Amor por Contrato escrita por pandorabox240


Capítulo 19
(II) Desculpa se te chamo de amor


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas bonitas! Como estão? Nem demorei tanto assim dessa vez... Aqui vai mais um capítulo!



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Isabella Swan POV

Dias e dias se passaram após a reunião em Surrey. Estava fazendo de um tudo para não encontrar Edward. No entanto, em um belo dia, Emmett me fez acompanhar uma reunião que ele teria com Edward no novo escritório da fábrica, ainda na mesma rua. O problema é que Emmett estava atrasado em uma hora e eu o esperava na sala de Edward, nervosa. Confesso que, depois do que aconteceu na reunião, eu não conseguia encarar Edward da maneira que fazia antes quando nos víamos.

-Tem certeza de que esta reunião está mesmo marcada para as dez horas? – perguntei a Edward.

-Claro. Emmett sempre marca as reuniões nesse horário. É estranho ele atrasar; Emmett é sempre pontual com os compromissos que marca comigo. – respondeu, sem tirar os olhos do computador.

-Hum... Hoje ele quebrou o tabu. – comentei, olhando ao redor.

-É... – comentou, rindo.

De repente, Edward parou de trabalhar no computador e passou a me encarar. Confesso que fiquei desconcertada com esse tipo de contato visual.

-Há algo de errado, Edward? – perguntei.

-Não é nada... É apenas...

-Apenas o que?

-É que não sei como iniciar isso...

-Comece de onde acredita ser confortável para você... – me recostei na poltrona em que estava sentada.

-É, mas parece tão difícil... E é por que já estamos nos falando há algum tempo. É um bom avanço. – disse, levantando-se da cadeira.

-Certamente. Mas onde pretende chegar com essa conversa, Edward?

-Bom... De alguns dias para cá, eu... Eu tenho percebido coisas. – parecia temeroso ao falar.

-Que tipo de coisas?

-Em algumas situações... Eu percebo que você tem agido diferente comigo.

-Então peço desculpas se lhe tratei mal.

-Não, Isabella. Não é nada disso... É que...  – disse ele, se aproximando de mim.

-Fala... – levantei-me para encará-lo.

-Muito pelo contrário. Nós temos nos dado bem que...

-Que?

-Fez-me lembrar dos tempos que ficávamos juntos. – respondeu, por fim.

Alice deveria trabalhar com clarividência ao invés de moda.

-O que?!

-Eu sei que não deveria te falar isso, ainda mais aqui, mas... – disse, gesticulando. Parecia ainda mais nervoso.

-Você não deveria dizer essas coisas em lugar algum! – falei, sentindo-me ultrajada.

-Mas... Por quê? – perguntou confuso.

- Edward... Por favor... Não confunda a minha simpatia e o meu apreço por você com qualquer outro tipo de sentimento que possa resultar em galanteios da sua parte.  Esse seu pensamento é sem lógica!

-Mas Isabella... Eu pensei que estávamos nos dando bem, que poderíamos ficar juntos novamente!

-Edward, eu me dou bem até com o porteiro desse prédio, a quem sempre pergunto como a sua família está! Não confunda a nossa relação de trabalho com o que tínhamos antes!

Passou as mãos pelos cabelos revoltos, nervoso e encarou o chão antes de me olhar novamente, já com os olhos injetados.

-Peço desculpas por isso, Isabella... Mas eu realmente pensei que...

-Pensou errado. – frisei, observando as suas reações – Eu vou indo. Não quero mais esperar por Emmett.

Quando eu ia me dirigindo a porta da sala, Edward disse:

-Isabella, espera...

-O que é?

-Eu realmente sinto muito.

-Pelo que?

-Por tudo o que aconteceu.

-Tudo bem... E o que quer que eu faça? Dar-lhe uma estrela por bom comportamento?

-Não, Isabella... Eu quero que tudo volte a ser como antes.

-Como é? Quer que tudo volte a ser como era? Fala de que parte daquilo que chamávamos de relacionamento: a parte que você sacaneava a mim e ao Emmett com a Rosalie ou quando tentou me forçar em seu apartamento?

-Isabella, por favor... Não distorce as coisas... Não é assim. – suplicou.

-Ah não? Então como é? Fala.

Edward respirou fundo e mais uma vez passou as mãos pelos cabelos que antes eu amava enroscar os meus dedos.

-Eu... Eu sinto a sua falta. Eu me arrependo muito por tudo o que aconteceu no ano passado e...

-Não pareceu. – cortei-o – Logo tratou de engatar um noivado com a Rosalie. Por que será mesmo?

-Por que você sequer deu notícias no dia que combinei de arrumarmos as nossas vidas! – explodiu – Eu fui até à casa dos Cullen atrás de você, Isabella, mas você sumiu!

Não iria aceitar um desaforo desses.

-Ia arrumar o que? Naquele dia a minha mãe foi atropelada e perdi a porcaria do celular que você me deu! Depois passei três dias em um quarto de hospital! Três dias! – enfatizei - Três dias esperando-a acordar apenas para me despedir dela para sempre!

-Eu não sabia... Eu lamento.

-Pois está sabendo agora... – falei, com raiva.

De repente, o silêncio se instaurou na sala e resolvi falar:

-Até parece que você iria ficar comigo: uma filha de empregada, pobre e feia para piorar tudo! Era evidente que você iria escolher a Rosalie! Muito mais vantajoso para você e para a sua família!

Edward me encarou, envergonhado.

-Se soubesse o que eu estava preparando para nós... Não diria isso.

-Como se eu realmente acreditasse nas suas baboseiras... – Edward ficou em choque ao ouvir o que falei. – Eu não tenho mais nada o que fazer aqui. Diga a Emmett que cansei de esperar. Invente qualquer desculpa.

