Meia-noite escrita por uchihasasusaku


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Desculpem os erros. (Parece um disco quebrado -.-')



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/15138/chapter/6

Não demorou muito para que chegassem até a escola de Ino e Sakura. Sasuke e Gaara voltaram ao chão um pouco antes de chegarem à escola, em um lugar deserto, uma viela. Sasuke colocou Sakura no chão e passara a caminhar em direção à saída da viela, sendo seguido por Sakura. Já Gaara, quando colocou Ino no chão, teve que segurá-la para que não caísse.

 

 

- Você está bem? - Gaara perguntou confuso com a repentina fraqueza de Ino.

 

 

- É-É...sim - Ino tentou recompor-se, mas suas pernas ainda não a obedeciam.

 

 

Desde muito pequena, Ino detestava grandes alturas, e sempre que tinha que ficar em lugares altos, sentia vertigens e, algumas vezes, desmaiava. Se era um trauma antigo ou não, isso ela não se recordava. Naquele momento, tentava a todo custo ficar firme, já que, se algo acontecesse, precisava estar pronta para correr. Gaara ao seu lado apenas fazia com que ela ficasse ainda mais nervosa.

 

 

Seu coração batia rápido, e suas batidas aceleradas podiam ser ouvidas por Gaara, que se mantia impassível, apesar de estar um pouco confuso com a agitação de Ino. Quanto mais Sakura e Sasuke se distanciavam de ambos, mais rápido o coração dela batia. Enfim, Gaara pôde entender o que significava a palpitação de Ino. No intuito de afastar-se, Gaara foi soltando-a aos poucos, mas, novamente, ela não conseguira andar.

 

 

Com medo, Ino passou a deixar algumas lágrimas escorrerem por sua face corada. Achava-se tão idiota naquele momento; tão inútil. Seu medo simplesmente a impedia de conseguir ficar de pé, e isso a frustrava. Era tão fraca que não conseguia nem ficar de pé?

 

 

Sem entender, Gaara a olhava atônito. Seria ele o motivo daquelas lágrimas? Tentou, desta vez, ajudá-la a prosseguir em frente. Passou um braço pela cintura de Ino e puxou-a contra seu corpo, passando a andar, vagarosamente, em seguida. Ino aceitou a ajuda, mesmo tendo ainda receio de Gaara.

 

 

Quem os olhasse, acharia que seria apenas um casal que andava pelas ruas de Tóquio, despreocupadamente. Mas a realidade do momento era outra. Ino andava angustiada, secando suas lágrimas, e Gaara, com uma expressão melancólica e fria.

 

 

- Me desculpe - Ino desculpou-se, rouca - Obrigada pela ajuda.

 

 

- Não há de que - respondeu seco. Ino encolhera-se.

 

 

Mais a frente, Sakura andava despreocupada ao lado de Sasuke. Depois de terem saído da viela, passou a olhar as pessoas, as lojas; outrora olhava Sasuke de esgoela, reparando que este parecia perdido em devaneios. Curiosa, o interrogou:

 

 

- Sasuke-kun? - chamou-o baixo. Sasuke atendera prontamente.

 

 

- Hn?

 

 

- O que aconteceu? Hoje você está mais calado que o normal. Há algo errado?

 

 

- Não há nada errado, não se preocupe - respondeu sem fitá-la. Sakura calou-se em seguida.

 

 

Chegando à escola, os quatro foram diretamente para a coordenação da escola. No meio do caminho, uma das professoras de Ino a interceptou, perguntando sobre sua ausência na aula. Ino desculpou-se, e tratou de logo inventar uma desculpa, dizendo sobre a enfermidade que acabara sendo vítima. A professora pareceu acreditar na desculpa de Ino, apesar de ter analisado Gaara - que ainda segurava Ino pela cintura - de uma forma um tanto reprovadora.

 

 

Passado este transtorno, seguiram até a coordenação. Como planejado, conseguiram fazer a matrícula de Gaara na escola - apesar de terem tido alguns problemas em relação ao histórico escolar de Gaara, que este não possuía. Aproveitando a ocasião, Sasuke decidiu matricular-se também, o que conseguiu.

 

 

- Por que você se matriculou também? - Sakura perguntou, já fora da escola.

 

 

- Eu acho melhor que não fiquemos muito distantes um do outro. Têm ocorrido muitas coisas fora do comum, que em especial, sempre ocorrem com você - Sakura murmurou algo incompreensível e voltou-se para Ino, que agora andava sozinha, mas vagarosamente.

