Percy Jackson e a Espada Lendária escrita por MandyLove


Capítulo 39
33 – Recebo A Benção De Um Deus


Notas iniciais do capítulo

Oi Pessoal ^-^
Nas notas finais falo sobre as vencedoras da promoção relâmpago que eu fiz...
Bom chega de enrolação.Espero que gostem do capitulo... Enjoy...



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O que me aliviou depois que ouvi o grito foi que percebi que aquele grito não era de Annabeth, eu já tinha ouvido ela gritar bastante, acredite é muito ruim. Fiz o melhor que eu podia para não denunciar o que eu sabia.

– Acho que peguei alguém usando camuflagem. – disse Tritão com divertimento no mesmo instante em que o tridente na parede se dissolveu, virando agua e levando com sigo o que parecia ser um pano em volto de alguma coisa para o chão.

– Droga, não enxergo nada a essa distancia. – reclamou Marvin. Ele, assim como eu, alternava o olhar na direção do pavilhão e na direção de Tritão, não era prudente esquecer que ele ainda estava ali. Ashley já estava com sua atenção toda voltada para o pavilhão.

– Não pode ser! – gritou Ashley chocada quando uma garota, pelo formato de sua silhueta, de cabelos loiros levantou do chão tirando algo de cima dela que parecia ser um pano.

– Ela ainda esta de pé? – perguntou Tritão confuso.

Para a minha frustração, não me preguntem o porquê, reparei que Luke não parecia abatido com o faro de que aquela garota loira fosse Annabeth como todos estavam achando que era.

– Argh, coco de monstro. – uma voz feminina familiar soou vinda de trás de alguns monstros que se afastaram um pouco revelando uma menina em pé na grama do lado direito, alguns passos longe da areia da praia.

A menina não era nada mais, nada menos que a Mandy vestindo uma armadura completa, com uma espada na bainha presa em sua cintura e fazendo uma careta para algo no chão. Isso me deixou muito confuso

– Oi. – disse Mandy acenando para mim e os outros ao meu lado e depois se virou olhando para os monstros com o cenho franzido. – Estou olhando para mim por quê? Deveriam estar olhando para aquelas ali.

Mandy apontou em direção ao Northerly e isso fez todos virarem naquela direção. Um sorriso se formou nos meus lábios assim que eu vi duas fileiras de meninas, uma fileira estavam todas ajoelhadas apoiadas em um joelho e a outra estava atrás de pé, com arcos nas mãos e flechas apostas prontos para dispararem.

Uma menina estava no final das fileiras com uma lança em mãos vestindo roupas no seu estilo punk e uma tiarinha estilo princesa que mostrava que ela era a Tenente das caçadoras. Thalia me olhou significativamente e levemente indicou com sua cabeça o lago atrás de mim.

– Caçadoras, dispararem. – ordenou Thalia e eu entendi o que ela queria dizer com o olhar. Conversa com o olhar comigo só funciona de imediato se for com Annabeth, com outra pessoa demora um pouco para entender.

– Para perto de mim. – gritei para os meus amigos. Apontei uma mão em direção ao lago e me concentrei no que eu queria que a agua fizesse.

– Escudos. – gritou Luke. Deu para eu ver um monstro jogar um escudo para ele, outro para Lâmia e um terceiro para Calipso. Luke se abaixou colocando o escuto em cima de sua cabeça enquanto que Lâmia e Calipso se postavam ao lado dele também levantando seus escudos.

Como um manto joguei a agua por cima da gente deixando ela flutuando por cima de nossas cabeças fazendo uma bola e me concentrei fazendo a agua se transformar em gelo. 

– Bela jogada, Percy. – elogiou Jason. Dava para escutar as flechas batendo contra o gelo.

– Conviver com filhos de Atena por muito tempo sempre deixam as pessoas mais inteligentes e espertas. – disse Ashley em tom de brincadeira.

– Ei. – disse Marvin fingindo estar chateado. – Eu sou filho de Atena com muito orgulho, sabia.

– Ataquem seus idiotas. – ouvi o grito de Luke e o barulho das flechas contra o gelo sessou e no mesmo instante o gelo se transformou em agua e acabou molhando todos menos eu.

– Hora de lutar e não se esconder, irmãozinho. – disse Tritão andando em minha direção sob a agua com uma espada em punho.

– Continuamos a conversa depois. – falei para os outros. – Eu cuido do Tritão e vocês se mantenham vivos.

Pelo canto do olho percebi Thalia e as caçadoras avançando para cima dos monstros. Atrevi olhar para a onde eu havia visto Mandy enquanto que Tritão caminhava em minha direção lentamente com um sorriso vitorioso no rosto.

A onde estava Mandy agora havia diversos meio-sangues, acho que uns dez, incluindo o seu namorado Edwin e outros amigos meus avançando para cima dos monstros. Lutas aconteciam em todos os lados da pequena faixa da areia da praia.

