Gina o beijou mais uma vez antes de sussurrar:

- Desculpe por ter duvidado de você.

- Tudo bem. - respondeu Harry tentando acalmá-la - Não se preocupe com isso, se preocupe apenas em se recuperar.

Ela o abraçou de novo.

- Eu comprei uma coisa para o nosso casamento. - disse ela com um sorriso.

- Ah é ? E o que você comprou?

- Meu vestido.

- Deixa eu ver. - pediu Harry sorrindo.

- Ah não, Harry. É surpresa. Se você vir agora, não vai ter graça lá no casamento. Ah, falar nisso, quando vai ser?

- Daqui a aproximadamente 3 meses. É muito cedo?

- Não. O principal nós já temos. Mas, me conta, como foi hoje lá no Ministério? Já sabe quando vai começar a trabalhar?

- Foi bom. Eu vou começar a trabalhar amanhã mesmo. Eu fiz um acordo com o Ministério.

- Que acordo? - perguntou Gina curiosa.

- Como o meu tempo antes de começar a trabalhar era de dois meses e eu só gastei um, eu vou começar a trabalhar agora, e vou parar durante um mês depois do casamento, para a nossa lua de mel.

- Ah, que ótimo então. Assim vamos poder aproveitar mais o nosso tempo depois do casamento. - disse ela com uma expressão maliciosa.

Harry riu e a beijou. Eles foram interrompidos por uma batida na porta.

- Entre. - falou Gina elevando a voz.

Era o Sr. Brian, vindo com um copo na mão.

- Desculpem interromper, mas está na hora da Gina tomar a porção para descansar um pouco.

- Não pode ser mais tarde? - perguntou Gina chorosa.

- Não senhorita, você sofreu um ferimento grave na cabeça, precisa se recuperar direito.

- Tudo bem, deixa eu me despedir do Harry que eu tomo.

- Certo, mas não esqueça de tomar. Vou deixar vocês sozinhos.

O Sr. Brian saiu fechando a porta do quarto.

- Bom, acho melhor eu ir, amanhã depois do trabalho eu volto pra te visitar, certo?

- Promete? - perguntou ela.

- Prometo.

Ele beijou Gina e saiu do quarto.

Já que já havia anoitecido, Harry achou melhor ir para a Toca descansar para o outro dia. Ele estava ansioso para começar a trabalhar. Iria ganhar o seu próprio dinheiro com uma coisa que faria bem para todos, e ainda teria a sua própria sala no Ministério.

Ele aparatou na Toca e entrou em casa. Estava vazia, todos haviam ficado no hospital. Ele já ia subindo as escadas quando viu que estava enganado, tinha gente ali. Ele viu Jorge sentado no sofá, aparentemente perdido em pensamentos.

Harry andou até lá e sentou-se ao seu lado.

- Oi Jorge, está tudo bem?

- Está, Harry. E a Gina? Se recuperou?

- Sim, ela está bem. - respondeu Harry. - Jorge, eu nunca tive a chance te conversar realmente com você. E agora que eu estou tendo, há uma coisa que eu quero te dizer: Eu realmente sinto muito pelo Fred. Eu sei que isso não muda o que você está sentindo, eu sei como é isso, eu já perdi muitas pessoas também, mas eu quero que você saiba que se tudo se repetisse, eu iria fazer o máximo para salvar seu irmão.

- Obrigado, Harry. Não foi culpa sua. Eu sinto muita falta dele, não sei se é porque ele era meu irmão gêmeo ou porque éramos muito unidos, mas é como se ele tivesse levado uma parte de mim com ele. Eu nunca mais vou ser o mesmo. Sabe, basta um sorriso, por mais irônico que seja, para as pessoas acharem que está tudo bem com você, quando na verdade o seu mundo está desmoronando ao seu redor, e você não pode fazer nada para impedir.  É assim que eu me sinto. O tempo todo.

- Sinto muito, Jorge. Eu também já me senti assim, e sei que é uma sensação horrível. Mas você precisa seguir em frente. Você acha que o Fred iria gostar se você passasse o resto de sua vida lamentando pela morte dele? Porque eu acho que não. Ele iria querer que você tocasse com a sua vida, e provavelmente iria até fazer uma piada sobre isso. - os dois riram quando Harry disse isso. - Mas em fim, saiba que eu estou aqui para o que precisar.

- Obrigado, Harry. - disse Jorge.

- Não há de que. É o mínimo que eu posso fazer por você. Bom, eu vou dormir, amanhã eu começo a trabalhar. Boa noite.

- Boa noite.

Harry subiu para o seu quarto e deitou. Aquele tinha sido um longo dia. Não demorou muito e ele adormeceu, estava cansado demais para pensar em alguma coisa.

Harry acordou com um cutucão de Rony.

- Levanta cara! Você vai querer chegar atrasado no seu primeiro dia?

- Pô Rony, isso dói. Você poderia ter apenas me chamado.

- Estou fazendo isso há no mínimo 5 minutos, mas você dorme que nem pedra. Mas deixa de conversa, anda logo, se não vamos chegar atrasados.

Harry se levantou e se apressou em se trocar. Quando terminou, desceu e praticamente engoliu a comida inteira antes de sair com Rony.

Quando chegaram no Ministério deram de cara com Shacklebolt.

- Oi, rapazes. - cumprimentou o ministro.

