What do You Want From Me? escrita por v_wendy, TheMoonWriter


Capítulo 25
Capítulo 24 – When I Was Your Man


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal!!
Aqui está o capítulo novo, fresquinho, saído do forno!
Realmente espero que gostem, porque é um capítulo importante, apesar de não ser muito grande...
Esse capítulo é dedicado à Anagrama, que recomendou a fic!
Nos vemos lá embaixo!
:*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/152283/chapter/25

Capítulo 24 – When I Was Your Man

Gina ainda ria consigo mesma ao se enfiar debaixo das cobertas. Certamente o motivo de seu riso não era exatamente dos mais engraçados, mas ela não podia evitar. Hermione continuava cega, por Merlin!

Uma parte da ruiva estava triste por saber – mesmo que Hermione ainda não estivesse ciente do fato – que a castanha havia esquecido seu irmão. Outra parte dela estava assustada sabendo quem era o objeto de afeto da amiga. Mas uma pequena – bem pequena – parte da ruiva simplesmente ria da falta de atenção da amiga, ria de sua negação... Mas pensando bem: quem não negaria se estivesse se apaixonando por Tom Riddle? Ele não era o tipo partido do ano.

Uma espécie de dor se instalou nela quando pensou na reação de Hermione quando ela se conscientizasse do fato. E também Rony, que, por mais teimoso que fosse, amava a garota mais que a tudo. Mas o pior de tudo era Harry... Como ele lidaria ao perceber que Hermione tinha se apaixonado por Riddle? Pelo monstro que tirava a vida de todos que ele amava?

Oh, Merlin! Não quero nem pensar nisso! Realmente não quero! Não quero que nenhum deles sofra, mas isso é inevitável. É apenas uma questão de tempo... Quanto tempo eu já não posso dizer...

Batidas firmes soaram na porta e a ruiva, estupefata, quase caiu da cama. Quem poderia ser a uma hora daquelas? Dumbledore certamente. Algo ruim deveria ter acontecido... Será que Hermione havia sido pega?

Abriu a porta, correndo, para tomar um susto. Não era Dumbledore, ou qualquer outro professor, para dizer que Hermione estava encrencada. O que, agora, lhe parecia algo bem mais reconfortante.

Era Rony. E ele não tinha um semblante muito amigável estampado na face.

– Ron! – exclamou – Que susto! O que aconteceu? Harry está bem?

– Harry está bem... Mas não sei se vai ficar. E eu com certeza não estou.

A ruiva franziu o cenho diante das palavras do irmão. Hein?

– O que houve?

– Deixe-me entrar, Gina. – ele disse, numa voz monótoma, meio morta, meio... Não-Rony.

Ela estava assustada. Obedeceu o irmão e fechou a porta quando ele passou. Queria que ele falasse alguma coisa, mas ele simplesmente se sentou na cama que era de Hermione e ficou olhando para o livro que ela estava lendo com desconfiança. A cada minuto que passava Gina se assustava mais e mais. Vamos, Ron! Fale alguma coisa! Qualquer coisa? Harry está bem? O que você tem?

A mão de Ron esbarrou no livro de Transfiguração que estava à esquerda da mesa de cabeceira e dele caiu uma folha maior e a outra menor. A folha menor era um desenho fiel de Hermione e a menor era um bilhete de Riddle, Gina sabia pois Hermione tinha lhe contado. Mas Rony não podia ver isso! Rony não podia desconfiar que Hermione e Riddle se falavam, se conheciam ou qualquer coisa do tipo! Aliás, ele devia estar se perguntando onde diabos estaria a castanha e a ruiva não tinha uma ideia mínima de como lhe responder!

Rony alcançou os papéis e os olhou com olhos vidrados e vazios. Gina sentiu seu coração se afundar e tudo desmoronar quando o ouvir ler o bilhete de Riddle em voz alta.

Hermione, encontre-me à meia noite na Torre de Astronomia. Acho que eu já sei o que devemos fazer em relação àquele assunto.Tom. p.s.: espero que tenha gostado do desenho. a voz de Rony estava fria, como geloEntão eu não estava ficando louco. Ele a desenhou. Eles saem juntos à meia noite. Eles se beijam. Eles... Como? Como assim, Gina?

Gina estava confusa quanto ao fato de Rony saber sobre os beijos, pois isso não estava escrito no bilhete.

– Rony...

– Sabe, eu sabia que tinha alguma coisa de errado. Primeiro vocês deixaram de se falar, depois voltaram a se falar como se nada tivesse acontecido. Como se a última semana nunca tivesse existido. Eu só estava indo pegar o casaco que tinha esquecido no Salão Comunal quando ouvi vocês conversando... Sobre Riddle... Sobre Hermione não o beijar no caminho! E agora esse bilhete! É bom ter uma explicação pra isso Gina... Qualquer explicação.

