A Marca escrita por Sweet Nightmares


Capítulo 39
Inocência (James/Rebeca)


Notas iniciais do capítulo

WHERE DID I GO WRONG?
I LOST A FRIEND
SOMEWHERE ALONG IN THE BITTERNESS
AND I WOULD HAVE STAYED UP
WITH YOU ALL NIGHT
HAD I KNOWN HOOOW TO SAAAVE A LIIIFE!!!
terminei de ver Death Note à 1 da manhã. comecei o epi rindo e terminei chorando e foda-se u_u
KIRA É O DEUS DO NOVO MUNDO!
eu não esperava aquilo do Matsuda... enfim, enfão, vamos aos fatos:
eu demorei, não nego, publiquei quando pude. é que eu tive bloqueio imaginário e só me inspirei ontem depois de ver Death Note, depois de um dia inteiro sem internet que resolveu voltar só quando já era quase meia noite, mas anyways...
escrevi. postei. tô aqui. quero beijo, quero abraço.
e diria que tem Ecchi nesse capítulo, mas até isso a Rebeca estragaSPOLEISIMEAÍVAIMEBATER?
bjo, té lá embaixo ^^



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Fazia uma semana desde que voltáramos da Itália. Ainda passava nos jornais sobre o misterioso incêndio no coliseu. Estávamos no quarto de Rebeca, pois eu havia sido expulso do meu por sair sem pagar.

Quero dizer, eu paguei pelo quarto, eu fiquei devendo as bebidas. Lembra no começo da história que eu fiquei com uma garota que pegou umas 50 libras da minha carteira porque eu a fiz pagar pelas bebidas? Então, era mentira. Ela não pagou pelas bebidas, mas ela levou meu dinheiro.

E por isso, apesar do ciúme ter brotado em seu olhar, Rebeca me zoou continuamente por isso quando descobrimos, logo depois de voltarmos.

Agora nós estávamos dividindo um quarto cuja única cama é de solteiro.

É, eu sei o que você está pensando. Mas não, nós não dividimos tal cama, na verdade, Rebeca conseguiu arranjar um colchão.

É, um colchão.

Nós estávamos namorando, mas eu dormia no chão.

E ela parecia se divertir com isso, rindo da minha cara sempre que eu tentava persuadi-la a me deixar dormir com ela. É, nesse sentido que você pensou também.

Denise miou, como se agradecesse as carícias de Rebeca, que sorria para ela.

-Até sua relação com a gata da Marie é mais intensa que a nossa. – murmurei com falso ciúme na voz. Ela riu.

Denise desceu de seu colo e se escondeu embaixo da cama quando tentei tocá-la. Aquela gata me odiava.

-Bom dia. – Rebeca cumprimentou-me, beijando meu rosto.

-Bom dia, mexicana! – cumprimentei me espreguiçando. Ela me deu um soco no braço.

Gritei rindo – o que foi de certo medonho de se ouvir, devo admitir. Ela riu do meu grito-risada.

-Idiota... – ela disse entre risos, levantando e abrindo o armário, buscando algo para vestir – O que vai querer para o café da manhã?

Observei enquanto ela tirava a camisola e a substituía por uma T-shirt qualquer e um short jeans. Senti um sorriso surgir em meus lábios.

-James? Fiz uma pergunta. – ela disse, virando-se para mim.

-Eu estava ocupado demais para responder. – justifiquei, levantando e puxando-a para mim.

Ela riu, entendendo minhas palavras e tocando meus lábios com os seus logo em seguida.

-Se não quiser nada vou comprar um pouco de tabaco para você mascar, cowboy. – brincou. Ri em resposta.

-Só você já é o suficiente. – eu disse.

Ela mexeu o rosto de maneira que seu cabelo cobrisse seu rosto, formando uma cortina negra que tinha como objetivo me impedir de ver o rubor em seu rosto. O que falhou, pois eu pude notar sua pele enrubescida.

-Ei... – chamei, fazendo-a levantar o olhar – Te amo. – e era verdade. Eu amava.

Vi um sorriso tímido brotar em seus lábios, retribuí-o.

-Vou comprar apenas pão, então. E algo para o sanduíche, talvez queijo. – ela disse, soltando-se de meu abraço e indo até a porta.

