What do You Want From Me? escrita por v_wendy, TheMoonWriter


Capítulo 31
Capítulo 30 – In My Veins


Notas iniciais do capítulo

Fala poooooovo!!!!
To meio doida hoje, liguem não!
Mas e aí, tudo na paz na vida de vocês?
Gente, não sei o que vocês vão achar do Capítulo de hoje… Mas saibam que foi um dos que eu MAIS amei e me empenhei em escrever!
E aí, todo mundo preparado pra descobrir por que diabos o nosso malvado favorito resolveu matar o coitado do Dr. Pomfrey? Sim?
Então tá!
AVISO AQUI: esse capítulo contém violência. Está no disclaimer da fic, mas to avisando mesmo assim.
Vejo vocês lá embaixo então!



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Capítulo 30 – In My Veins

Tom estava cansado da tosca rotina que havia arranjado para si, ficava quase sempre transitando entre seu dormitório e a biblioteca, sabia, em seu ínfimo, que queria evitar Hermione Granger.

Não que a garota estivesse se mostrando um problema. Desde a rusga que tiveram ela não mais direcionara seu olhar para ele, buscava tratá-lo com polidez, mas plácida indiferença, durante as duas aulas que partilhavam e eram parceiros. Contudo, Tom sabia que ela ainda tinha raiva e isso o estava deixando irritado.

Seu motivo de irritação não era a garota, propriamente dita, mas o sentimento que descobrira em seu peito. Ele nunca sentira nada realmente e agora tudo parecia estranho, fora do lugar. Tudo que englobava Hermione, de repente, parecia aumentado e relevante de uma forma quase sobrenatural.

– Milorde? – ele ouviu a voz de Abraxás o chamando. Seus olhos se abriram e ele encarou o rapaz loiro com um desinteresse tão forte que o outro até deu um passo para trás.

– Abraxás? – perguntou, com a voz fria.

– Milorde – o outro engoliu em seco –, eu gostaria de lhe fazer uma pergunta.

– Faça.

– É real seu interesse em chamar Alphard Lestrange para integrar a Causa?

Tom pensou a respeito por alguns segundos. Havia mesmo discutido a possibilidade com Jade, mas não se decidira sobre nada. Sinceramente, nem havia pensado novamente naquilo.

– Talvez. – respondeu e viu os ombros de Malfoy arriarem e sua expressão de tornar desanimada – O que isso a ver com você, Abraxás? – Se arrependeu no minuto em que fez a pergunta, pois o loiro começou a discorrer sobre seu relacionamento com Amatha Yaxley e como o pai da garota preferia que ela se casasse com Lestrange, mesmo o loiro já tendo feito um pedido oficial algum tempo atrás – Malfoy?! Fiz uma pergunta simples! Não lhe perguntei toda sua história com a Yaxley, Merlin! – exclamou o rapaz, com raiva.

Tom verdadeiramente não dava a mínima se Abraxás tinha problemas com Lestrange. Apesar de o garoto ser dedicado a Causa e ser um de seus mais fiéis seguidores, o que se passava na novela de sua vida era problema inteiramente dele! Se Lestrange pudesse lhe ser útil e estivesse interessado, é óbvio que Tom não hesitaria em chamá-lo.

– Se Lestrange for valioso à Causa, eu o convocarei. Não me importo e não faz nenhuma diferença se vocês tem problemas em relação a Yaxley.

Dito isso, Riddle preferiu se retirar do dormitório. Não queria mais ser incomodado com as ladainhas do outro. Biblioteca novamente. Pensou, decidindo seu destino… Ou talvez desse uma passada na Câmara, já fazia um bom tempo desde que fora lá pela última vez.

No meio do caminho para lugar nenhum encontrou com o mestre de Poções. Horácio Slughorn parecia mais esfuziante que o normal e isso deixou o sonserino um tanto intrigado.

– Professor! – exclamou o rapaz, puxando uma conversa.

– Tom! – O homem deu duas palmadinhas no braço do rapaz. – Que dia maravilhoso, não?

Riddle elevou as sobrancelhas.

– Desculpe a minha intromissão, senhor, mas o que tem de tão maravilhoso no dia de hoje?

– Mandrágoras! – exclamou o professor – Consegui um contato que me enviou um carregamento de mandrágoras, com um ex-colega dos tempos em que trabalhei no Ministério. Eu provavelmente não deveria contar a ninguém, mas você é de confiança, não é mesmo, Tom? – o professor sorriu para o rapaz – Você sabia que antes dos ataques toda a plantação de mandrágoras foi queimada? Elas são tão difíceis de se cultivar… – comentou Slughorn, desolado – E mandrágoras, você provavelmente sabe, são o único meio de trazer uma pessoa petrificada de volta!

