Amor por Contrato escrita por pandorabox240


Capítulo 23
II Noivo neurótico, noiva nervosa


Notas iniciais do capítulo

Olá, minhas queridas! Depois de dois anos, a inspiração para escrever esta história, voltou. Espero que gostem do capítulo.



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Edward Masen POV

Dias antes do casamento, Emmett McCarthy foi ao escritório da fábrica para tratar do acordo pré-nupcial. Confesso que não me importava com isso, mas Emmett me garantiu que eu deveria saber do acordo que Isabella havia preparado.

–Sinceramente não sei por que Isabella se preocupa com isso. – falei, quando peguei o contrato.

–É para o caso de vocês se divorciarem ou algum vir a falecer. – Emmett explicou – Estou apenas cumprindo ordens da minha cliente, Masen. Lê, nós conversamos sobre o que precisa ser mudado e corrijo agora mesmo.

–Tudo bem... Mas antes queria lhe falar algo.

–E o que seria?

–Anteriormente, nós tivemos desavenças por conta de questões que não quero falar aqui, mas já que você é o padrinho do meu casamento, eu queria que nós pudéssemos nos tornar...

–Amigos?!

–Pode ser, mas sei que você não acha viável. Acho que nossas relações podem ser menos profissionais. Não estou pedindo para sermos amigos e sairmos juntos para beber nas sextas-feiras em um pub nem conversar sobre política, futebol ou economia. Só quero que a gente se dê bem.

–Tudo bem... Mas não acho que você falando assim, mude alguma coisa. Eu farei isso que você pede, Masen, mas é pela Isabella. Ela como se fosse uma irmã para mim e não quero que nada de ruim aconteça a ela.

–Eu entendo. Pode deixar que eu cuido dela.

–Vou estar de olho. Agora leia o contrato.

–Tudo bem.

Dei uma lida superficial no contrato e peguei uma caneta para assinar.

–Não vamos conversar sobre o contrato? – perguntou, quando devolvi o contrato.

–Não será necessário. Estou de acordo com tudo que Isabella propôs.

–Se você diz... Meu trabalho já está concluído por aqui. Até domingo, Masen.

–Até domingo, McCarthy.

E finalmente chegou o dia mais esperado da minha vida: o dia do meu casamento. Estava tão ansioso que mal consegui dormir na noite anterior depois de falar com Isabella, que estava num SPA com Alice, a minha mãe e as minhas irmãs se preparando para a cerimônia. É claro que fiquei ansioso quando ela me mandou uma foto da lingerie que iria usar na lua-de-mel apenas para me provocar.

Os convidados mal haviam chegado e eu já estava na catedral de St. Paul para a cerimônia.

–Vai abrir um buraco no chão de tanto andar. – comentou Victoria, que estava sentada nos primeiros bancos para descansar.

–E cair direto na China. – completou Ben.

–Vocês são tão animadores. – comentei – Queria fumar de novo!

–Só estou dizendo para se acalmar. – pediu Vicky – Noivas se atrasam mesmo e nem todos os convidados chegaram.

Foi só Vicky falar que Emmett e sua família apareceram na porta da catedral. Ele acomodou os pais no terceiro banco do lado de Isabella e me cumprimentou.

–Quem é esse? – perguntou Vicky quando me viu cumprimentar Emmett.

–Você não sabe? – perguntou Ben – É o Emmett McCarthy.

Vicky se virou no banco para encará-lo, mas ele estava saindo da catedral.

–Pô, Vicky! – Ben reclamou – Bem que você podia ser mais discreta. Pareceu a menina do filme O exorcista virando a cabeça.

–Eu queria ver o rosto dele. Só o vi em revista. Edward, você quer mesmo abrir um buraco no chão da igreja? O sacristão pode se irritar e mandar você esperar lá fora.

–Para de reclamar! Eu vou me sentar, mas só por que estou cansado.

A catedral começava a se encher de convidados. Tanto do lado de Isabella como do meu. Vi parentes que nunca mais tinha visto principalmente na era das vacas magras da minha família. Vi também o tal primo que Isabella não gostava, acompanhado de uma garota que parecia sempre estar com nojo.

Mas eu permanecia com os nervos a flor da pele, pensando que Isabella poderia se atrasar ainda mais. Havia momentos que eu andava pelo altar da igreja enquanto me pediam para ficar calmo e havia momentos que eu me sentava com Ben e Vicky e tentava me distrair.

De repente, vi Rosalie entrar com sua família. Ela estava mais bonita com um vestido verde. Ela acenou para mim e sentou-se em seu lugar, sorridente.

E, depois de muita espera, vi Alice chegar. Era sinal de que Isabella também havia chegado.

–Edward, não fique nervoso! – pediu Alice – Izzy já está lá fora. Fique calmo. Vai dar tudo certo.

–Assim espero, Alice... Eu mal consegui dormir hoje. – ri nervoso.

–É só a ansiedade. – falou, sorrindo. - Logo vai passar quando vir Isabella atravessando a nave da catedral. Ela está deslumbrante.

