Amor por Contrato escrita por pandorabox240


Capítulo 5
Amor, sublime amor


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo, iremos ver Edward enrolando ainda mais a songamonga da Bella e a primeira vez dos dois...



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Isabella Swan POV

17 de setembro de 2010.

          Quase dois meses se passaram desde o encontro que tive com Edward. Desde então, Edward e eu passamos a nos ver nos meus dias de folga. Encontrávamo-nos sempre quando eu ia estudar na Biblioteca Britânica. Ou melhor, fingia que ia estudar. Pois eu só conseguia pensar em ver Edward logo. Nós passávamos tardes inteiras em seu apartamento, jogando conversa fora, rindo sobre qualquer besteira, ouvindo música clássica e bandas de rock alternativo da Inglaterra e lendo. Mas as horas que eu mais gostava de estar com Edward eram as horas que ficávamos em seu quarto, juntos na cama, nos beijando. E em relação a avançarmos a este nível de relacionamento, Edward se mostrava um completo cavalheiro e eu gostava dele demonstrar respeito por mim. Mas eu sempre ansiava por fazer mais! O meu corpo desejava mais, eu chegava a me imaginar fazendo aquilo com ele!

         Eu perdia a noção do tempo quando estava com Edward. Tantas vezes que cheguei tarde em Hertford e levei sermão da minha mãe, mas eu nem ligava. Maggie podia falar o que quisesse sobre o trabalho que eu estava realizando mal, mas eu nem me importava mais. Eu estava me sentindo tão feliz! Como nunca tinha me sentido antes...

           Mesmo com tudo isso, as coisas se encaminhavam bem em Hertford. Os barões planejavam a sua enésima lua-de-mel em alguma ilha no Caribe ou no Pacífico. Rosalie continuava com suas dietas radicais, mas parecia menos estressada com tudo. Ela andava alegre pelos cantos, tratava os outros empregados de forma menos rigorosa. Até falava melhor com Emmett quando este era convidado a jantar com a família em Hertford; acho que os dois estavam saindo. Finalmente eles resolveram assumir o affair? Ou não? Cheguei a ver Edward em um desses jantares promovidos pelos Cullen, mas não nos falávamos para não suspeitarem de algo. E Rosalie continuava a se alimentar pouco... Será que ela não percebe que isso irá fazer a mal a ela?

         Nessa última semana, eu completei dezessete anos. Não pude ver Edward devido ao trabalho, então comemorei meu aniversário com ele em uma agradável confeitaria em Berkshire. Eu estava gostando de sair com Edward; era a primeira vez que saíamos juntos para algum lugar. Se bem que não acharia ruim ficar somente com Edward em seu apartamento, mas ficar sempre enfurnada no seu quarto estava começando a ficar enfadonho.

        Enquanto eu ia comia o segundo pedaço de torta de chocolate, Edward mexia em seu celular. Às vezes, eu ficava curiosa para saber o que havia nesse objeto para deixá-lo tão concentrado.

-Sem querer ser intrometida, mas já sendo... O que tanto faz com esse celular? – perguntei envergonhada.

-Ah, desculpe, Bella... – disse ele dando-me mais um daqueles seus sorrisos que me deixavam mais boba ainda – Era a Kate me perturbando. A garota fica me mandando mensagens sem parar. Parece que nem tem de estudar.

-A Kate é a sua irmã não é?

-Sim! Dizem que somos muito parecidos.

-Ela não é tão bonita quanto o irmão... – disse baixinho e me senti ruborizar.

         Edward riu e disse:

-Você come muito devagar. Termina logo que eu quero te mostrar as músicas novas que baixei.

-Tudo bem... Mas só vai dar para eu ouvi-las em sua casa mesmo...

-Não tem problema!

        Enquanto eu terminava de comer a fatia da torta, percebi que havia algumas garotas em outra mesa observando Edward. Eu não ouvia o que elas falavam, mas deduzi que deviam estar enaltecendo as qualidades de Edward. Espero que ele não tenha ouvido nada... Mas e se ele ouviu os comentários das garotas?

