What do You Want From Me? escrita por v_wendy, TheMoonWriter


Capítulo 23
Capítulo 22 - The Garden Rules


Notas iniciais do capítulo

Oláá, pessoal!
Sim, eu sei. Vocês devem estar querendo me matar. Sumi por mais de três meses! Mas eu tenho meus motivos.
Minha vida mudou bastante desde o último capítulo (parece cena de novela isso gente! ahsuashusah), algumas coisas que eu não esperava aconteceram e eu tive que me focar nessas coisas inesperadas por um tempo. Depois, veio uma nova rotina (que não estava, nem de longe, habituada) e só agora que estou me acostumando à ela.
Espero que ainda tenha alguém aí que queira ler "What Do You Want From Me?"...
Bom, o capítulo é dedicado a linda da Escritora Fantasma. Ela sabe o quanto ela é especial, o quanto ela é importante para mim. Sabe o quanto eu prezo a opinião dela e sabe que WDYWFM não existiria sem ela, de maneira alguma. Sou fã nº1 da minha Beta Besta ♥
Acho que eu já me prolonguei demais. Vejo vocês lá embaixo =)



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Capítulo 22 – The Garden Rules






A felicidade completa e extrema. Era algo que nunca tinha sentido antes e que nunca pensou em sentir, era encantador, mágico, piegas e revigorante! Era tudo o que queria e esperava sentir dali em diante, porque, por mais que ignorasse o amor que sentia até pouco tempo, não podia mais viver sem isso.




– Bom dia!

Abriu os olhos devagar. Tanto tempo com o coração aberto em apenas dois milímetros... Mal sabia lidar com tudo o que estava sentido! Olhou para os lados, em busca de quem lhe falava, quando viu Amatha sorridente encostada ao lado da cama.

– Amy! Que susto! – bradou para a amiga.


– Hey, Jay. – Amatha continuava com o sorriso no rosto, o que deixou Jade assustada.

– Amy... Você está...? – ela começou a perguntar, mas a amiga se lançou contra ela e a engolfou em um abraço de urso.

– EU NÃO ACREDITO! – gritou a loira, enquanto Jade lutava para sair daquele abraço de urso.

– No.. N-no... Que... – Amatha a soltou e Jade a encarou a amiga, perplexa. – No que você não acredita, criatura?

– Em você! Em Gunther! Juntos! – Amatha riu e suspirou, fazendo a morena se perguntar se já não estava na hora de mandar Amatha passar alguns dias no St. Mungus – Ora, Jay, vocês lutaram tanto! O amor de vocês mais poderia ser tachado de uma desventura! – Mas vocês superaram isso e agora estão juntos!

Completamente pirada! Minha melhor amiga é louca! Jade pensou e ergueu as sobrancelhas. Era bem verdade tudo aquilo que Amatha dissera e ela estava feliz, é lógico, plenamente feliz, mas naquele momento ela finalmente entendeu a diferença em ser Jade Bulstrude ao invés de qualquer outra garota do mundo... Jade sempre guardaria para si aquilo o que sentia, mesmo que estivesse plenamente feliz, não conseguia dar saltinhos de alegria como Amatha dava.

Jamais.

Mas ela conseguia esboçar um sorriso e apertar as mãos da amiga, ternamente.

– Não consigo descrever a sensação. – disse, simplesmente – Mas é bom, Amy, e eu nunca tinha pensado que pudesse sentir algo assim... Tão... Forte... Tão avassalador!

Amatha soltou as mão de Jade e levantou-se, movimentando-se animada e regradamente que parecia ensaiado. Juntou as mãos e depois começou a bater palminhas, animada.

– Estou tão feliz por você, Jay! Tão feliz! Já sabe que eu serei a madrinha do casamento, certo? Ou a dama de honra! – pareceu pensar no qual ela achava mais digno por um minuto e depois exclamou: – Ah! Serei madrinha! E, claro, Abb será o padrinho; Druella e Walburga serão as damas de honra! Ah, Merlin! Preciso desenhar o vestido delas...

– Amy?

– … em tons de verde! Ou azul? Nah! Nada de azul! Corvinalesco demais! A noiva é sonserina, o vestido das damas de honra deve ser verde!

– Amy?

– Mas, logicamente, os das duas serão em um tom mais claro e o meu escuro, porque eu sou a madrinha, a melhor amiga da noiva e isso merece algum destaque! Ah, minha amiga se casando...