–Obrigado por me acalmar. Benjamin e Victoria só fazem piorar as coisas.

–Eu ouvi isso! – reclamou Vicky.

–Vamos para os nossos lugares. Mais uma vez, Edward: mantenha a calma. – pediu Alice.

Logo depois, Elizabeth apareceu e veio falar comigo.

–Edward, meu querido! Você está lindo! – falou, emocionada.

–Obrigado, mãe.

–Eu espero que você seja feliz. Eu vou para o meu lugar.

Assim começou a cerimônia. Catherine e Claire atravessaram pela nave com seus vestidos esvoaçantes e flores do campo nas mãos. Eu estava ainda mais nervoso, com as mãos suando frio e a respiração descompassada.

Então começaram tocar a marcha nupcial ao piano e no violoncelo. Olhei para a entrada e finalmente a vi, acompanhada de Jasper. Linda. Quanto mais Isabella se aproximava, mais eu ficava nervoso, trêmulo.

Quando Isabella chegou ao meio da nave da catedral, nossos olhos se encontraram e ela sorriu para mim. E foi como se estivesse apenas nós dois. Na verdade, eu não estava me importando muito com o restante dos convidados.

Isabella chegou ao altar e peguei em suas mãos.

–Cuida bem dela, Edward. – disse Jasper, enquanto eu acenava para ele em agradecimento.

–Isabella, você está... Eu nem sei o que dizer. – falei ainda nervoso.

–Está tudo bem. Estou aqui com você.

–Eu te amo.

–Eu também te amo.

Nós nos ajoelhamos em frente ao padre que começou a falar:

–Estamos aqui para sacramentar a união desses dois jovens: Edward e Isabella...

Enquanto o padre falava sobre o compromisso de amar e respeitar o companheiro durante o casamento, eu só conseguia olhar para Bella vestida de branco tal qual uma santa no altar.

O padre pediu para que nós nos levantássemos e fizéssemos os votos e logo em seguida, colocar as alianças.

–Agora pode beijar a sua esposa. – falou.

Isabella me encarou, sorrindo e segurei suas mãos, levando-a para perto de mim e dando um longo beijo. Parecendo beijo de cinema. Ouvi os padrinhos e os ocupantes das primeiras fileiras se assombrarem com a ousadia, mas quem disse que eu me importava?

–Edward, você me deixou encabulada! – disse Isabella, quando atravessávamos a nave da catedral e todos nos cumprimentavam.

–Estava com saudade de você, ora...

–Seu bobo! – falou, sorrindo.

[...]

Estávamos comemorando o nosso casamento no jardim da minha casa. Isabella e eu cumprimentávamos os convidados e tínhamos de tirar fotos: sozinhos, com a minha mãe, com as minhas irmãs, os padrinhos, a tia e o primo chatos de Isabella... Isso era cansativo e não havia comido nada desde cedo.

–E eu achava que o Edward não iria se casar nunca! – comentou Ben – Ele me dizia que não iria se casar.

Havia dado uma pausa quanto a entreter os convidados e estava conversando com Benjamin, Emmett e Jasper, enquanto furtava canapés das bandejas.

–Mas acabou sendo amarrado pela Izzy. – falou Emmett, rindo.

–Pois é... – afirmei, observando Isabella conversar com as amigas enquanto elas olhavam o vestido de noiva, admiradas – Meus conceitos sobre o casamento acabaram sendo revistos.

–É, você é um cara de sorte, Edward. – comentou Jasper - Se não fosse você, seria algum desses panacas que só enchiam a paciência da Izzy. Engraçado que nenhum deles veio para a recepção. Fico feliz que seja você o escolhido.

–Obrigado, obrigado.

–E onde mesmo irão passar a lua-de-mel? – perguntou Emmett. Acho que ele estava se empenhando em tentar ser menos profissional.

–Em uma cidadezinha no litoral da Croácia chamada Pula. Acho que a Bella irá gostar.

–Garanto que vai. – comentou.

A recepção estava tranquila. Pelo menos, para os convidados. Por que, para Isabella e eu, estávamos cumprimentando os convidados e tirando mais fotos que modelos em campanha publicitária. Distraí-me por alguns momentos e vi Rosalie, com o buquê de flores que havia pego de Isabella, indo conversar com Emmett, que estava sentado em uma das mesas, afastado dos outros. Acho que a conversa deles não durou mais que cinco minutos. Vi Emmett se afastar de Rosalie enquanto esta tremia; parecia estar chorando.

–O que houve, Edward? – perguntou Isabella.

–Nada demais, amor. – respondi, beijando as suas mãos – Nada demais.

–Está tudo tão bonito! – comentou – Só falta algo para ficar completo.

–Eu tenho uma ideia do que seja... Eu não acredito muito nessas coisas, mas acho que ela deve estar cuidando de você, de algum lugar.

Isabella sorriu para mim e me beijou.

–Eu tenho certeza de que fiz a escolha certa.