Tom não sabia como reagir.

Mandrágoras eram particularmente custosas de se encontrar; eram chatas de se plantar, agradar e cuidar. Ele e Jade haviam procurado todos os lugares que poderiam fornecer mandrágoras a Hogwarts, após incendiarem a plantação da escola, para que nenhum aluno, caso petrificado, pudesse ser trazido de volta e espalhar para todo mundo que Tom era o Herdeiro de Slytherin.

Apenas Beauxbatons cultivava a planta em larga escala, mas suas ervas ainda eram quase bebês e ele imaginara que, quando estivessem na idade certa para o preparo da poção, ele já teria se livrado dos sangues ruins petrificados há muito!

– Ora, mas essas são ótimas notícias! – disse, mais falso e cínico do que usualmente – Um carregamento de mandrágoras! Quando o Senhor começará a preparar a poção? – perguntou, tentando calcular o tempo que tinha para acabar com a escória petrificada na enfermaria. Precisava contatar seus Comensais da Morte o mais rápido possível! Provavelmente não todos, pois isso chamaria atenção. Mas Jade, Abraxás, Gunther e… Hermione, se a garota ainda estivesse disposta a vir, mesmo com a discussão que tiveram. Ele sabia que ela nunca havia matado ninguém, mas se ela estava tão comprometida com a Causa quanto lhe fizera crer isso não seria problema… E ela era exatamente o que ele precisava: focada, inteligente e corajosa.

– Já está pronta, meu rapaz! – disse Slughorn, extremamente embebido de felicidade.

Tom sentiu que a veia em sua testa começara a palpitar, suas mãos tremiam devido sua raiva. Não. Pode. Ser.

– Como? – sua voz saiu um tanto quanto estrangulada, devido toda a raiva latente dentro de si.

– O carregamento chegou há alguns dias. O Dr. Lupin me ajudou a prepará-la. Tudo confidencialmente, claro. Só Dippet e Dumbledore sabem e eu só estou lhe contando porque sei que posso confiar em você! É o aluno mais dedicado dessa escola! Slughorn sorriu-lhe, não percebendo que, se olhasse nos olhos de Tom Riddle, os veria tingido de vermelho. – Edgar Pomfrey está ministrando a poção nos alunos agora mesmo!

A decisão que Tom tomou foi rápida e precisa, como o bote de uma serpente. Precisava cuidar daquela situação o mais rápido possível, antes que tudo pelo qual ele lutara se perdesse para sempre.

Estupeça! ele disse apontando a varinha para o professor. O corredor estava vazio e antes que Slughorn pudesse voltar a si, o rapaz lançou um segundo feitiço – Obliviate!

Não usaria nada letal no Mestre de Poções, pelo menos não ainda. Não sabia o que encontraria quando fosse para a Ala Hospitalar e não podia perder tempo tendo que dar fim no corpo de seu professor favorito.

Deixou o homem em seu quarto, deitado em sua cama e correu para a Ala Hospitalar, após lançar o feitiço da desilusão sobre si. A porta da enfermaria estava fechada e ele chamaria atenção se tentasse abri-la. O que eu faço? Perguntou a si mesmo. Avistou a janela da sala de Pomfrey ao erguer seus olhos para cima… Suspirou, era sua melhor opção. Não era muito alta, também, e estava fechada, mas isso poderia ser arranjado.

Ao, finalmente colocar os pés na sala do curandeiro, Tom sentiu que aquele fora um dos piores planos da sua vida. Sacudiu a cabeça, se encaminhando para fora da saleta e indo para a área em que ficavam os pacientes.

Assim que chegou no local, percebeu que estava tudo perdido.

Pomfrey estava sentado ao lado da maca de Cassidy Benson, sua primeira vítima.

– Você tem certeza, Srta. Benson? perguntou o curandeiro, parecendo incerto.

– Sim. respondeu Cassidy, chorando – Foi Tom Riddle. Jade Bulstrude e Abraxás Malfoy estavam com ele. Eu… Ele… Ele fez um discurso de como ia expurgar minha raça impura, sangues ruins – ela chorou mais –, de Hogwarts e da Terra. Disse que eu era parte da escória mais maldita de todas e que eu pagaria por isso.