Meu sorriso morreu. Vou comprar pão não era bem a resposta que se espera quando se diz Eu te amo.

-James... – chamou, parando em frente a porta, hesitante.

-Diga.

-Te amo mais. – falou, sorridente, antes de sair do quarto.

Sorri. Era tão fácil agir como se tudo estivesse bem...

Rebeca:

... Mas não estava. Definitivamente não estava tudo bem. Ambos sentíamos a perda de Marie, porém de maneiras diferentes. Eu sentia culpa por tê-la matado e por tê-la odiado alguma vez e agradecimento por Marie ter protegido Lucas. Mas James... James provavelmente sentia falta dela como uma amiga.

Porque eu não contara a ele ainda. Não tivera a chance de fazê-lo. Desde que matei Marie, realizando seu último desejo, nunca abordamos esse assunto. Voltamos para a Inglaterra no primeiro momento possível e passamos a viver nossa vida como um feliz casal, como se nada houvesse acontecido, deixando tudo aquilo para trás. A dor, o sofrimento, as batalhas...

As mortes.

Agindo como se... Como se nada daquilo tivesse sido real. Nessa vida que vivíamos naquele momento, Pablo, Jorge, Fátima, Enzo, Annabeth, Victor, Charles, Katherine, Hanaggan e Marie nunca existiram. Éramos apenas eu e James. Dois jovens de países diferentes que vivíamos uma clichê e melosa história de amor em Londres. Havíamos abandonado tudo pelo que passáramos, assim como abandonamos nossas personalidades.

E ambos sentíamos o quão vazia nossa relação estava, apesar de tantos momentos românticos, que não passavam de apenas tentativas desesperadas para preencher esse espaço e recuperar o que sentíamos antes.

E, no dia seguinte, eu voltaria para o Brasil. E nós nos separaríamos. E, pela primeira vez, James dissera olhando em meus olhos que me amava. Sem rir, sem fazer uma piada depois, e sem uma atmosfera tensa e coberta por mortes. Apenas disse. E seus olhos indicavam sinceridade.

Talvez fosse disso que nós precisávamos. Sinceridade.

Por isso, resolvi tomar suas palavras como um sinal de que devíamos nos abrir um para o outro. Resolvi tomá-las como uma mensagem de que era o momento de dizer o que precisava ser dito e o momento de parar de esconder a verdade sobre o último mês.

Acabei comprando pão de queijo na padaria, e dois copos de café, então voltei as pressas para o hotel, sentindo que estava prestes a ter um colapso ou então prestes a entrar em prantos no meio da rua. Peguei o elevador e logo me vi em meu andar, correndo para o quarto – não era o mesmo quarto que me hospedara da última vez, mas era no mesmo andar.

-James? – chamei ao entrar – James! Comprei pão de queijo, espero que goste!

Ele saiu do banheiro com uma faixa envolvendo seu pulso.

-James! – gritei, largando tudo no chão e correndo até ele – O quê...?

-Essa Denise é muito ingrata, sabia? A gente salva ela da possibilidade de morrer de fome e ela me arranha... – ele disse. Abracei-o com força.

-Que susto! Eu pensei quê... Pensei quê... – as lágrimas começaram a escorrer compulsivamente por meu rosto – Ah, James!

-Calma, Rebeca... Já acabou... Tudo acabou.

Era a minha chance. Possivelmente minha última chance. Soltei-me de seu abraço e andei até a cama, deixando-me cair na mesma, James sentou-se ao meu lado.

-Não, nem tudo. – murmurei. Ele me encarou confuso – Eu não fui completamente honesta com você em relação a Marie, James...

-Como assim?

-Enquanto estava em cativeiro, ela... Eles a torturaram para que ela revelasse qualquer coisa que fosse para usarem contra nós, inclusive mataram sua melhor amiga e o primo da garota, mas em momento nenhum ela desistiu... Em momento nenhum ela revelou qualquer coisa que soubesse, como por exemplo sobre Lucas e Miguel e... – apesar de ser uma conversa séria, pronunciar o nome da ex de James não me foi fácil – Rachel. – completei – No fim de tudo, ela é a única razão para estarmos vivos. Não eu, nem você. Marie. Devemos nossas vidas e as das pessoas mais importantes para nós à ela! Pronto, falei! Não adianta nada ficar agindo como se...