– Amatha?

– … agora, já pensando no seu vestido, acho que poderia ser colado junto ao tronco e ir se abrindo... Mas nada bufante! Isso era moda na época de nosso pais... Aí poderia ter uma manga rendada e detalhes verdes... Ou melhor: esmeraldas...

– AMATHA!

– Oi?

A loira parecia saída de um transe. Era claro que ela via o casamento de Jade se desenrolando a frente de seus olhos enquanto descrevia a amiga tudo que havia imagino em Merlin sabe quanto tempo. Alguns, que não conheciam bem Amatha, achariam que ela havia planejado o casamento de Jade há séculos, mas a morena sabia bem que sua amiga estava apenas pensando alto em ideias que apenas perpassavam sua mente... Se ela resolvesse pensar nisso mais a fundo, o bolo, as flores e o local de um evento que ainda nem era um projeto para os ditos “noivos” já estariam decididos.

– Calma! – exclamou Jade – Eu e Gunther estamos juntos a menos de um dia e você já está planejando um suposto casamento?

Amatha encarou Jade. Era possível pelos olhos da sonserina que ela estava escandalizada com a amiga! Jade tentou não revirar os olhos.

– Mas é claro, Jade! Mas é cada uma, viu! – a amiga balançou a cabeça – Presumo que queira se vestir, vou indo então. Abb me espera.

A loira seguiu até a porta, mas antes de sair Jade a ouviu resmungar algo como “e as flores serão peônias, porque peônias são fundamentais!”. A morena riu ao se encaminhar para o banheiro... Amatha era única!

(n/a: link da música: http://letras.mus.br/snow-patrol/1986956/traducao.html)

Lá está o rio, lá está sua casa e lá está a igreja

E lá estamos nós anos atrás

No fundo do seu jardim onde a urtiga encontrava a rosa

É onde nos escondíamos

A morena tomou um banho rápido e se vestiu, colocando seu uniforme. Pegou a bolsa com os livros e saiu do dormitório, estava quase deixando o Salão Comunal também, quando um par de braços a interrompeu.

Sim, éramos apenas crianças

Mas você não podia nos falar aquilo

"Essas são as regras do jardim"

Era isso que você sempre dizia

Ela sentiu antes mesmo de ver quem era. Gunther a abraçou por trás e apoiou o rosto em seu ombro.

Oh, você nunca saberá o quanto te amo

Oh, você nunca saberá o quanto te amo

Ficou imobilizada. Quando, em toda a sua vida, imaginou que seria apenas a presença dele que a faria se sentir de um modo tão... Feliz? Não, a felicidade era uma palavra muito supérflua para descrever seus sentimentos.

Você chamava as regras do jardim como se fossem ordens

E todos nós obedeceríamos

Mas você reprimia um riso bobo enquanto falava

E amenizava a brincadeira

Uma memória inoportuna surgiu em sua mente: anos atrás, os dois brincando na casa de tia Sarah e tio Johan... Apenas duas crianças inocentes sem saber que o destino lhes pregaria uma peça.

E nós corríamos um atrás dos outros

Até que o sol esquecesse de brilhar

E nossos pais nos chamavam

Até você e eu partíssemos

Jade olhou para Gunther, ele achava que ela não o via, escondido atrás dela. Foi aí que ele saiu do meio do arbusto e a perseguiu pelos jardins, os pulmões de ambos doíam de tanto rir. Até que Jade se jogou na grama e Gunther fez o mesmo. Os dois riam do cansaço um do outro, felizes e bobos. As mãos se juntaram, mas Jade retirou a dela rapidamente, ainda esboçando um sorriso.

Oh, você nunca saberá o quanto te amo

Oh, você nunca saberá o quanto te amo

Gunther a olhava terna e irritantemente. Do jeito Gunther Avery. Eles voltaram a correr pela propriedade, explorando-a e rindo, como duas inocentes crianças que eram. O flashbak terminou e, apenas por um segundo, Jade compreendeu o que Amatha dissera toda a sua vida, o que Jade considerava como uma bobagem idiota.