 

 

- Ino, o que acha de dormir hoje na minha casa? - Sakura perguntou sorrindo singelamente.

 

 

- Está bem. Só preciso avisar meus pais que, aliás, devem estar preocupados com o meu sumiço... - sorriu fracamente.

 

 

Antes de chegarem à casa de Ino, Sakura pediu que Sasuke e Gaara esperassem fora da casa, de preferência, sem deixar que os pais de Ino os vissem. Mesmo sem entender bem, ambos obeceram.

 

 

Na casa de Ino, os pais desta, assim que a viram na porta, a encheram de perguntas, abraçando-a muitas vezes, preocupados e aliviados. Sakura usou o pretexto de que Ino passara mal no caminho de casa, e como a casa de Sakura estava mais perto, a levou até sua casa para que ela descansasse. Indisposta, Ino acabara pegando no sono, e sem querer atrapalhar o descanço de Ino, Sakura a deixou dormir.

 

 

Os pais de Ino perguntaram-na se estava se sentindo melhor, e entre outras coisas que geralmente oa pais perguntam quando preocupados. Terminada a conversa, Sakura e Ino dirigiram-se até o quarto de Ino, onde esta escolheu algumas roupas confortáveis e tomou um banho, para relaxar. Terminado o banho, Ino e Sakura deram um tempo no quarto de Ino, e depois desceram à procura dos pais de Ino.

 

 

Um pouco preocupados, os pais de Ino ficaram receosos em deixar Ino dormir na casa de Sakura, já que esta disse ter passado mal no dia anterior, mas depois da insistência de Ino, acabaram por deixar. Sakura ajudou a convencê-los, dizendo que Ino estava estressada com as constantes pressões da escola com provas e trabalhos, e precisava relaxar um pouco.

 

 

Ambas apressaram-se em arrumar a bolsa que Ino levaria com suas roupas, para depois despedirem-se e sairem da casa de Ino. Fora da casa, Gaara e Sasuke estavam encostados na parede da casa, conversando sobre algum assunto relacionado à Ordem vampírica. Assim que avistaram Ino e Sakura, os quatro seguiram até a casa de Sakura.

 

 

- Meus pais não estão em casa essa hora, vocês podem vir conosco - Sakura anúncio. Gaara e Sasuke acenaram em entendimento.

 

 

Assim que entraram, se dirigiram ao quarto de Sakura.

 

 

- Gaara, Ino; querem comer alguma coisa? - Sakura perguntou na porta de seu quarto.

 

 

Ino olhou de Gaara para Sakura, ganhando uma certa palidez, imaginando Gaara bebendo o sangue de Sakura, encolhendo-se em seguida. Sakura, percebendo a reação de Ino, adiantou-se:

 

 

- Ah, Ino, não se preocupe. O Sasuke-kun me disse que a classe do Gaara-san se alimenta de comida normal também - Ino suspirou aliviada. Gaara soltou uma risada rouca e baixa, mas que chamou a atenção de Ino, que sorriu constrangida - E então? Vão querer algo? - Sakura voltou a perguntar.

 

 

- Ah...eu não sei se vou comer algo, vou com você - Ino respondeu já levantando-se.

 

 

- Gaara-san?

 

 

- Nada, obrigado.

 

 

Sakura e Ino retiraram-se do quarto, e seguiram para a cozinha. Lá, Sakura mostrou à Ino alguns doces e frutas, mas nada a interessou. Passaram a procurar por alguma outra coisa, sem sucesso. Optaram então, por um simples sanduíche.

 

 

Voltaram para o quarto de Sakura, com os sanduíches e um suco de caixinha. Ao entrarem no quarto, encontraram apenas Gaara, de costas para a janela aberta. Confusa com a ausência de Sasuke, Sakura o interrogou:

 

 

- Gaara-san, onde está o Sasuke-kun?

 

 

- Ele disse que tinha coisas a resolver na sede da classe Reik - disse indiferente.

 

 

- Ele volta quando?

 

 

- Amanhã de manhã. Ele disse que a acompanharia até a escola - Sakura agradeceu a informação de Gaara e sentou-se com Ino, em sua cama.

 

 

O resto da tarde passou dessa forma tranqüila. Sakura e Ino assistiram à TV, convidando Gaara para que se juntasse a elas, mas este recusou, permanecendo ao lado da janela.

 

 

Envolvida pelo cansaço, Sakura acabou adormecendo em uma poltrona que havia ao lado de sua cama. Ino, sentada na cama de Sakura, viu que Sakura acabou por dormir, ficou apreensiva, novamente. Mesmo que todos lhe dissessem que não havia perigo, não conseguia aceitar aquilo que estava vivendo. Era muito...surreal.