-Eu vou ao banheiro. Fique aqui que volto logo.

-Tudo bem. – disse, pegando mais um pedaço de torta.

        Edward levantou-se e, logo depois, uma das garotas que comentavam sobre ele saiu em direção ao banheiro. Ah, meu Deus! Será que os dois...? Não, não... Edward não seria capaz. Ele está comigo. Mas eu ainda não conseguia definir o que seria o nosso relacionamento. Será que Edward entende a seriedade do que temos a ponto de resistir às investidas da garota? Edward reapareceu e veio sentar-se à mesa elegantemente. Engoli um pedaço da torta e disse:

-Já terminei! Podemos ir?

-Mas já...? Você não comeu quase nada, deixou pela metade...

-Estou cheia... Podemos ir para ouvirmos as músicas?

-Claro... Sem problema nenhum. Vamos.

        Edward e eu saímos da confeitaria em direção ao seu apartamento. No caminho, nós não nos falávamos. Eu só conseguia pensar no que aconteceu. Eu podia sentir os olhares de Edward fixados em mim durante a viagem, como se quisesse me falar algo. Quando chegamos ao seu apartamento, eu sequer olhava para Edward, que logo percebeu o meu humor.

-Não falou nada desde que saímos da confeitaria. – disse, jogando as chaves do carro e o casaco em cima da mesa – O que há com você, Bella?

-Nada demais... – me sentei no sofá, sem encará-lo. Eu já podia sentir os olhos arderem por conta das lágrimas.

         Edward se ajoelhou a minha frente e comentou:

-Nem sabe mentir... Se for algo que fiz de errado, pode me dizer... Sabe que eu faço de um tudo para não te machucar... Bella por que está chorando? – perguntou, aflito.

-É impressão sua... – disse, virando o rosto – Eu disse que não é nada demais...

-Isabella, eu já lhe falei que pode me falar o que quiser... Foi algo que fiz de errado? – perguntou, tocando minha coxa. Cheguei a estremecer com este tipo de carinho.

-Não, não foi... – levantei – Eu gostaria de lhe perguntar algo.

-O que quiser Bella. - disse, sentando-se no sofá.

-Eu queria que me dissesse... – falei depois de um bom tempo pensando e ainda sentindo as lágrimas correrem pelo meu rosto – Eu queria que me dissesse o que sou realmente para você, Edward.

-Bella... Como assim? – veio até a minha direção e tocou meu rosto, enxugando as lágrimas que ainda insistiam em rolar pelo meu rosto – Não entendo aonde quer chegar com isso.

-Eu queria entender que tipo de relacionamento nós temos. Eu queria entender se o que nós temos é um namoro de verdade ou algum tipo de relacionamento aberto.

           Edward afastou-se de mim, parecendo assustado. Ai, meu Deus! Será que eu fiz mal em perguntar isso a ele? Eu sempre fazia tudo errado...

  Edward Masen POV

          Dois meses se passaram e a minha vida estava mais acelerada do que antes. Além de continuar lecionando na Eton College, eu estava tendo consultoria com o analista financeiro que Carlisle Cullen me enviou para ajudar. Confesso que eu odiava Matemática nos tempos de colégio e agora eu odiava ainda mais! Tudo o que Jason Jenks me falava eu entendia grego! Eu devia saber que isso seria bem mais complicado...

