Um Intercâmbio Muito Louco escrita por Mariced


Capítulo 4
Capítulo IV


Notas iniciais do capítulo

~capítulo reescrito por conta da exclusão das categorias de histórias com pessoas reais~



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No capítulo anterior...

"– Jace Bellony? – disse espantada.

Oh, não. Tudo, menos uma fã louca."


Capítulo IV

POV – Marina


- Sim, Jace Bellony – ela sorriu orgulhosa – Não comentei com você?

- Não, não comentou – murmurei um pouco irritada.


Não me entendam mal. Não é por causa de ele ser Jace Bellony, claro que não. É só que... Passando tanto tempo com Mariana, soube de alguns acontecimentos ligados às celebridades. Acontecimentos que eu não fazia menor questão de estar envolvidas.


Eu só estava aqui para estudar. Só. Porque eu não podia ter pego uma família classe média, que todo santo domingo faz almoço em família? Sabe aquelas de pais simpáticos, cachorro grande e filhos pequenos? Então...


- Tudo bom? – perguntei tentado parecer legal.

- Ah, claro – ele assentiu – E você?


Apenas sorri.


- Então... – ele coçou a nuca – Eu vou lá em cima, rapidinho, para me trocar – e o menino saiu correndo.


Maluco.


Katy pareceu um pouco embaraçada depois daquilo. Acho que foi pelas roupas do filho, ou a falta delas...


Na hora do almoço, ela pediu para que eu fosse chamar Jace. Parei de arrumar a mesa e subi as escadas. E agora? Qual era o quarto dessa criatura? Suspirei e abri a primeira porta a direita. Não, banheiro. Ao abrir a quarta porta, arrependi-me.


Jace estava saindo do banheiro cantarolando com uma toalha na cintura. Seu cabelo estava molhado e num tom mais escuro. Quando me viu levou um susto. Segurei o riso.


- Só vim avisar que o almoço já está pronto – disse, tentando não olhar para ele.

- Vou terminar de me trocar – Terminar? Por acaso já começou? – E desço.

- Tudo bem – murmurei rapidamente, indo para a porta.

- Bem vinda – Jace disse.


Olhei para trás e dei um meio sorriso. É, ele podia ser maluco, mas era educado.


- Obrigada, Jace.


POV – Jace


Fiquei encarando a porta depois que Marina saiu. Fiquei surpreso quando a vi no meu quarto. Mil e uma idéias passaram na minha cabeça: ela me agarrando, berrando que era minha fã; ela com uma faca escondida, me atacando com minha família já morta.


Coloquei uma blusa azul e uma calça jeans e desci. O almoço foi tranquilo. Nossa convidada contou bastante coisas do lugar que ela veio, o Brasil. Minha mãe nem comia, fazia muitas perguntas, desde o dia do aniversário até a marca de pasta de dente. Admito ter prestado atenção em cada resposta.


Depois do almoço, fui para o meu quarto, onde passei o resto da tarde. Deitado na cama, tentei diversas vezes compor uma música.


- Jaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaace – ouvi uma voz estridente. Só poderia ser Juliett.


Deixei o violão em cima da cama e desci para ver o que ela queria. Ao entrar na sala, percebi uma mudança. No lugar da mesinha de vidro que estava no meio da sala, tinha uma mesinha com várias xícaras e cadeirinhas. Ah, era a hora do chá.


- Jace, vem blicar com a gente – chamou a pequena.

- Ju, não posso. Tenho... – pensei em uma desculpa – que dar banho no cachorro – sorri.

- Mas não temos cacholo – ela disse confusa. Droga, tinha esquecido desse pequeno detalhe.

- É, Jace, vem brincar – olhei para o sofá e lá estava Marina sorrindo. Como não a vi ali?

- Talvez eu tenha um tempinho para brincar...


Depois de tomarmos chá – leia-se: água quente –, Ju parecia entediada.


- Quelo blincar de outra coisa – ela disse franzindo o cenho. Tentei segurar o riso e pude ver que Marina também.

- Do que quer brincar, então? – ela perguntou.

