What do You Want From Me? escrita por v_wendy, TheMoonWriter


Capítulo 26
Capítulo 25 – Bleeding Out


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Enfim, capítulo novo!!
Bom, esse capítulo é um dos mais importantes que já escrevi e um dos que mais apreciei fazê-lo!
Espero que gostem e nos vemos lá embaixo!
:*



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Capítulo 25 – Bleeding Out

– Quer batatas?

Gina estava tão distraída, brincando com a comida em seu prato, que tomou o susto com a pergunta. Harry lhe estendia uma bandejinha de batatas fritas com um sorriso no rosto. A ruiva se controlou, procurando com veemência não suspirar.

– Sim, sim. Adoro batatas.

– E quem não gosta? – disse ele – São uma delícia!

– O que é uma delícia?

Gina olhou para o alto e viu Rony parado bem atrás dela. Tinha uma cara de sono horrível que fez ela se preocupar em como tinha sido a noite do irmão. Ela ficou super surpresa com sua atitude tão madura para com Hermione, mas sabia que ele estava sofrendo muito mais do que deixava transparecer.

– Batatas. – disse ela, estendendo a bandeja na direção dele – Quer?

– Não. Estou sem fome.

Harry olhou para Gina, estupefato. Claro que ele estava estranhando a falta de apetite de Rony, ela mesma estaria se não soubesse de tudo que havia acontecido na última noite. Queria perguntar a ele como se sentia, como estava lidando com tudo aquilo. Queria dizer que ele tinha o direito de surtar que quisesse, mesmo que isso fosse injusto. Às vezes as pessoas necessitam de um tempo para se afastar de tudo e ver o que alguns chamam de “visão maior”; foi o que ela fez quando descobriu, sabia que não tinha sido muito justa, mas ela precisara de um tempo...

– O que ele tem? – perguntou Harry, se inclinando para ela e sussurrando bem ao pé de seu ouvido. Um arrepio percorreu todo o corpo da garota. Odeio o efeito que Harry tem sobre mim! Odeio como me sinto tão frágil perto dele.

– Não sei. Talvez uma noite mal dormida, Harry.

– Uma noite mal dormida nunca o faria perder o apetite...

Harry se afastou e Gina levou o cálice com água aos lábios. Tinha que se concentrar em Rony agora! Em como ele estava lidando com tudo aquilo que descobrira. Não podia deixar que seus sentimentos por Harry, que, até onde ela sabia, não eram correspondidos, lhe atrapalhassem nisso. Afinal, ele sempre soube o que eu sentia e nunca mostrou interesse. Tenho que ser fiel a Dino. Oh, Merlin, Dino! Que tipo de garota eu sou? Namoro um, mas me derreto pelo outro.

Minerva, Charlus e Septimus logo apareceram, sentando com os outros três. Quando Harry parecia seguramente entretido numa conversa com os outros quatro, Gina se virou para o irmão que havia ocupado o lugar ao seu lado.

– Você está bem?

– Estou. – ele disse, mas não parecia ter a menor convicção disso.

– Não minta.

– Ok. Não estou. Estou me sentindo um babaca. – ela ergueu uma sobrancelha – Não estou com raiva da Mione nem nada, só... Não gosto do fato daquele parte sentimental da história. – ele disse, com ironia, e ela percebeu que ele se referia ao fato de Hermione estar supostamente apaixonada por Riddle – Admiro o plano, admiro a ideia, é brilhante, como ela. Mas saber que a perdi... Saber pra quem eu a perdi. Isso é o pior.

Gina sentiu-se solidária ao irmão e pensou como seria se fosse ela naquela situação, se eles voltassem para o ano que Bellatrix Lestrange frequentava Hogwarts, por exemplo, e Harry se apaixonasse por ela. Apenas a ideia já a fazia querer botar aquelas batatas para fora.

– Se fosse, sei lá, McLaggen, acho que não me sentiria tão mal. – disse Rony – Ou Krum. Eles são babacas, mas não são futuros psicopatas com tendências a cometer genocídios.