 

 

Gaara não parecia que iria atacá-la, mas sua expressão impassível sempre a deixava receosa. Tentou amenizar o clima pesado que se instalara, começando um diálogo com Gaara, afinal, por mais que estivesse com medo, sua natureza sempre fora animada, onde ela sempre tentava sorrir e conhecer novas pessoas. Colocando em prática seu antigo hábito, Ino começou:

 

 

- Gaara - chamou-o. Ele a fitou - É...bem...

 

 

- Não precisa tentar estabelecer uma amizade comigo. Sei que isso não é fácil pra você - Ino calou-se, abaixando o olhar.

 

 

- Você parece ser uma pessoa fria e solitária - murmurou.

 

 

- Um vampiro não tem direito de ser feliz - comentou sem olhá-la.

 

 

- Por quê?

 

 

- Beber sangue humano faz de nós, vampiros, nada mais que uma escória, que deveria ser extinta. Não podemos ser felizes tendo que cumprir isso - Ino surpreendeu-se.

 

 

- Entendo... - pausou - Quer dizer, eu não sei, mas acho que sei. Bom, consigo me colocar no seu lugar. Eu imagino - completou, esbaforida.

 

 

Gaara virou-se para a janela que, ainda aberta, iluminou fracamente seu rosto com os últimos raios de sol que despontavam no horizonte. Sua face, agora iluminada pelos raios de sol, não mais tinha a aparência melancólica, tendo seu lugar ocupado por uma expressão, de certa forma, mais humana, quase de uma forma angelical, de tão pálida que sua pele era.

 

 

Ino corou por acabar perdendo-se na infinita beleza que Gaara emanava independente de como estava, melancólico ou não. Gaara percebeu o acanhamento repentino de Ino, mas não lhe perguntou o porquê daquilo, permanecendo calado.

 

 

- Quantos anos você têm? - Ino perguntou curiosa.

 

 

- Cento e quinze - Ino arregalou os olhos.

 

 

- Então, aquilo que dizem é verdade? Os vampiros são imortais? - Gaara confirmou com um aceno. Ino sorriu - Incrível! E, como vocês fazem pra manter essa aparência jovem?

 

 

- Quando nós chegamos aos dezoito anos, paramos de envelhecer. Não tenho idéia de como isso começou, provavelmente só os Reik saibam - Ino empolgou-se com o rumo que a conversa estava tendo, e, esquecendo-se do seu medo, passou a conversar normalmente com Gaara.

 

 

Gaara contou-lhe mais ou menos as mesmas coisas que Sasuke contou à Sakura, sobre as classes de vampiros, se os vampiros matavam as pessoas que bebiam do sangue, entre outras coisas. Mas o que mais chamou a atenção de Ino foi a resposta que recebera de Gaara ao perguntar-lhe se possuía algum compromisso com alguém. Gaara respondeu que já tivera alguns relacionamentos sem compromisso, mas nunca se apaixonara por ninguém.

 

 

- Eu acho que a minha natureza repele os que me cercam - comentou.

 

 

- Não seja por isso, - tentou animá-lo - podemos ser amigos! - depois de prestar atenção no que havia acabado de dizer, Ino ponderou sobre a reação de Gaara.

 

 

- Não sei se isso será possível.

 

 

- Tente - insistiu. Gaara pareceu ponderar.

 

 

- Está bem - concluiu. Ino sorriu-lhe.

                                                                                             

 

                                                                       ~//~

 

 

Sentindo-se ser cutucada por algo, Sakura abriu os olhos, saindo de seu sono. Sua primeira visão foi a de Ino, que a olhava sorrindo.

 

 

- Que horas são? - Sakura perguntou sonolenta.

 

 

- Seis e meia. Parece que os seus pais acabaram de chegar - comentou, vendo Sakura levantar-se.

 

 

- Já? - Ino acenou. Sakura olhou em volta, encontrando Gaara sentado em seu tapete, apoiado em sua cama - Gaara-san, acho melhor você não sair daqui, está bem? - Gaara concordou - Nós vamos falar com meus pais, e já voltamos.

 

 

Com um aceno, Ino despediu-se de Gaara, e saiu do quarto de Sakura, juntamente com esta. Ao chegarem na sala, Sakura e Ino encontraram os pais de Sakura. Ino os cumprimentou, e Sakura avisou-lhes que havia convidado Ino para dormir lá. Depois de terminado os cumprimentos, ambas subiram até o quarto de Sakura, novamente, encontrando Gaara novamente de pé, ao lado da porta.