- Deixa eu ver – ela pensou por alguns segundos e gritou – Vamos blincar de maquia!

- Que tal maquiar a Marina? – sugeri rapidamente. Marina me fuzilou com os olhos.

- Ju, acho que seu irmão ficaria lindo de batom rosa, você não acha? – ela deu um sorriso malicioso.

- Boa ideia – a pequena assentiu sorrindo – Vem, Jace, quelo te pintar igual quando a mamãe sai.

- A Marina ficará bem mais bonita – dei um passo para trás.

- Não, Jace – disse quase chorando – Eu quelo pintar você!


Só que faltava essa. Juliett iria mesmo chorar? E que cara era essa de cachorro que caiu da mudança? Não devia ter deixado-a assistir Shrek.

- Vai mesmo fazer sua irmãzinha chorar? – perguntou Marina, sem acreditar.

Ótimo, agora eu era um ser sem coração que fica aparecendo seminu por aí.


- Pode me maquiar, Ju – murmurei, rendendo-me.

- Ebaaaaaaaaaaaaa – ela berrou batendo palmas. Ela não estava prestes a chorar?!


As duas me fizeram deitar no sofá e a tortura começou. Quando dei por mim já era noite. Elas me deixaram levantar, tentando segurar o riso. Parei em frente ao espelho que tinha na sala e meus olhos arregalaram.


Passaram lápis, sombra pink, batom pink e um negócio que deixou minhas bochechas rosas. Bem feito, Jace. Ninguém mandou dar corda à aquelas duas.


- Boa noite – minha mãe entrou com uma caixa de pizza que deixou cair quando me viu – Jace?

- Mãe, posso explicar tudo – murmurei. Já comecei mal. Sempre quando alguém fala “posso explicar tudo” quer dizer que a pessoa não pode explicar porra nenhuma.

- Meu filhinho... Minha filhinho é gay – ela sussurrou para si mesma. Aquelas traidoras estavam chorando de tanto rir.

- Eu não sou gay – berrei. Minha voz saiu um pouco mais fina do que esperado. Merda.

- Será que Jacob seguirá o mesmo caminho? – ela continuou.


Depois de esclarecer o mal entendido, fomos comer a pizza. E sim, eu continuei com a maquiagem. Quando estava subindo para o quarto, senti alguém segurando o meu braço. Era Marina.


- Desculpa – disse – Se quiser, posso te emprestar um produto que tira toda essa maquiagem.

- Ah, não se preocupe. Eu já tenho o meu – ela levantou a sobrancelha – Não porque eu use maquiagem – tentei explicar – É que não é a primeira vez que Ju faz isso.

- Não se preocupe, eu entendi.

- De qualquer forma, fiquei uma gata – ela gargalhou.

- Só você, Jace, só você – senti algo estranho quando ela pronunciou o meu nome – Hoje foi um longo dia. Até amanhã.

- Até amanhã – murmurei, indo para o quarto.


De uma coisa eu tinha certeza. Esses dois meses serão muito divertidos.


Continua...


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram do capítulo? Não foi exatamente um capítulo importante, maaas...
No próximo capítulo, Marina vai conhecer novos amigos e se divertir um pouquinho.
UAHSAUSAHSAUSHAUS'
Eu empaquei no capítulo XI, por não saber o que fazer. Aliás, eu até sei, mas ainda estou tentando passar pro PC. Agora só faltam quatro/cinco capítulos para chegar onde parei da última vez :D
Embora a PG já tenha passado, ainda estou enrolada. E agora é com o meu blog, o Mundo da Noite. Tenho que fazer uma resenha de um livro que a editora mandou até o final do mês e eu ainda nem terminei de ler. Ai, ai.
Também fico escrevendo novas histórias (e não termino, diga-se de passagem).
Enfim, espero que tenham gostado do capítulo e comentem, oks? :D
Qualquer coisa, é só me chamar lá no twitter (@MariihGoomes), no Coisas & Coisas ou até mesmo no Mundo da Noite.
Beijoos ;*
http://mariihgoomes.blogspot.com/
http://mundo-da-noite.blogspot.com/