– Quem é psicopata? – perguntou Charlus ao ouvir a palavra.

Gina pensou em uma resposta rápida, mas nada lhe veio a mente. A garota de saídas rápidas era Hermione. Então ela disse a coisa mais idiota que poderia:

– O Príncipe Mestiço do livro de Harry, né, Rony?

– É. – disse Rony concordando com uma cara de “O que? Essa é sua melhor saída?”.

– Livro? Que livro? – indagou Minerva e Gina percebeu que tinha feito a maior bobagem da Terra. O livro datava esse ano. As chances de ser alguém que eles conheciam não eram baixas... Bem como a chance de ser um deles, até... Que coisa mais idiota pra se dizer.

– Um livro que eu peguei no nosso ano. Tem umas inscrições estranhas e eles implicam com isso. Mas não é nada demais. – frisou Harry.

Minerva logo começou um discurso que fez a ruiva lembrar muito de Hermione. Harry simplesmente olhou para Gina com um semblante um tanto contrariado e esta teve vontade de rir. Mas que saída tinha ela? Inventou qualquer coisa que estava na cabeça e pronto.

– Harry vai querer te matar. – disse Rony, bem baixinho.

E, de algum modo estranho, ela ficou feliz com o comentário.

#*#*#

Às vezes, ser imprudente é exatamente o que uma pessoa precisa para colocar seus pensamentos em ordem. Hermione estava sendo muito imprudente no momento, andando pela orla da floresta sozinha, mas não se importava. Precisava pensar, aliviar a mente...

Ficou tão surpresa com o jeito que Ron agiu... Talvez, de todos, ela esperava que ele fosse o mais explosivo. Porque sempre era assim, Harry se isolava, Hermione estudava e Ron explodia. Era o mecanismo que administravam muito bem quando se frustavam ou ficavam chateados com alguma coisa.

Mas Ron não estava assim. E isso era bom, claro que era, mas, ao mesmo tempo, ela não podia deixar de questionar o motivo por detrás de seus atos.

O vento frio passou cortante, fazendo com que a castanha abraçasse o pesado casaco que vestia. Recostou-se em um tronco e tirou o livro de dentro das vestes. A paisagem era bonita e calma, nada melhor do que isso para um boa leitura.

Tinha lido um capítulo e meio quando ouviu barulho de passos. Ficou completamente alerta, mas eles logos cessaram. Devia ser alguém apenas passando por aqui, pensou. Mas então ouviu uma voz bem atrás de si:

– A floresta? Sério? Não achei que fazia seu tipo.

Hermione se virou para encontrar Jade Bulstrude sorrindo, parada bem atrás de si. A castanha ficou feliz por ser a sonserina e não nenhum professor. Até poderia dizer que gostava de Jade agora.

– Não acho que faça mesmo, Jade. – disse, meneando a cabeça em um ato de boas vindas – Vai sentar-se?

A morena assentiu e ocupou um tronco de frente para a castanha, enquanto esta marcava a página do livro em que se encontrava e o fechava.

– Eu esqueci de felicitá-la. – disse Hermione e quando Jade lhe olhou de modo indagativo continuou – Por seu namoro com Gunther. Vocês são um casal muito... Eu não sei. Um casal que combina, sabe?

Jade sorriu.

– Obrigada, Hermione. Parece que, além de Amatha, Abraxás, e por incrível que pareça, Tom, você é a única que pensa assim. A escola inteira pensa que sou algum tipo de cretina que traía Tom com Gunther. É inacreditável o modo como todo mundo fica me olhando quando eu passo! – Jade bufou, claramente frustrada com a situação.

– É por isso que veio para a floresta? – perguntou a castanha, pensando que se ela fosse Jade gostaria de ficar em um lugar onde ninguém fosse a incomodar com olhares cheios de reprovação sobre o que ela fazia ou deixava de fazer a respeito da própria vida.

