Decode escrita por Miller


Capítulo 6
It might kill me…


Notas iniciais do capítulo

Olá flores mais lindas do meu jardim *---*
Espero que gostem!



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It might kill me…

(Capítulo Seis)


Mas é claro que eu ainda estava bufando quando cheguei à Torre da Grifinória e encontrei com o Potter – sim, era Potter porque eu estava definitivamente irritadíssima com ele depois daquela saída completamente dramática – e o Black, ambos atirados em cima das poltronas mais próximas da lareira, as quais eles nomeavam como ‘propriedade privada dos marotos’. Blergh!

Eu bati fortemente com o quadro da Mulher Gorda assim que entrei na sala comunal e, para minha grande sorte – nota-se ironia – encontrei os dois marotos mais marotos sentados ali, bem de frente para onde eu estava entrando. Tive vontade de lançar um Levicorpus nos dois também, principalmente naquele ser de cabelos completamente bagunçados.

Respirei profundamente e segui a passos firmes em direção ao dormitório das garotas e teria chegado lá sem mais problemas não fosse Remus que entrava pelo quadro da Mulher Gorda naquele exato momento.

– Ah, Lily... – ele disse e eu xinguei até a última geração de sua família por me fazer virar de frente para eles.

– Hum? – perguntei sem vontade alguma, virando-me de frente para ele e fingindo não ver os dois garotos sentados no sofá.

– A professora McGonagall quer falar com você – ele disse e franziu a testa. – Alguma coisa sobre Malfoy pendurado magicamente pelo tornozelo no corredor – me encarou com uma sobrancelha erguida e eu corei fortemente.

– Ah, okay – eu murmurei e caminhei novamente para a entrada da sala comunal.

– Lily!

Merlin, sobre aquele negócio de ser o dia do meu nome sabe? Bem, caramba, era realmente incrível a quantidade de vezes que havia escutado ‘Lily’ naquele dia. Talvez eu fosse a primeira pessoa do mundo que enjoa do próprio nome.

– Hey – Lene chegou ao meu lado.

– Oi – eu disse e sai pelo retrato. A Mulher Gorda me encarou com olhos raivosos por eu ter batido seu quadro mais cedo.

– Você não vai acreditar no que eu tenho para te contar – ela disse e ficou em minha frente. – Adivinha com quem eu vou ir a Hogsmead amanhã? – e os olhos dela brilharam.

Dei de ombros, sentindo um aperto dentro de mim por lembrar que eu não tinha mais par para ir à Hogsmead. Grande, grande, grande merda.

– Eu vou ir à Hogsmead com Sirius Gostoso Black – ela fez uma dancinha da vitória e eu apenas a encarei. Não estava no animo para esse tipo de assunto. – Tem noção do que é isso? Merlin, ele deixou de sair com a Lara da Sonserina, a Lara gostosa, Barbie, para ir comigo. C-O-M-I-G-O! Isso não é perfeito? – ela sorriu e não parecia ter notado que eu não estava prestando muita atenção.

– Isso é ótimo – eu resmunguei e desviei dela para continuar o caminho até a sala da professora McGonagall.

– Lily?

– Não diga esse nome! – eu falei exasperada.

– Quê? – Lene novamente correu até ficar em minha frente. – Mas eu pensei que esse fosse o seu nome – ela ergueu uma sobrancelha.

– Eu não suporto mais escutá-lo – eu disse. – E também, me faz lembrar o quão estúpida Lily Evans é – eu suspirei. – Então, por favor, não diga isso.

Lene me encarou como se um chifre de unicórnio tivesse brotado de minha testa.

– Você está bem? – ela perguntou e eu ri, completa e totalmente sarcástica. – Oh Merlin, eu aqui falando sobre um monte de coisas banais e idiotas enquanto minha melhor amiga está na pior. Desculpe-me – ela disse e se atirou em cima de mim, dando-me um de seus famosos abraços de urso.

– Você está me esmagando, Lene – eu resmunguei completamente sufocada pelos cabelos dela.

Ela se afastou de mim e olhou no fundo de meus olhos.

– O que foi que James fez desta vez? – ela perguntou e eu senti que uma lágrima quente escorreu pelo meu rosto. – Ah Merlin, se ele te magoou, ah, eu juro que mato aquele garoto! – ela me abraçou pelos ombros e me empurrou até que eu estivesse sentada no beiral de uma janela. – Que houve? – ela perguntou e passou a mão pelo meu rosto limpando as lágrimas que caiam.

Lene era minha amiga desde que eu entrei em Hogwarts e me conhecia melhor do que qualquer um. Ela era completamente desastrada e falava mais do que todos os alunos de Hogwarts juntos, mas me entendia e sempre estava do meu lado quando eu precisava. Era imprescindível que eu contasse para ela o que havia acontecido comigo e ela me ouviu e consolou até todas as minhas lágrimas caírem e eu lembrar que McGonagall provavelmente estaria criando teias de aranha de tanto me esperar. Não que precisasse muito. Haha.

