Helena Potter escrita por MiKabwb, YinLua


Capítulo 15
Temporary Home


Notas iniciais do capítulo

Gente esse cap tem musica e taí o link:
http://www.youtube.com/watch?v=9-UlPYpxyBc
Espero que gostem....



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/151991/chapter/15

Já no meu o Six me colocou na cama e deitou do meu lado e deixou que eu chorasse tudo que tinha que chorar, ou seja, eu chorei o rio Nilo. Quando eu me acalmei ele me olhava de um jeito estranho, parecia sentir dor. Esse com certeza não era o Sirius Black que eu conhecia.

Ele não estava mais brincalhão, humilde (tem ironia nessa palavra, ok?), jovem, alegre. Agora ele parecia estar sofrendo, com muita dor, se igualava a minha dor. Foi ai que eu, linda e maravilhosa que estou, toda vermelha e inchada, percebi. Ele estava sofrendo a MINHA dor, estava compartilhando comigo. Agora sim, esse não é o Sirius Black que eu conheço.

― Eu não entendo. ― ele falou com uma expressão confusa.

― O que? ― perguntei passando a mão no rosto dele, queria tirar aquela expressão de seu lindo rosto.

― Seu pai te bate só porque você não conta piadas? E o James sabia que ele e batia e não fazia nada? E sua mãe também não faz nada?

            ― Calma, Sirius, uma de dada vez. ― falei soltando um suspiro. ― Primeiro meu pai me bate porque eu respondo ele, não porque eu não sou Marota ou algo do tipo. Segundo o Jim só viu a primeira vez, ele deu um soco no nosso pai, e agora. E terceiro minha mãe nem sonhava que meu pai me batia.

            A expressão dele voltou a ter toda aquela dor que só aumentava a minha. Voltei a chorar, corando agora o Atlântico, acabei dormindo nos braços dele.

            No dia seguinte eu acordei e ele não estava mais lá, aquilo doeu, mas eu estava acostumada com as feridas no meu coração causadas por ele. Fiz a minha higiene matinal e fui para a sala, estavam todos os Marotos e a Liz lá. Assim que eu cheguei o Pete e a Liz correram para me abraçar. Acabei contando tudo para todos eles e o resto do dia passou com piadas para amenizar o clima de enterro que estava entre nós.

            Os dias foram passando devagar e cada vez eu e meu pai brigávamos mais, mas os meninos nunca deixou meu pai encostar um dedo NE mim de novo.

            Era dia 23 de dezembro quando eu recebi a pior noticia do mundo: meu avô estava internado. Ele já era bem velhinho e já foi internado muitas vezes e os médicos disseram que na próxima ele não sobreviveria. É claro que todos corremos para o Hospital.

            Ele estava com aparelhos monitorando seu batimento cardíaco e sua respiração. Ele parecia fraco, mas estava acordado e parecia consciente e conformado do que estava acontecendo.

            Chequei mais perto da cama e dei um beijo em sua testa, enquanto meus lábios estavam em contato com sua testa os olhos dele se fecharam fazendo com que escorressem mais lágrimas de meus olhos. Quando eu me afastei dele foi a vez do Jim e depois foi o resto da família e depois os agregados. Nós conversamos um pouco, mas ele parecia muito fraco, então decidimos deixá-lo descansar, mas o que ele falou antes que nós saíssemos do quarto surpreendeu todos, principalmente eu.

            ― L-lena, can-ta pra mim? ― a voz dele estava fraca, quase um sussurro.

            ― O que você quer que eu cante, vovô? ― minha voz denunciava as muitas lagrimas que eu estava segurando. Tipo, eu sempre fui muito chegada no meu vô, ele era um pai para mim.

            ― Q-q-qualquer coisa.

            Eu acenti e pensei em uma boa musica para cantar, mas nenhuma parecia boa o bastante. Foi quando uma melodia e a letra veio na minha mente, fiz o mesmo feitiço que fazia com a Lily e deixei a musica falar o que eu estava sentindo naquele momento:


Temporary Home

A little boy six years old

A little too used to being alone

Another new mom and dad

Another school another house that will never be home

When people ask him how he likes this place

He looks up and says with a smile upon his face

This is my temporary home

It's not where I belong

Windows and rooms

That I'm passing thorugh

This is just a stop

On the way to where I'm going

I'm not afraid because I know

This is my temporary home

Young mom on her own

She needs a little help got nowhere to go

She's looking for a job, looking for a way out

Cause the halfway house will never be a home

At night she whispers to her baby girl

Someday we'll find a place here in this world

This is our temporary home

It's not where we belong

Windows and rooms

That we're passing thorugh

This is just a stop

On the way to where we're going

I'm not afraid because I know

This is our temporary home

Old man, hospital bed

The room is filled with people he loves And he whispers don't cry for me

I'll see you all someday

He looks up and says "I can see God's face"

This is my temporary home

It's not where I belong

Windows and rooms

That I'm passing thorugh

This was just a stop

On the way to where I'm going

I'm not afraid because I know

This was my temporary home

This is our temporary home

Casa Temporária

Um menininho de seis anos de idade

Acostumado demais a estar sozinho

Outros mãe e pai novos.

Outra escola, outra casa que nunca será um lar

Quando as pessoas perguntam o quanto ele gosta deste lugar

Ele olha pra cima e diz com um sorriso no rosto

Essa é a minha casa temporária

Não é onde eu pertenço

Janelas e quartos

Pelos quais eu estou passando

São só paradas

Na estrada para onde estou indo

Eu não tenho medo porque sei

Essa é a minha casa temporária

Jovem mãe sozinha

Precisa de uma ajudinha, não tem pra onde ir

Procurando emprego, procurando uma saída

Porque o albergue nunca será um lar

À noite ela suspira para a sua bebezinha

Um dia nós vamos encontrar um luz neste mundo

Essa é a minha casa temporária

Não é onde eu pertenço

Janelas e quartos

Pelos quais eu estou passando

São só paradas

Na estrada para onde estou indo

Eu não tenho medo porque sei

Essa é a minha casa temporária

Velho senhor, cama de hospital

O quarto está cheio com as pessoas que ele ama

E ele sussura "não chorem por mim"

Eu vou ver vocês todos um dia

Ele olha pra cima e diz "eu posso ver o rosto de Deus"

Essa é a minha casa temporária

Não é onde eu pertenço

Janelas e quartos

Pelos quais eu estou passando

São só paradas

Na estrada para onde estou indo

Eu não tenho medo porque sei

Essa é a minha casa temporária

Essa é a nossa casa temporária

Quando eu terminei de cantar estavam todos chorando, quando eu digo todos é todos mesmo, até meu pai e meu avô, nele foi só uma lagrima que escorreu pelo seu rosto que eu logo limpei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quem se emocionou levanta a mão! o/o/o/