O jeito como Rony falava deixara Gina de mãos atadas. Ela não podia suportar ver seu irmão sofrendo daquele jeito. Céus! Quando imaginei que ele fosse descobrir... Eu nunca esperei que pudesse ser tão rapidamente! Os pés dela se moveram fora de seu comando e se sentaram no chão na frente de Rony.

– Eu vou te explicar, Ron.

E então ela começou a contar a ele tudo o que sabia. As consequências disso ela não podia prever, nem sequer pensava nisso naquele momento. Tudo o que podia pensar era que Rony devia saber a verdade.

#*#*#

Hermione respirava fundo escorada a parede pétrea daquele grande corredor. Parecia que seu coração iria sair por sua boca, tamanho o nervosismo que sentia. As falhas daquele plano pareciam, finalmente, travá-la. Ela seria pega! Riddle lhe mataria! Tudo, tudo, tudo aquilo seria em vão!

Sabia que não podia pensar daquele modo, mas não conseguia evitar e se refrear. E, mesmo assim, sabia que tinha que tentar. Não por ela, mas pela pobre Alice Jeannings, que mal sabia que estava prestes a cair nas garras de um monstro perverso... Que era Riddle.

O fato de Riddle ser o culpado de tudo aquilo a deixou mais incomodada do que tudo. Ela não entendia o porquê, mas mesmo assim a deixava.

Um suspiro escapou por seus lábios quando deixou que seu corpo se movesse de novo. Começou a andar com toda a rapidez que conseguia, depois parou de novo e ficou escutando. Simplesmente escutando... Ela viu uma silhueta delgada surgir ao fim do corredor. Uma silhueta feminina. Era Alice, sem dúvidas.

Começou a andar no meio do corredor, deixando-se bem a mostra, então ouviu:

– Ei, você! Pare! Não pode ficar zanzando pelos corredores a essa hora! Volte aqui!

Hermione estava a poucos metros da Torre de Astronomia quando deixou um pequeno objeto no chão. Era a única maneira de salvá-la. Era arriscado, sim. Mas era a única maneira. Pois enquanto Alice estivesse “o ameaçando” Tom não estaria satisfeito.

Virou à direita no próximo corredor e depois virou novamente, para que pudesse voltar ao lugar onde deixara o objeto sem que Alice pudesse vê-la. Escondida nas sombras de um corredor adjacente viu que a garota segurava o espelho firmemente e o olhava, chocada, como quem não entendia absolutamente nada do que estava acontecendo.

Então tudo aconteceu muito rápido. Hermione não ouviu o barulho de passos, mas um segundo depois, Tom estava atrás de Alice, que não parecia ter se dado conta de que não estava sozinha, em seguida a castanha viu o enorme animal saindo de um cano atrás de Alice, seguindo meticulosamente as orientações de Tom. Os olhos de Hermione se fecharam para que, nem por azar, aquele horrendo monstro pusesse os olhos nela. Tom sussurrou algumas palavras para o animal, que começou a rastejar em direção a Alice, esta ainda observava o espelho, intrigada, e foi então que aconteceu. Os olhos da garota focalizaram o animal através do espelho e se corpo se enrijeceu, tornando-se pétreo.

A castanha agradeceu mentalmente por não poder ser vista da onde estava. Pensou em sair dali, mas sabia que mesmo que andasse o mais silenciosamente possível atrairia a atenção do basilisco e, portanto, a de Tom. Não queria nem imaginar o que ele faria se descobrisse o que ela fizera, o que e quem ela realmente era, e de qual lado realmente estava.

Esperou que ele fizesse o basilisco voltar para dentro do cano, fechando os olhos para que, nem por acidente, seus olhares se encontrassem e ela fosse morta. Finalmente, Riddle saiu da cena do crime, indo pela direção contrária a que ela tinha fugido mais cedo naquela noite.

Hermione se permitiu um momento de fraqueza antes de sair dali, onde deixou algumas lágrimas deslizarem por seu rosto. Depois correu o mais silenciosa e rapidamente que conseguia, não podia estar ali, não poderia ser ligada a um ataque do Herdeiro novamente.

Apesar de seu plano ter sido bem sucedido ela não sentia-se bem. Sabia que não podia avisar Alice, fazê-la sair dali... Era interferir demais, bem mais do que estava a seu alcance! Tudo o que podia fazer era lhe deixar o espelho e esperar que ela olhasse pelo objeto na justa hora em que o basilisco estivesse por perto. Sabia que ela poderia ser salva depois, pelas mandrágoras, e isso lhe dava um mínimo conforto.