–E eu também.

Nós nos beijamos novamente e fomos interrompidos por Alice e Jasper.

–Olhando assim, dá até vontade de casar! – comentou a baixinha – Eles são tão lindos juntos!

–Mas deve ser apenas pela festa. – falou Isabella.

–Claro! Essa aqui vai dizer que é muito mais fácil e menos burocrático, abre aspas juntar as escovas fecha aspas. – afirmou Jasper.

–Que horror! Não precisava dizer isso. Você já mora lá no meu apartamento mesmo.

–Isso até o senhor Edwin descobrir e reclamar. – Isabella comentou.

–Ele é desses? – perguntou, Jasper.

–O pior é que é. – Isabella respondeu.

–Então... Melhor nós oficializarmos logo isso, não acha?

A expressão de temor que estava no rosto de Jasper fez Isabella e eu rir. E quanto mais Jasper se desesperava, Isabella começava a rir escandalosamente.

–Isabella está exagerando, mon cher. – comentou Alice – Meu pai não é assim!

–Estava se divertindo as minhas custas, lady Isabella? – perguntou Jasper, fingindo estar com raiva.

–Um pouco, Jazz.

–Vocês viram a Rosalie e os pais dela sair? – perguntou Alice – Não os vi mais.

–Vi-a conversando com o Emmett, mas depois não a vi mais. Assim como os pais dela. – respondeu Jasper.

–Estranho. – comentou Isabella – Eu só cumprimentei os pais dela. Ela saiu à francesa por acaso?

–Vai se saber...

–Vamos falar de outras coisas... – continuou Isabella – Eu preciso me sentar e comer algo. Os canapés que o Edward furtou para mim não serviram de nada.

–Vamos nos sentar. A recepção já está acabando mesmo. – comentei.

Passamos a conversar, enquanto o restante dos convidados ia embora. E foi assim até a hora de nos arrumarmos para o nosso embarque para Zagreb.

Durante o voo, Isabella passou a maior parte do tempo com a cabeça recostada em meu ombro. Eu lhe dizia que devia tentar cochilar um pouco antes de chegarmos ao aeroporto de Pleso, onde esperaríamos, por uma hora, outro avião para Pula.

–Não estou com sono. – comentou, enquanto se aninhava no meu peito – Eu só quero ficar mais perto de você.

–Teremos a semana inteira para isso.

–Eu sei, mas é que ficamos tantos dias sem nos vermos por causa do casamento... Fiquei com saudade.

–Garanto que você irá gostar da cidade e vamos aproveitar muito.

Isabella sorriu para mim e se recostou em meu ombro. Poucas horas depois, já estávamos saindo do aeroporto de Pula, indo em direção ao hotel em que ficaríamos hospedados. Isabella olhava para tudo, maravilhada, enquanto eu explicava como era quando havia vindo para cá há tempos. Algumas vezes, nós paramos em alguns dos pontos turísticos para tirar fotos.

–A vista daqui é linda! – disse Isabella, quando entramos no quarto – Mais bonita do que nas fotos do site!

–É sim! Vem cá...

Bella se aproximou de mim, rapidamente e me deu um beijo urgente, que me fez desequilibrar e quase quebrar a grande televisão que estava acoplada na parede.

–Isabella... – falei, ofegante – Você já quer agora? Achei que...

–Não. Apenas para lhe deixar com mais vontade... – respondeu, enquanto eu beijava o seu pescoço.

–Por que faz isso? Quer agravar ainda mais a minha situação?

–Deixa de exagero! Eu vou tomar um banho decente. Volto logo.

–Tudo bem...

Abri a porta-janela do quarto e fui até a varanda olhar a vista da cidade. Isabella demorava no banho e eu voltei para o quarto para pegar o fone de ouvido do celular que estava dentro da minha mochila de viagem. Ouvi a porta do banheiro se abrir e vi Isabella aparecer no quarto, vestindo apenas um penhoar de seda branco por cima da lingerie que usava.

Fiquei por minutos, observando aquela visão, embasbacado.

–O que foi, Edward? – perguntou – Não gostou?

–Não, não é isso... Você está linda...

Isabella sorriu para mim e eu me aproximei, beijando-a com ardor. Quanto mais nos beijávamos, mais Isabella me puxava para a cama. Era evidente que eu queria tirar o atraso com ela o mais breve possível, mas...

–Espera!

–O que foi? Há algo de errado?

–Não, Bella. Está tudo perfeito.

–Então o que é?

–Eu quero ir com calma agora...

–Como assim?! Antes era você que dizia ter pressa, agora é isso. Não estou te entendendo.

–É. Eu quero aproveitar cada parte do seu corpo. – disse, deslizando as pontas dos meus dedos em suas coxas.

–Cada parte?!

–É. Cada parte. Senta na cama...

