Uma semana havia se passado desde a derrota de Lord Voldemort. Os Weasley estavam começando a se recuperar da morte de Lupin, Tonks e principalmente Fred. Nessa primeira semana as coisas na Toca foram estranhas, ninguém falava muito, todos estavam em seu estado de luto pelas perdas.

Depois de muitas conversas com o Sr. e Sra. Weasley, Harry se convenceu de que não tinha sido culpado pelos últimos acontecimentos.

Ele e Gina não tinham se falado muito durante a semana, e ele decidiu que precisava ter uma conversa com ela, preciva saber se ela ainda sentia o mesmo por ele, pois depois de todo esse tempo, percebeu como sentia a sua falta.

Perto da hora do almoço ele decidiu caminhar um pouco pelos jardins da Toca para colocar os pensamentos em dia. Então avisou à Sra. Weasley, que o fez prometer voltar a tempo para o almoço. Ao sair da casa, percebeu que o dia estava lindo, o sol iluminava o jardim, com uma temperatura agradável.

Então andou um pouco e se sentou embaixo de uma árvore, onde colocou a cabeça entre os joelhos e se lembrou da sua vida em Hogwarts, se lembrou das reuniões na sala comunal da Grifinória, dos passeios com Gina, e das visitas a Hagrid. 

Então ouviu passos vindo em sua direção e impulsivamente ergueu a cabeça com a varinha à punho. Se surpreendeu. Era Gina. Vinha com um vestido branco de alcinhas. Ele percebeu como ela ficava linda naquele vestido, e sentiu saudade do tempo em que estavam realmente juntos.

Imediatamente abaixou a mão que estava com a varinha e se levantou pra falar com ela. 

- Oi, Gina 

- Oi, Harry, mamãe pediu pra vim lembrá-lo de que já está quase na hora do almoço.

- Ah, obrigada Gina, eu já estou indo.

Ela  ia voltando pra casa quando Harry percebeu que não dava mais pra adiar aquela conversa, e a chamou:

- Gina, - ela virou pra trás e esperou ele continuar - acho que precisamos conversar.

Ela se aproximou dele, e apesar de que quando olhou nos seus olhos verdes vivo ja sabia sobre o que era, perguntou:

- Sobre o que, Harry?

- Sobre nós.

Ele disse pra ela sentar um pouco, e quando sentaram à sombra da árvore, ele olhou nos olhos dela, e por um momento esqueceu o que ia falar, esqueceu até porque estava ali. Ele afastou uma mecha do cabelo dela que estava caída nos olhos, devido ao vento, e simplismente ficaram ali durante um longo minuto, apenas se olhando.

Então ele decidiu quebrar o silêncio:

- Gina, eu te chamei pra conversar, porque eu quero saber dos seus sentimentos por mim. Você tem todo o direito de me odiar, pois, querendo ou não, Voldemort matou seu irmão, quando na verdade ele só queria a mim, e eu lembro de ter terminado com você no enterro de Dumbledore, mais foi por medo, medo de Voldemort te usar contra mim, e eu não suportaria isso. Gina, eu te amo, todo esse tempo que passamos separados foi horrível, mas eu estou disposto a recomeçar minha vida, e dessa vez com você ao meu lado.

Ela não sabia o que dizer, sabia que o que ele estava passando devia ser horrível. Então ela segurou a mão de Harry, olhou pra ele e deu um sorriso doce. Ela achou melhor não falar nada pois corria risco de começar a chorar no meio da frase. Ele sorriu de volta, e isso bastou pra ela abraçá-lo e dar um beijo diferente dos outros, esse tinha um toque mais apaixonado e urgente, pois mesmo que toda a batalha tivesse acabado, eles ainda tinham medo de ficar separados mais uma vez.

Decidiram voltar pra Toca, antes que alguém notasse a ausência dos dois, então almoçaram e passaram a tarde juntos debaixo daquela mesma árvore, onde tinham certeza, ser o recomeço de um vida melhor, mais feliz, e sem dúvia mais tranquila.

Anoiteceu e Harry e Gina iam voltar pra Toca, pois Molly já ia servir o jantar e gostava de todos na mesa. Harry e Gina haviam concordado que Harry deveria pedir permissão ao Sr. Weasley para namorar com Gina, pois não queria ter que ficar namorando escondido.

Depois do jantar, Harry chamou o Sr. Weasley para a sala e disse a si mesmo que não havia porque ele não concordar com o namoro, então não tinha porque está tão nervoso. Se sentaram um de frente para o outro e Harry começou a falar, antes que perdesse a coragem.

- Sr Weasley, eu te chamei aqui pra conversar porque eu quero pedir permissão pra namorar com a Gina. Eu gosto muito da sua filha, e tenho o maior respeito por ela, mas achamos que deveríamos pedir a sua permissão para começar a namorar.

Harry achou que deveria dizer que não tinham começado a namorar ainda, e esperou que o Sr. Weasley não percebesse que era mentira, pois depois de toda aquela tarde juntos, trocando carinhos e beijos, era impossível eles ainda não estarem namorando. Porém, Harry percebeu com alívio, que o Sr. Weasley não notara nada.

- Fico muito feliz por você e Gina, Harry. - disse o Sr. Weasley, sorridente - Vocês têm a minha total permissão para namorá-la, mais eu já passei por essa idade e sei como é, então peço que tomem cuidado com esse namoro, pra evitar surpresas precipitadas.

Harry apertou a mão do Sr. Weasley e subiu para o quarto que dividia com Rony, e contou a novidade ao amigo. Rony no início não gostou, ficou com ciúmes da sua irmã caçula, mas depois eles começaram a falar de Hermione, e logo Rony esqueceu o assunto.

Eles estavam conversando quando Hermione e Gina entraram no quarto cheia de travesseiros nas mão, e quando eles olharam com os rostos surpresos, porém maliciosos, Gina jogou uma almofada que acertou em cheio o rosto de Rony. Eles fizeram uma guerra de travesseiros bem disputada, até Molly dizer que ja estava na hora de se deitarem, pois já estava ficando tarde.

As meninas foram dormir no quarto delas e deixaram Harry e Rony sozinhos no quarto, que estavam tão cansado que nem conversaram, como de costume. Apenas foram se deitar. Rony adormeceu na mesma hora, porém Harry ficou um pouco acordado, pensando em como tinha sorte de namorar com Gina e em como seria o dia de amanhã. E finalmente, com um sorriso nos lábios, adormeceu.