- Potter eu não acredito que me fez passar por tudo isso! - eu berrei histérica indo em sua direção.

- É parece que hoje eu vou ficar sem consolo. - ouvi o Black murmurar para o Potter que estava prestando mais atenção na mão que eu já levantava pronta para lhe dar um tampa daqueles que estala no rosto.

- Meu lírio, vamos conversar primeiro. - ele disse com a voz trêmula mas tentando não demonstrar o medo de levar um tapa meu. Ele já levara muitos deles e já tinha o conhecimento de que não era uma experiência muito agradável.

- Conversar ah claro de repente a gente podia também tomar um chazinho com torradas enquanto conversamos. - eu disse com todo o sarcásmo.

- Lily se acalme depois pode ser que você fique arrependida! - a Dothy gritava tentando em vão clarear a minha mente que na minha opinião não podia ficar mais clara do que no presente momento.

- Ela tem razão meu amorzinho! - aquilo foi a pena do hipogrifo, além de ainda não ter aprendido que pra ele eu sou a Evans ele vem me chamar de amorzinho.

Peguei e lhe lasquei um tapa que fez ele dar uma pirueta. Várias garotas "fans" do Potter que viam a cena horrorizadas, foram correndo até ele para se certificarem de que ele estava bem. O Potter as afastou se virou para mim e disse com tristonha:

- Achei que você entenderia, fiz isso porque queria ter você só para mim! - eu não estava acreditando no que ouvia.

- E pra isso me magoou? Se realmente me amasse, não me machucaria só pra me ter. - disse eu e exageradamente me virei jogando os meus cabelos ruivos para trás que bateram no Potter e com o nariz empinado sai andando em direção ao dormitório.

Vi que as minhas amigas estavam me seguindo e então teatralmente me virei e diasse a elas:

- Vocês não precisam me seguir, não vou ficar abalada por causa do Potter. Ele é a última pessoa que me abalaria. - eu disse voltando a seguir pelo caminho do dormitório.

Me deitei sem ter mesmo me trocado, não esperava que fosse dormir, mas não me aguentei e adormeci.

"Estava no jardim de Hogwarts, muitos alunos estavam lá alguns em baixo de árvores e outros na beira do lago. Ninguém parecia realmente me notar ali.

Era um dia muito ensolarado e todos pareciam aproveitar ao máximo aquele dia ouvi muitos comentarem dobre os términos dos N.O.M.s então deduzi que aqueles alunos tinham acabado de realizar os testes. Isso me acordou para a realidade, os exames seriam amanhã e eu nem ao menos havia estudado. Mas acho que eu não precisava realmente estudar, era a melhor aluna da turma em todas as matérias.

De repente ouvi  "Lily" sendo susurrado por uma voz que mais parecia o tilintar de sinos. Olhei para o meu lado e vi aquela fantasma que apareceu em meu último sonho. Aquela linda fantasma que trajava as mesmíssimas vestes.

- Nos encontramos de novo. - ela me disse com aquela linda voz.

- Por acaso vamos viajar no tempo de novo? - eu perguntei receosa, aquelas viagens me confundiam mais ainda.

- Não será necessário, você está começando a tomar o rumo certo, mas eu sugiro que preste muita atenção em um erro que você vai cometer amanhã, ou seja esse dia no qual estamos. - ela me disse pacientemente.

Olhei a minha volta procurando o meu suposto erro mas não conseguia achar.Parecendo ler a minha mente a fantasma me disse:

- Não vai achar o seu erro agora, vai ter que fazer a escolha certa amanhã na hora em que for cometê-lo. - ela me disse com aquela doçura costumeira, até parecia que eu estava me apegando aquela fantasma.

- Mas como eu vou saber que erro é esse? E como vou saber como evitá-lo? - perguntei desesperada.

- Na hora você vai saber a qual erro me refiro e também como evitá-lo, é só se lembrar das suas recentes escolhas. - ela me disse começando a desaparecer.

- Espere! Tem mais uma coisa! - eu gritei e ela começou a parar no meu do seu sumiço- Qual é o seu nome? - perguntei, uma coisa que realmente me intrigava era aquilo.

- Na hora certa você saverá tudo sobre mim- ela simplesmente me respondeu- e sugiro que você estudo para os exames de amanhã. - e no segundo seguinte ela já tinha desaparecido e eu já tinha voltado do meu sonho."

Refletindo sobre o conselho dela de estudar para os N.O.M.s, passei a noite inteira em claro para poder estudar pra os exames de amanhã.

                                            ***

No dia seguinte fiz todos os meus exames e junto de minhas amigas fomos para o lago para um merecido descanço, e não podia evitar pensar que daqui a poucas semanas já terminaria o meu quinto ano.

No sentamos de frente para o lago tiramos os nossos sapatos o colocamos no lago só para refrescar já que hoje o Sol finalmente e graças a Merlim resolveu aparecer.

Do outro lado do lago podia se notar os marotos se exibindo para as garotas que davam risinhos ao longe. Mas claro que o Remo não estava no meio dessa exibição ele só lia seu livro silenciosamente.

Resolvi ignorar o Potter hoje e seguir em frente. Mas como sempre aquilo foi impossível, quando me dei conta ele e os marotos em exceção o Remo implicavam com o Severo.

Fui decidida seguida das minha amigas a acabar com a festinha dos marotos e de todos que estavam em volta da cena.

