A Marca escrita por Sweet Nightmares


Capítulo 29
Sutura (Rebeca)


Notas iniciais do capítulo

oi, pessoaaaas!!!!!!onze!
capitulo dedicado à todos q recomendaram minha fic
*-*
vcs são muito divônicos, ok?
o nyah parou de me bullyinar!!! UHUL!
SHE'S ONE OF THOSE GIRLS, NOTHING BUT TROUBLE, JUST ONE LOOK AND YOU'LL BE SEEIN' DOUBLE!
BEFORE YOU KNOW IT SHE'LL BE GONE!
OFF TO THE NEXT ONE!
SHE'S SO GOOD THAT YOU WON'T SEE IT COMING!
SHE'LL TAKE YOU FOR A RIDE AND YOU'LL BE LEFT WITH NOTHING!
YOU'LL BE BROKEN AN' SHE'LL BE GONE!
OFF TO THE NEXT ONE!
foi mal, mas essa música não sai da minha cabeça ._.
enfim, enjoy the chapter *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/151611/chapter/29

–James! – gritei.

Percebi que ele tentava conter um grito.

–Desculpe-me, James! Eu... Ai, cara! Sério, foi mal! – toquei de leve a área do seu rosto ferida, o sangue escorria do corte um pouco acima de sua bochecha esquerda – Merda...

–Só me leva pra um hospital.

–Não!

–O quê?

–O que você vai dizer pra eles? “Minha amiga cortou minha cara porque foi dominada por uma ira do além”? Eles me mandariam pra cadeia, no mínimo. Eu não posso te levar pro hospital!

–O que você quer que eu faça? Sangre até a morte por um corte no meu rosto? Eu preciso levar pontos, Rebeca!

–Eu... Eu tenho um kit de costura na minha bolsa.

–O quê? Você não vai costurar minha cara, maluca psicótica!

–Cala a boca, James. – fui até minha bolsa e peguei o kit. Peguei uma agulha e uma linha preta.

–Rebeca, sai de perto de mim com essa agulha. Ai, falar dói.

–James, você tá sangrando! Para de reclamar.

–Garota, você não se formou em medicina ainda! Além disso, você não tem anestesia aqui.

–James Stevens, eu já fiz isso em mim mesma, e com um fio dental.

–Doeu?

–Er... Não! Imagina! – menti. Muito mal, por sinal.

–Você mente muito mal, Rebeca.

–É, eu sei, agora fica parado.

Ele hesitou.

–Confia em mim.

–Você matou uma pessoa há alguns minutos atrás. – gaguejou.

–James. – olhei no fundo de seus olhos – Só confia em mim.

Ele suspirou e fechou os olhos.

Suturei o corte em seu rosto. Apesar de seu esforço para fingir que não tinha sentido nada, percebi algumas lágrimas de dor escorrendo de seus olhos.

–Pronto.

–Ai...

Limpei o sangue em volta da sutura com um pano umedecido e fiz um curativo. Beijei-o no rosto.

–Por que você...?

–Aprendi com minha mãe. Sempre que eu me machucava, depois de fazer o curativo, ela me dava um beijo no rosto. – falei, sorrindo ao lembrar.

Pude ver um sorriso nascer no rosto de James.

Guiei-o até minha cama.

–Deite-se, você tem que descansar. – eu disse – Bem, já passou a hora do almoço e ainda não tá na hora do jantar, então eu vou ter que sair pra comprar comida. Já volto. Tente não se pegar com ninguém durante minha ausência. – brinquei.

–Não precisa se preocupar com isso, afinal, quem iria querer um cara com um curativo na cara?

Ri.

Abri a porta para sair...

–Espera!

Virei-me.

–Que foi? – perguntei.

Ele respirou fundo, parecia procurar palavras para dizer o que pensava.

–Fica. Por favor.

Fui pega de surpresa por essas palavras.

–Mas a gente precisa de comida. – falei, tentando manter minha respiração e meu tom de voz estáveis, enquanto meu coração pulava como um canguru fazendo a dança da chuva numa cama elástica sustentada por molas.

–Bem... Eu não tô com fome...

–Mas...

–Quer saber? Deixa... Eu só não queria ficar sozinho com um curativo recém feito e uma sutura sem anestesia, que por sinal está doendo muito, enquanto tem gente querendo me matar.

Contive um sorriso. Eu não podia me animar com isso, ele amava a Marie, e não a mim.

–Vou só comprar água na recepção. Tô com sede. – falei, saindo do quarto.

Depois de comprar água, voltei para meu quarto. Eu e James conversamos por horas. Toda aquela necessidade de matar ia se esvaindo de mim. Eu me sentia leve. Me sentia a mesma Rebeca de antes. James até sorriu quando meus olhos voltaram ao tom natural de verde, abandonando o ameaçador vermelho.

Quando James adormeceu, peguei meu caderno para acrescentar mais uma anotação:

O instinto de proteção pode superar nosso instinto de sobrevivência.

Acho que foi por isso que Annabeth voltou. Porque ela sabia, de alguma maneira, que Katherine estava conosco. E ela precisava me proteger, pois eu sou tudo que ela tem em relação a sua filha. Ela lutou com Katherine para meu bem e agora, provavelmente, estava presa a sete palmos abaixo da terra. E assim seria por mais 5 anos, até ela finalmente morrer sufocada.

E minha necessidade de matar para me manter viva foi derrotada ao ver James ferido – pior, ferido por mim -, eu precisava vê-lo bem. Precisava salvá-lo.