        Paralela a esses acontecimentos existia outra complicação em minha vida: os relacionamentos que eu mantinha com Isabella e Rosalie. Com Rosalie, as coisas eram mais fáceis. Durante esse tempo, ainda continuávamos a nos encontrar escondidos, para que nenhuma de nossas famílias ou a imprensa descobrisse. Conversar com Rosalie permanecia insuportável, mas às vezes, eu gostava de passar o tempo com ela quando não falava somente de si e de coisas fúteis. Fora que o sexo era ótimo! Rosalie era linda e me deixava maluco! Mas se bem que nos últimos encontros que tivemos, eu percebia que ela estava ficando bem mais magra. Eu sabia que Rosalie tinha uma preocupação excessiva com a sua forma física. Muitas vezes me questionou se eu achava que ela estava gorda. E nas ocasiões que saíamos para jantar, ela quase não comia e algumas vezes, deixava o prato intocado. Custava ela comer mais um pouco? Sou eu quem paga a conta, porra!

           E, além disso, eu desconfiava de que Rosalie tivesse um caso com Emmett McCarthy, o consultor jurídico e amigo do pai dela. Não que eu já tivesse flagrado os dois juntos, mas o jeito que ela falava de Emmett e a maneira que os dois se portavam quando estavam próximos era suspeita. Foi o que pude entender quando vi a cena em um dos jantares promovidos pelos Cullen em Hertford. Mas eu nem me importava: se eu estava sacaneando Rosalie com Isabella e vice-versa, por que ela não poderia fazer o mesmo comigo?

           O relacionamento que eu tinha com Isabella era bem mais complicado. Nós nos encontrávamos um dia na semana, quando Isabella estudava na Biblioteca Britânica e passávamos a tarde juntos em meu apartamento, fazendo coisas que ela gostava como ouvir música, conversar sobre qualquer coisa (Isabella acabou se revelando uma verdadeira tagarela! Comentava sobre tudo!) e ler... Era o que ela mais gostava! Devorava as páginas dos livros que eu tinha em meu escritório. Mas com ela, eu deveria ser mais educado, gentil e paciente. Eu percebia que Isabella se mostrava mais “disposta” enquanto ficávamos em minha cama nos beijando. No entanto, eu me mostrava um cavalheiro para que ela não se assustasse outra vez e não desse o que eu queria.

-Se não gosta da Isabella, por que ainda está com ela? – perguntou Ben a mim – Se quer somente um relacionamento estritamente sexual, já basta a Rosalie, ora!

       Estávamos na casa de Victoria nessa noite; ela nos convidou para uma reunião para festejarmos o sucesso de sua exposição.

-Eu estou começando a gostar dela. – respondi simplesmente e bebi de uma vez o uísque que me serviram.

-Se gostasse não faria isso... Edward, esse triângulo amoroso não dará certo!

         Confesso que, nesse dia, eu já havia bebido demais e na hora da conversa, estava alto. Eu só queria me divertir, não ouvir sermão.

- Não vai ter problema nenhum... As duas nem fazem ideia! Vai dar certo, caaaaaaaaaaaara! Eu gosto das delas, elas gostam de mim... – falei e ri, ensandecido.

-Deixa de ser otário, cara! Ouça um conselho de amigo, Edward... Pelo menos uma vez! Quando uma das duas descobrir... Eu espero mesmo que seja a lady Rosalie, por que se for a Isabella, nem queira estar perto de uma adolescente raivosa!

-Vocês já estão brigando?! – perguntou Vicky, se sentando no espaço no sofá entre nós.

-Claro que não, minha querida Vicky, o Ben é que é um pé no saco! Não deixa os outros ficarem alegres, só por que foi chutado pela estagiária!

-Vicky, eu só estou falando para o Edward que ele não é a versão masculina da Catherine do filme Jules et Jim, mas ele não me ouve!

-É claro que Edward não vai ouvir seus conselhos, Ben! Ele nem dá importância para o que eu digo... Mas não vamos falar dessas coisas hoje! Hoje é dia de festa! Vamos esquecer-nos dessas coisas! Hoje é um dia de comemoração!

             Victoria já devia estar mais ébria do que eu: abraçou-nos apertado e, em seguida, deu um selinho em nós dois.

              Depois disso, eu não falei mais com Ben sobre o assunto. A verdade é que eu gostava de Isabella. Gostava de estar com ela e sentia que ela gostava de mim, mas eu já estava tão acostumado a receber esse tipo de sentimento que para mim não era nada demais...