Isabella obedeceu e eu me ajoelhei em frente a ela, alisando as suas pernas. Retirei as pantufas de seus pés e fui beijando suas pernas por toda a extensão. Senti suas mãos percorrerem pelo meu cabelo, até a camisa que eu usava. Tirei a camisa e joguei para longe. Vi Isabella olhar nos meus olhos e perguntar:

–Então é verdade que me ama?

–Ainda duvida Bella? Você é o amor da minha vida.

–Então me amou desde sempre?

–Sempre.

–Nunca a outra?

–Eu lhe juro, Bella. Esse sentimento eu tenho apenas por você.

Isabella nada me respondeu. Apenas ficou a me encarar, impassível. O que ela estava pensando?

–Ou o teve para outra mais rica.

Assustei-me com o que Isabella disse e me afastei dela.

–Bella, pelo amor de Deus! – pedi, levantando-me – O que significa isto?

–Chega desse teatro de quinta categoria! Nós representamos essa comédia, na qual atuamos muito bem. Podemos ter esse orgulho, garanto que outros atores não conseguiriam tal proeza. Mas é tempo de por fim a isso, Edward. Vamos a essa realidade por mais triste que ela seja; e que cada um resigne-se ao que é: eu, uma mulher traída; você, um homem vendido. – o tom de voz de Isabella era de escárnio.

Eu logo entendi o que ela estava dizendo...

–Vendido! – falei, finalmente.

–Vendido sim! – praticamente gritou – Não há outro termo. Eu sou rica, muito rica. Milionária. Mas eu não tinha autorização para fazer o que quisesse com a minha fortuna e eu tinha pressa. Precisava de um marido. Você estava disponível, comprei-o. Foi barato, eu reconheço. Custou-me apenas os cinquenta e um por cento de ações da Masen Textiles, mas eu daria o dobro, o triplo ou toda a minha fortuna por este momento!

Meu Deus! Não podia ser! Eu não queria acreditar nisso! Tudo isso foi uma armadilha! Eu havia sido humilhado da pior forma pela mulher que amo. O que ela disse... Nunca pensei que Isabella pudesse falar assim. Pensei que tudo isso era passado! Eu só conseguia encarar aquela mulher e pensar em mil formas de matá-la, me matar ou fazer as duas coisas!

–Agora, meu querido Edward, deixe-me explicar a razão por que lhe comprei de preferência a qualquer outro. Por favor, não me interrompa. Deixe-me desabafar tudo aquilo que está consumindo meu interior. Agora, sente-se. – disse, apontando a poltrona que havia do lado da cama.

Eu não entendia por que estava fazendo o que ela me pedia. Por mais que eu quisesse desaparecer daquele lugar, parecia que não tinha forças para tal. Eu queria ouvir o que Isabella tinha a me dizer.

Isabella Swan POV

Confesso que os dias anteriores ao dia do meu casamento com Edward me deixavam ansiosa e nervosa. Era tanta coisa a ser vista e revista que eu não sabia se iria dar conta de tudo, mesmo com muitas pessoas me ajudando. Eu me sentia tão cansada!

–Logo isso passa, minha querida! – dizia a mãe de Edward – No tempo em que me casei foi do mesmo jeito. Mas vocês estão muito apressados.

–Por que diz isso, senhora Masen?

Naquela tarde, estávamos no ateliê de Alice, fazendo a última prova do meu vestido de casamento. Estava esperando Alice trazer o vestido, enquanto conversava com a mãe e as irmãs de Edward.

–Bom... Eu acho que estão sendo um pouco precipitados em se casar.

–A senhora acha isso? É certo que nós nos apressamos um pouco, mas estamos juntos há tempos.

–Eu sei, mas é apenas a minha opinião. Eu quero muito que sejam felizes.

–Obrigada.

–Se o Edward fizer algum mal a você, avise-nos. – disse Catherine.

–Só por que você iniciou aulas de boxe no novo colégio, não quer dizer que tenha de sair batendo em todo mundo. – comentou Claire.

–Não é em todo mundo. Quero apenas que o Edward sirva de cobaia.

–Coitado do irmão de vocês... – comentei, rindo.

–Senhoras... Trouxe logo o vestido da Bella para fazermos os ajustes. – disse Alice, aparecendo no lugar onde eram feitas as provas dos vestidos.

–Estou ansiosa para ver como vai ficar em mim! – falei.

–Tenho certeza de que irá gostar!

–Eu vou para o provador experimentar.

Minutos depois, voltei para onde estavam Alice, a mãe e as irmãs de Edward.

–É lindo! É perfeito! – exclamou Catherine.

–Parece uma princesa. – disse Claire.

Olhei para o meu reflexo no espelho grande que havia no lugar e Alice começou a falar:

–Mandei diminuir mais a saia para não ficar parecendo um bolo de festa, mas continua fazendo um volume nos quadris. Está vendo? Olha os detalhes da parte de cima, não ficaram melhores?

–Deus abençoe o tule! Adorei os bordados!

–Sabia que sim!

–Está linda mesmo, Isabella! – comentou Elizabeth – Será a noiva mais linda de todas quando chegar o dia do seu casamento.

