Midori e Jake foram excelentes amigos, viviam me chamando para sair com eles, e Midori foi como uma irmã mais velha, me proibiu de procurar notícias de Mia, brigava comigo quando eu procurava saber alguma coisa e me colocava em encontros constrangedores com várias garotas, até que ela felizmente entendeu que não ia rolar nada desse tipo, e muito menos com essa coisa de encontros em que ambas as partes sabem qual é a intensão final de toda a parafernália de apresentação.

Não digo que não fiquei com ninguém, porque ok, eu fiquei, mas não era nada sério, nenhum dos encontros de Midori! No final das contas, ela estava brigando comigo por ficar com algumas garotas, vai entender!

“Michael, se for pra ficar com alguém, fique direito e não por causa de alguma notícia da Mia. Como garota eu lhe digo, é péssimo saber que um cara esta com você somente pra esquecer de outra!” foi o que ela me disse uma vez, e claro, ela esta certa. Sempre esta, é irritante! Rs.

Um ano e meio,finalmente iria voltar e quando a vi na palestra na Columbia, quase perdi a linha de raciocínio! Minha nossa, ela estava muito gata! Mais do que já era, pois não era mais a Mia, aquela menina ‘desajeitadamente linda’, ela era a Mia, aquela mulher estonteantemente linda.

Definitivamente o meu plano de reconsquista-la estava de volta. Pouco depois de chegar, encontrei com ela, para uma entrevista do jornal da AESH. Minha vontade era de beijá-la no segundo em que a vi naquele café, mas iria me conter, com calma Michael, era que eu pensava. A entrevista foi tranqüila e vi que ela continuava a mesma Mia de sempre, nossa conversa continuava fluindo, como sempre. As coisas só podiam estar no lugar errado, na minha cabeça, não fazia sentido toda a nossa interação, o quanto somos espontâneos um com o outro, pra no final, estarmos separados. Com certo esforço consegui levar aquela entrevista o mais amigável possível sem beijá0la quando me desse vontade!

No dia seguinte a entrevista, foi seu aniversario e ali eu perdi meu chão. Ver JP a pedir em casamento, na frente de todo mundo – na minha frente – foi demais para mim. Sai o mais rápido que consegui. NOIVA! COMO ASSIM?! Uma atitude o mais rápido possível, era o que precisava acontecer, então, resolvi doar alguns cardio braços para o hospital de Genovia, iria ajudar o pai da Mia a ganhar a eleição, o que era o que devia acontecer, porque ele é de fato um bom governante e o mais importante pra mim: Iria deixar a Mia feliz e eu precisava mostrar a ela que ainda a amava e me importava com ela.

Poucos dias depois, fomos almoçar juntos, em ‘agradecimento a minha doação’ e ali conseguimos finalmente dizer um pouco do que tinha acontecido conosco, foi uma conversa tranqüila apesar do assunto, mas foi com dificuldade que levei um pouco ‘na brincadeira’, pois a minha vontade era de querer saber de fato que história era aquela de compromisso! Ali eu vi que medidas muito drásticas tinham que ser tomadas, então, a convidei para um passeio de charrete e a beijei. Meu Deus! Eu precisava tanto daquilo, dela. Foi algo paradoxal! Por um lado, lá estavam todas as minhas lembranças de seu beijo, como se a tivesse beijado a um dia atrás, por outro, aquela saudade absurda de quem tinha passado dezoito meses sem aquele beijo, sem a sentir tão próxima a mim, seus lábios nos meus, sua língua na minha, de onde nunca devia ter saído! Se fosse possível morrer de felicidade, eu com certeza teria morrido ali!