             Em um de seus dias de folga, Isabella e eu estávamos comemorando seu aniversário de uma maneira bem simples: em uma confeitaria perto do meu apartamento. Enquanto ela demorava a comer duas fatias de torta de chocolate, eu olhava meus e-mails pelo celular e tomava um cappuccino. De repente, apareceu uma mensagem de texto de Rosalie, perguntava como eu estava e que desejava me ver. Isabella continuava concentrada a comer sua torta, então não me importei em responder Rosalie.

“Estou em casa, preparando aula. Podemos nos ver amanhã”? – foi o que respondi a Rosalie.

“Eu queria hoje... Estou com saudades de você, amorzinho”! – ela não entendia que não tinha condições de vê-la. E eu não gostava quando ela me chamava assim!

“Hoje não dá, Rose... Além disso, tenho várias coisas para corrigir”! – eu esperava muito que Rosalie acreditasse nisso.

“Vem... Eu estou morrendo de vontade de...”. Nem pude ler o resto da mensagem por que Isabella me interrompeu:

-Sem querer ser intrometida, mas já sendo... O que tanto faz com esse celular? – perguntei envergonhada.

          Eu ri nervoso. Será que ela descobriu? Espero que não...

-Ah, desculpe, Bella... Era a Kate me perturbando. A garota fica me mandando mensagens sem parar. Parece que nem tem de estudar.

-A Kate é a sua irmã não é?

-Sim! Dizem que somos muito parecidos. – comentei. Ainda bem que ela estava acreditando nisso...

-Ela não é tão bonita quanto o irmão... – disse e corou.

         Isabella ficava uma gracinha envergonhada e ficava ainda mais quando me cortejava.

-Você come muito devagar. Termina logo que eu quero te mostrar as músicas novas que baixei. – mudei logo de assunto.

-Tudo bem... Mas só vai dar para eu ouvi-las em sua casa mesmo...

-Não tem problema!

          Isabella continuou a comer torta e Rosalie retornou a me mandar mensagens de texto para o meu celular. Ela não iria parar com isso? Droga!

-Eu vou ao banheiro. Fique aqui que volto logo.

-Tudo bem. – disse, pegando mais um pedaço de torta.

          Enquanto eu ia ao banheiro, percebi que havia várias adolescentes na mesa ao lado, rindo e olhando para mim. Com certeza deveriam estar falando de como eu sou lindo, charmoso, sexy, etecetera, etecetera e etecetera... Odeio isso! Entrei no banheiro e vi mais mensagens que Rosalie mandou para o meu celular.

-Oi, Rose! Tudo bem? – falei quando liguei para ela. Estava pensando em mil maneiras de enganá-la.

-Estaria melhor se você estivesse aqui comigo, nessa cama, fazendo várias coisas... – dizia ela com uma voz sensual, querendo me deixar ainda mais enlouquecido.

-E o que seria Rose?

-Sabe que eu prefiro não falar sobre isso por celular. Prefiro que venha até aqui e eu lhe mostro o que quero fazer!

-Mas Rose... Hoje simplesmente não dá... – disse, tentando parecer triste – Eu juro que se pudesse já estaria com você, amorzinho.

-Você não poderia deixar isso para depois? – suplicou.

-Se eu quero me livrar desse trabalho para te ver amanhã... Ficaremos juntos todo o final de semana, se quiser. Mas hoje não dá; estou cheio de atividades para corrigir.

-Tudo bem... Nós nos vemos amanhã mesmo? – perguntou triste.

-Claro Rose! – falei demonstrando empolgação – Estou contando os minutos para isso! – menti.