Da sua casa, nós passamos pelo rio

Até a igreja pelos campos silenciosos

Cercados de lavanda e lápidas

E as cotovias em nossas roupas de domingo

Seu pai lhe chama

Enquanto olha para o relógio

Você se despediu com um beijo

Na minha bochecha ligeiramente quente

Ela se viu vinte anos mais velha, com um garotinho de cabelos negros correndo por um jardim imenso. Ela viu alguém abrindo os braços para pegar o garotinho no colo e esse alguém era Gunther.

Oh, você nunca saberá o quanto te amo

Oh, você nunca saberá o quanto te amo

Oh, você nunca saberá o quanto te amo

Oh, você nunca saberá o quanto te amo

Seu passado e seu futuro perpassaram por sua mente naqueles breves instantes. Jade sorriu para o nada, como uma tola, ansiosa por seu presente, ansiosa por poder correr novamente pelos jardins da casa de tia Sarah com Gunther em seu encalço. Ansiosa por ser feliz!

Oh, você nunca saberá o quanto te amo

Oh, você nunca saberá o quanto te amo

Oh, você nunca saberá o quanto te amo

Oh, você nunca saberá o quanto te amo

– Hey, Gunt.

Porque era isso, era felicidade tudo que a aguardava dali em diante.

#*#*#

O diário em uma mão e a pena em outra, os traçados começaram a surgir e Tom se deixou levar por aquele momento. A Torre de Astronomia começou a aparecer no papel e, em seguida, uma garota de altos cabelos castanhos.

Enquanto desenhava, ele não pensava em nada. Apenas seguia os contornos de Hermione pela folha. Quando terminou, tinha um esplêndido desenho da garota apoiada nas barras da Torre de Astronomia, em seu momento de vertigem. Novamente, Tom sentiu como se o desenho fosse quase real, porque cada detalhe fora reproduzido com perfeição estupenda!

Ele pensou se deveria enviar, de novo, o desenho a Hermione, mas logo desistiu de tal ideia. Afinal de contas, era um pouco estranho o rapaz estar desenhando-a novamente. Que motivo ele tinha pra fazê-lo, afinal?

Fechou o diário e o guardou na gaveta da mesinha de cabeceira, que se fechou com um ruído oco. Estava tão cansando e tão confuso ainda... E isso cada vez mais se aprofundava quando ele começava a pensar muito nos motivos que o levavam a tal condição...

Resolveu deixar o dormitório. Ergueu-se da cama onde estava meio deitado, meio sentado, e calçou os sapatos negros. Tudo estava tão monótono... Estava quase procurando um primeiranista grifinório para matar só para ter o que fazer! O Salão Comunal estava semi vazio e tão tedioso como seu dormitório, os poucos alunos que se encontravam lá estavam todos agrupados em um círculo conversando sobre banalidades.

A única coisa que irritava Tom nos sonserinos era a futilidade demasiada do grupo! Como podiam ficar tão preocupados com marcas de roupas quando tinham algo mais preocupante do que o assassinato das leis da moda bruxa para se importarem? Os parasitas, as escória, que cada vez mais se infiltravam em Hogwarts e no mundo bruxo! Mas nenhum deles parecia achar que aquilo era assunto para suas rodas de conversa, apesar de não se importarem que outros fizessem o trabalho sujo por eles.

Tom deixou o Salão Comunal rapidamente, sua mente zunia. Preciso de um café! Preciso de um café o mais rápido possível! Chegando ao Salão Principal, sentou-se ao lado de seus Comensais. Não queria conversas, mas manter as aparências não iria matá-lo.

Serviu-se de café e bebeu um pouco de sua xícara fumegante. Logo, sentiu a sanidade voltar-lhe a mente. Parecia mais calmo e mais concentrado, o café não o agitava, como a outros, mas o acalentava.

Involuntariamente, seu olhar se fixou nela. A castanha estava de costas para ele, sentada a mesa da grifinória junto com A Tal Amiga e, vez ou outra, trocava cochichos com a ruiva. A Tal Amiga virou-se para trás, apreensiva, e seu olhar se fixou em Tom. Ele desviou os olhos na hora, mas antes pensou ver algo no olhar da garota... Algo como medo e um certo ódio mal disfarçado.

O garoto balançou a cabeça, espantando tais pensamentos de sua mente. Claro que a ruiva não gostava dele. Ele lembrava-se do que Hermione lhe dissera na manhã seguinte a noite que a ruiva pegou os dois se beijando. A Tal Amiga queria que Hermione e o tal de Rupert... Rudolf... Ah, o Ruivo, ficassem juntos. É claro que Tom e Hermione não tinham nada, a castanha explicitou muito bem isso naquele mesmo dia: eram apenas beijos, não tinha nenhum critério emocional para ambos os lados. Mas, mesmo assim, A Tal Amiga ainda desgostaria dele, talvez, no pensamento dela, ele atrapalhasse um suposto romance entre Hermione e o Ruivo.