E de repente eu tinha uma detenção agendada para o próximo sábado depois do Natal.

Realmente, meus presentes de Natal estavam cada vez melhores! Fala sério, o que é melhor do que você descobrir que está apaixonada pelo cara que você rejeitou por mais de cinco anos? O que é melhor do que levar um fora de seu ex melhor amigo, seguido de um ‘tudo bem então’ do cara por quem você está apaixonada e, além de tudo isso, ainda levar uma detenção por pendurar uma maldita doninha pelos tornozelos?

Acho que nem precisava comentar que meu sarcasmo estava corroendo-me por dentro.

Bem, então talvez eu estivesse subindo na ‘Escala Lily para Azarados’, porque meu nível de azar estava realmente nas alturas.

– Lily – alguém chamou.

– PELAS CEROULAS AMARELAS COM BOLINHAS BRANCAS DE MERLIN! – eu gritei de raiva quando ouvi meu nome pela enésima vez e virei de frente para ver quem era o ser desprezível que ousava me chamar. – Huh, Amus?

– Nossa, vejo que sua criatividade para insultos aumentou depois que terminou comigo – ele disse e se aproximou de mim com um pequeno sorriso nos lábios.

Se fosse há algum tempo atrás eu provavelmente teria caído desmaiada se ele lançasse aquele sorriso para mim, meu coração estaria a mais de mil por hora e eu sentiria como se meu estômago estivesse cheio de borboletas.

Mas isso apenas aconteceria a algum tempo atrás, mesmo. Porque agora, analisando-o de perto, eu não podia deixar de compará-lo com outro garoto. Os cabelos dourados de Amus não eram tão brilhantemente sedosos e bagunçados quanto os do outro garoto; os olhos azuis de Amus, embora muito bonitos, eram comuns demais comparados aos avelãs de um tom meio achocolatado do outro garoto. Assim como eu sabia que os lábios de Amus não se encaixariam tão perfeitamente bem aos meus, e meu coração também não bateria na mesma freqüência que o dele, porque o garoto era o único que poderia fazer qualquer uma dessas coisas comigo a partir de agora.

O arrependimento nunca me bateu tão forte como naquele momento.

– O que você quer? – eu perguntei diretamente para ele, querendo sair dali o mais rápido possível.

Ele arqueou as sobrancelhas ao me ouvir falar daquele jeito afinal, quando estávamos juntos, eu sempre o tratava como um príncipe. A mera lembrança disso me fez sentir um gosto amargo na boca.

– Bem, já faz algum tempo que eu quero falar com você – ele começou. – Eu até ia conversar com você essa manhã, mas ai você foi até a mesa da Sonserina e bem... Porque você foi até a mesa da Sonserina? – ele perguntou.

– Isso não te interessa – eu disse e ele pareceu ficar ainda mais pasmo. – Apenas deixe de enrolação Amus e fale de uma vez! Não tenho todo o tempo do mundo e não quero perdê-lo com você.

Amus abria e fechava a boca como se quisesse falar, mas não saia som algum. Eu revirei os olhos impaciente e dei as costas para ele, seguindo pelo corredor.

– Hey, não, espera – Amus parecia finalmente ter despertado do transe e correu até mim como Lene havia feito mais cedo e ficou em minha frente. – Você está diferente – ele disse e me encarou. – Olha, Lily...

Eu grunhi e ele ficou confuso, mas continuou.

– Eu sei que eu fui um idiota por ter feito aquilo com você, eu realmente não queria...

– Você não queria ter transado com aquela corvinal completamente vagabunda? – eu ri. – Faça-me o favor Amus! Seja homem e diga a verdade pelo menos uma vez na vida – eu disse e ele engoliu em seco.

– Tudo bem, okay, eu sei que fui um idiota Lily, mas eu me arrependo muito de ter feito aquilo. Eu não consigo parar de pensar em você, eu... Simplesmente não consigo nem olhar para outra garota sem começar a compará-la com você – ele disse e por um pequeno momento eu senti pena. Eu sabia como era aquilo. – Me perdoe, por favor, eu... Eu te amo.

Eu encarei aqueles olhos azuis que não eram os que eu queria ver e senti como se uma grande bomba relógio estivesse presa em meu pescoço. Eu sabia o que fazer a partir dali, sabia o que precisava fazer para reconquistar James. Esteve em minha frente todo o tempo e eu simplesmente não consegui ver. Ou não quis.

– Olha Amus – eu balancei a cabeça enquanto me afastava. – Eu te perdôo e tudo mais, minha avó sempre diz que não é legal conviver com o rancor – ele revirou os olhos. – Mas eu não posso voltar com você – eu disse e a boca dele se abriu. – Não, eu não posso fazer isso. Faria muitas pessoas sofrerem, sem falar que não seria justo com você.

– Porque não seria justo? – ele perguntou com a voz esganiçada.

– Porque eu não te amo – eu disse as palavras tão sinceramente que não havia como ele não acreditar. – Eu, bem... Eu gosto de outra pessoa – parecia que Amus havia levado muitos tapas no rosto.