– Sim. Gunther teve uma emergência familiar e eu estava cansada de rebater olhares com minha cara de poucos amigos. Então... Vim para cá. E você?

– Só queria pensar um pouco...

Hermione fora evasiva e não exatamente discreta quanto a isso. Jade levantou as sobrancelhas, mas nada respondeu, julgou que se Hermione não queria se abrir ela não deveria ficar forçando, mas a castanha pensava em Jade de um modo diferente agora e não imaginava porque não deveria seguir com a conversa.

– Você já... Já contou algo para alguém e pessoa teve a reação completamente oposta ao que imaginou?

– Está falando de Tom? – questionou a outra, mexendo na manga do casaco.

– Não.

Hermione imaginou por que diabos Jade achava que ela falava de Tom. Piscou e balançou a cabeça, voltando a falar.

– Às vezes, Jade, tenho a impressão de que conheço tudo muito bem. Gosto disso, ficar na minha zona de conforto e isso sempre inclui ter um amplo conhecimento sobre coisas variadas, mas, pessoas... – ela balançou a cabeça, como se não soubesse como descrever o quão absolutamente confusas pessoas conseguiam ser!

– Não dá pra você decorar pessoas, Hermione. – declarou Jade, de pronto – Elas não são um livro. São muito mais complexas do que isso. E, quanto mais você acha que sabe, menos você o sabe realmente. É estranho, mas é humano. E tentar compreender os comportamentos é perda de tempo e gasto de energia.

Hermione calou-se, não sabendo como refutar aquelas afirmações. Queria, mas como podia depois de Rony se mostrar tão ambíguo na noite anterior? Era uma prova exata de quanto mais você conhece a pessoas, mais está sujeita as suas surpresas.

– Queria poder decorar pessoas. – disse a castanha, fazendo a morena rir.

– Quem não queria? Isso livraria a gente de muitos problemas, mas também de muitas coisas boas. Se eu tivesse decorado Gunther, nunca saberia que ele me amava e teria perdido todo o meu tempo com Tom.

– Sim, realmente seria uma pena. Aliás, Jade, por que achou que eu falava dele?

Jade gaguejou, o que não era hábito dela.

– Ah, sei lá. Um chute ao acaso.

Hermione assentiu. A castanha sabia que não havia como entender pessoas completamente, mas ela sabia e sentia que Jade não havia dito aquilo como um chute ao acaso.

#*#*#

Alguns dias se passaram, fazendo o aniversário de um mês dos quatro adolescentes vindos do futuro para o passado. Rony e Hermione estavam juntos na biblioteca, conversando bobagens naquela tarde quando Tom Riddle apareceu.

– Bom dia. – ele disse, cordial, embora seus olhos estivessem fuzilando Rony – Srta. Granger, será que eu poderia lhe falar por um segundo?

– Claro. – ela respondeu evitando o olhar de Rony. Quando tomaram uma distância segura de onde o rapaz estava ela disse: – Achei que você fosse mais discreto, Tom. O que foi?

– Eu sou discreto. – ele rebateu – Mas você e o Ruivo se tornaram inseparáveis agora. Então não há muito que eu possa fazer sobre esse assunto, certo?

Ela bufou ao observa o sorriso cheio de dentes que o rapaz lhe dava. Cínico!

– Tom? Ande.

– Não vamos falar sobre isso aqui, Hermione. É muito movimentado e alguém pode nos ouvir... Venha comigo.

Eles deixaram a biblioteca e seguiram rapidamente por corredores quase vazios, por fim chegaram a um banheiro masculino bem pouco utilizado no andar térreo e entraram.

– Agora você pode falar? – obviamente, Hermione estava irritada.

– Posso. É Dumbledore. Acho que ele está desconfiado, bom, acho que ele está desconfiado de que eu seja o Herdeiro de Slytherin.