–Garanto que todas sentirão inveja. – falou Claire.

Sorri em agradecimento e disse a Alice:

–Não precisa mudar mais nada. Está lindo! Obrigada, Alice!

–Agora, senhoras, me esperem que eu vou pegar os vestidos de vocês.

–Ah, agora estou ansiosa para ver o meu! – comentou Claire.

–É igual ao meu. – garantiu Catherine – Iremos com lindos vestidos de cor lavanda que a Isabella escolheu. Não há diferença alguma.

–Malvada!

Depois da última prova do vestido, eu vi Edward poucas vezes. Sempre estava cansada e só queria dormir. Não tinha vontade de ler livro nenhum. Pelo menos, isso seria apenas por uns dias. Logo depois da lua-de-mel, eu voltaria a minha rotina normal e teria as minhas aulas particulares na minha residência em Surrey. Edward e eu iríamos morar lá após o casamento. Ele havia se mostrado relutante quanto à mudança, mas garanti que, na antiga casa de meu avô, nós teríamos mais espaço e privacidade.

A única coisa que estava me deixando preocupada era o fato de Edward não ter comentado uma única vez sobre o contrato de acordo pré-nupcial. Mas se ele não havia falado nada, era por que Edward havia concordado com todas as cláusulas do contrato.

Deveria me preocupar apenas com os últimos detalhes da cerimônia.

[...]

Um dia anterior ao da cerimônia, fui a um SPA nos arredores de Londres com Alice, a mãe e as irmãs de Edward para nos deixarem apresentáveis para a cerimônia. E eu achando que poderia descansar um pouco... Que nada! Com tanta coisa a se fazer, fiquei ainda mais cansada. No entanto, quando estava perto de dormir, fiquei trocando mensagens de texto com Edward. Na maioria delas, ele dizia que queria estar comigo naquele momento. As outras eram de cunho erótico. Para deixá-lo perturbado a noite inteira, mandei a imagem da lingerie que iria usar na lua-de-mel e disse que iria dormir.

No dia seguinte, eu havia acordado muito cedo para arrumar-me para a cerimônia, que começaria às 10 horas da manhã. Confesso que estava nervosa. Mal conseguia ficar quieta! Quase fiz a manicure arrancar grande parte do meu dedo e o penteado não ficava da maneira correta! Além de nervosa, vou entrar na igreja com o dedo do pé doendo e o cabelo assanhado! Ai Deus!

–Tenha calma, Bella! – dizia Alice – Ficando nervosa desse jeito, só piora as coisas.

–E eu não sei? Mas a ansiedade é maior! Olha as minhas mãos! – mostrei as minhas mãos, que estavam tremendo.

Estávamos na suíte que eu havia dormido. Eu estava encarando o espelho, procurando algum defeito aparente.

–A verdade é que eu queria a minha mãe aqui. – falei.

–Foi o que imaginei.

–Ela iria me deixar mais tranquila.

–Garanto que ela está torcendo por você de qualquer lugar que esteja.

Dei um meio-sorriso e bateram na porta do quarto.

–Já estão prontas? – perguntou Jasper, quando Alice foi abrir a porta.

–Eu já estou. – respondi.

–As meninas e a senhora Masen estão esperando.

–Então vamos. É normal uma noiva chegar atrasada, mas chegar muito atrasada é deselegante. – falei, saindo do quarto.

–Não se esqueça do buquê de flores. – falou Alice, me entregando um buquê de lírios orientais.

–Obrigada. Vamos?

Alice e Jasper assentiram e fomos nos encontrar com a mãe e as irmãs de Edward. Quando me viram, elas comentaram que eu estava bonita e outras coisas que me deixavam mais encabulada e nervosa.

Durante o trajeto até a igreja, eu ficava olhando para a rua, ansiosa, enquanto os outros que estavam na limusine comigo conversavam, animados. Alice tentava me acalmar, dizendo que daria tudo certo e que hoje era apenas o início de uma nova vida com o homem que eu amava.

–Assim espero, Alix... É o que mais esperei durante todo esse tempo.

–Lady Isabella, nós já chegamos a Catedral St. Paul. – disse o motorista.

–Nós vamos entrar para ficarmos em nossos lugares. – disse Elizabeth, saindo do carro.

–Nós também. – disse Catherine – E não fique ansiosa, Izzy!

Catherine e Claire saíram do carro junto com a mãe e ficaram na porta da igreja.

–Vou tentar. – foi o que respondi.

Mon cher, eu já vou indo também. – disse Alice – E Bella... Você está linda! Já estou ficando até emocionada...

–E eu mais ansiosa... O coração parece que vai saltar pela boca! Vai indo logo Alice que eu vou enrolar um pouco aqui com o Jasper.

–Tudo bem. Boa sorte!

Alice entrou na catedral e, depois de alguns minutos, dei o sinal para que Catherine e Claire entrassem.

–Vamos? – perguntou Jasper.

–Vamos. Não podemos adiar mais.

