As Memórias de Lílian Evans escrita por Holliday


Capítulo 28
A Verdade Seja Dita


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora meus amores vocês não tem noção dos problemas que eu to tendo e enfim, não quero falar sobre isso :
Vamos ao que interessa, o capítulo.



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Não pude acreditar que Potter e Black roubaram a poção. Quero dizer, eu podia sim acreditar afinal eram o Potter e o Black, mas, mostrar a poção para mim – “só” a monitora – e ainda me convidar para jogar com eles é quase como implorar para ficar uma semana em detenção.

Mas devida ás circunstâncias – minhas amigas iriam participar do joguinho deles – eu decidi ficar de boca calada e ir junto deles para não deixar que nada fuja do controle.

***

- Uhu – todos gritavam animadamente após minha dança. Estávamos jogando um tal de verdade ou desafio, uma brincadeira trouxa que Sirius nos ensinou.

As regras eram como a dos trouxas com uma pequena diferença. Se escolhêssemos o desafio deveríamos tomar um gole de Whisky de Fogo – mais o desafio que seria escolhido – e se escolhêssemos verdade teríamos que tomar um gole de Veritasserum antes de responder á pergunta.

Eu sabia que já não estava mais em meu estado normal e que todas as aulas já haviam acabado, mas algo me impedia de parar de jogar, tenho quase certeza de que queria continuar com o jogo por vontade própria.

Sirius já estava dormindo no colo de Marlene e os olhos desta já começavam a pesar. Pedro havia saído com Amanda para pegarem algo para comermos e não mais voltaram. Remo definitivamente não estava bem. Ele dava gargalhadas repentinas e sem motivos e ficava soluçando a cada cinco segundos. Potter estava um pouco zonzo, mas não completamente acabado. Alice, bom, Alice estava em êxtase.

Remo rodou a garrafa novamente e esta apontou para mim e para Ja... Potter.

- Eu escolho verdade – disse olhando em seus olhos. Ele me passou o frasco com a poção e eu dei um gole.

- Você me ama? – ele perguntou aguardando ansiosamente pela resposta.

- Mais que tudo – respondi sem ter consciência de meus atos. Seus olhos brilharam e seu sorriso aumentou mais ainda.

Levei um susto ao ouvir uma batida, que era o corpo de Remo caindo e posteriormente o de Alice.

- Vamos continuar jogando Potter – eu pedi fazendo beicinho.

- Não Lily você não está bem, vem, vou te levar até o dormitório.

Fomos caminhando até a Sala Comunal da Grifinória porém Potter teve que me carregar quando eu comecei a tropeçar enlouquecidamente na escadaria e a fazer um barulhão.

- Prontinho Lily, chegamos. Você consegue subir até o dormitório? – ele me perguntou preocupado.

- Huum, na verdade não. – eu respondi um pouco envergonhada – Você não poderia me carregar até lá?

- Desculpe Lily, mas meninos não podem subir até o dormitório feminino. Se eu tentasse te levar a escada se transformaria em escorregador e nós dois cairíamos.

- Ahh, verdade...

- Acho que o jeito é você tirar um cochilo ai no sofá até se sentir melhor. – ele disse começando a subir para seu dormitório.

- Espera... Me leva com você – eu pedi esticando os braços em sua direção como uma criancinha.

- Tem certeza? – ele perguntou duvidoso.

- Sim, por favor.

Ele me pegou em seus braços e foi comigo até seu dormitório.

- Ali, pode deitar-se na cama de Sirius. – Potter disse apontando para cama ao lado da sua.

- Não, eu vou me deitar com você. – eu disse decidida.

- Lil’s não é uma boa ideia, você nem sabe o que está fazendo.

- Sei sim, eu quero me deitar com você.

Relutante, Potter deixou espaço na cama para que me deitasse ao seu lado e assim o fiz. Olhei fixamente para seu rosto, aquelas expressões angelicais, os lábios cuidadosamente delineados, e aqueles olhos que encantavam a todos que o olhassem, em um tom único de verde achocolatado.

Tentei beijá-lo, porém ele afastou seu rosto.

- Você não me quer, não é? – eu perguntei com lágrimas nos olhos.

- Nada disso meu Lírio, eu a amo eu só... Não quero que seja assim. Quero fazer isso quando você estiver sóbria e em plena consciência de seus atos. – ele disse me dando um beijo na minha testa.

- Tudo bem... – eu respondi cabisbaixa. Ainda assim, me permiti envolve-lo com meus braços e ele não recusou.

Sabia que amanhã iria me arrepender por tudo – caso eu me lembrasse de alguma coisa – mas amanhã era amanhã. Eu queria viver o agora.

- POTTER!! – eu berrei desesperada sentindo o meu sangue começar a ferver de raiva.

Ele caiu no chão assustado e olhou pra mim sem entender nada.

- POR QUE DIABOS EU ESTOU NO SEU QUARTO E DEITADA NA SUA CAMA COM VOCÊ?

- Você não se lembra de nada? – ele perguntou parecendo estar decepcionado.

- Obviamente não. O que você fez comigo?

- Nada, você sabe que eu nunca te forçaria a fazer nada que não queira. – ele respondeu calmo. Por algum motivo eu sabia que isso era verdade, Potter por mais que fosse um canalha de certa forma era honesto e nunca me forçaria a nada. Mas eu ainda queria – e precisava – saber o que estava fazendo lá.

- Então, o que eu estou fazendo aqui?

- Bom ontem no fim do jogo você não estava se sentindo bem por conta do Whisky de Fogo que você tomou, então quando eu estava subindo para o dormitório você pediu para vir comigo, mas não se preocupe, não aconteceu absolutamente nada.

Senti minhas bochechas queimarem e sabia que estava corada, até comecei a me lembrar de uma coisa e outra.

Sai correndo do dormitório do Potter sem dizer mais nada e fui tomar um banho frio para ver se aquela pontada na têmpora melhorava.

Quando estava saindo do dormitório Potter estava parado ao lado da porta me esperando:

- Lily, McGonagall disse que quer ter uma conversa com a gente, e ela não parecia nada alegre. – e foi ai que eu sabia que estava encrencada.


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