Decode escrita por Miller


Capítulo 1
You are clouding up my mind


Notas iniciais do capítulo

Bom, essa fic apareceu de repente em minha mente enquanto estava escutando Decode do Paramore.Não sei se vai ser Short ou se vais ser Long fic, mas assim que souber eu aviso.Espero que vocês gostem da fic, ela vai ser toda POV Lily, mas talvez, e só talvez, eu ponha trechos de pensamentos do James para vocês verem os dois lados da história.Acho que é isso.Boa Leitura e não esqueçam de comentar para eu saber o que acharam.Kisses.



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You’re clouding up my mind

 (Capítulo Um)

Se você me perguntasse as coisas que eu mais odeio em James Potter, eu poderia ficar um ano inteiro falando sobre isso e, ainda assim, não conseguiria concluir a minha lista.

Mas se você me perguntasse sobre as coisas que eu gosto nele, eu não demoraria nem um mísero segundo.

Pois é, ele é chato, é estúpido, egocêntrico, pateticamente determinado e tem as cantadas mais sem noção nenhuma do universo.

Eu passei seis longos anos da minha vida aqui em Hogwarts escutando as mais diversas bobagens vindas da parte dele.

James Potter vive cercado de garotas que babam em cima dele e que tentam roubar seu coração usando roupas mais cabíveis em vadias do que em alunas de uma escola.

James Potter usa essas mesmas garotas por diversão, estraçalhando seus corações e, no outro dia nem sequer lembra os seus nomes.

James Potter é o cara mais popular da escola – e mais galinha também – e acha que só por esse motivo que o mundo gira em torno dele.

James Potter acha que um dia ainda irá conquistar o coração de Lily Evans, mesmo ela negando sequencialmente seus pedidos para sair.

E, além de tudo isso, James Potter tira notas melhores do que Lily Evans em transfiguração. E isso é incabível porque Lily Evans é a aluna mais aplicada da escola inteira.

Pelo menos era isso que eu pensava há algum tempo atrás.

Agora você me pergunta: porque estou pensando em tudo isso?

Para me lembrar que eu jamais deveria ter aceitado sair com ele, em nenhuma hipótese. Porque isso fez todos os meus malditos conceitos caírem por terra.

E eu odeio estar errada em qualquer coisa que seja.

E, infelizmente, eu tinha que admitir que eu estava errada sobre James Potter.

E isso, meu orgulho não admitia.

- Você está bem Lily? – perguntou James Potter para mim. – Você está pálida.

Eu estava – enquanto pensava em tudo isso – sentada em um banco do Três Vassouras, tomando cerveja amanteigada e conversando com James Potter.

Depois de ter acabado meu namoro com Amus Diggory, eu estava completamente certa de que ninguém poderia me fazer tão mal quanto ele. Então – após ter ouvido o mesmo convite pela milionésima vez – eu decidi sair com James Potter.

E eu percebi que eu estava completamente enganada.

Porque depois de ver o quão legal e cavalheiro James Potter poderia ser abrindo portas e puxando cadeiras, contando piadas e fazendo cantadas idiotas, eu percebi que ele me fazia mal.

Mas ele me fazia mal de um jeito completamente diferente de Amus.

Amus, que me traiu com uma corvinal daquelas que usam roupas de vadias e que vivem babando em cima de James Potter, me fazia mal no sentido de me fazer debulhar em lágrimas de raiva por ter sido feita de idiota.

Mas James Potter me fazia mal no sentido de fazer minhas pernas bambearem e meu coração acelerar de uma forma que eu nem sabia como eu ainda não havia sofrido um infarto fulminante ali.

James Potter me fazia mal ao me fazer perceber que eu estava errada sobre ele. Fazia-me mal por me fazer pensar que eu poderia ter sido injusta com ele todos esses anos.

Fazia-me mal ao ver que ele estava certo: todo aquele ódio que eu dizia sentir por ele era amor reprimido.

- Lily?

Amor reprimido.

James Potter estava se inclinando pela mesa que nos separava e me encarava preocupadamente.

Reprimido.

