Não Sabeis que Sois Deuses? escrita por NRamiro


Capítulo 2
Parte 2.




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Peguei a fruta e levei aos meus lábios. Depois de um tempo em silêncio olhei para o lado vendo que ele me observava.

- O que foi? – perguntei um pouco constrangido.

- Seus lábios ficam bonitos depois de uma uva – sorriu graciosamente, tocando minha bochecha que eu tinha certeza que estava vermelha. Meu rosto estava em chamas. Toda vez que as mãos geladas de Eric me tocavam eu sentia vergonha e excitação, esse era um dos diversos poderes que ele tinha sobre mim.

- Quando eu vou ser como você? – perguntei sussurrando – Você me parece tão inalcançável. Tenho uma grande admiração por você.

- Serás como eu quando acreditar que poderás – começou, virando seu corpo lentamente para minha frente – Não tenha admiração Thomas. Você é inteligente e sabe disso. A admiração é a parte ingênua de todos que se vêem inteligentes.

- Mas você é tudo que eu quero ser. É muito mais inteligente do que eu, sabe coisas que eu nem imagino se são verdade ou não! Você Eric...

- Shii... – sussurrou, começando a fechar os olhos e colocou seu dedo sobre meus lábios.

- Você é tudo isso e muito mais, basta querer. Não me admire – senti seus braços circulando meu corpo, nos aproximando muito. Meu coração batia forte – Admire a ti mesmo, tu és tudo o que queres ser.

- Quero ser como você. É meu modelo.

Seus lábios encostaram-se nos meus, em mais um de seus selinhos únicos. Sempre quando eu sentia esse simples contato meu corpo tornava-se elétrico. Sentia-me forte, mas também ingênuo e pequeno. Eu tinha a mesma sensação de olhar para o céu.

- Quer aprofundar o beijo? – sussurrou.

- Eu... – minha respiração falhou – Quero.

O selinho tornou-se um beijo lento e magnífico. Não acreditava que estava dividindo isso com ele. Não era mais um selinho cuidadoso como os outros. Era um beijo. Um beijo com gosto de uvas.

- Tu és tudo o que queres ser – repetiu.

Quando o ventou bateu em nossos corpos, trememos e ele separou o beijo. Começou a analisar o meu rosto prestando atenção no que via.

- Eu te admiro Thomas, tu és minha parte ingênua – ele confessou.

Eric havia tremido sob o ar gélido. Havia sorrido durante o beijo. Havia confessado um certo sentimento. Tão humano.

- Porque gosta tanto de uva? – perguntei olhando para o cacho que agora só tinha algumas.

- Elas me lembram você. São gostosas – Olhou profundamente em meus olhos, fazendo-me corar.

Levantou-se colocando mais uma uva na boca. Contemplei por um momento seu corpo. Eric além de uma grande capacidade mental era lindo, toda vez que eu parava para observá-lo começava a me questionar do quanto ele era tão perfeito, em tudo possível.

Depois de encarar as estrelas e sussurrar algo, olhou para mim. Perguntou sorrindo:

- Queres uma uva?


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Notas finais do capítulo

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