           Prometi que ligaria à noite para ela e despedimo-nos. Mais uma vez, menti. Saí do banheiro e uma daquelas adolescentes estava perto do banheiro, me encarando. Como se eu fosse mesmo falar com ela... A garota me cumprimentou e passei rapidamente por ela. Vi Isabella observando as garotas da mesa ao lado. Quando me sentei à mesa, percebi que ela estava diferente.

-Já terminei! Podemos ir? – perguntou Isabella, depois de engolir o pedaço de torta de uma vez.

-Mas já...? Você não comeu quase nada, deixou pela metade... – Ah não! Ela iria dar uma de Rosalie também?

-Estou cheia... Podemos ir para ouvirmos as músicas?

-Claro... Sem problema nenhum. Vamos.

          Eu já estava com vontade de sair mesmo da confeitaria; aquele ambiente já estava me deixando nauseado.

          Eu não conseguia pensar no que eu havia feito de errado à Isabella. Bom... Eu havia mentido a ela sobre as mensagens de texto no celular, mas ela acreditou no que eu havia contado. Então, o que havia acontecido para ter mudado de humor subitamente? Isabella parecia estar feliz pelo fato de finalmente sairmos e agora isso... Mas sempre me disseram que mulheres mudavam mais de humor do que trocavam de roupa, principalmente naqueles dias. Estávamos em meu carro, de volta ao meu apartamento e Isabella permanecia olhando as ruas de Berkshire pela janela. Eu queria muito que ela falasse algo. Isso já estava ficando chato; eu não gostava quando Isabella não falava. Confesso que tinha medo do que ela poderia estar pensando...

           Chegamos ao meu apartamento e Isabella continuava falando pelos cotovelos para não dizer o contrário.

-Não falou nada desde que saímos da confeitaria. – disse, jogando as chaves do carro e o casaco em cima da mesa – O que há com você, Bella?

-Nada demais... – disse ela, sentando-se no sofá.

     Percebi que ela estava chateada, mas eu não conseguia entender o que poderia ter acontecido! Se ela tiver mesmo descoberto a história das mensagens, eu poderia resolver. Mas ela preferia ficar na dela, calada! Isso tornava as coisas mais difíceis.

         Fiquei de joelhos a sua frente e falei:

-Nem sabe mentir... Se for algo que fiz de errado, pode me dizer... Sabe que eu faço de um tudo para não te machucar... Bella por que está chorando?

-É impressão sua... – disse, virando o rosto. Dava para ver que ela chorava. – Eu disse que não é nada demais...

-Isabella, eu já lhe falei que pode me falar o que quiser... Foi algo que fiz de errado? – perguntou, alisando a sua coxa. Logo senti que ela estremecia com o meu toque, mas parecia gostar disso. Eu nunca iria prever suas reações.

-Não, não foi... – levantou, ainda chorando – Eu gostaria de lhe perguntar algo.

-O que quiser Bella. - disse, ao me sentar no sofá e encará-la.

          Isabella passou vários minutos refletindo sobre o que iria perguntar. Essa demora me deixava ansioso e sem ter ideia do que fazer.

-Eu queria que me dissesse... Eu queria que me dissesse o que sou realmente para você, Edward.

-Bella... Como assim? Não entendo aonde quer chegar com isso. – levantei-me e fui até ela. Instintivamente, levei uma das minhas mãos ao seu rosto e enxuguei suas lágrimas. Não gostava de vê-la assim.

       Mas eu não entendia mesmo! O que essa garota quer de mim? E por que ela está me perguntando isso? Já quer que eu lhe proponha casamento?

-Eu queria entender que tipo de relacionamento nós temos. Eu queria entender se o que nós temos é um namoro de verdade ou algum tipo de relacionamento aberto. – Isabella falou rapidamente.

-Nossa! Assim você me pegou de surpresa, Bella! – fingi espanto.

-Desculpe-me, Edward... Eu sei que devo estar te afobando com esse tipo de pergunta, mas é que já faz tanto tempo que... Estamos juntos que acho deveria saber tipo de relacionamento nós temos! – ela continuava a falar rapidamente, às vezes se atropelava nas palavras.