Apesar do choque inicial de vê-la com o JP – apesar de já saber, foi bem impactante, porque uma coisa é Saber, outra é Ver, a garota que você ama, com outro cara – e a notícia do ‘anel de compromisso’ as coisas estavam acontecendo até que bem pra mim! Muito mais rápido do que eu tinha imaginado. Mal tinham duas semanas que eu havia voltado do Japão e :

Dei uma entrevista pra Mia, onde consegui o livro dela! Fui ao seu aniversário Ela ficou ‘compromissada’ – numa cerimônia completamente exagerada, diga-se de passagem por parte de seu até então namorado ( argh! Até hoje não me soa bem o termo ‘namorado’ ligado a Mia, sem que o dito cujo seja eu!) . Nós almoçamos juntos e finalmente, após quase 2 anos, pudemos expressar o quanto nos sentíamos culpados pelo fim do nosso namoro Nos beijamos, e isso devo confessar, eu achei que demoraria mais um pouco.

Devido a isso, o saldo no final das contas, era positivo! As coisas estavam indo bem melhores do que eu esperava!

Poucos dias depois do almoço/beijo, foi o baile de formatura de Lilly, e consequentemente, o de Mia também. Não pretendia ir ao baile, por que fala sério, o que eu iria fazer lá? Não quis ir nem no meu próprio baile de formatura. Mas Lilly me pediu encarecidamente para ir, e eu sabia que não era por causa dela, pois minha irmã esta muito longe de fazer questão da minha presença nessas coisas! Ela disse que Mia ia precisar de mim, e devo dizer, minha irmã pode ser um porre quando quer, mas é uma boa amiga/irmã, pois ela bem estava certa! Cara, serio mesmo que a Mia cogitou a possibilidade de transar com o JP???? Eu não simpatizo com o fato dela ter namorado ele, quem dirá de ter transado! Mas, para o bem da minha sanidade mental, ela terminou com ele antes! E foi ai que eu entendi o que Lilly queria da minha presença. Já disse como eu AMO A MINHA IRMÃ?!

Naquele momento, quando a vi terminar com ele e quando ela esbarrou em mim e viu que eu tinha ouvido, eu vi que estava tudo no seu lugar, finalmente.

Quando dei por mim, ela estava em minha casa. Aquela foi a noite mais perfeita da minha vida. Quando acordei e a vi ao meu lado - na minha cama - foi uma das melhores sensações que já tive. Quase empatou com a noite em que a fez acordar na minha cama.

Um pouco antes do almoço a deixei em casa, um tanto quanto com vergonha da mãe dela e do Sr. Gianini, porque era óbvio que eles sabiam o que tínhamos feito, afinal, ela estava com a roupa da noite anterior, chegando no almoço e comigo! Bem, pelo menos o pai dela não mora lá, isso sim seria constrangedor!

Mia subiu para o quarto e a mãe dela foi atender ao chamado de Rocky – afinal, meu cunhado tem 3 anos de idade, isso é engraçado se pararmos pra pensar! – então fiquei a SOS com Sr. Gianini num momento constrangedor!

“Cuide bem dela Michael, o último ano não foi dos melhores para ela.” Sr. Gianini disse.

“Nem pra mim Sr. Gianini, pode ter certeza disso e de que cuidarei dela. Meu mundo finalmente voltou ao eixo” eu disse.

“Definitivamente, o mundo estava ao avesso! Vocês se amam, isso é óbvio para qualquer um” ele disse e logo depois a mãe dela voltou com Rocky e nada da Mia sair do banho.

“Fico muito feliz que tenham voltado. Aquele menino não faz a minha filha feliz. Há muito tempo não via os olhos dela brilharem desse jeito” Helen disse que Mia não tinha levado a nossa separação tão bem quanto queria demonstrar, parece que ela ficou quase uma semana sem sair do quarto e receber/falar com ninguém e após isso, os pais dela resolveram que era melhor ela ir a um psicólogo e foi então que ela começou a melhorar um pouco.

Vi que ela não estava tão bem assim como tinha imaginado e pouco depois, conversei com a Tina, percebi que ela não sabia sobre o psicólogo e eu também não falei nada, mas me disse que apesar de ter namorado, era visível, pra quem a conhecia de fato, que ela não gostava do JP, não como namorado.

Com o tempo, a própria Mia me contou algumas coisas, como o fato de ter se inspirado em nós dois pra escrever “Liberte meu coração”, mas nunca me falou sobre o psicólogo.