Quando chegou a Torre da Grifinória se sentia exausta. Depois de passar pela Mulher Gorda pensou que Gina deveria estar acordada esperando por um relatório completo de como tudo tinha sido. Abriu a porta do quarto, mas a cena que encontrou foi bem diferente da que esperava.

Rony estava sentado em sua cama segurando o desenho que Riddle tinha feito dela em uma das mãos e o bilhete que ele havia lhe mandado na outra. Gina estava sentada no chão a sua frente e o olhava como se esperasse que ele estivesse vivo.

Ah, não! Ah, Ron! Merlin! Por quê? Por que terei que perder Rony quando mal acabei de ter Gina de volta? Isso não é justo!

Sentia-se uma criança mimada ao deixar esses pensamentos lhe atravessarem a mente, mas não podia evitar! Era tudo tão injusto... A vida era uma porcaria injusta, arbitrária, não era como nos contos infantis que sua mãe lia para ela quando era apenas uma criança preocupada com seus brinquedos.

– Rony... – ela sussurrou – Oh, Merlin! Gina...?

– Eu contei a ele, Mi. Ele precisava saber.

Hermione sentiu que algumas lágrimas lhe escapavam dos olhos. Limpou-as e olhou para Rony fixamente.

– Você me odeia, certo? Você odeia o que fiz. Você não me entende. Eu... Só queria ajudar Harry, Rony...

– Você fez bem mais que ajudar o Harry. – disse o garoto um tanto irônico. Mas quando ele olhou para ela, Hermione notou que ele não parecia revolto como Gina parecera. – Vem cá, Mione.

Os braços de Ron estavam abertos e ela mergulhou neles, afundando seu rosto no ombro dele. Ela queria dizer tanta coisa, mas não conseguia. Não esperava aquela reação... Esperava gritos, esperava xingamentos. Mas nada disso veio.

– Eu não te odeio, Mione. Você é uma pessoa especial demais pra mim para que algum dia conseguisse conquistar meu ódio. Eu não estou feliz, não estou orgulhoso de você. Mas você é Hermione Granger, a bruxa mais inteligente que eu já tive o prazer de conhecer, você sabe o que está fazendo e não importa o que seja, estou com você nessa.

Hermione se sentiu tão feliz que deu um beijo na bochecha de Rony. Ele limpou as lágrimas das bochechas da amiga e sorriu ternamente.

– Nossa! Eu estou me sentindo uma verdadeira cretina por ter brigado com você daquele jeito, Mi! – exclamou Gina – Mas ainda bem que estamos todos resolvidos, certo?

– Não exatamente. – disse Rony – Harry ainda não sabe, né?

– Não. – disse Hermione. Mas ela tinha a sensação que ele não agiria da mesma forma que Rony. E seria bem, bem pior que Gina.

#*#*#

Tom estava incrivelmente frustrado. Queria gritar, queria matar, mas não podia. Ao bater com força a porta do dormitório Tom se deu conta de que talvez tivesse acordado Abraxás. Sua suposição se provou verdadeira quando ele viu que Abraxás acendeu as luzes do quarto.

– Milorde? – chamou o loiro, apreensivo.

– Volte a dormir, Malfoy. – disse ele e se encaminhou para o banheiro.

Tom abriu a torneira e deixou que a água fria entrasse em contato com a sua pele, pensando em como aquele maldito plano tinha falhado. Era para Jeannings estar patrulhando o corredor e não se olhando no espelho como uma perfeita tola!

Claro que ele já percebera que as coisas não iam bem quando suas vítimas não olhavam diretamente para os olhos do basilisco. Elas eram apenas petrificadas, podendo ser curadas pelo Dr. Pomfrey mais tarde e descobrir que era ele quem estava ocasionando todos os ataques, que ele era o Herdeiro!

Bufou, mas bufar não amenizava sua frustração, não o fazia sentir-se nem um pouco melhor. Queria resultados! Mortes! Por que tinha que esperar tanto para obtê-las? E o pior de tudo era a percepção de que se o maldito preparado de mandrágoras que Dr. Pomfrey tinha em mente funcionasse ele seria incriminado, banido de Hogwarts, provavelmente colocado em Azkaban... Seus planos para a Nobre Causa nunca se elevariam e... Um outro pensamento perpassou por sua mente, mas ele o afastou o mais rápido que pode.

Socou a pia, esperando que descontando sua fúria em algo se sentisse melhor, mas tudo o que conseguiu foi abrir um talho na mão.

Enrolou uma toalha nesta e esperou que o sangramento estancasse. Ficou encarando o teto por algum tempo e, quando viu que o sangue tinha parado de sair, voltou para o dormitório.