– Por quê? – exclamou ela, tentando parecer surpresa, mesmo sabendo que Alvo Dumbledore era simplesmente o bruxo mais brilhante de todos os tempos e que Tom nunca o tinha enganado com seu jeito de ótimo e regrado aluno.

– Conheço Dumbledore. Ele está desconfiado e não é um bom momento para que ele fique desconfiado, se é que você me entende.

– E o que você quer que eu faça? – ela perguntou, sabendo que ele com certeza já tinha um plano muito bem armado em sua cabeça, pronto para por em ação.

– Bom, eu...–

Tom foi interrompido por um estrondo que abriu a porta. Surpresos, os dois adolescentes se viraram para encontrar um Harry extremamente furioso e uma Gina e um Rony completamente abobalhados. Hermione esperava que alguma coisa lhe dissesse o que fazer, mas ela não tinha nada em mente. Estava prestes a dizer alguma coisa a Harry, qualquer coisa, quando ele apontou a varinha para Tom e berrou:

Expelliarmus! – a varinha de Riddle saiu de seu bolso direto para a mão de Harry. Tom estava estupefato demais para fazer qualquer coisa quando Harry soltou o segundo feitiço – Sectumsempra!

Foi então que começou. Buracos irregulares começaram a se abrir na pele do rapaz e sangue começou a jorrar dele. Um grito de desespero preencheu o local e Hermione pensou que fosse de Riddle quando percebeu que o grito escapava de sua garganta.

#*#*#

Harry estava folheando o livro do Príncipe, um tanto irritadiço depois de todo aquele interrogatório a que fora submetido graças a Gina. A ruiva estava sentada a seu lado em um banco num corredor meio vazio da escola. Harry ficou a observando por um tempo, percebendo como ela estava distraída com o livro que Hermione a mandara ler.

Falando na amiga, ela e Rony deviam estar em algum lugar juntos essa hora. Rony andava muito estranho nos últimos dias, Harry tinha a impressão de que ele estava lhe escondendo alguma coisa... Ou talvez não. Talvez ele apenas tivesse notado que ele gostava de Hermione e estivesse fazendo alguma coisa a respeito disso. Finalmente!

Enquanto os pensamentos de Harry vagueavam ele pousou os olhos novamente naquele feitiço que vira antes, que mostrara a Hermione perguntando se deveria lançar em Riddle. Bom, fazia sentido se ele pensasse que o feitiço era destinado a inimigos e Harry, com certeza, não tinha nenhum outro inimigo além deste. Isso se não não levasse em consideração a penca de Comensais da Morte e Draco Malfoy, que na humilde opinião do garoto, era um Comensal agora, mesmo que ninguém acreditasse nele. Mas, mesmo assim, quem Harry realmente considerava como seu inimigo vitalício era Voldemort.

Um não pode viver enquanto o outro sobreviver. As palavras lhe tomaram a mente. Aquela era a profecia que determinou seu destino, que mudou sua vida e que agora lhe impunha algo que ele não tinha certeza se estava pronto para fazer. Ele tinha que liquidar Voldemort – antes que o Lorde das Trevas o liquidasse. E qual seria o melhor lugar para tal tarefa senão o passado – que, por ironia, era onde Harry se encontrava – quando o grande bruxo das trevas não passava de um estudante?

Harry balançou a cabeça, tentando não pensar naquilo. Mas algo no corredor lhe chamou atenção. Era Riddle, definitivamente era ele; mas o mais engraçado era a figura que andava a seu lado.

Hermione.

Harry se virou para Gina para ver se ela tinha visto aquilo, mas ela ainda parecia entretida com aquela porcaria de livro.

Não importava. Hermione jamais andaria de livre e espontânea vontade com Voldemort, ele deveria estar obrigando-a a fazer alguma coisa... Harry não quis cogitar o que. Se pôs de pé no mesmo minuto e começou a segui-los pelo corredor.

– Harry! – berrou Gina, correndo até ele – O que você está fazendo?