Um incômodo estranho surgiu em seu peito ao pensar nisso, mas ele não entendeu o motivo. Bufou. Fazia tempo que ele não entendia mais nada, tentar entender qualquer coisa só lhe trazia mais e mais dor de cabeça e descontentamento... Talvez fosse melhor não entender nada e se deixar enlouquecer!

Repentinamente, um burburinho preencheu o Salão e, num ímpeto de curiosidade, ele se virou para ver do que se tratava. Jade e Gunther entravam pelo Salão, com as mãos entrelaçadas. Tom percebeu que um sorriso dividido entre o sarcasmo e o nervosismo pairava no rosto de Jade.

Todos encaravam o casal, fosse com aturdimento, alegria ou indignação.

Ah, sim. Eles não sabem que eu e Jade não estamos mais juntos... E nem que nosso namoro foi puramente de aparências... Pelo menos de minha parte.

Riddle acompanhou-os com o olhar até chegarem a mesa da Sonserina e, para sua surpresa, Jade ocupou o lugar a sua frente e Gunther o lugar ao lado dela.

– Tom. – ela cumprimentou.

– Jade. Gunther.

– Milorde.

Um silêncio estranho pairou entre eles. Era possível ouvir cada cochicho no Salão Principal sobre o que iria acontecer a seguir. “Riddle vai esmurrar o Avery!” foi um dos primeiros, seguido de “A Bulstrude está com os dois? Que vergonha para a família, Merlin” e logo após um “Eu acho que o Riddle chutou ela e aí ela resolveu seguir em uma amizade colorida com o Avery”.

Tom estava com vontade de rir, principalmente ao ver a reação de Jade e Gunther a cada comentário proferido. A morena estava com o maxilar contraído e com as mãos fechadas em punho. Gunther não estava muito diferente.

Riddle achou melhor intervir. Não precisavam de escândalos. E ele não precisava perder nenhum Comensal.

– Que bom que finalmente estão juntos. – disse, calando todas as outras vozes no Salão – Foi uma grande espera para todos aqueles que sabiam que vocês deveriam estar juntos.

Depois disso, os burburinhos voltaram, mas eles logo cessaram. Haviam especulações, é claro, de por que Tom não havia quebrado Gunther em dois, mas se ele não parecia chateado ou bravo e Jade e Gunther pareciam bem mais descontraídos com a situação. Os mexeriqueiros não tiveram alternativas sem ser se calarem e irem cuidar de suas próprias vidas.

– O-obrigado, Milorde. – disse Gunther.

– Não há de que. – Abraxás chegou e se sentou ao lado de Gunther e eles iniciaram uma conversa. O loiro parecia um pouco abatido, mas Tom não se importou. Deveria ser alguma coisa relacionada a seu namoro com Amatha. Tom lançou um sorriso torto a Jade, enquanto bebia mais de seu café – Não é mais minha namorada, Jade – disse em tom baixo –, mas ainda é a segunda no comando. Espero que na aula de Poções possamos colocar certos assuntos em dia.

Ela sorriu mortalmente.

– Claro, Tom. Isso seria ótimo.

O rapaz lançou mais um olhar para a mesa da Grifinória e encontrou um par de olhos castanhos o mirando intensamente. Ele sorriu por meio segundo e depois voltou com sua máscara de tédio. Estava cansado de entender, mas não cansando de sentir.

#*#*#

Jade encarou Tom por de trás do caldeirão fumegante. Os olhos negros da garota continham um estranho brilho sádico que fazia certo tempo que não a atingia.

– É o plano perfeito, Tom! – ela disse – Jeannings não terá escapatória!

– Exato. – respondeu ele.

A morena se calou e voltou a cortar sua raiz de asfódelo. A mente cravada em Adele Bran. Mal esperava o dia em que a Nobre Causa deixasse os muros de Hogwarts e cobrisse todo o mundo! Nada faria Adele escapar do destino que Jade lhe preparava! Nada! Ela era apenas a ralé e Jade era uma bruxo de poderes muito mais do que magníficos!