Thalia não perdeu tempo e já estava lutando contra Luke, seria uma luta magnifica de se ver se você também não tivesse a sua própria, enquanto suas caçadoras já avançavam para cima dos monstros.

Jason estava lutando contra Calipso e acho que ele ainda não tinha visto Thalia ainda porque se tivesse talvez não estivesse lutando com tanta concentração depois do que aconteceu outro dia quando ele só viu uma foto dela.

Marvin e Ashley estavam lutando contra Lâmia que por incrível que pareça sabia lutar muito bem. Leo e Piper lutavam juntos contra outros monstros. Estávamos em vantagem numérica e logo conseguiríamos vencer eles e se Luke não fugir, eu quero dar uma lição nele por tocar na minha noiva, nunca vou esquecer isso.

– Não devia ficar prestando atenção nas lutas alheias. – disse Tritão e isso me fez olhar de imediato em sua direção e foi bem a tempo de defender um ataque dele.

– E você não devia anunciar que iria atacar, se não como pretende vencer? – perguntei com deboche impulsionando excalibur para frente “soltando” nossas espadas.

– Eu já te venci. – disse Tritão com convicção.

– Imortais não podem atacar mortais. – falei confuso. Isso não era um tipo de regra deles?

– Bom argumento, mas quem disse que eu sigo mais as regras antigas? – perguntou Tritão desdenhoso. – Outros imortais não fazem isso por temer o que poderia acontecer se quebrassem elas, mas eu não tenho medo disso.

Ele estendeu a mão em minha direção. A agua do lago começou a se a ondular ao seu redor e em um piscar de olhos um monte de Telquines de diversos tamanhos saiam da agua. Um rugido alto soou vindo do céu ao mesmo tempo em que os Telquines vinham para a praia e quando olhei para cima vi um dragão vindo em nossa direção acompanhado de algumas harpias e assim como os telquines foram em direção à praia atrás de mim.

E lá se foi à vantagem que tínhamos.

– Dragão. – gritou alguém atrás de mim e ouvi mais gritos, mas dessa vez não me dei ao luxo de olhar para trás, não quando o meu adorado meio-irmão me olhava como se quisesse me matar, o que ele queria mesmo.

– Quero acabar com você sozinho. – disse Tritão vendo minha cara de interrogação pelos monstros não terem feito nada comigo e simplesmente terem passado por mim.

– Não devia ser tão confiante. – falei apertando o cabo de excalibur com mais força. Eu precisava de tempo para pensar em um plano e nada melhor do que conversar com seu adversário que com certeza gosta de se vangloriar por algo que ainda não fez.

 – Sou melhor que você, eu posso ser confiante. – disse Tritão sorrindo debochado enquanto brincava de girar sua espada nas mãos. – Luke deixou você por minha conta. – disse apontando a ponta da espada em minha direção. – Vou mostrar ao nosso pai quem é o melhor filho. Quem é o verdadeiro príncipe dos mares.

– Então você recebe ordens de Luke? – perguntei sorrindo de canto e Tritão fechou a cara.

Precisava achar um jeito de tirar ele da agua. Ele luta na agua a muito mais tempo que eu, coloca muito mais tempo nisso, mesmo que lutar na agua seja uma vantagem para mim não sei se seria contra um filho de Poseidon de mais de dois mil anos.

Na terra eu poderia vencer, afinal, eu vi Luke derrota-lo quando eles lutaram em terra firme e eu sou tão bom quanto Luke na esgrima.

– Vou adorar descobrir a onde é seu ponto vulnerável. – disse Tritão com raiva.

Sem mais delongas Tritão avançou em minha direção e isso foi perfeito, eu ainda estava na areia da praia. Desviei do primeiro golpe dele. Ordenei que a agua do lago se afastasse do meu lado esquerdo e brandi excalibur atacando o lado esquerdo de Tritão.

Quando ele desviou da espada e foi para o lado esquerdo, ali já na tinha agua e isso o deixou um segundo confuso. O momento perfeito. Comecei atacar ele sem parar o fazendo se afastar mais ainda da agua.

Eu fiquei maravilhado em como excalibur era leve e fácil de se manejar. Todos os golpes que eu tentava saiam com uma tremenda perfeição que chegava ser até assustador. Parecia até que a espada sabia que golpes eu ia dar antes mesmo de eu executa-los.

– Acha que me distanciando da agua vai me vencer? – perguntou Tritão debochado. – Sou muito melhor que você.

– É tão bom que sou eu que estou recuando com cada golpe. – zombei e vi Tritão trincar o maxilar com força com muita raiva de mim e fiz ele dar mais um passo para trás.

– Vou acabar com você agora mesmo. – gritou ele e tentou acertar o meu pescoço em um corte horizontal.