Droga! E era pro basilisco ter te matado após esse discurso! Não era para você ter se virado e o encarado pelo espelho do maldito banheiro!

Tom achou por bem dar um fim naquilo, antes que a garota abrisse mais o bico.

Avada Kedavra! ele silvou, apontando a varinha para Cassidy.

A última vez que usara esse feitiço fora quando dera fim nos Riddle em Little Hangleton, mas o fizera com a varinha de Morfino Gaunt, para que aquele verme, que não parecia ter sangue de Slytherin em suas veias, levasse a culpa.

O júbilo que sentiu ao proferir o feitiço ainda era o mesmo, expurgar o mundo dos impuros ainda o rejubilava de uma forma colossal. Mas sabia que teria de achar uma forma de desassociar o feitiço de sua varinha ou jamais deixaria Azkaban.

Ao ver o corpo de Cassidy Benson perder a vida, Edgar Pomfrey se levantou e ficou encarando local de onde o feitiço viera, atônito.

– Quem está aí? perguntou, segurando a varinha tão firmemente que os nós dos dedos ficaram brancos.

Tom levou sua varinha até a cabeça e deu uma batidinha.

– Tom! exclamou o homem, chocado – Você… Você… Não! Edgar se apoiou na cadeira em que antes estava sentado – Você matou esta garota. a voz de Pomfrey continha inquietação e um tanto de nojo.

– Eu não podia deixar ela continuar falando, não é mesmo? Ou logo ela contaria o que se esconde na Câmara Secreta e onde fica sua entrada e todos poderiam impedir que os sangues sujo tenham o destino que lhes é merecido. A voz de Riddle era fria como gelo e o desprezo nela era enorme.

– Meu Merlin! Tom! É verdade, então? Você é o Herdeiro! Cassidy Benson não estava delirando como eu julguei! Mas porquê? Mas como? Você também sofreu um ataque! Você… Pelo amor de Merlin, Tom! Você é o aluno mais exemplar que Hogwarts já viu, não pode… Não pode ser verdade…

Pomfrey claramente tinha dificuldade de aceitar que o Tom Riddle que ele conhecia não era o real – era apenas uma máscara.

Ele continuava a encarar Tom, incrédulo.

Por quê? perguntou Riddle, não dando atenção para o que mais o homem falara – Porque sangues sujo, essa escória nojenta e imunda, nem deveria ser permitida em Hogwarts! Porque se tem algo nojento e a beira do ridículo é um bruxo, que, em essência, não é um bruxo! Salazar Slytherin tinha consciência disso, avisou os outros fundadores, mas ninguém viu o que ele conseguia! Mas eu vejo! Vejo que eles são um mal que deve desaparecer desse mundo!

– Tom, pare! pediu Pomfrey – Eu conheço você, desde criança. Você não é assim.

Tom riu. Uma risada tão absurdamente maléfica que fez os pelos da nuca de Pomfrey se arrepiarem.

– Eu queria matar essas pessoas. Eu fiz aquilo com Avery. Acabei de matar uma criança na sua frente, Doutor. O que você conhece não é verdadeiro. Quanto tempo vai demorar até se dar conta disso?

Riddle sabia que não podia lançar outra maldição da morte, considerou, então, apenas apagar a mente do curandeiro e levar aqueles imundos para a Câmara, onde o basilisco daria um fim definitivo neles.

Mas, então, Pomfrey desarmou o rapaz silenciosamente.

– O que te dá o direito de julgar que essas pessoas devem morrer? Quem você acha que é, garoto? Você não pode sentenciar pessoas a morte só porque desgosta do modo que elas são! ele olhou para o corpo de Cassidy – Você precisa pagar pelos seus atos!

Pagar? O que ele queria dizer com pagar? Uma vida em Azkaban ou até pior. Sabia que muitos do mundo bruxo o apoiariam, mas também sabia que tantos outros o rechaçariam e pediriam sua cabeça a prêmio. Ainda não eram grandes o suficiente para enxergar a Causa.

Não podia deixar que nada do que conjecturara naqueles poucos segundos acontecesse. Antes que o curandeiro pudesse fazer alguma coisa o rapaz se lançou contra ele.

Sem varinha, com um risco bem real de perdê-la para sempre, Tom se sentia desnorteado.

Ele não sabia lutar como um trouxa.

A mão de Pomfrey que segurava a varinha bateu em um pote de cerâmica, espalhando cacos por todo lado ao cair no chão. A varinha do curandeiro rolou para debaixo de uma grossa estante com medicamentos. O homem meteu um murro no peito do rapaz, que o fez cair para trás, e esmurrou sua face.

