A Marca escrita por Sweet Nightmares


Capítulo 16
Fuga (Rebeca)


Notas iniciais do capítulo

Parte em itálico = Flashback



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Marie e James discutiam sobre em qual porta entrar. Revirei os olhos e reli os avisos. “Não entre se não for convidado” “Para aqueles que de informação necessitam” “Proibida à entrada. Fique longe. Risco de morte”. Fiquei intrigada com as primeira e terceira portas. Senti a enorme tentação de entrar na terceira, para saber o que de tão perigoso espreitava no cômodo. E, do mesmo modo, me perguntava quem seria a pessoa a me convidar a entrar. Abri o caderno de Pablo para dar uma olhada. Então tive uma ideia.

–Gente, eu acho que já... Gente? – James e Marie não estavam mais ao meu lado.

Relembrando o rumo que a discussão deles tomava antes de eu parar de prestar atenção, concluí que haviam entrado na segunda porta. Coloquei a mão na maçaneta, prestes a acompanhá-los, mas então ouvi um barulho e me virei.

–Quem é você? – perguntou um homem. Ele aparentava ter em torno dos 40 anos, seus fios negros se misturavam com alguns fios esbranquiçados, dando um tom cinza aos seus cabelos compridos presos num rabo de cavalo. Calçava belos sapatos antigos, uma calça de moletom cinza e um suéter vermelho com as letras RBH estampadas em cinza no centro.

–Richard Black Houston?

Não. Esse sou eu. A pergunta foi: Quem é você?

–Ah, claro, me desculpe. Sou Rebeca Cortez, senhor.

Ele sorriu, veio em minha direção, parou na minha frente e tirou uma chave do bolso, abrindo a terceira porta. Me preparei para correr, se fosse necessário.

Não foi.

A porta dava para uma espécie de refeitório.

–Senhor, por que o aviso na porta diz...

–Para assustar Colby. – respondeu antes que eu terminasse de perguntar.

–Colby?

–É um primo que estou hospedando aqui. Ele passa a maior parte do tempo na biblioteca. Deve estar lá agora. Coloquei esse aviso para ele não entrar aqui, na cozinha. Ele já está aqui de graça e tem um quarto só para ele, se quiser comer, ele que compre a própria comida.

Espera. Cozinha? Quarto?

–Senhor, desculpe-me perguntar, mas... O senhor mora em uma igreja?

Ele riu.

–É. Moro. Mas por boas razões.

–Que seriam?

Ele me encarou por um segundo e saiu da cozinha, fechando a porta.

–Venha.

Abriu a primeira porta, era um escritório não muito grande, porém espaçoso. Entramos e ele fechou a porta.

–Moro aqui para me proteger deles.

–Deles quem, senhor?

Ele olhou para o caderno em minha mão e apontou para o mesmo, como se me pedisse para entregá-lo. Mesmo hesitante, o fiz.

–Esse caderno é falso. – disse ele, jogando-o na mesa – Esse é o verdadeiro. – ele pegou um caderno em sua gaveta – Aqui tem todas as informações que Pablo me passou. Todas anotadas aí. Não o deixe cair em mãos erradas. – disse – Olha, não sei como te explicar quem são ‘eles’, o máximo que posso dizer é que aqui na igreja estamos salvos. Eles não podem atacar em solo sagrado.

–Assim como lobisomens e vampiros? – perguntei.

–É.

Olhei para o novo caderno em minhas mãos.

–Por que está me dando?

–Vejo que você precisa dele mais que eu. – ele disse, apontando para meu pulso – Você não sabe o que isso significa, certo? – perguntou, referindo-se à marca.

–Não, não sei. Nem meus amigos sabem.

–Amigos? Têm outros?

–Sim. Somos três no total...

Ele pareceu pensativo, confuso com o fato de existirem três.

–Obrigada. Tenho certeza de que me será útil. – agradeci.

–De nada. – disse.

–Eles estão aqui! Por favor! Não me machuquem! Eu os tenho comigo! Por favor! Me deixem viver e eu lhes entrego a filha de Pablo! – alguém gritou.

–Colby! – exclamou Richard, ao mesmo tempo em que eu chamava o nome de Marie.

Richard pegou sua chave e tentou abrir a porta o mais rápido possível, o que não foi muito rápido. Do lado de fora, vi Marie caída no chão e James em pé, aparentemente preocupado com Marie, e sem saber o que fazer.

–Você não devia estar aqui! – exclamou Richard. Foi então que reparei no cara de cabelos pretos.

–Esse lugar deixou de ser protegido a partir do momento que convidou um de nós a entrar. – respondeu o homem, sem tirar os olhos de Marie.

–O quê?!

–A marca no pulso dela. – ele disse finalmente se virando e apontando para mim – Não acha coincidência demais termos marcas iguais? – perguntou, mostrando a estrela em sua clavícula – Por que acha que Pablo nunca se encontrava com você aqui dentro?

Richard e Thomas continuaram a discussão, mas não prestei atenção. Olhando para sua clavícula, o reconheci. Era o mesmo cara que tentara me matar usando meu psicológico contra mim.

Psicológico. Era isso.

–Marie! – gritei – Marie! Acorde! Levanta! – ela não se mexeu.

–Fuja. – sussurrou Richard.

Corri até James e dei um tapa na sua cara. Imediatamente ele olhou para mim.

–Me ajuda a acordar a Marie! – ordenei.

–Mas ela está mor... Cadê o sangue?!

–Era ilusão. Marie não morreu. Mas ela acredita que sim, você precisa me ajudar, pega ela no colo e vamos sair daqui.

E assim James o fez. Havia um carro estacionado na frente da igreja, quebrei o vidro do mesmo e destranquei as portas. Entrei e fiz ligação direta.

–Onde aprendeu isso? – perguntou James, deixando Marie no banco de trás.

–Ser nerd tem suas utilidades. – respondi.

–Espera! Você vai dirigir? – falou.

–Qual o problema? – perguntei.

–Você não pode dirigir com menos de 18 no Brasil, certo? Então onde teve aulas?

–Nunca disse que tive aulas.

–Você não sabe dirigir?! – perguntou, sentando ao meu lado no banco do carona.

–Claro que sei. Aprendi no GTA. – respondi com um sorriso malicioso no rosto.



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Notas finais do capítulo

eu particularmente achei o capítulo podre, porque eu escrevi as pressas - tenho que estudar pra história -, e tô com dor de cabeça - o que não facilita o estudo, se que saber minha opinião.
maaaas, sua opinião é muito importante para mim, anyway.
Então mande review, por favor.
Elogios e críticas construtivas são aceitas.
Ofensas são desnecessárias e fazem de você uma pessoa estúpida. Se não gostou apenas diz o que precisa ser melhorado, sem ofender.