– Você gosta de outra pessoa? – ele perguntou.

– Yeah, eu gosto – eu disse.

Amus pareceu ter voltado ao normal, seu rosto cheio de sua arrogância natural.

– Depois de tanto tempo dizendo que não era como as outras – ele balançou a cabeça negativamente. – Você se tornou como elas não? – ele riu sarcasticamente.

– Do que você está falando? – perguntei sem saber.

– Que você é volúvel e vadia como todas as outras – ele disse as palavras lentamente e parecia que eu havia levado tapas no rosto.

– Como? – eu resmunguei completamente chocada.

– Você entendeu o que eu disse.

E eu olhei para ele e decidi que realmente não faria muita diferença ter mais um sábado de detenção.

– Eu estou ficando realmente muito boa em pendurar as pessoas pelos tornozelos – eu comentei comigo mesma antes de seguir meu caminho para a Torre novamente.


Eu acordei com a claridade amarelada que batia em minha cama. Olhei para o relógio ao lado de minha cama e vi que eram nove horas. Todos deveriam estar indo para Hogsmead naquele momento e eu estava ali, deitada na cama, com o rosto completamente inchado e marcado do sono.

Espreguicei-me e sai da cama, indo rapidamente para o banheiro onde tomei um longo banho.

Desci para tomar o café da manhã e vi que havia muito poucas pessoas. Enrolei algumas torradas em um guardanapo branco e peguei uma garrafa de suco de abóbora, indo logo em seguida para o jardim da escola.

Estava tudo branco, mas havia parado de nevar na noite anterior.

Limpei um dos muitos bancos do pátio e me sentei, abrindo o guardanapo com as torradas e pegando uma.

– Posso me sentar aqui? – alguém perguntou e eu me virei para ver.

Era uma garota loira, com cabelos pela cintura e olhos de um azul chocante. Uma corvinal, mas eu não conseguia lembrar o seu nome.

– Claro – eu disse.

– Dorcas Meadowes – ela estendeu uma mão para mim.

– Lily Evans – eu disse e fiz uma careta ao pronunciar o meu nome.

– Não gosta de seu nome? – ela perguntou e eu me assustei com a facilidade que ela teve em ler minhas reações.

– Ah, eu apenas estou enjoada dele – ri sem graça.

– Compreendo – ela disse e abriu um guardanapo também, que eu não havia visto, onde estavam várias bolotas estranhas alaranjadas com manteiga por cima.

– Ameixas dirigíveis – ela disse quando viu para onde eu estava olhando. – Quer uma?

– Ah, hum, não obrigado – eu disse e apontei para minhas torradas.

– Está perdendo uma ótima refeição – ela mordeu uma das bolotas. – Elas são ótimas contra os zonzóbulos.

– Zonzo o quê? – eu perguntei sem entender nada.

– São criaturas invisíveis que entram na cabeça das pessoas e confundem a mente – ela disse e mexeu a mão como se estivesse espantando mosquitos invisíveis.

– Ah, sim, zonzóbulos – eu concordei.

Será que algum desses zonzóbulos invadiu minha mente enquanto dormia e bagunçou minha mente? Por isso eu estava tão enlouquecedoramente perdida? Não, eu não tinha essa sorte.

Descobri que, além de todas as loucuras – o que diabos eram Bufadores de Chifre Enrugados? – ela era um amor de pessoa. Era incrível o quanto ela era compreensiva e divertida. E de repente estávamos caminhando para Hogsmead, ambas rindo da última publicação da revista ‘Mentológica’ que falava de todas as coisas estranhas que Dorcas citava.

– O que você acha de tomarmos uma cerveja amanteigada para nos aquecer? – Dorcas perguntou enquanto passava as mãos pelos braços. Havia começado a nevar novamente.

– Claro – eu concordei e estávamos quase chegando ao Três Vassouras – que estava lotado – quando notei que havia novos tipos de penas em uma das minhas lojas favoritas de Hogsmead.

– Você se importa se eu for ali bem rapidinho? – eu apontei para a loja.

– Vou conseguir uma mesa para a gente – ela disse e eu caminhei até a loja enquanto ela entrava no pub.

Quando estava à dez metros da loja, minha visão escureceu e tudo que eu conseguia sentir eram mãos fortes me carregando para longe.

– Você mexeu com a pessoa errada, Evans – a voz fria de Malfoy invadiu meus ouvidos antes de eu desmaiar.


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Notas finais do capítulo

E FALTAM APENAS TRÊS CAPÍTULOS PARA O FIM DESTA FIC.
O quê? Yeah, eu já tenho uma ideia do fim e para postar rapidinho preciso que vocês mandem bastante reviews!
Recomendações também são aceitas *---*
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HEY, se puderem dêem uma passadinha na minha nova fic? (http://www.fanfiction.com.br/historia/174765/S_L_Y_T_H_E_R_I_N)
É James/Lily e a Lily é Sonserina (estou louca, eu sei)
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Beijos e até mais!



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