Tom sentiu o sangue saindo de seu nariz e a raiva o percorreu. Precisava fazer alguma coisa.

Avistou um dos cacos e forçou seus dedos a alcançarem-no. Era afiado, pontiagudo. Faria o serviço.

Enfiou o pedaço de vidro com toda a força na jugular do homem. Pomfrey foi pego de surpresa, Riddle aproveitou sua pequena vantagem para jogá-lo para o lado, com toda a força que tinha.

Não estava feliz. Ao ver o sangue vazar da veia do homem, percebeu que ele tinha poucos minutos de vida, nos quais olhava para Tom com ódio. Quando, finalmente, os olhos do homem se fecharam e ele deu seu último suspiro, Tom não sentiu nada além de um profundo desgosto.

Ele realmente gostava de Pomfrey. Não queria… Não planejara em nenhum momento matá-lo.

Alcançou sua varinha no bolso do homem e apontou para o nariz, fazendo-o parar de sangrar.

Quanto tempo ainda teria para arrumar tudo aquilo? Não sabia. John Lupin poderia chegar a qualquer minuto. Ele tinha de ser rápido.

#*#*#

Hermione não sabia o que dizer, Tom havia contado o que acontecera, mas ela ainda estava sem palavras.

– Pra onde você levou os copros? questionou Jade, fazendo uma careta ao dizer a palavra “corpos”. A morena parecia tão abalada quanto Hermione.

– Pra Câmara. respondeu o rapaz, como se fosse óbvio Onde mais?

– Você limpou o sangue?

– Não tive tempo. Lupin estava voltando.

Jade encarou Tom.

– Você sabe que dessa vez você fez uma bela de uma cagada, não sabe? Você não só colocou tudo a perder em relação a Causa, mas… a morena suspirou Dr. Pomfrey não merecia morrer, Tom.

Hermione ainda não conseguia falar, mas tudo o que martelava em sua mente era: Dumbledore está errado O que está dentro de Tom, essas trevas, essa maldade… Nunca vai sair dele. Ele sempre vai ser cruel e pérfido. E ele nunca vai deixar de ser Voldemort! Oh, Merlin! Eu deveria ter ouvido, Harry! Ele tinha razão!

Ela deveria deixar que ele fosse para Azkaban, devia deixar que ele pagasse pelo que fez. Sentiu que seus olhos começavam a marejar e suspirou fundo, reprimindo as lágrimas. Edgar Pomfrey era uma pessoa boa, ele não merecia…

– Jade. ela chamou, sem olhar a amiga – Você pode nos dar um minuto?

(N/A: link da música: https://letras.mus.br/andrew-belle/1688651/traducao.html)

A sonserina a olhou por um instante e depois assentiu, levantando-se e saindo do recinto. Depois que ela deixou o quarto, Tom a mirou, quase debochado.

Nada acontece como planejado

Tudo vai quebrar

As pessoas dizem adeus

Em sua própria maneira especial”

– Eu sei que eu quase estraguei tudo, Hermione! seu Tom era frio como gelo – Se é isso que você vai falar, não precisa, porque eu…

– Cala a boca. ela disse, tentando manter a calma. Sabia que Tom deveria estar estranhando, ela não era de usar palavras de baixo calão.

Tudo em que você confia

E tudo o que você pode fingir

Vai deixar você na parte da manhã

E virá te encontrar durante o dia”

A castanha se aproximou de Riddle e mirou em seus olhos. Ele era um monstro! Um monstro pérfido e cruel que matava a sangue frio!

E ela o amava tanto! Tanto! Que até lhe doía!

Oh, você está em minhas veias

E eu não consigo te tirar

Oh, você é tudo que eu provo

À noite, dentro da minha boca

Oh, você foge

Porque eu não sou o que você achou

Oh, você está em minhas veias

E eu não consigo te tirar”

Hermione passou as mãos pelo peito do rapaz, postando-as, por fim, em sua nuca e o puxou para si com brutalidade. Ele não parecia entender a reação da garota, com certeza ele esperava algo diferente daquilo, mas não deixou de corresponder a castanha.

Tudo vai mudar

Nada permanece o mesmo

Ninguém é perfeito

Oh, mas todo mundo é culpado”

A garota uniu seus lábios aos do rapaz, dando-lhe permissão para aprofundar o beijo. Logo, sentiu-se dando um impulso e prendeu suas pernas envolta da cintura do rapaz, que sentou-se em uma das camas, com a garota em seu colo.