-Isabella, calma! Não consigo entender aonde quer chegar com falando você falando desse jeito! Senta aqui do meu lado para conversarmos melhor. – disse, indicando o lugar do meu lado no sofá. – Mas por que pergunta isso? Nós estamos juntos. Isso não te basta? – perguntei, fingindo desgosto.

-Não é isso, Edward... É que... Esse é o primeiro relacionamento que eu tenho em minha vida. E quando digo que é o primeiro, é o primeiro mesmo. – eu ficava ouvindo a tudo o que ela falava, calado. Não queria falar nada que me comprometesse na conversa. Um passo em falso e já era tudo! - Eu não tenho experiência no assunto, não sei como lidar com certas situações, mas eu não sou ingênua.

      Ah, você é! Quem disse que não é ingênua?

-Eu serei direta no que vou falar. – continuou – Eu presenciei uma situação bem chata lá na confeitaria.

     Puta que pariu! Ela descobriu tudo sobre as mensagens! Estou ferrado e vou morrer! Lembrei-me do que Ben disse na festa da casa da Vicky: “...nem queira estar perto de uma adolescente raivosa!”.

-O que aconteceu lá na confeitaria, Bella? – perguntei me fazendo de desentendido – Me diz o que aconteceu lá?

-Não foi algo muito ruim, mas para mim foi bem desagradável.

-E o que aconteceu?

-Confesso que fiquei incomodada... Algumas meninas ficaram te olhando e fazendo comentários, eu não gostei de nada disso! – falou rapidamente mais uma vez.

       Ah, então ela não descobriu? Aleluia! Menos mal, ufa! Deu um alívio... Então quer dizer que ela estava com ciúmes por conta dos comentários que as garotas fizeram?

-Você está bem? – perguntou ao ver meu estado.

-Sim! Por que pergunta isso?

-Não sei... Você não parecia estar muito bem...

-É impressão sua. – usei as palavras dela – Está tudo bem comigo.

-Certeza?

-Está tudo bem, Bella. Eu só não entendo o fato de você se sentir incomodada com aquilo. Eu vi o que aquelas garotas fizeram, mas não dei a mínima importância.

-Como vou saber? Você e uma das garotas foram ao mesmo tempo ao banheiro...

-Ah, Bella! Eu juro que não fiz nada demais... Eu “necessitava” usar o banheiro naquela hora. Se a garota foi no mesmo instante, foi mera coincidência.

         Isabella choramingava; ela se mostrava irredutível.

-Bella, minha linda, acredita em mim... – eu beijava seus lábios e rosto; podia sentir o gosto salgado de suas lágrimas vertidas – Por favor, acredite em mim... Eu juro que não fiz nada...

-Fala a verdade? – perguntou e eu assenti – E por que eu não consigo acreditar em você, Edward? Eu não consigo ver que você leva o que temos a sério.

        Ou talvez, Isabella não fosse tão ingênua assim...

-Ainda isso, mulher? Nós estamos juntos. Isso não importa? Pois eu vou falar a verdade para você: eu não gosto nada de rótulos, entende? O que nós temos é superior a tudo isso.

-Isso é verdade, Edward?

-Não gosto dessas convenções, mas já que insiste tanto nisso... Nós seremos namorados. – afirmei, lançando um sorriso a ela. Seus olhos castanhos chocolates estavam brilhando.

-É sério?

-Claro! Por que eu iria mentir? Eu gosto muito de você, Bella...

          Isabella sorriu para mim e a beijei, envolvendo-a em um abraço. Aquele cheiro que parecia ser de morangos, tão dela, me deixava enlouquecido. Deitei-me sobre Isabella, ainda beijando-a. Quando eu interrompi para encará-la mais uma vez, me perdi naquele olhar tão penetrante.

-Vamos para o meu quarto... Aqui está desconfortável... – falei.

          Isabella nada disse. Tudo o que ela fez foi segurar minha mão e me seguir até o quarto.

