eu comecei á me lembrar de todos os momentos em que eu passei com James, não só um amigo, mas um irmão. Lembrava-me de quando nos conhecemos no primeiro ano, de como aprontamos juntos, quando tivemos a ideia do Mapa do Maroto, quando tivemos a ideia de nos tornarmos animagos para ajudar Remo, de quando ele não parava de falar na Lily e principalmente quando ele me acolheu na sua casa quando nem mesmo meus pais me queriam mais.

Tive que juntar todas as minhas forças para conseguir continuar de pé e não deixar Lene cair. James fora o irmão que eu jamais tive, ele nunca precisou ter o mesmo sangue que eu, e agora eu o tinha perdido.

Minha visão estava ficando ofuscada e eu segui em frente enquanto Dumbledore tentava afastar Lily, eu teria que ser forte...

FlaskBack Off

Quando Remo viera me contar que logo o amor da Lily o salvou eu me senti a pessoa mais feliz do mundo, ela salvou meu irmão...

Marlene começou a se mexer na maca e aos poucos ela abriu os olhos, semicerrando eles logo em seguida por conta da claridade.

- Você está bem? - Perguntei me aproximando.

- Derrubei dois comensais... Nunca estive melhor. – Sussurrou sorrindo fracamente logo em seguida.

Olhei em seus olhos castanhos, castanhos tão bonitos que chegavam á lembrar chocolate. Eu ri sozinho me lembrando de hoje mais cedo quando Remo perguntou se eu estava me aproximando de Lene só por ela parecer a Dorothy. Eu simplesmente respondi que não, não era mentira. Lene tem alguma coisa a mais que Dorothy não tinha... Não que eu não tenha a amado verdadeiramente, porque eu amei, mas não quer dizer que eu não posso amar novamente.

Lentamente eu fui chegando mais perto até que juntei nossos lábios. Seus lábios eram macios e tinham um gosto doce, exatamente da forma que eu imaginei. Quando nos separamos Lene ainda estava sorrindo com os olhos fechados.

Ela levantou-se da maca e eu olhei-a em interrogação.

- Eu já estou bem o suficiente para levantar-me Sirius, não precisa se preocupar. – Lene disse.

Saímos da Ala Hospitalar de mãos dadas e seguimos caminho para o Salão Principal, estávamos morrendo de fome.

Quando chegamos ao Salão Principal vimos que todos os alunos que já estavam recuperados estavam lá. Não comendo na mesa de suas respectivas casas, mas sim sentados em bancos de madeira que eram direcionados ao Professor Dumbledore.

Logo avistei Lily e James, James estava com a cabeça apoiada no ombro de Lily enquanto chorava. Teria que ver o que houve mais tarde, pois agora já haviam pessoas sentadas próximas á eles, mas eu fiquei imediatamente preocupado.

Eu e Lene nos sentamos mais afastados e logo depois Dumbledore levantou-se para começar um discurso.

- Hoje á tarde em Hogsmead fora uma terrível. Tivemos vários alunos feridos, mas acima de tudo tivemos quatro perdas irreparáveis. Lorelai Whinsky e Amy Foster, da Corvinal, Summer Helinston da Lufa–Lufa, e Andrew Bunner da Grifinória. São tempos extremamente difíceis, e hoje vocês encararam a realidade. Façam as escolhas certas e não deixem que essas mortes tenham sido em vão, façam as escolhas certas e salvem a vida de mais pessoas inocentes.


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Notas finais do capítulo

HÁ, acharam que eu ia mesmo matar o nosso James Gostoso Fofo Potter? NEVER, quero dizer, pelo menos não até o Harry nascer neah, anyway ~spoilers~ (tá não sou a River Song pra falar assim, aliás será que vocês sabem quem ela é? Anyway again)
Acho que vocês já perceberem que eu adoro colocar músicas da trilha sonora nos caps neah? Eu acho que são as melhores pra se colocar, dão um "clima mais Harry Potter" sei lá... Conseguiram "detectar" a música?
Eu ia fazer vocês sofrerem e postar só depois de amanhã, mas seria muita maldade, já fiz vocês sofrerem demais no cap passado... Então sejam bonzinhos comigo também e mandem reviews ~e recomendações, só uma dica~ ook? u__u huashuash
Beijos ♥ amo vocês, não fiquem bravas!