Tudo em que você confia

E tudo o que você pode salvar

Vai deixar você na parte da manhã

E virá te encontrar durante o dia”

Ela não soube por quanto tempo seus lábios permaneceram unidos, se ela pudesse… Se fosse mais fácil, ela escolheria para sempre. Mas não era. Era extremamente complicado e ambíguo.

– Wow – disse o sonserino, depois de quebrar o beijo, quando precisou de ar em seus pulmões – Isso foi… Diferente.

Hermione tinha a testa encostada contra a dele e lhe deu um sorriso. Não fora apenas diferente do que Hermione normalmente faria.

Oh, você está em minhas veias

E eu não consigo te tirar

Oh, você é tudo que eu provo

À noite, dentro da minha boca

Oh, você corre para longe

Porque eu não sou o que você achou

Oh, você está em minhas veias

E eu não consigo te tirar”

Fora uma despedida.

– Eu te amo, Tom! Eu te amo mais do que eu deveria, certamente mais do é racional. ela saiu de cima do rapaz de virou-se de costas – Mas… Não posso… Isso… Essas trevas que estão dentro de você, eu não posso lutar contra elas. O que você fez hoje…

Não, eu não consigo tirar você

Não, eu não consigo tirar você

Oh não, eu não consigo tirar você

Não, eu não consigo tirar você”

– Você sabe porque eu diz o que eu fiz! Eu estava tentando proteger a causa, a mim, a nós!

– NÃO! ela gritou, voltando-se para ele – O que você fez não foi pra proteger ninguém! Foi puro sadismo! Edgar Pomfrey fez o impossível para te salvar… Criou um novo feitiço para te salvar daquele com que você foi atacado e como você o agradece? Matando-o?

Tudo é escuro

É mais do que você pode aguentar

Mas você pega um vislumbre de luz solar

Brilhando, brilhando em seu rosto

Seu rosto, oh seu rosto”

Não haviam lágrimas no rosto de Hermione, nem nos olhos. Havia apenas dor. E raiva.

Tom estava calado. Ela até achou que ele poderia torturá-la devido a seu comportamento, mas ele apenas a olhava, sem dizer palavra.

– Você realmente me ama? perguntou ele, por fim. Como se gritaria de segundos atrás não houvesse acontecido.

Oh, você está em minhas veias

E eu não consigo te tirar

Oh, você é tudo que eu provo

À noite, dentro da minha boca

Oh, você corre para longe

Porque eu não sou o que você achou

Oh, você está em minhas veias

E eu não consigo te tirar”

– Sim. ela respondeu. Sentiu que ele se aproximava dela e deu um passo para trás – Eu te amo tanto que até dói. Mas não posso fazer mais isso. ela fechou os olhos e percebeu que Tom estava parado na frente dela. As orbes chocolate se abriram e ela percebeu que ele iria beijá-la de novo – Tom, dói… Dói amar você! Dói amar você porque você está trilhando um caminho que não vai ter volta… Você vai chegar num ponto em que não vai mais poder voltar atrás nas suas decisões, as decisões que você está fazendo agora, por exemplo. E eu não vou sentar aqui e assistir isso acontecer. Eu não posso, entende?

Não, eu não consigo tirar você

(Oh, você está em minhas veias)

Não, eu não consigo tirar você”

Ela se virou, pegando as capas que deixara na cama e dirigindo-se para a porta, antes que ele pudesse falar alguma coisa. Fechou a porta atrás de si depois que saiu, sentiu a pequena queimação em seus olhos, mas ela não voltaria atrás em sua decisão.

Oh não, eu não consigo tirar você”

#*#*#

Jade estava sentada junto com Gunther no sofá. Estavam afastados dos outros e o mais próximo dos dormitórios que podiam.

– O que será que está acontecendo? ela perguntou.

– Não sei. o rapaz soltou um suspirou – Isso é muito grave, Jay.

Jade encontrara o namorado no corredor, depois que Hermione pediu que ela deixasse o quarto. Contou tudo ao rapaz, despejando todas as palavras que ouvira de Tom no outro, procurando forças no namorado. Edgar Pomfrey não merecia morrer. Ele podia até simpatizar com os sangues sujo, mas ele não merecia a morte que teve.

O homem fora responsável por salvar Gunther, ela nunca esqueceria aquilo.

– Você acha que alguém vai descobrir o que aconteceu? perguntou a morena, encostando a cabeça no ombro de Gunther.

– Por quê? Nunca descobriram antes…

– Ele nunca deixou tantos rastros antes. Gunt, ele deixou sangue.