 

 

Ino sentou-se no tapete, onde Gaara estava sentado, e o chamou para sentar-se com ela. O que Sakura estranhou.

 

 

- Hey, Sakura, vamos jogar alguma coisa? - Ino perguntou animada.

 

 

- Ahn...está bem. O que? - Ino pôs-se a pensar, virando para Gaara em seguida.

 

 

- Sabe jogar cartas? - Gaara afirmou - Então, podemos jogar cartas - virou-se para Sakura novamente, sorrindo.

 

 

- Está bem - Sakura foi até seu armário, pegando seu baralho e sentando-se com Ino e Gaara, em seguida.

 

 

Até oito horas, os três ficaram jogando cartas, sendo interrompidos apenas por uma batida na porta de Sakura, onde sua mãe chamava ela e Ino para jantarem.

 

 

Desceram rapidamente até a sala de jantar, sentando-se na mesa e servindo-se. A mãe de Sakura havia caprichado mais no jantar pela visita de Ino. Ino sentiu-se confortável com o clima amigável da casa de Sakura, acabando por esquecer-se das recentes preocupações em relação ao novo mundo que conhecera.

 

 

Terminado o jantar, Ino e Sakura prepararam um terceiro prato, com o pretexto de que Sakura ainda estava com fome, mas iria até seu quarto para comer. Os pais de Sakura não questionaram.

 

 

- Gaara! – Ino abriu a porta de supetão. Gaara a fitou, sentado na poltrona do quarto de Sakura – Trouxemos seu jantar – anunciou, estendendo o prato que prepararam.

 

 

- Desculpe, não estou com fome – Ino o olhou descrente.

 

 

- Mas você não comeu nada o dia todo!

 

 

- Não se preocupe, não sou tão frágil como os humanos – Ino calou-se, vencida. Sakura e Ino sentaram-se no tapete de Sakura, perdida em devaneios.

 

Um silêncio incômodo instalara-se no local. Apenas eram ouvidos os ruídos dos carros na rua. Todos pensavam sobre a mesma coisa: o momento que estavam vivendo. Muitos questionamentos eram feitos mentalmente, sem nunca conseguir achar uma resposta plausível.

 

 

- Gaara-san – Sakura começou – Tenho uma pergunta. Posso?

 

 

- Pergunte – respondeu, sem olhá-la.

 

 

- O Sasuke-kun pode mudar a cor dos olhos dele. Você também consegue? – Gaara esperou um instante.

 

 

- Não. A minha classe é a única que não pode mudar a cor dos olhos – Sakura e Ino esperaram que continuasse – Como os Remish nascem com genes humanos, as características físicas permanecem as mesmas desde que nascemos - Ino e Sakura se entreolharam, surpresas.

 

 

- O que acontece se um Remish e um humano tiverem um filho? – Sakura perguntou, curiosa. Agora que começou a entender o mundo dos vampiros, muitas perguntas lhe vinham à mente.

 

 

- Isso nunca chegou a acontecer. Os Remish sempre foram privados de ter esse tipo de contato com os humanos. A Ordem dos vampiros é controlada pelos Reik, àqueles que têm que manter a ordem entre o mundo dos vampiros e o mundo dos humanos, e eles acham que o cruzamento de um vampiro com um humano pode gerar uma nova raça, o que eles não querem que aconteça - Gaara respondeu, inexpressivo.

 

 

Era incrível como esse novo mundo em que Ino e Sakura entraram parecia ser cada vez mais surpreendente. Como tudo aquilo acontecia e nenhum ser humano tinha conhecimento disso? Era difícil de acreditar que as pessoas simplesmente viviam suas vidas sem nem sonhar com uma realidade dessas. Ino, especialmente, ficara estupefada com as recentes revelações de Gaara. Ela teria que conviver com ele por bastante tempo, então decidiu desvendar tudo sobre os vampiros, mas no momento, faltavam-lhe palavras, de tão surpresa.

 

 

Com um silêncio, de certa forma, cômodo, os três passaram aqueles curtos segundos, relatando para si mesmos a situação atual de cada um. Ficariam ali até de madrugada se pudessem, mas Sakura rapidamente lembrou-se que no dia seguinte teriam aula, em que Gaara começaria também. Decidiu-se por ir dormir, recondando a ambos sobre a escola.

 

 

- Ino, Gaara-san, acho melhor dormirmos. Amanhã o Gaara-san terá sua primeira aula conosco, não é? - sorriu. Gaara assentiu.