–Eu estou do seu lado para qualquer coisa que ocorrer. Sabe disso, não é?

–Claro.

Estávamos na porta da catedral, aguardando a marcha nupcial iniciar. Quando a música começou, Jasper e eu caminhamos vagarosamente pela nave da catedral.

–Olha só, Izzy! – comentou Jasper – O seu primo acabou trazendo uma garota até parecida com você para a cerimônia.

–É verdade! E os outros não gostaram muito dessa situação!

Jasper riu comigo e foi aí que pude ver Edward melhor. Ele estava lindo em seu terno cinza. Nossos olhares se cruzaram e eu sorri para ele. Meu coração estava aos pulos quando me aproximei de Edward. Não podia me aguentar de emoção! Nem prestei atenção ao que Jasper disse a Edward; fiquei apenas encarando-o, sorridente, enquanto ele estava pasmo.

–Isabella, você está... Eu nem sei o que dizer.

–Está tudo bem. Estou aqui com você. – falei, rindo.

–Eu te amo.

–Eu também te amo.

O padre pediu que nós nos ajoelhássemos e os convidados se sentaram. Ele iniciou um sermão sobre o casamento, em que o marido deveria respeitar a esposa e que esta deveria lidar com os problemas da relação com determinação e delicadeza. O velho não sabia que pratico muay-thai.

Depois do sermão, o padre pediu que Edward e eu nós levantássemos para prosseguir com a cerimônia.

Com a correria dos preparativos, não tive tempo para pensar no que falar nesta parte da cerimônia. Tudo bem que devo apenas dizer: “Meu amado Edward, prometo amar-te e respeitar-te até o fim dos meus dias”, mas queria ter ensaiado para falar algo mais bonito. Ou não. Talvez palavras ensaiadas soem bem mais falsas do que algo falado de forma mais espontânea.

–Isabella... Minha Bella – disse Edward – Eu me comprometo a amá-la seriamente, em todas suas formas. Agora e para sempre. Prometo que nunca vou esquecer que o nosso amor é um amor para toda a vida. E sempre saber na parte mais profunda da minha alma que não importa quantos desafios podem querer nos separar, sempre encontraremos o caminho de volta para o outro. Sempre teremos o nosso amor para nos refugiar, sempre teremos a paz de olhar um nos olhos do outro e saber que não precisamos de mais nada, só existe naquele breve espaço do olhar.

Eu só conseguia encarar Edward, sequer controlava as lágrimas caindo pelo meu rosto. Eu era mesmo uma boba.

–Agora sim o noivo pode beijar a noiva. - disse o padre.

Edward pegou nas minhas mãos e se aproximou do meu rosto. Quando achava que iríamos dar um simples beijo, Edward me agarrou e me beijou como não nos encontrássemos há tempos. Que vergonha! Pude ouvir Elizabeth dizer: “Mas que falta de decoro!”.

[...]

–Bella, sua diabinha! - comentou Alice quando veio me cumprimentar– O beijo que o Edward deu foi apenas a prévia da lua-de-mel, não foi?

Estávamos na mansão da família de Edward no início da recepção, cumprimentando os convidados.

–Fala baixo, Allie! Isso por que você não sabe o que aconteceu na limousine no caminho para cá! - respondi, enquanto a abraçava.

Alice me encarou, chocada enquanto eu ria.

–O que foi, Alice? Está tudo bem? - perguntou Edward.

–Acho que sim... - disse, se afastando de nós.

–O que vocês falavam?

–Nada demais. - respondi, sorridente.

Depois de cumprimentar os convidados, foi iniciada a sessão de fotos para o álbum de casamento com os padrinhos, a mãe e as irmãs de Edward. Confesso que estava achando tudo isso mais cansativo do que os preparativos. Bem que sempre dizem que quem se diverte em festas de casamento não são os noivos e sim os convidados. E pelo que eu via, todos se divertiam.

Enquanto conversava sobre a recepção de casamento com algumas das mulheres da festa, eu via Edward tendo uma conversa aparentemente amigável com Emmett e Jasper e aquele amigo dele, o Benjamin.

–Então Isabella... onde passarão a lua-de-mel? - perguntou Esme.

–Vamos para Pula, na Croácia. - respondi – Foi Edward quem escolheu o destino da viagem. Desde o nosso namoro que ele falava desse lugar.

–Hum, mas que romântico! - comentou Claire – Meu irmãozinho foi mesmo laçado pela Bella!

–Claire, olha como fala! - repreendeu Elizabeth – Tenho certeza de que irão gostar da cidade. Meu marido e eu fomos muitas vezes a Pula, até mesmo quando os meninos eram pequenos.

–Eu espero que sim, senhora Elizabeth.

–Tenho certeza de que serão muito felizes. - comentou Rosalie, se aproximando com Alice.

–Obrigada, Rosalie. O que mais quero agora é fazer o Edward feliz.

–É claro...

–Bom, acho que agora está na hora da Bella jogar o buquê e dar um pouquinho de sorte às solteiras! - comentou Alice.