O moreno arregalou os olhos e virou a cabeça pra namorada.

– Jade, ele também sangrou.

A morena se ergueu, olhando nos olhos do outro. Cada sentido do seu corpo parecia aumentado e alerta. Droga!

– Você acha possível que consigam identificar o sangue dele?

Gunther balançou a cabeça, parecendo preocupado pela primeira vez.

– Eu não duvido de nada.

Jade fechou os olhos. Tom tinha piorado muito mais as coisas do que as arrumado, como ele achava! Na realidade, agora ele tinha assinado uma confissão de culpa, praticamente! Se seu sangue fosse identificado… Era o fim da linha. Para todos.

O olhar da morena identificou um forma coberta por uma capa. Era Hermione, ela tinha certeza. Suas conjecturas se provaram verdadeiras quando a garota seguiu diretamente para onde a morena estava.

– Eu preciso de ajuda pra sair daqui. disse a castanha, sem rodeios.

– O que aconteceu? retrucou a morena.

A outra apenas abalançou a cabeça.

– Jade, por favor… Eu te conto depois. ela prometeu – Só me tire daqui.

Jade assentiu, se levantou. Viu que Hermione se despedia silenciosamente de Gunther e a seguia. Quando já estavam fora do Salão Comunal da Sonserina, Hermione tirou o capuz da cabeça e deu a capa para a morena.

– É de Gunther. ela explicou, vendo o olhar indagativo da outra – Ele me emprestou para que ninguém visse a insígnia da grifinória nas minhas vestes.

– Certo. respondeu a outra – Vai me contar o que aconteceu?

– Sim. Eu me demiti. Hermione viu o olhar de Jade – De ser Comensal.

Jade revirou os lhos.

– Isso não existe, Hermione.

– Claro que existe. rebateu a outra.

– Olha, você e eu já fizemos isso antes e não deu certo! Para com isso!

– Jade, ele foi longe demais

– Concordo plenamente com você. Mas deixar de ser Comensal não vai ajudar em nada!

A castanha suspirou profundamento e começou a falar, numa voz um tanto estrangulada.

– Ele vai se destruir! Não há um pingo de amor nele. Sem isso, a maldade que está dentro dele vai dominá-lo! Eu não tenho condições de ver isso acontecer.

Jade parou de andar, encostando-se numa parede do corredor.

– Eu também tenho trevas dentro de mim. Todo mundo tem.

Era verdade, ela tinha. A garota Bulstrude provavelmente tinha mais trevas do que bondade… Na realidade, descobrira que poderia a ver luz dentro de si apenas recententemente. Antes… Antes havia só as trevas e o desejo de vingança e a dor.

– Existe um provérbio que diz que cada um tem um lobo dentro de si. Um representando o ódio e o outro o amor. Eles vivem em uma constante batalha. Sabe qual dos dois ganha a luta? perguntou Hermione a sonserina, que apenas balançou a cabeça – O que é alimentado. O único lobo que tem alimento dentro de Tom é o do ódio, o do amor já morreu de inanição há muito tempo.

Jade olhou Hermione seriamente. Merlin! Hermione é cega?

– Não exatamente. ela respondeu – Você se lembra que eu estava apaixonada por Gunther muito antes de admitir, consequentemente alimentando meu lobo do amor por mais tempo do que eu tinha consciência? Hermione assentiu de leve – Então, e se Tom estivesse, hipoteticamente, alimentando seu lobo do amor sem saber? Ele seria salvo das trevas?

– Suponho que sim. a castanha balançou a cabeça – Mas isso nunca vai acontecer.

A morena mordeu a língua para não responder nada. Ela mesma iria arrumar a cagada colossal que Tom Riddle havia feito.


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Notas finais do capítulo

TCHAM TCHAM TCHAM
E aí, gente? Vocês gostaram?
Eu sei que vai ter gente querendo me matar por causa da reação a Mi, mas eu não podia fazer ela agir diferente diante de uma situação dessas…
O que vocês acharam dela ter confessado o amor pelo Tom? E do beijo? Foi o beijo mais caliente, por assim dizer, entre esses dois…
Falando no Tom… O que acharam do que aconteceu entre ele e o Dr. Pomfrey? E o sangue na enfermaria? Será que alguém vai descobrir?
Eu to tão animada com a fic! To com várias ideias rodando nessa minha cabecinha doida MUAHAHA
Mas, enfim. Capítulo novo dia 07/12
Beeijos! =D



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