– Não dá para explicar. – disse ele e continuou andando rápido. Deixando Gina para trás. Ouvi-a conversando com alguém e notou que Rony os tinha encontrado.

Finalmente chegou ao destino de Riddle e Hermione. Um banheiro. A porta estava fechada, possivelmente com um feitiço. O moreno franziu o cenho.

– Harry, o que você está fazendo? - perguntou Rony.

– Eu... Eu vi Tom Riddle trazendo Hermione para cá.

Não esperou para ver a reação nos rostos dos dois. Virou-se para porta e lançou um bombarda, encontrando Riddle e Hermione bem espantados olhando para ele. Harry ficou feliz em pegar Riddle desprevenido, quando deu por si já o tinha desarmado.

E então o outro feitiço saiu de sua boca, sem saber exatamente como. Lembrou-se apenas de que ele era para inimigos, de quem era o inimigo e que o inimigo estava com sua melhor amiga. Riddle caiu no chão, sangrando por feridas que se abriram em sua pele sem parecer saber o que estava acontecendo.

Então o mais inesperado aconteceu: Hermione gritou. Um grito de dor e Harry quis correr a ela para ver o que estava acontecendo, mas não deu tempo porque ela se lançou no chão, buscando pelas mãos de Riddle e murmurando encantamentos complexos e que Harry desconhecia para...

– O que ela está fazendo? – perguntou ele para Rony. Tudo bem, não era um feitiço agradável. Mas aquele era Voldemort! E ele estava prestes a fazer algum mal a Hermione, por Merlin! Além de tudo... Tinha a profecia... O cérebro de Harry Potter parecia estar a um segundo de explodir.

– Tire ele daqui, Rony. – disse Gina firmemente, sem olhar para Harry.

O moreno sentiu que o amigo o arrastava para longe daquele lugar, carregando-o praticamente.

– Rony... O que?

O ruivo simplesmente balançou a cabeça e o continuou guiando para Torre da Grifinória, deixando Harry cada vez mais confuso e estupefato.

#*#*#

(N/A: link da música: http://www.vagalume.com.br/imagine-dragons/bleeding-out.html)

Estou sangrando

E se a ultima coisa que eu fizer

É te derrubar

Eu vou sangrar por você

Então descasco minha pele

E conto meus pecados

E fecho meus olhos e levo pra dentro

Estou sangrando

Estou sangrando por você

Por você

– Fique comigo! – berrou a castanha segurando a mão de Tom com toda a força que tinha – Tom, me escute! Você precisa ficar comigo!

O rapaz não emitia nenhum som, não devolvia o aperto da mão de Hermione, apenas a olhava firmemente. Ela não sabia identificar se isso era mal sinal ou não.

Quando chegar o dia

Que perdi meu caminho de volta

E as estações pararem

E esconder embaixo da terra

Quando o céu ficar cinza

E tudo estiver gritando

Eu vou procurar dentro

Só pra encontrar meu coração batendo

– Vamos, Tom! Não seja covarde! Não pare de lutar!

O que ela estava falando? Nem ela mesma sabia. Já tinha murmurado todos os encantamentos que conhecia e nada. Nada parecia surtir qualquer efeito no agonizante rapaz a quem ela se agarrava com toda a sua força.

Oh, você me diz pra segurar

Oh, você me diz pra segurar

Mas a inocência se foi

E o que era certo está errado

– Mione... – chamou Gina – Eu não... Eu nunca vi isso. Nunca. Ele vai morrer se a gente não buscar ajuda.

As palavras foram penetrando vagarosamente no cérebro de Hermione até que ela as processasse completamente.

Porque estou sangrando

E se a ultima coisa que eu fizer

É te derrubar

Eu vou sangrar por você

Então eu descasco minha pele

E conto meus pecados

E fecho meus olhos e levo pra dentro

Estou sangrando

Estou sangrando por você

Por você

– Certo.

– Eu vou procurar ajuda. – disse Gina – Você... É melhor que você fique com ele. – acrescentou e deixou o banheiro.