–É verdade! Vou chamar todas as moças que queiram participar da brincadeira!

Quando reuni todas as mulheres solteiras nos jardins, joguei logo o buquê e confesso que fiquei surpresa com quem pegou.

–Minha nossa!- exclamou Rosalie - Eu nem esperava por isso!

–Meus parabéns, Rosie! - disse Alice, abraçando a loira.

–Eu só acho que a Alice queria pegar o buquê e pressionar o Jasper a se casar. - afirmei.

–Nem é verdade... Está bom do jeito que está.

–Sei, sei...

Logo depois, o fotógrafo chamou a Edward e a mim para mais uma bateria de fotos. Enquanto nós posávamos para as fotos, Edward sempre dava um jeito de furtar um canapé, uma tortinha de limão ou um macaroon para comermos. Com tanta gente para falar, quem disse que possuíamos tempo para sentar e comer algo?

Eu olhava as fotos na câmera do fotógrafo e por uns momentos, vi Edward olhando para uma cena um tanto curiosa: Rosalie em um canto mais afastado conversando com Emmett. Na verdade, pelo que pude ver, só Rosalie falava e Emmett não parecia dar atenção à loira. Quando Emmett se afastou, Rosalie colocou o buquê de flores de qualquer jeito na mesa e começou a chorar. Fiquei me perguntando os motivos até que Edward me pegou olhando para ele. Não sei por que ele parecia assustado. Quase ao final da recepção, fiquei conversando com Edward, Alice e Jasper sobre o que o pai da fadinha poderia fazer com Jasper quando descobrisse que os dois já moravam juntos antes de se casar.

Horas depois, Edward e eu já estávamos em um avião com destino a Zagreb. Apesar de estar exausta por conta da cerimônia e da festa, eu não conseguia cochilar. Ao chegarmos em Pula, Edward ia me mostrando todos os lugares que havia conhecido, animado.

–Amanhã à tarde podemos ir ao anfiteatro! Garanto que gostará! - comentou.

–Eu espero que sim!

Depois de fazermos o check-in na recepção do hotel, um funcionário do hotel nos guiou até o quarto.

–A vista daqui é mais bonita do que nas fotos do site! - comentei.

–É sim! - disse Edward – Vem cá...

Aproximei-me de Edward e beijei-o com vontade. Nós quase quebramos a televisão que estava acoplada na parede.

–Isabella... Você já quer agora? Achei que... - Edward falou já ofegante.

–Não. Apenas para lhe deixar com mais vontade...

–Por que faz isso? Quer agravar ainda mais a minha situação? - perguntou, com os olhos suplicantes.

–Deixa de exagero! Eu vou tomar um banho decente. Volto logo.

–Tudo bem...

Fui ao banheiro com a bolsa de viagem que tinha a lingerie que Alice me ajudou a escolher e os meus produtos de banho. Espero que Edward não se importe se eu demorar um pouco.

–O que foi, Edward? Não gostou? - perguntei, quando voltei ao quarto.

–Não, não é isso... Você está linda... - parecia hipnotizado.

Edward se aproximou de mim e nos beijamos com urgência. Eu o puxava para a cama, quando Edward se afastou de mim.

–Espera!

–O que foi? Há algo de errado? - não entendia o motivo.

–Não, Bella. Está tudo perfeito.

–Então o que é?

–Eu quero ir com calma agora...

–Como assim?! Antes era você que dizia ter pressa, agora é isso. Não estou te entendendo.

–É. Eu quero aproveitar cada parte do seu corpo. – disse, tocando nas minhas coxas.

–Cada parte?!

–É. Cada parte. Senta na cama...

Eu o obedeci enquanto Edward se ajoelhava a minha frente. Tirou minhas pantufas, enquanto beijava as minhas pernas. Ajudei-o a tirar a camisa que usava e perguntei:

–Então é verdade que me ama?

–Ainda duvida Bella? Você é o amor da minha vida. - disse, me encarando.

–Então me amou desde sempre?

–Sempre.

–Nunca a outra?

–Eu lhe juro, Bella. Esse sentimento eu tenho apenas por você.

Fiquei olhando para o rosto de deus grego de Edward, enquanto ele ainda me encarava. Parecia estar com medo.

–Ou o teve para outra mais rica. - falei.

Edward arregalou os olhos e se afastou, incrédulo.

–Bella, pelo amor de Deus! O que significa isto?

–Chega desse teatro de quinta categoria! Nós representamos essa comédia, na qual atuamos muito bem. Podemos ter esse orgulho, garanto que outros atores não conseguiriam tal proeza. Mas é tempo de por fim a isso, Edward. Vamos a essa realidade por mais triste que ela seja; e que cada um resigne-se ao que é: eu, uma mulher traída; você, um homem vendido.

–Vendido! – falou.

Edward parecia estar com falta de ar. Ele levava a mão ao peito e respirava ruidosamente.