- Oi Quim. - responderam Harry e Rony juntos.

- Bem, hoje é  o primeiro dia de vocês, então não vamos entregar nenhum caso ainda. Hoje vai ser só de adaptação. Me acompanhem, eu vou levar vocês até a sala em que vão ficar. Vocês se incomodam em dividir a sala durante um tempo?

- Não. - responderam juntos de novo.

- Bom, então tudo bem. Vamos.

Eles seguiram Quim por vários corredores até que finalmente ele parou em frente a uma porta com uma placa na qual tinha escrito: Harry Potter e Ronald Weasley, Aurores.

-  É aqui rapazes. - disse Quim. - Bom, desculpem, mas estou atrasado para um compromisso importante. Qualquer dúvida, vocês podem perguntar ao Arthur.

- Ok, muito obrigado Ministro. - disse Harry.

- Igualmente. - completou Rony.

Eles entraram na sala e sorriram ao ver que a sala era bem bonita e elegante. Tinham duas escrivaninhas e prateleiras cheias de livros. As paredes eram em tons sérios, exceto a principal, que era branca.

O dia seguiu calmo. Eles conseguiram se adaptar tão bem, que Quim achou que já estavam preparados para receber casos. Eles conseguiram resolver dois casos em apenas um dia de trabalho, e Quim foi embora certo de que tinha conseguido dois grandes aurores.

Já estava quase na hora de irem embora, quando Rony chamou Harry.

- Ei, Harry, eu estive pensando em pedir a Hermione em casamento. O que você acha?

- Acho ótimo. Ela vai adorar, ela gosta muito de você.

- Ok então. Vou falar com ela assim que eu sair daqui.

- Rony, você pelo menos já tem as alianças?

- Não. Esqueci desse detalhe. Vou comprar antes de ir falar com ela então.

- Tudo bem, boa sorte então. Vou lá ver sua irmã agora.

- Certo. Ficou tudo bem entre vocês? - perguntou Rony.

- Ficou. Ela só ficou nervosa com o que viu, mas a Samanta me ajudou e foi lá conversar com ela.

- Ah, que ótimo.

- Bem, vou indo, tchau. - disse Harry.

- Tchau.

Harry saiu do Ministrio e aparatou no St. Mungos. Ele foi até o quarto de Gina e entrou. Ela estava acordada, ele achou que estava esperando por ele, e estava certo.

- Oi Harry, adivinha só! Eu já vou poder ir pra casa hoje, só que vou ter que voltar aqui duas vezes por semana pra tomar uma porção.

- Isso é ótimo, meu amor! - disse Harry dando um beijo nela.

- Eu também tenho uma novidade.

- Qual? - perguntou ela curiosa.

- O Rony vai pedir a Mione em casamento.

- Aleluia meu irmão tomou uma atitude! Pelas Barbas de Merlin, a Hermione estava achando que ela que iria ter que pedir.

Harry riu.

- Já está na hora de eu dar umas aulinhas pro Rony, não acha? - perguntou Harry rindo.

- Com certeza, seu bobinho! - Gina riu, dando um beijo na bochecha de Harry.

- Então, você já pode ir pra casa agora? - perguntou ele.

- Sim, já ia até me esquecendo. Minha já levou minhas coisas, eu só estava esperando você chegar.

- Bom, então vamos. Você já pode aparatar?

- Sim, só que o Sr. Brian avisou para evitar o máximo. Mas não tem problema só hoje, eu não aparato com frequência mesmo.

- Certo. - disse Harry estendendo o braço pra ela.

Eles aparataram no jardim da Toca, e Hermione veio correndo em direção a eles.

- Gina, adivinha! O Rony me pediu em casamento! Olhe que linda a aliança. - disse Hermione mostrando o dedo a Gina.

- Eu não acredito Mione! Que bom que vocês também estão noivos! Estou tão feliz por vocês! - disse Gina.

Ela teve tato o suficiente para fingir que no sabia de nada e Harry gostou disso. Ele ficava cada vez mais apaixonado por ela.

- Bom, a Sra. Weasley disse para chamá-los para jantar assim que chegassem. Vamos?

- Vamos. - respondeu Harry.

Eles entraram e sentaram-se na mesa de jantar.

- Hoje temos uma novidade. - disse a Sra. Weasley. - O Rony e a Hermione estão noivos! Não é ótimo?

Ao contrário de quando ela anunciou que Gina estava noiva de Harry, os irmãos aplaudiram e fizeram brincadeiras com a novidade.

- Harry, essa bagunça toda me deixou com dor de cabeça. - disse Gina. - Vamos lá pra cima comigo?

- Vamos.

Eles subiram e foram para o quarto de Harry. Deitaram na cama de Harry e ficaram um tempo em silêncio.

- Harry, realmente desculpe por no ter confiado em você. - falou Gina, quebrando o silêncio.

- Tudo bem Gina. Você ficou nervosa por ter me visto abraçando uma mulher, só isso. Mas isso não vai mais acontecer. Nós estamos noivos, e vamos nos casar daqui a três meses, e depois, se você quiser, teremos filhos. Não vai haver mais nada para atrapalhar nossa vida de novo.

- Tudo bem. Acredito em você. Mas você, o famoso Harry Potter, vai querer passar o resto da sua vida COMIGO, Gina Weasley?

Ele a interrompeu com um beijo, e sussurrou no seu ouvido:

- Sempre.