Precisava protegê-lo.

Porque eu me importo.

Como, por exemplo, no sexto ano, quando Lucas se meteu numa briga e eu ajudei ele, fazendo o outro cara ficar inconsciente.

Ser nerd é mais útil do que parece.

Bom, a questão é que, eu era fraca e aqueles caras não hesitariam em bater numa garota, mas meu instinto protetor venceu o instinto de sobrevivência e eu usei meu conhecimento no corpo humano pra fazer o cara desmaiar, pois Lucas precisava de mim.

Merda, o Lucas.

Procurei por meu celular psicoticamente e, como não achei, peguei o de James logo.

Eu não ligava para ele há um bom tempo, e ele também não me ligava cobrando.

E se eles tivessem o matado?

–Por favor, esteja vivo. – murmurei.

–Alô?

–Lucas? Sou eu, Rebeca.

Rebeca!!! – exclamou, aparentemente feliz e aliviado – Garota, que susto você me deu! Você me odeia? É isso? Eu esperando você me ligar há um tempão e nada. Fiquei preocupado, porra! Hoje te liguei umas 128964982654925 milhões de vezes e você nada de me atender, né? Por que isso? Não me ama mais?

Ri. É, ele definitivamente estava bem.

–Acho que perdi meu celular.

–Mentira. Você parou de me amar mesmo. – dramatizou.

–Cala a boca. – falei rindo – Eu perdi mesmo, cara. Tive que te ligar do celular do James. Tudo bem que ligações internacionais são mais caras, mas ele é rico, pode pagar.

–Então roube o celular dele pra me ligar todo dia. – falou.

–Certo.

–Faz quase um mês que você me abandonou aqui... – ele disse.

Era difícil de acreditar que tudo isso tivesse acontecido em menos de um mês. Era muita coisa em muito pouco tempo.

–Desculpa... Talvez eu demore um pouco mais pra voltar.

–Você perdeu 4 testes...

–Para de me torturar.

–E a diretora descobriu que eu falsifiquei a assinatura do seu pai...

–Para de me torturar, Lucas.

–Eu fui suspenso. Você vai pagar por isso, Cortez... Você vai pagar por isso...

Senti um arrepio.

–Não me ameace, Lucas...

–Não tô te ameaçando, tô falando sério. É que eu tive que pagar a diretora pra não ser suspenso, então você vai me pagar o dinheiro que eu paguei.

–Você subornou ela?

–Não. Eu ofereci uma quantia em troca de uma ficha escolar mais limpa. É diferente.

Ri. Isso era tão Lucas.

James estava acordando.

–Lucas, eu vou ter que desligar. Te amo.

–Também te amo.

–Com quem você está falando? – perguntou James, sonolento.

–Com o Lucas... - passei a mão no cabelo de James, acariciando sua cabeça. – Durma, você precisa descansar. – dei-lhe um beijo na testa e continuei o acariciando.

Ele fechou os olhos. Aos poucos voltou a adormecer.

Apesar de James ser um pervertido sem noção e idiota que não me amava, ele dormia como um anjo.

***

–Sabia que você me desejava secretamente. – disse James.

Acordei sem lembrar de ter dormido.

–O quê? – perguntei, confusa e sonolenta.

–Você veio deitar comigo porque me deseja secretamente. – afirmou sorrindo.

Foi só aí que eu percebi que nós estávamos deitados na mesma cama.

Que por sinal era uma cama de solteiro.

Dei um gritinho e caí no chão. Ele riu.

–Idiota... – murmurei.

–Saca só, a ferida se fechou. – ele disse, mostrando-me que seu rosto estava intacto.

Perfeito como antes.

Arregalei os olhos.

–Já?

–É, parece que não é só você que já tá virando uma psicopata por instinto. A diferença é que eu não matei ninguém e nem cortei sua cara.

Revirei os olhos.

–Deixa de ser imbecil, garoto.

–Eu tava pensando “Será que a Marie tá viva?” aí eu pensei “Vamos ligar pra ela!”.

–Você realmente acha que ela vai atender?

–Não custava tentar.

–“Custava”? No passado? Você já ligou pra ela? – perguntei.

–Liguei.

–E ela atendeu?

–Não. – respondeu sorrindo.

–E por que você está feliz?

–Porque alguém atendeu. Acho que foi um dos Killsters mor, sabe? Ele disse pra gente encontrar com eles nesse lugar aqui, ó. – ele me entregou um papel com um endereço desconhecido por mim – Eles nos entregam a Marie em troca de uma coisa que não disseram o que é.

–Nossas vidas, James. Isso que eles querem. – eu falei, levantando e pegando meu notebook. Joguei no Google o endereço que ele me passou.

Arregalei os olhos. Eu não esperava por aquilo.

–E aí? Pra onde a gente vai hoje?

–Faça suas malas, nós vamos pra Itália.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

oiiiiiiii!
vcs me amam?
o quanto vcs me amam?
muito?
eu amo vcs. muito.
se um dia eu for uma escritora famosa vcs vão poder dizer:
"Eu li a primeira história completa da Raquel Arcoverde enquanto ela a estava escrevendo... Eu vi essa mulher crescer no mundo da literatura. E olha onde ela tá hoje? Se não fosse por mim, se eu não tivesse lido A Marca e mandado reviews, ela teria desistido. Eu sou uma das razões para ela estar aí..." e se gabar disso *-*
bjos.
mandem reviews, por favor *-*