–Vendido sim! Não há outro termo. Eu sou rica, muito rica. Milionária. No entanto, eu não tinha autorização para fazer o que quisesse com a minha fortuna e eu tinha pressa. Precisava de um marido. Você estava disponível, comprei-o. Foi barato, eu reconheço. Custou-me apenas os cinquenta e um por cento de ações da Masen Textiles, mas eu daria o dobro, o triplo ou toda a minha fortuna por este momento! Achou mesmo que estava sendo caridosa com você ao salvar a fábrica de sua família? Era tudo parte deste plano.

O plano era a compra de um pacote mais ou menos do tipo: compre as ações de uma fábrica falida e leve de brinde o seu futuro marido.

–Agora, meu querido Edward, deixe-me explicar a razão por que lhe comprei de preferência a qualquer outro. Por favor, não me interrompa. Deixe-me desabafar tudo aquilo que está consumindo meu interior. Agora, sente-se. – disse, apontando a poltrona que havia do lado da cama.

Edward sentou na poltrona, de maneira robótica, enquanto eu vestia o roupão do hotel por cima da lingerie.

–Não careço dizer-lhe que amor foi o meu, e que me vi apaixonada desde o primeiro dia em que lhe encontrei. Se não o sabia, agora não terá mais dúvidas. Para sacrificar meu futuro como estou fazendo agora, foi preciso que a minha vida se tornasse um deserto, restando apenas o cadáver do homem que a destruiu para sempre.

Edward olhava para o chão com vergonha. Até sentia dó por vê-lo naquela situação.

–Mas você não retribuiu o meu amor nem o compreendeu. Logo entendi que você não me amava como eu desejava e merecia ser amada. Não foi culpa sua. Eu que não soube inspirar a mesma paixão. Depois você me trocou por outra que nem de longe soube oferecer a intensidade e a pureza do meu amor. Ainda assim reuni forças para te perdoar e continuar te amando. Você, Edward, não me trocou pelo amor da Rosalie por que aquela ali só ama o cartão de crédito, e sim pelo dinheiro que o pai dela lhe deu para você voltar a ter uma vida de luxos!

Edward me encarou, com os olhos injetados.

–Isso eu podia permitir! Não podia perdoar! Que me desprezasse, tudo bem! Eu entenderia! Mas você não podia descer do lugar onde te coloquei! Entende o que quero dizer? Eu te coloquei em um pedestal Edward e você o atirou na lama!

Edward passava as mãos nas pernas e tremia.

–O rebaixamento do homem que eu adorava! Esse é seu crime! E não há lei nenhuma que possa puni-lo, mas você não vai se livrar dos remorsos que isso lhe trará. Não se assassina assim um coração feito para amar, deixando apenas o ódio e a descrença!

Edward se levantou e ficou olhando pela porta-janela.

–Não vai falar nada?

–Por que tudo isso? - perguntou, virando-se para mim – Daqui a dois dias você irá completar dezoito anos e poderá desfrutar de toda a sua fortuna!

–E perder a parte mais divertida deste espetáculo?! - perguntei, sorrindo sardonicamente – Claro que não! Precisava mostrar a você que aquela garota do ano passado morreu para sempre!

Edward assanhava ainda mais os cabelos revoltos.

–Agora vamos continuar ao que estávamos fazendo! É muito mais divertido do que ficarmos nos encarando feito dois idiotas. Venha! - me sentei novamente na cama – Por que você me ama verdadeiramente e nunca a outra. Não é assim?

–Não, não a amo, Isabella. - falou, olhando para os pés.

–Ah não?

–É verdade que já te amei. Mas você acaba de esmagar esse sentimento aos seus pés. Eu só a amaria agora, se quisesse lhe insultar, seria uma afronta. Mas fique tranquila; ainda quando me dominasse a raiva, que não sinto, há uma vingança que não teria forças para cumprir; é essa de amá-la.

–Então me enganei? Ama-me verdadeiramente e não se casou por interesse?

–Não, não se enganou. Fui mais apressado que os outros abutres que estavam lhe cortejando. Agora eu lhe pertenço. Como um escravo. Não sou nada mais que seu marido.

De repente, senti os olhos arderem. O que eu tinha feito?

–Espero suas ordens, senhora Isabella.

–Meu Deus! - encarei Edward, com os olhos marejados.

–Minha presença a incomoda? Ordene-me e eu me retiro.

–Por favor! Sua presença está me causando horror!

Edward pegou a camisa jogada no chão e vestiu-a. Pegou a mochila que estava perto da cama e colocou nas costas.

–A chave do seu quarto está no criado-mudo. É ao lado deste.

Ouvi Edward abrir a gaveta do criado-mudo, pegar a chave e abrir a porta do quarto. Nem olhei quando ele saiu. Comecei a sentir um nó na garganta, dando início a um choro compulsivo.

FIM DO CAPÍTULO 9


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Notas finais do capítulo

Música do casamento: https://www.youtube.com/watch?v=QgaTQ5-XfMM

Música da noite de núpcias: https://www.youtube.com/watch?v=VcIliMKib-8



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