-Deixem ele em PAZ!

Sirirus e Potter se viraram.

-Tudo bem, Evans?- Potter mudara a expressão para falar comigo.

-Deixem ele em paz- eu olhei repetindo o olhar de meu pai quando briguei com Petúnia.- Que foi que ele lhe fez?

Potter veio todo exibido até mim.

-Bom, é mais pelo fato de existir, se você me entende...

Todos que assistiam ao pequeno teatro riram, e Lupin que devia estar fazendo seu trabalho de monitor lia calmamente um livro.

-Você se acha muito engraçado- eu fui fria- Mas não passa de um cafajeste, tirano e arrogante, Potter. Deixe ele em paz.

-Deixo se você sair comigo, Evans. Anda... sai comigo e eu nunca mais encostarei uma varinha no Ranhoso.

-Eu não sairia com você nem que tivesse que escolher entre você e a lula-gigante.

-Mau jeito, Pontas.

Sirius que não era nada lento percebeu que Severo estava se recuperando do feitiço, o lançou no ar.

-Ponha ele no chão!

-Perfeitamente- Mal Snape batera no chão ele já estava petrificado novamente.

-DEIXEM EM PAZ!- Puxei minha varinha e apontei para Potter que me olhou preocupado.

-Ah, Evans, não me obrigue a azara você- Potter pediu sério.

-Então desfaça o feitiço nele!- Eu começava a tremer e faíscas saiam da minha varinha.

Relutante Potter desfez o feitiço.

-Pronto, você tem sorte de que Evans esteja aqui, Ranhoso...

-Não preciso da ajuda de uma Sangue-Ruim imunda como ela!

Aquelas palavras entram como milhões de agulhas em meu corpo. Mas rapidamente eu me lembrei de todas as coisas horríveis que Sev e seus amiguinhos aprontavam, e o mais importante...lembrei da conversa que tive com meu pai.

-Ótimo- me supreendeu a minha calma.- No futuro, não me encomodarei. E eu lavaria as cuecas se fosse você, Ranhoso.

-Peça desculpas a Evans!-Potter berrou descontrolado.

-Não quero que você o obrigue a se desculpar. Você é tão ruim quanto ele.

-Quê? Eu NUNCA chamaria você de... você sabe o quê!

-Despenteando os cabelos só porque acha que é legal parecer que acabou de desmontar da vassoura, se exibindo com esse pomo idiota, andando pelos corredores e azarando qualquer um que o aborreça só porque é capaz... até surpreende que a sua vassoura consiga sair do chão com o peso dessa cabeça cheia de titica. Você me dá NÁUSEAS.

Sai correndo dali mas por azar o Potter me seguiu, me puxou pelo braço e me disse com o olhar muito triste:

- Nunca achei que você me diria uma coisa dessas Lily. - ele me disse olhando pro chão.

- E teria dito muito mais só que eu não queri passar mais nenhum segundo perto de alguém como você. - eu disse mostrando todo o meu desprezo.

Ele começou a deixar várias lágrimas de raiva e tristeza caírem. Só vira o Potter chorar uma vez, na qual eu o magooei muito.

- Então ótimo esqueça que eu existo que eu também vou esquecer que você existe!! - ele berrou pra mim e saiu correndo para sei lá aonde.

Não me preocupei muito com ele, logo ele estaria atrás de mim me chamando para sair de novo.

                                              ***

Já estava na hora do jantar e o Potter tinha sumido. Os marotos e os professores procuraram ele por todos os cantos mas, nem sianl de vida. Tinha que admitir que estava com remorso mas não ia admitir isso aqui quando o Black ficava me importunando:

- É tudo culpa sua foguinho se não tivesse sido tão grossa com ele! - o Black vinha dizendo a uma meia hora.

- Só fui sincera com ele! - disse pra ele na defensiva. Mas ele fingiu não me escutar e continuou:

- Até quando o garoto tenta te proteger você da uma patada nele! - ele me dizia indignado. Dei um leve suspiro e me retirei da mesa. Assim que estava longe do Salão Principal sai correndo gritando aflita pelo Potter.No meio da minha corrida senti alguém me puxar pelo braço e me levar para dentro de uma sala vazia.

Esse alguém trancou as portas, murmurou o feitiço Abaffiato e logo depois acendeu as luzes. Era o Régulo.

- Você ainda não falou com o meu "querido" irmão ainda. Estou certo? - ele me perguntou com um sorrisinho meio malígno que me deu até arrepio.

- E nem vou falar, nunca deixaria o Sirius virar um Comensal da Morte. Ele pode não ser o mais santinho mas ele não é uma má pessoa. - eu disse, ou melhor praticamente berrei para ele.

- Então eu te avisei. Você vai sentir dor muito pior do que aquela. - ele me disse meio que sombriamente.

Ele tentou me segurar e eu começei a empurrar ele mas ele era obviamente muito mais forte do que eu. Empurrei ele em direção as mesas e sai em disparada a porta. Mas ele tinha trancado com um feitiço e eu estava sem a minha varinha.

Ele me pegou pela minha cintura por trás, me levantou mas eu começei a me debater e sem nem saber o que estava fazendo dei-lhe um soco. Ele me largou no chão tirou do bolso um lenço com um líquido, pressionou contra o meu nariz e eu só me lembro da escuridão depois disso.

Continua...