– Sabe – começou ela –, acho que já está na hora de mais gente ser... Convocada. – sua voz era menos que um sussurro. Tom a mirou com os olhos atentos.

– Como quem?

– Lestrange. Selwyn. – listou – Não são muitos, mas parecem ser bem o que procuramos, não acha?

Tom olhou ara baixo, parecia debater consigo o que pensava. Isso era algo que ele fazia muito, a segunda opinião mais importante para Tom Marvolo Riddle era a de Tom Marvolo Riddle.

– Não sei. – respondeu – Lestrange... Talvez, mas Selwyn? Sério, Jade? Ele é um panaca!

Ela sorriu de lado.

– Você só diz isso apenas porque ele é mais bonito que você!

– Ninguém é mais belo do que eu. – refutou Tom – Ora, Jade. Sou o ser humano mais inteligente e belo que já pisou no chão dessa escola.

O sorriso de Tom dançava no canto de seus lábios, como uma navalha afiada. Antes, a morena reprimiria um suspiro como uma tola apaixonada que era, mas agora não mais precisava. Não sentia mais vontade de se perder em suspiros por Tom Riddle.

– Claro, Tom. Por que não?

A sineta tocou antes que ele pudesse responder e ela recolheu suas coisas enquanto caminhava para fora da sala. Sentia vários olhares cravados em si, mas não se importava. Nenhum deles tem absolutamente nada a ver com a minha vida. Nada. Que arranjem seus próprios problemas e vão cuidar de suas vidas! Merlin! Dê-me paciência!

– Sair andando e me deixar falando sozinho não é de bom tom, Jade. É uma pena saber que está ficando sem classe e modos, além do mais-

Ela não chegou a descobrir o que tinha de mai, porque Tom se interrompeu e deixou seus olhos vagarem para frente. Hermione vinha pelo corredor, juntamente com um garoto ruivo, que tinha o braço direito esticado por sobre os ombros da garota. Jade julgou que esse fosse o tal Ronald Weasley que ela ouvira falar antes – antes de tantas coisas cruciais acontecerem e mudarem sua vida tão bruscamente – o suposto namorado de Hermione.

O olhar da castanha encontrou o de Jade. Era um olhar simpático e... Assustado? A morena não entendeu o motivo, afinal, já tinha deixado bem claro para a castanha que sua primeira antipatia por ela já se fora. Hermione a ajudara naquele dia fatídico com Gunther, nada apagaria isso. Agora ela até poderia dizer que simpatizava com a garota....

O rosto de Jade se voltou para Tom e, se ela já não estivesse acostumada a ter que lidar com o rapaz, teria que reprimir gritos.

A face do rapaz estava transfigurada em uma máscara imperturbável, mas seus olhos... Pareciam a personificação do próprio inferno! A borda da íris verde escura estava tingida de um vermelho vivo.

Como sangue.

– Tom! – Jade o chamou, tentando não se mostrar assustada. Agora entendia perfeitamente ao que se devia ao misto de pânico no olhar de Hermione.

Ele voltou seu olhar para ela, a borda da íris voltando a seu tom usual.

– Sim? – seu tom era ríspido.

– Você está bem?

Ele não respondeu. Voltou a olhar fixamente para onde o suposto casal estava, alguns passos a frente deles, quase virando o corredor. O maxilar de Tom estava contraído tão duramente que parecia que poderia se quebrar. Ele estava possesso, Jade sabia.

Então um “clic” surgiu em seu cérebro. Um “clic” que quase a fez rir... Parecia insanidade, mas ao ver o olhar de Tom percebeu que nada do que pensava no momento era insano. Percebeu que sim, percebeu que era perfeitamente possível que Tom Riddle estivesse se roendo de ciúmes de Hermione Granger.


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Notas finais do capítulo

E aí, pessoas?
O que acharam?
Eu sei que não teve POV da Mione nesse capítulo, mas eu queria mostrar os sentimentos do Tom, as reações dele e as de Jade ao perceber as reações dele.
Percebi também que não quero deixar JadeXGunther de lado. Não sei o quanto de enfoque darei a eles nos próximos capítulos, mas pretendo fazer com que eles apareçam suficientemente, tanto juntos, como separados. Afinal, esses personagens foram crescendo para mim e se tornando tão importantes como os outros.
Espero que tenham gostado =)
=*