-Rebeca...

-... Tudo o que passamos...

-Rebeca.

-... Nunca tivesse acontecido! Em algum momento algum de nós teria de...

-Rebeca.

- ... Trazer o assunto à tona, e...

-Rebeca! 

Parei de falar ao perceber que ele já havia me chamado várias vezes.

-Obrigado por me contar isso. E você está certa, um de nós devia tomar a iniciativa. Mas você tem que entender o quão difícil era para mim relembrar qualquer momento do Coliseu...

-E você acha que para mim não era?! – aumentei o tem de voz.

-Era mais difícil para mim, Rebeca!

-Ah, é, mesmo? E por que isso?

-Eu te perdi! – gritou.

-Eu também me perdi, James! – gritei com todas as minhas forças.

Seus músculos se relaxaram e então ele me puxou para si e me abraçou com força.

-Acredite, morrer não é nem um pouco legal... – falei com a voz falhando por conta do nó em minha garganta – Não, aquilo não era morte... Era pior que morte. Pior que qualquer coisa. Eu tinha uma breve consciência do mundo a minha volta. Eu sentia uma dor imensa em todos os músculos de meu corpo, especialmente no pulso cortado, podia sentir o sangue escorrer e minha vida se esvair aos poucos. Senti sua raiva, seu ódio, ouvi os gritos de Marie e de todos que foram mortos ali. Eu estava viva, mas era incapaz de mover qualquer músculo, por mínimo que o movimento fosse... – James apertou o abraço – Eu não morri porque sou mais... imortal, digamos assim. Apesar de isso não fazer sentido... Sou quase como Hanaggan. Não morri quando cortaram minha marca porque meu sangue Killster é reforçado. Sou neta de Charles e Annabeth. Sou descendente de dois da espécie, diferente de você e Marie e dos outros, que se tornaram Killsters por conta do ritual. Hanaggan provavelmente descobriu um ritual para reforçar sua imortalidade, ou talvez tenha alguma relação com o fato de que ele tinha uns quinhentos anos de vida, não sei, só sei que nele essa taxa de imortalidade elevada foi mais eficaz. Ele não entrou em estado vegetativo como eu entrei.

Percebi que a camisa de James já estava molhada com minhas lágrimas.

-Meu plano era matar todos ali e me matar no final. – revelou – Tudo que eu conseguia pensar era que eu seria incapaz de viver no mundo sem uma nerdzinha, mexicana para me provocar me chamando de cowboy.

Ri, apertando o abraço por mais alguns minutos, antes de me soltar. Olhamo-nos nos olhos por alguns minutos, então eu desviei o olhar para encarar a sujeira no chão. James riu.

-Vou chamar alguém para limpar isso. – disse – Acho que dá para salvar alguns desses pães de queijo ainda... Bem, pouco importa, vá se deitar. Dá para ver nos seus olhos que você precisa descansar.

-Mas eu acordei há pouco.

-E acabou de desabafar. Guardar tantos sentimentos pode ser exaustivo, nerd. Deita só para você ver! Quando você perceber já ser amanhã e você vai estar acordando!

Seguindo suas palavras, joguei-me na cama e fechei os olhos.

...

Acordei com James falando ao telefone.

-Rebeca is sleeping. Sleeping is sleeping, for God’s sake! Wait, I’m gonna Google it… Dor… min… do. A Rebeca está dormindo. Got it? What? Man, I can’t understand you! I don’t fucking speak in Portuguese! Don’t you fucking yell at me, you freaking little pussy! Fuck you! Dumbass... “Filho da...” What? Are you swearing at me? I know what “puta” means, little slut! I’m using translate Google right now and... Did you just call me gay? Oh, well, I’m so gay that I’m fucking your sweet Rebeca! ... Yeah, you got me, I’m lying. But she’s my girlfriend anyway, so… What? Wait, she just woke up. Rebeca, Lucas wants to talk to you.

-Lucas? – atendi.

-Rebeca, seu namorado tava me xingando. Eu não entendi quase nada, mas eu sei que ele me chamou de slut e disse fuck you, bate nele. – atendi seu pedido dando um tapa no braço de James.

-Pronto. O que houve, porque me ligou?