Isabella Swan POV

              Edward sentou-se em sua cama; eu o acompanhei sentando-me ao seu lado. Pousou uma das mãos em minha coxa e a alisava vagarosamente, enquanto afastava os cabelos do meu pescoço. Ele iniciou uma trilha de beijos do meu ombro ao pescoço, fazendo com que eu me contorcesse e sentisse cócegas. Isso o fez parar e me encarar com um olhar confuso, refletindo por um rápido momento. Eu queria trocar uma libra para cada pensamento dele. Eu estava nervosa; não sabia o que fazer! Nós nos beijávamos de uma forma cálida enquanto Edward alisava a minha coxa. Nem percebi que ele roçava os dedos em minha intimidade, mesmo por cima do jeans que eu usava. O toque me deixou alerta. Edward aproveitou-se do meu estado apreensivo para beijar-me com mais intensidade a minha nuca. Arfei, não somente com os beijos e as mordiscadas em minha orelha, mas também com os movimentos mais decididos que ele me dava. Já não sentia mais nada parecido com cócegas.

            Puxou-me gentilmente para que eu sentasse em seu colo; eu ia me sentando desajeitadamente com as pernas de lado, mas Edward meneou a cabeça negativamente e deu um sorriso divertido me virou de frente para ele, endireitando as minhas pernas, colocando uma de cada lado do seu corpo. Pousei as minhas mãos em seus ombros, enquanto Edward me puxava mais para si, fazendo com que eu sentisse sua ereção. Aquele contato entre os dois corpos, fez-me sentir mais quente. Eu afagava seus cabelos acobreados e trocávamos beijos sôfregos quando Edward tirou a regata que eu usava e desabotoou meu sutiã, jogando-os para longe. Juntou mais o meu corpo ao seu e beijou os meus seios. Ai... O contato de seus lábios quentes e de sua língua fazendo movimentos circulares em meus mamilos me fez respirar de forma irregular, o coração parecia estar aos pulos dentro de mim.

            Edward me deitou em sua cama, ficando ao meu lado em seguida, iniciando uma trilha de beijos do meu pescoço até os meus seios, abocanhando-os e sugando um ao outro a curtos intervalos. Por este contato voraz, não percebi que ele desabotoou meu jeans e logo deslizou sua mão para dentro de minha calcinha de algodão branca. Percebi isso tardiamente. Quando tive ânsia de impedi-lo, Edward tocou em algum lugar que travou qualquer intenção de parar com o que estava fazendo. Minha Nossa! Edward acariciava aquele ponto com as pontas dos dedos e beijando-me tenazmente, o calor que percorria meu corpo fez a umidade que eu sentia entre as minhas pernas aumentar. Aquele “carinho” nada inocente era ótimo e Edward parecia dominar a maneira com que seus dedos deveriam pressionar aquela região bem como o jeito como deveria ser manejado, mesmo mantendo um ritmo lento. A agonia que eu estava sentindo desatou um nó na minha garganta, me fazendo gemer.

         A umidade da minha região sensível molhou os dedos de Edward, que ainda demorou algum tempo ali. Eu queria que ele acelerasse o que ele estava fazendo, mas percebi que roçava fortemente a sua ereção, parecendo que as poucas roupas que nós usávamos já incomodavam. Eu me desanimei quando ele interrompeu o toque e os beijos e se levantou. Tirou de vez a minha calça jeans e a calcinha e despiu-se logo depois, fazendo eu me assustar com o que vi. Corei violentamente pela vergonha de estar tão exposta, tão nua e pelo fato de não saber o que me aguardava. Mas não poderia voltar atrás em minha decisão justamente quando já estávamos totalmente despidos!