Me abaixei desviando do golpe, tudo bem, eu não precisava fazer isso, mas com ele atacando e sem um escudo não tinha como ele se defender e eu estava perto do corpo dele e com dois movimentos com minha espada conseguir acertar o peito e a perna esquerda dele fazendo sangue icor sair dos seus machucados e ele urrar de dor.

Escutei uma explosão vinda atrás de mim e o som de agua. Eu podia sentir agua do lago atrás de mim se formando em uma onda e vindo em nossa direção com furia.

– Não vou deixar você fazer isso. – falei e me concentrei o máximo que podia em fazer a onda não vir em nossa direção enquanto eu o contra-atacava.

– Eu sou filho de Poseidon a muito mais tempo que você, sei usar a agua a meu favor melhor do que você. – disse Tritão defendendo os meus golpes, mas ele estava mais lento. Os machucados que causei nele apesar de já estarem se curando foram profundos e isso me dava alguns momentos de vantagem.

A agua atrás de mim já estava fazendo pressão e isso já estava me cansando, mas eu não podia deixar ela cair, se caísse muitos amigos meus seriam levados juntos pela força que ela cairia sobre todos. E foi ai que minha sorte entrou em jogo, ela não foi tão boa assim, mas também foi de grande ajuda no final das contas.

Um segundo antes eu consegui ver o Dragão aparecendo atrás de Tritão andando de costas rugindo e soltando fogo em quem quer que fosse que estava na sua frente, eu não conseguia ver direito, pois agora Tritão estava fazendo a agua atrás de mim vir com mais força.

Foi quando o Dragão chegou perto de mais e como ele estava mexendo o rabo de um lado para outro acabou acertando as costas de Tritão e o lançando em minha direção.

Apertei com mais força o cabo de excalibur mantendo ela firme em minha mão. Deixei que a lamina da espada de Tritão me acertasse no meu ombro esquerdo e conseguintemente fazendo um rasgo na minha camisa, mas em compensação consegui enfiar excalibur no peito de Tritão até o cabo quando nós chocamos e fomos arremessados em direção ao lago.

A onda que Tritão fez estava mais alta do que eu imaginava, tinha mais de vinte metros e a faixa da areia mostrava quanta agua havia escoado para formar a onda, mais de três metros de areia adentro do lago estavam visíveis.

Por sorte quando Tritão e eu acertamos a agua ela simplesmente caiu em cima de nós fazendo a gente ir para bem fundo do lago.

Tritão deu um chute na minha barriga fazendo eu me afastar dele levando excalibur comigo a tirando do peito dele. O grito que ele deu quando a lamina saiu de seu peito foi brutal que toda agua do lago se movimentou como se estivéssemos em alto mar em meio a uma tempestade, muito turbulenta.

“Espero que aproveite meu presente.” Uma voz soou na minha cabeça e eu sabia que ela era a voz do meu pai. Franzi o cenho confuso. Que presente ele estava falando?

De repente senti meu corpo mais leve, relaxado. O cansaço que eu sentia a pouco sumiu por completo dando lugar a uma força revigorada e eu me sentia mais forte do que antes. Eu achei que isso era porque eu estava em baixo d’agua, isso sempre acontecia e eu me sentia mais forte ainda quando estava no mar do que na agua doce, mas dessa vez teve uma coisa a mais na situação. Eu sentia isso.

– Jackson miserável. – grunhiu Tritão com raiva colocando uma mão sobre seu peito. A agua borbulhou em sua mão e quando ele a tirou do peito só tinha o rasgo que eu tinha feito na camisa quando o acertei. – Eu vou...

Tritão se interrompeu me olhando com os olhos semicerrados me analisando cautelosamente, o que foi extremamente estranho. Ele bufou de raiva, bolhas saíram de sua boca e nariz. Seus olhos mostravam inconformidade.

– Ele não podia ter feito isso. – disse Tritão fazendo a agua em seu lado borbulhar como se a agua estivesse em estado de ebulição.

Olhei para as minhas mãos e elas estavam brilhando assim como o resto do meu corpo. Eu parecia estar em volto de uma aura verde parecida como aquela que Clarisse estava depois que derrotou o Drakon na luta contra Cronos só que a dela era vermelho sangue.

Um sorriso se formou em meus lábios quando liguei uma coisa na outra. Eu havia recebi a benção de um Deus. A benção de meu pai, Poseidon.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado do capitulo. Reviews e recomendações são bem vindos se quiserem mandar ^-^
As vencedoras da promoção relâmpago que eu fiz foram a virocha, Leah M e Adriana Chase. Já contei o final dessa temporada para elas e elas votaram nas três fics que eu contei só para elas escolherem e cada uma acabou votando nas três fics. Então no final desse mês, dia 31, vou postar o primeiro capitulo de cada uma das três fics. ^-^
Muito obrigada a todos que leram esse capitulo... Bjs ^.^