-Você volta amanhã, né?

-É sim, por quê?

-Sinto sua falta.

Sorri.

-Também sinto sua falta, Lucas.

-It means “I miss you” doesn’t it? Man, I gotta learn Portuguese…

-Shut up, James! – eu disse – Então, Lucas, porque me despertou de meus sonhos?

-Porque eu te desejo. – ri – Mentira, é porque eu tava sentindo um vazio dentro de mim desde... Uma semana atrás exatamente. – há exatamente uma semana eu estava em Roma, mas especificamente no Coliseu – E você não me ligou essa semana, aí eu fiquei preocupado nível extremo, mas quando eu te liguei no número que você usou para me ligar e tive que discutir com um cara em uma língua diferente, relaxei, porque ele disse que você tava sleeping... Mas eu ainda tô preocupado...

-Eu tô bem agora, Lucas.

-Agora? Significa que antes você não estava? O que houve?!

-Lucas, esse não é o tipo de coisa que se conta por telefone. Quando eu voltar eu te conto toda a história, ok? Desde a parte em que parei.

-A parte que você foi no banheiro por causa da coceira.

-Você lembra?

-Lembro...

-Certo, então. Amanhã eu te conto, ok? Pessoalmente.

-Ok... Até amanhã... Beijos.

-Beijos, te amo.

-Também te amo.

Devolvi o telefone a James depois que Lucas desligou.

-Você estava certo, eu dormi. – disse. Ele sorriu.

-E como um anjo.

Sorri e beijei-o nos lábios. Olhei pela janela e pude perceber que já estava escurecendo. Nossa, por quanto tempo eu dormi?

-Rebeca?

-Diga, James.

-Eu... Essa é nossa última noite juntos, certo?

-É, é sim... – senti uma onda de melancolia me atingir.

-Então... Eu... – ele parecia não saber ao certo o que dizer, mas saber que algo precisava ser dito.

Num movimento rápido, subi em seu colo e beijei-o novamente. Ele logo retribuiu e puxou-me mais para si, tornando nosso beijo cada vez mais intenso. Então ele nos virou de maneira que acabamos deitados na cama, seu corpo por cima do meu. Afastei nossos lábios.

-Desculpe por isso, eu... – começou, levantando-se. Puxei-o para baixo.

-Desculpar pelo quê? – perguntei com falsa inocência no olhar. Ele sorriu pervertidamente, um sorriso que eu não via já há um bom tempo. Um sorriso do qual, admito, senti falta.

Suas mãos percorreram meu corpo até chegarem a barra de minha camisa, que ele retirou num movimento rápido, passando, logo em seguida, para meus shorts. Basicamente, em poucos segundos, tudo o que eu vestia era um cordão, mas me livrei deste também.

James olhou para mim com um sorriso provocativo nos lábios.

-Sabe que tem alguma coisa muito sexy nisso tudo? Quer dizer, além de você, claro. Talvez no fim da inocência, eu não sei, mas...

-James, se você falar mais alguma coisa eu vou me vestir. – só isso bastou para pôr um fim na conversa.

Joguei a cabeça para trás ao sentir seu toque, encarando a noite lá fora.

Vamos ver se ele fez por merecer o título de cowboy.


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Notas finais do capítulo

Eu odeio a inocência que a Rebeca passa pras coisas. Com a Rebeca, até sexo parece inocente, sei lá.
"Joguei a cabeça pra trás ao sentir seu toque" blá blá blá! ¬¬ ela tinha que ser mais direta, mas aí eu ia ter que aumentar a classificação indicativa e não to afim.
Assim a pessoa não sabe o que tá rolando, parece até que não tem preliminares! seu toque = *lick, lick, lick*
(lick = lamber em inglês)
pronto, tá aí, falei, foda-se tem preliminares sim, a Rebeca que não conta direito
ignorem o discurso acima e ajam - ajam? isso tá certo? - como se eu fosse uma escritora normal, pq eu sou.
aham, sei, claro ¬¬
FALTAM SÓ UNS TRÊS CAPÍTULOOOS! DÁ LICENÇA QUE EU VOU ALI CRYAR MEU HEART OUT! - ignorem a mistura do inglês com o português tbm.
bjs ^^
ps: sim, o título do capítulo é uma ironia. u_u