Pelo que parecia, Abraxás havia seguido seu conselho/ordem e estava ressonando tranquilamente. As luzes se encontravam apagadas e Tom resolveu acender sua varinha para não ficar no completo breu, não que isso fosse um problema, mas ele tinha planos de não dormir e para segui-los precisaria de luz. Puxou o diário da gaveta e começou a traçar apenas os olhos de Hermione. Aquilo pareceu lhe acalentar mais do que qualquer outra coisa.

Hermione parecia ser seu antídoto natural contra si mesmo. Ela era algo que, de certa forma, o fazia melhor, mais controlado. Exceto quando ficava andando abraçada com o Ruivo pelos corredores.

Sim. Se não fosse por Jade o segurando Tom tinha certeza de que teria matado o rapaz. Da forma mais brutal que conseguisse.

Mas por quê? Clamou uma voz em sua cabeça. Como de costume, ele não queria saber a resposta.

#*#*#

(N/A: link da música: http://letras.mus.br/bruno-mars/when-i-was-your-man/traducao.html )

Ron sentiu seu corpo arriar na cama ao se deitar. Parecia que estava em câmara lenta enquanto todo o resto continuava a se mover normalmente.

A mesma cama, mas parece um pouco maior agora

Nossa canção no rádio, mas ela não soa como antes

Quando nossos amigos falam sobre você

Tudo o que isso faz é me arruinar

Porque meu coração se parte um pouco

Quando ouço o seu nome

E tudo soa como oh, oh, oh, oh, oh

Tudo o que descobrira naquela noite estava o enlouquecendo. Hermione era uma Comensal da Morte. Sua Hermione era Comensal da Morte, tinha a Marca no braço. Sua Hermione, que não era sua.

Jovem demais, tolo demais para perceber

Que eu deveria ter lhe comprado flores e segurado sua mão

Deveria ter lhe dado as minhas horas quando tive a chance

Ter levado você a todas as festas

Porque tudo o que queria era dançar

Agora minha garota está dançando, mas está dançando

Com outro homem

Como podia deixar de se culpar por ter sido tão idiota? Por tê-la deixado ir? E, talvez o pior de tudo, tê-la deixado ir para Riddle?

Meu orgulho, meu ego

Minhas necessidades e meu jeito egoísta

Fizeram uma mulher boa e forte como você

Sair da minha vida

Agora nunca, nunca conseguirei limpar

A bagunça em que eu fiz

E me assombra sempre que fecho meus olhos

Tudo isso soa como oh, oh, oh, oh, oh

Pelo que Gina lhe contara, ela agora gostava dele, do monstro do maligno que era Voldemort mais jovem. E isso era o que mais fazia o ruivo querer vomitar. Nem a própria Hermione sabia, mas Gina e Hermione sempre foram meio simbióticas. Claro que Gina sabia muitíssimo bem o que estava falando.

Jovem demais, tolo demais para perceber

Que eu deveria ter lhe comprado flores e segurado sua mão

Deveria ter lhe dado as minhas horas quando tive a chance

Ter levado você a todas as festas

Porque tudo o que queria era dançar

Agora minha garota está dançando, mas está dançando

Com outro homem

E ele sabia que havia perdido sua chance, sabia que Hermione estava embarcando em uma viagem sem volta, mas não queria e nem iria culpá-la por nada. Sabia que ela realmente começara tudo aquilo com o intuito de ajudar Harry a obter algumas informações sobre Riddle, mas, podia ver, assim como Gina, o que Hermione não enxergava nem que lhe dessem um óculos de lente garrafais...

Apesar de doer

Serei o primeiro a dizer que eu estava errado

Oh, sei que provavelmente estou muito atrasado

Para tentar me desculpar pelos meus erros

Mas eu só quero que você saiba

Espero que ele lhe compre flores, que ele segure sua mão

Que lhe dê todas as suas horas quando tiver a chance

Que leve você a todas as festas porque eu me lembro

De quanto você amava dançar

Que faça todas as coisas que eu deveria ter feito

Quando eu era o seu homem

Não se lembrava muito bem de quem era a frase, mas se lembrava que a castanha um dia a citara para Harry quando ele estava frustrado em relação a Cho e Cedrico. "O coração tem suas razões, que a própria razão desconhece"*, essa frase parecia bem apropriada agora, para o que acontecia com Hermione.

Que faça todas as coisas que eu deveria ter feito

Quando eu era o seu homem

Tudo o que Rony esperava era que ela não se machucasse tanto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*Frase de Blaise Pascal.

Então, pessoas? O que acharam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "What do You Want From Me?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.