A Marca escrita por Sweet Nightmares


Capítulo 35
Vingança (James)


Notas iniciais do capítulo

"Mas não deixo de amar
Se chorei ou se sorri
O importante
É que emoções eu vivi..."
NÃO PERGUNTEM PQ EU COLOQUEI ISSO AQUI, OK?
GRANDES EMOÇÕES NESSE CAPÍTULO, SÃO TANTAS EMOÇÕES QUE EU NÃO VOU PIRAR AQUI PRA NÃO ESTRAGAR A TENSÃO!
sabiam que eu comecei a ficar doida nas notas a partir do capítulo 17?



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Por alguma razão, a morte de Rebeca me fez ver minha vida diante dos meus olhos.

Lembrei-me da morte de meu pai, de minha irmã, de quando minha mãe casou de novo e de quando me mudei. Mas, mais que isso, lembrei-me de Rachel.

Lembrei-me de quando nos conhecemos, quando nos tornamos amigos e quando a pedi em namoro. Ficamos juntos cerca de 3 anos. Ela era completamente minha, mas quanto a mim... Nunca fui o exemplo de namorado perfeito. Também nunca fui fiel, todos sabiam disso, incluindo a própria Rachel, talvez ela não tenha terminado comigo antes por reputação. A maioria de seus amigos eram meus amigos, e, como ela mesmo disse ao terminarmos, ela tinha medo de perdê-los por me deixar. Mas um dia então, finalmente, ela resolveu pensar mais em si do que nos outros, por isso terminou comigo, para acabar com seu sofrimento, mesmo que ela fosse perder seus amigos – o que na verdade não aconteceu.

Mas a questão não é essa. A questão é que nesse dia, quando terminamos, ao invés de sentir raiva ou coisa do tipo, ao invés de me xingar, me bater, me punir pelo que fiz, ela simplesmente disse, como suas últimas palavras:

Um dia, James, um dia você vai encontrar alguém que valha a pena. Alguém que te ame e que você amará. Alguém que te faça ver que nenhuma outra garota no mundo se compara a ela. E, diferente de todos os relacionamentos que você teve até agora, essa garota vai ser demais para você, e não você para ela. Ela poderia ter qualquer homem que valesse mais a pena, qualquer um em que ela tivesse certeza de que poderia confiar, mas ela irá te escolher. E se um dia você perdê-la, vai doer muito mais do que dói em mim nesse momento. Vai doer muito mais do que traição. E você vai passar a vida se perguntando “Por que eu não fiz nada para mantê-la comigo?”. Não estou dizendo isso como algo ruim, James. Só estou te dizendo para abrir seus olhos, porque quando a sua garota aparecer, você não vai suportar deixá-la ir. Então toma jeito, aprende a ser fiel enquanto há tempo, antes que você perca tudo por isso.

Na época eu ri disso. Ri do que Rachel disse. Eu? Amar alguém? Encontrar uma garota que seja demais para mim? Aquilo parecia mais um roteiro de romance clichê. Nunca acreditei no amor, sempre o achei um peso que uma grande parte do mundo carrega nas costas. Sempre odiei amar.

Mas aí eu conheci a Rebeca.

E agora, como uma profecia que se concretiza, eu a estava vendo partir, me martirizando por não tê-la protegido...

Apesar de não ser por traição, eu sentia o peso das palavras de Rachel.

Voltei a mim quando ouvi o grito de Marie.

Vi sangue em minhas mãos, sangue que não me pertencia. Percebi o corpo de Katherine diante de mim, assustado. Havia restos de um sorriso sádico em seu rosto, a mesma pedra que ela usara para matar Rebeca lhe atravessava o abdômen.

Afastei-me dela, deixando-a contra a parede. Lentamente seu corpo escorregou até chegar ao chão.

Ela estava morta.

Senti uma onda de calor percorrer meu corpo. Meus batimentos estavam acelerados e a adrenalina pulsava em minhas veias. Olhei em volta, meu olhar passou por Hanaggan, Charles e parou em Victor. Facilmente ele seria minha próxima vítima. Marie parecia assustada com o eu selvagem que tomava lugar no centro do salão, enquanto eu me aproximava de Victor com um sorriso nos lábios, decidido a vingança.

Victor pôs-se em posição de ataque.

–Isso vai ser divertido. – ele disse.

–Aposto que sim. – falei.

Ele atacou, dando o primeiro passo. Desviei de seu ataque, golpeando-o com um soco, seu corpo foi lançado a poucos metros de distância. Ele retribuiu o ataque. Senti o impacto de minhas costas contra a parede, mas não senti dor. Meus olhos pararam no corpo de Rebeca, morto, próximo a mim. Olhei para Marie, que olhou assustada para sua diagonal. Segui seu olhar, Charles segurava o livro, sorrindo.

Victor se aproximou para outro ataque, agora segurando em sua mão uma das tochas que iluminava o local. Ele jogou a tocha em minha direção, desviei. A luz forte ardeu meus olhos no primeiro momento. O lugar estava em chamas. Victor berrou com raiva e lançou uma faca em minha direção, acertando-me no braço. Gritei de dor e tirei a faca dali. Ele veio até mim novamente, empurrei-o fazendo-o cair no meio do fogo.

Relaxei. Direcionei toda minha concentração para Victor, que queimava no meio das chamas enquanto tentava sair dali. Respirei fundo e mirei no hexágono em sua clavícula. Olhei novamente para Rebeca.

–Essa é pra você. – murmurei.

Atirei a faca na direção dele, acertando em cheio. Pude ouvir seu grito de dor antes que ele caísse morto.

Virei-me para Charles, ele lia o livro em voz alta, mas eu não entendia o que ele estava dizendo. Fiquei confuso; por que ele precisava do livro se já sabia como nos matar?

Minha pergunta ainda estava sem resposta quando Marie atacou Charles, fazendo o livro cair. No tempo em que os dois lutaram, Hanaggan passou por eles e pegou o livro, saindo dali. Eu ainda tinha que vingar a mãe de Rebeca por ela, por isso não podia ignorar Charles para seguir Hanaggan.

Deixe Charles comigo, vá atrás de Hanaggan.

Marie pareceu surpresa no primeiro momento por ouvir minha voz em sua mente, mas logo processou a informação. Charles acertou-a com um soco, jogando-a contra a parede e quando ele se preparou para o golpe final, ataquei-o. Ela aproveitou o meio tempo para fugir.

Logo que ele se recompôs, acertou um soco no meu rosto, fazendo-me cambalear. Ele estava em vantagem, não só por ter experiência, mas por eu estar mais próximo ao fogo. Se eu caísse ali, ou se o fogo me alcançasse, seria fácil para Charles me matar. Tentei tomar vantagem, jogando-o para o lado com um chute, mas ele logo se vingou com o mesmo golpe, lançando-me contra a parede oposta ao fogo com tal força que demorei um pouco para me recuperar.

No tempo em que eu me levantava numa luta contra a dor, Charles passou pelo fogo e pegou a faca cravada na clavícula de Victor, voltando rapidamente até mim.

Ele me pressionou contra a parede com força, rindo alto.

–Veja pelo lado positivo, você vai poder se unir a sua namoradinha no inferno. – ele disse ameaçadoramente, pronto para me acertar no pescoço com a faca.

Fechei os olhos, esperando a morte. De repente Charles gritou.

–Essa é por minha mãe, vovô. – disse Rebeca, com um sorriso divertido nos lábios.

Charles teve tempo de retribuir o sorriso antes de Rebeca pressionar a pedra em sua marca com mais força.



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Notas finais do capítulo

*sem comentários para não estragar a tensão*