 

 

- Tem razão... - um pouco a contra gosto, Ino decidiu-se por dormir também.

 

 

Sakura e Ino Levantaram-se, indo até o banheiro, para fazer sua higiene pessoal antes de dormirem. Assim que chegaram ao banheiro, apressaram-se em realizar seu higiene pessoal, para que pudessem pegar um colchão para Ino dormir, mas levando-se pelas banalidades de suas conversas, Sakura e Ino acabaram por demorarem um pouco mais do previsto no banheiro.

 

 

Gaara havia ficado no quarto de Sakura, esperando a volta das duas. Olhava entediado para as coisas do quarto de Sakura. Eram coisas bem comuns: uma escrivaninha, um armário, um tapete em forma de urso, uma cômoda com uma pequena televisão, um computador e uma poltrona, na qual estava sentado. Nada lhe chamava atenção, afinal, estava absorto em pensamentos. Recordava-se de algumas coisas que havia feito nos últimos dias, e bufou, impaciente consigo mesmo. Ele havia salvo uma garota e agora estava amarrado à ela para sempre. O que podia fazer? Nada, e esse era o problema.

 

 

Na realidade, Gaara não queria ter que mudar totalmente sua rotina por causa de uma garota humana. Não parecia ideal, para ele, viver tão próximo dos humanos. Sempre evitou contato com os humanos - tendo contato com eles apenas quando precisava se alimentar - e agora, depois de tanto tempo, teria que mudar tudo.

 

 

Na visão dele, se os vampiros começassem a conviver com os humanos, a sociedade humana ruiria aos poucos, e no final, apenas a raça vampírica prevaleceria, e isso, sem dúvida, não era nada bom.

 

 

Sendo interrompido de divagar, Ino entrou no quarto de Sakura trazendo consigo um pequeno pacote nas mãos.

 

 

- Gaara - chamou - A Sakura arranjou uma escova de dentes pra você. É nova; ainda nem foi aberta - sorriu, entregando-lhe - Você pode ir ao banheiro agora. Os pais da Sakura estão dormindo.

 

 

Gaara pegou nas mãos a escova de dentes, a olhando por um tempo e agradescendo Ino em seguida. Ino se retirou novamente, fazendo com que Gaara suspirasse, cançado.

 

 

- Isso vai ser bem complicado - murmurou, levantando-se.

 

 

----------------------------------------------------- ~ / / ~ -------------------------------------------------------

 

 

Depois de terem pego um colchão, Sakura e Ino o levaram até o quarto de Sakura, depositando-o ao lado da cama de Sakura. Gaara não estava mais no quarto, então, Ino e Sakura resolveram colocar seus pijamas no quarto mesmo, antes que Gaara retornasse.

 

 

- Sakura, como faremos daqui em diante? - Sakura a olhou interrogativa - É que...o Gaara terá que dormir na minha casa todos os dias?

 

 

- Bem...Acredito que sim. Aliás, você podia passar os fins de semana na casa dele - sugeriu, pensativa.

 

 

- O que? Ficar naquela casa cheia de vampiros? - perguntou assustada e incrédula. Sakura ficou séria.

 

 

- Ino, uma hora você vai ter que se acostumar a viver entre vampiros, assim como eu - pausou - Realmente, é difícil. Mas como você já sabe, Gaara protegerá você, ele querendo ou não. A vida dele depende disso também - Ino ficara cabisbaixa.

 

 

- Eu acredito que o que você supôs seja uma boa solução para uma grande parte dos meus problemas - Gaara adentrou no quarto, de repente, assustando ambas. Gaara aproximou-se de Sakura e Ino.

 

 

- Desde quando está aí? - Ino perguntou, curiosa.

 

 

- Desde que começaram a se trocar - Ino piscou algumas vezes - E então? O que acha de seguirmos o que sua amiga disse?

 

 

- Pode me chamar de Sakura - interrompeu brevemente.

 

 

- Bem... - Ino não sabia o que responder para Gaara. Afinal, viver no meio de vampiros constantemente ainda a deixava arrepiada.

 

 

- Quanto aos vampiros, não se preocupe, eu os manterei longe de você - acrescentou.

 

 

- Então...está bem - concordou.

 

 

Terminada a conversa, Sakura e Ino prepararam-se para dormir. As duas deitaram na cama de Sakura, uma para cada lado, e ofereceram o colchão para Gaara, que, relutante, aceitou.

 

 

----------------------------------------------------- ~ / / ~ --------------------------------------------


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meia-noite" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.