             Edward devolveu-me, em resposta a minha reação, um sorriso atrevido. Recuei e me endireitei na cama. Ele veio se aproximando de mim, feito um felino, alisando meu corpo e me beijando carinhosamente. Deitamo-nos de lado. Ousei tocá-lo de verdade desde que aquilo havia começado, mas eu não tinha a menor ideia de onde por as mãos em seu corpo. Resolvi tocar seus ombros e fazer um percurso até o seu peitoral. Toquei com as pontas dos dedos o desenho que os músculos de seu abdômen formavam e desci as minhas mãos até aquele lugar em particular. Sua intimidade estava muito rígida e quente, liberando um líquido incolor da extremidade. Espalhei aquele líquido de forma suave sobre a região, o que fez Edward, antes indiferente àquelas carícias iniciais, gemer baixinho entre o beijo. Manuseei-o um pouco mais, feliz pelo resultado aparente. Ele gemeu ainda algo, pondo-se de joelhos a minha frente. Separou as minhas pernas, endireitando-se, e prostrou-se entre elas. Recostou comedido o membro rígido em minha intimidade. Todo o meu corpo se enrijeceu e passei a suar frio; tive medo.

         Edward me deu um beijo cálido e demorado, olhando-me profundamente com aquelas esmeraldas que se passavam por olhos e me perguntou com a voz rouca:

-Posso...?

-Pode... – sussurrei, desviando o rosto e apertando a colcha da cama com força.

         Edward introduziu seu membro e me encarou mais uma vez, embevecido, depois que se enterrou dentro de mim. Mordi o lábio inferior para não gritar de dor quando ele entrou e também quando seu membro foi abrindo caminho em minhas entranhas; era duro, pulsante e me fazia arder por dentro! Senti como se fosse despedaçada por Edward que tentava, a cada vez que entrava, atingir o meu âmago ferozmente! Não pude conter as lágrimas que se escorreram pelo meu rosto quando vi uma parte do lençol branco, manchado de sangue. Edward estendeu-se sobre mim, abrindo mais as minhas pernas e arqueando meus quadris para que a penetração fosse ainda mais completa! Quando eu ansiava pelo término daquela situação aflitiva, Edward, para meu desespero, acelerou suas estocadas alucinadamente! Nunca vi os olhos daquele homem ficarem tão negros antes! Quando seus gemidos aumentaram e nossas respirações aceleraram, descompassadas, senti o ápice de sua virilidade derramando dentro de mim, em um aparente jato quente e viscoso... Éramos um só finalmente.

             Edward caiu em mim, trôpego e suspirou audivelmente como um andarilho no deserto ao encontrar um oásis. Aliviada pelo final daquilo, agarrei-me a ele bem forte. Dei-lhe um beijo e Edward rolou para o lado, estendendo o braço para eu me recostar. Ao me debruçar de lado em seu peitoral, ele segurou o meu queixo com a mão livre e me deu um beijo amável. Sorri feliz com o gesto e me aninhei ainda mais ao seu corpo irresistível. Brinquei com os dedos, seguindo novamente os desenhos que os músculos de seu abdômen faziam. Enquanto eu me distraía, Edward ficou relaxando, sua respiração ficando mais suave.

              Levantei o rosto para ver Edward e vi que ele estava com os olhos fechados e ressonava de leve. Quem o visse dormindo daquele jeito, pensaria que ele era mesmo um anjo. Um Serafim. Mas eu sei que, de anjo, Edward só tinha a aparência. Saí de seu abraço e rolei para o outro lado da cama e fiquei olhando para a janela do quarto. Estava escuro, mas eu não me importava de permanecer um pouco mais. Percebi tarde o efeito daquilo em meu corpo. Meus seios estavam um pouco doloridos, minhas pernas ainda tremiam e a minha intimidade ardia. Senti Edward acordar e se mexer para o meu lado. Permaneci olhando para a janela.

FIM DO CAPÍTULO 5


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos comentários. O que eu seria sem eles?


Músicas do capítulo: Teenage Dream - Katy Perry (Pov Bella) / Mentiras - Los Amigos Invisibles (Pov Edward)