Ele estalou os dedos em frente aos meus olhos para ver se eu esboçava alguma reação.

Reprimido. Reprimido.

Tocou meu rosto e se aproximou.

Amor.

Eu levantei de um salto do banco, virando sobre a mesa a cerveja amanteigada que eu estava tomando.

- Lily? – ele perguntou levantando-se também e me encarando confusamente.

Dei as costas para ele e sai o mais rápido que eu podia do pub – sem ao menos olhar para trás – e cobri meu rosto com a manta, pois estava nevando.

Faltavam apenas três semanas para o natal e eu decidira que este ano – meu último ano em Hogwarts – iria passar o natal na escola para absorver o máximo que podia daquele lugar.

Que lindo presente de natal que eu havia ganhado não?

Descobrir que tudo que eu pensava sentir por James Potter era um maldito de um amor reprimido.

Era até engraçado, se parava para pensar, descobrir que de todas as coisas que eu menos gostava em Hogwarts – incluindo James Potter no meio -, o que mais odiava era o que eu mesma havia me tornado.

Eu havia se tornado mais uma garota apaixonada por James Potter.

James Potter. Amor Reprimido. James Potter.

Apenas algumas horas atrás eu riria na cara de quem ousasse dizer as palavras amor e James Potter na mesma frase sem um não as negando.

Mas agora se alguém dissesse isso eu choraria.

E gritaria comigo mesma por ser estúpida o suficiente para cair na dele.

- LILY! – eu ouvi a voz dele gritar meu nome e tentei apressar meu passo.

E notem bem a palavra tentei.

Antes que eu conseguisse dar mais qualquer passo, escorreguei em uma poça congelada e cai de bunda no chão. Há, como se, além de tudo isso, eu precisasse ter uma bunda menor do que a que eu já tinha.

James Potter me alcançou e estendeu a mão para levantar.

- Porque você saiu desse jeito? – ele perguntou depois que eu já havia me erguido do chão.

- Porque eu não podia estar lá – eu falei as primeiras palavras que vieram em minha mente, pondo minha inteligência em modo off.

- Porque não? – ele perguntou.

- Porque Lily Evans não anda com James Potter, não fala com James Potter e não suporta James Potter – eu falei tentando convencer a mim mesma daquilo.

- Então, se Lily Evans não faz nada com James Potter, exceto gritar e discutir é claro, porque é que você aceitou sair comigo? – perguntou ele, já alterado, para mim.

- Porque eu pensei que talvez, e só talvez, se eu te desse uma chance você se mostraria menos idiota do que aparenta ser – eu falei, tentando magoá-lo, culpando-o pela minha miserável descoberta sobre o meu maldito amor reprimido.

- E eu não atingi suas expectativas? – ele perguntou, com asco na voz.

- Não – respondi secamente, tentando acabar de uma vez com aquela conversa.

- Ótimo! – ele disse se afastando de mim. –Mande dizer para a senhorita Intocável Evans que James Potter desiste okay? – ele falou virando-se para mim, já longe o suficiente para ter que gritar. – Diga a ela que sua realeza de gelo não será mais incomodada por minhas idiotices.

E se foi.

E eu pude sentir meus olhos encherem com lágrimas e uma vontade descontrolada de gritar para ele que esquecesse o que eu havia dito e que me abraçasse porque estava com frio.

Eu ri, com descaso, para mim mesma.

Eu mesma havia cavado minha cova.

Porque no mesmo momento que eu descubro que gosto de James Potter – o cara que aparentemente fazia tudo por mim – eu faço questão de afastá-lo e de magoá-lo.

Eu era uma estúpida mesmo.

Realeza de Gelo.

Era isso que ele achava de mim?

Eu merecia.

Mas ele não poderia descobrir, jamais, que dentro do que ele chamava de fria, queimava algo muito mais forte do que qualquer sentimento.

Amor Reprimido.

Amor.

Amor por James Potter.

Lily Evans definitivamente estava ferrada.


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Notas finais do capítulo

Mandem comentários dizendo o que acham e deixem essa autora aqui muiito feliz :)