Quando a hora estiver perto

E desesperadamente afundando

E todos os lobos chorarem

Para preencher a noite com lamentos

Quando seus olhos estão vermelhos

E o vazio é tudo o que você conhece

Com a escuridão alimentada

Eu vou ver seu espantalho

Os olhos de Tom começaram a se fechar naquele momento. E não havia absolutamente nada que Hermione pudesse fazer. Ela o chamou, gritou por seu nome com todas as forças que podia, mas ele parecia estar muito distante, além de qualquer margem de audição.

Você me diz pra segurar

Oh, você me diz pra segurar

Mas a inocência se foi

E o que era certo está errado

– Não ouse, Tom Riddle, fazer isso comigo. Não ouse morrer. – ela gritou. Não entendia o próprio comportamento, mas não estava exatamente preocupada com isso agora.

Seus lábios murmuraram encantamentos que ela nem se quer lembrava de conhecer. Foi então que Gina parecer pela porta com Edgar Pomfrey atrás dela.

Porque estou sangrando

E se a ultima coisa que eu fizer

É te derrubar

Estou sangrando por você

Então eu descasco minha pele

E conto meus pecados

E fecho meus olhos e levo pra dentro

Estou sangrando

Estou sangrando por você

Por você

– Oh, Merlin! – exclamou o curandeiro.

– Diga que há algo que a ser feito, Dr. Pomfrey. – disse Hermione.

– Eu... Vou fazer tudo que estiver ao meu alcance para salvá-lo, Granger.

Eu estou sangrando por você (por você)

Eu estou sangrando por você (por você)

Eu estou sangrando por você (por você)

Eu estou sangrando por você

Pomfrey se virou para Gina e pediu à ela que ficasse com Hermione, enquanto ele cuidava de Tom. Não havia tempo para levá-lo à Ala Hospitalar.

A ruiva arrastou a amiga para fora do banheiro. Hermione tinha lágrimas vertendo-lhe o rosto e sentia que toda a sua vida dependia do fato de Pomfrey conseguir salvar Tom e....

Porque estou sangrando

E se a ultima coisa que eu fizer

É te derrubar

Estou sangrando por você

Então eu descasco minha pele

E conto meus pecados

E fecho meus olhos e levo pra dentro

Estou sangrando

Estou sangrando por você

Por você

– Oh, não! – exclamou a castanha.

– O que foi, Mi?

– Gina eu acho que... Eu acho que estou apaixonada por Tom Riddle.

#*#*#

– Sua vez. – anunciou Jade a Gunther.

Eles estavam no Salão Comunal jogando xadrez de bruxo quando uma Druella completamente afobada chegou, correndo até os amigos. Seu rosto estava rubro e a expressão trazia um misto de surpresa e horror.

– Druella, você está bem? – perguntou Amatha, que estava sentada perto de Jade no sofá de couro.

A loira menor balançou a cabeça negativamente, pálida.

– O Lorde foi atacado.

– O quê? – perguntaram todos ao mesmo tempo.

– Sim. Eu não sei bem pelo quê, mas dizem que foi encontrado semimorto no banheiro masculino do térreo pela Hermione e aquela amiga ruiva dela. Mal houve tempo de socorrê-lo ou...

Jade parou de escutar. Tom havia sido atacado, Hermione – pelo que parecia – o vira em estado além do lastimável. Aquilo fez a morena se lembrar de Gunther e dela mesma e, por um breve instante, ela reviveu a sensação oca que sentiu quando não encontrou um único batimento no peito do rapaz.

Pôs-se de pé no segundo seguinte, correndo para o dormitório. Pegou sua bolsa que, como sempre, jazia muito bem fechada em cima de sua cama com as cortinas fechadas.

– Jade?

Era a voz de Gunther.

– O que está fazendo?

– Eu...

– Você vai visitar o Lorde. – não era uma pergunta. Jade sentiu uma espécie de amargura da afirmação de Gunther.

– Não exatamente.

Ele levantou uma sobrancelha, parecendo confuso e desconfiado. E, ainda, talvez até um pouco magoado.

– Jade, você ainda sente algo pelo Lorde?

Ela sentiu sua boca se abrir em um 'o'. Não podia acreditar que Gunther lhe vinha fazer aquela pergunta!

– Não! Não acredito que ouvi isso, Gunther!

– Então o quê?

Gunther estava confuso e com ciúmes também. Então ela começou a colocar pra fora coisas que ela nem ao menos pensava que sabia.

– Eu não o amo, nunca amei. Mas gostei dele por muito tempo e ninguém pode, simplesmente, apagar uma pessoa de sua vida. Tom é uma parte importante da minha. Nunca fomos amantes, Gunt, mas sim aliados e parceiros de ambição. Isso nos uniu e, de algum modo, penso nele agora como um amigo. Mas Tom não é a minha única razão de ir para a enfermaria agora. Vou por ele, sim. Mas também por Hermione.

– Hermione? – ele repetiu o nome, sem parecer ser capaz de ligar uma coisa com a outra. É claro! Ele só de lembrava de Jade com um ódio mortal da garota vinda do futuro, nada sabia do quanto ela lhe ajudara em um momento de desespero e de que Jade nunca seria capaz de esquecer seus atos.

– Quando você foi atacado ela ficou comigo, ela me ajudou a te salvar porque eu mesma não conseguia ir muito além do choro e de tentativas frustadas de pensar no que fazer. E agora ela... Está no mesmo lugar que eu estive.

A ficha pareceu cair para o moreno.

– Não sabia que ela estava lá aquele dia. – ele ficou em silêncio por um tempo – Mas, Jay, como você sabe que ela está no “seu lugar”?

Jade sorriu, mas não respondeu. Deu um beijo em Gunther e seguiu para a Ala Hospitalar. Trancada para fora, sentada em um banco de madeira estava Hermione Granger. Jade se sentou ao lado dela, mas a castanha não lhe voltou o olhar a principio. Parecia muito presa em seus próprios pensamentos.

– Ei. – disse a morena – Cadê a … – percebeu que não sabia o nome da amiga de Hermione – Ruiva?

– Pedi à ela que fosse descansar.

O silêncio se instaurou e Jade tirou a garrafa de firewhisky da bolsa, deu gole e ofereceu a Hermione.

– Eu não bebo. – disse a castanha.

– Devia. – rebateu Jade – Vai fazer você se sentir melhor.

Hermione pegou a garrafa um tanto desconfiada e deu uma pequena golada. Um segundo depois ela cuspia tudo com uma careta na face.

– Ou não. – disse Jade, rindo.

– Isso é pior que Poção Polissuco.

– Depende de quem você bebeu. – comentou a morena, fazendo a outra rir. Mas logo Hermione estava séria de novo, encarando Jade com seus grandes olhos chocolate.

– Eu... Ignorei seu conselho.

Jade ficou pensando do que diabos ela estava falando. Conselho? Eu? Quando?

– O quê? – perguntou, em busca de uma explicação.

– Quando Gunther foi... Atacado. Você disse para eu não...

A memória voltou a Jade. Ela disse para Hermione não ceder aos encantos de Tom e se apaixonar por ele. Vendo o estado atual da garota, os olhos vermelhos em resultado de choro ela percebeu que Hermione estava apaixonada por Tom em um nível extremamente alto. Ela sempre soube que ali, entre aqueles dois, havia alguma coisa.

A morena sorriu para a castanha:

– Eu sei. – declarou ela.

O silêncio voltou a permanecer por um tempo maior. Até que Hermione o cortou.

– Obrigada por vir, Jade.

A morena bebeu mais um gole e exclamou:

– Ora! É para isso que as amigas servem, certo?

Hermione lhe deu um pequeno sorriso, cheio de ternura.

– Certo.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal?
O que acharam?



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