Saí porta afora, quase correndo, sem me preocupar com o que os funcionários diriam. Quando cheguei à entrada do prédio, estava ofegante e com as pernas bambas. O motorista já me esperava na porta.

-Leve-me ao ateliê de Alice. Estou com pressa. – disse a ele.

-Sim, Lady Swan. – respondeu.

Assim que cheguei ao ateliê de Alice, entrei feito um furacão em sua sala. Para a minha sorte, ela estava sozinha.

-Isabella, pelo amor de Deus! O que aconteceu? – perguntou, assustada.

-Você estava certa, Alice! – respondi, ainda ofegante – Sempre esteve!

-O que? O que está dizendo? Por favor, se acalme... Espera!

Alice foi ao frigobar, onde pegou água e pôs num copo.

-Bebe, respira fundo, tenta se acalmar... Depois me fala...

-Você estava certa, Alice... O Edward conversou comigo hoje.

-Conversou sobre o que?

-Sobre nós. O que tivemos... Tudo!

-Conte-me isso direito. Resumindo assim não vou entender nada...

-Tudo bem... Vou contar.

Falei tudo à Alice. Desde quando Edward disse sentir minha falta até ele dizer que fizera planos para nós dois.

-E você acreditou nisso? – perguntou quando terminei de relatar o acontecido.

-Claro que não, Alice! Sabe que não acredito em mais nada do que aquele canalha diz! Como se tudo fosse mesmo verdade...

-Mas pensa bem... As pessoas mudam. Ele pode ter pensado melhor e...

-Não, Alice! Presta atenção! Ele está assim apenas por que é sozinho! Rosalie o abandonou, esqueceu?

-Eu sei, Bella, mas... Não sei, não entendo mais nada.

De repente, senti um grande nó se formar na garganta e as lágrimas rolarem pelo meu rosto, copiosas.

-Eu não sei o que é pior... Se é ouvir isso e não fazer nada ou se é agarrar em um fio de esperança, achando que é verdade o que ele disse. Eu ainda sou louca por ele!

-Calma, Isabella... Isso vai passar. – disse ela me abraçando.

-Eu não acredito nisso... Não acredito mais em nada!

Edward Masen POV

Já fazia alguns dias em que não dormia direito, pensando no que havia acontecido na residência de Isabela em Surrey. O fato de estar perto dela e poder tocá-la me deixavam perturbado. Eu me sentia como um adolescente imaturo que conseguiu finalmente pegar nas mãos da namoradinha. Era só o que me faltava!

E, para piorar, tinha de aguentar as brincadeiras das minhas irmãs sobre Isabella. Quanto mais eu ralhava com elas, mais elas brincavam!

Durante esse tempo, eu tentei falar com Bella para explicar o que sentia. Mas ela não comparecia ao novo escritório da fábrica que ficava na mesma rua que o ateliê de Alice nem atendia aos meus telefonemas quando eu ligava para o seu celular funcional. Será que ela percebeu algo?

Em um dia, Emmett marcou uma reunião no escritório comigo e Isabella. Não posso deixar de dizer que a ideia me animou muito e estar com Bella na minha sala e vê-la esperar, impaciente com aquele vestido curto e rendado que mostrava parte das suas coxas, me deixou excitado.

-Tem certeza de que esta reunião está mesmo marcada para as dez horas? – perguntou, depois de tempos em silêncio.

-Claro. Emmett sempre marca as reuniões nesse horário. É estranho ele atrasar; Emmett é sempre pontual com os compromissos que marca comigo. – respondi, sem tirar os olhos do computador. Não sabia como encará-la. Teria de resolver isso.

-Hum... Hoje ele quebrou o tabu. – comentou.

-É...

Havia terminado os relatórios e passei olhar para Isabella, que me encarava, desconcertada. Era sinal de que eu continuava a fazer o mesmo efeito sobre ela.

-Há algo de errado, Edward? – perguntou.

-Não é nada... É apenas... – respondi, sem saber como me portar.

-Apenas o que?

-É que não sei como iniciar isso... – Credo, era ela que estava me deixando desconcertado.

-Comece de onde acredita ser confortável para você... – disse, simplesmente.

-É, mas parece tão difícil... E é por que já estamos nos falando há algum tempo. É um bom avanço. – disse, quando me enchi de coragem para me levantar da cadeira.

-Certamente. Mas onde pretende chegar com essa conversa, Edward?

-Bom... De alguns dias para cá, eu... Eu tenho percebido coisas. – Droga, como as palavras me fogem à mente! Não quero que ela perceba nada disso!

-Que tipo de coisas? – inquiriu.

-Em algumas situações... Eu percebo que você tem agido diferente comigo.

-Então peço desculpas se lhe tratei mal.

-Não, Isabella. Não é nada disso... É que...  – disse, aproximando-me dela.

-Fala... – levantou-se e passou a olhar diretamente para mim.

-Muito pelo contrário. Nós temos nos dado bem que...

-Que?

-Fez-me lembrar dos tempos que ficávamos juntos. – respondi, finalmente. Nossa, isso estava mais difícil do que eu imaginava!

-O que?! – perguntou, assustada.

-Eu sei que não deveria te falar isso, ainda mais aqui, mas... – disse, gesticulando. O nervosismo só estava piorando tudo...

-Você não deveria dizer essas coisas em lugar algum! – falei, afastando-se de mim.

-Mas... Por quê?

- Edward... Por favor... Não confunda a minha simpatia e o meu apreço por você com qualquer outro tipo de sentimento que possa resultar em galanteios da sua parte.  Esse seu pensamento é sem lógica! – respondeu, brava.

-Mas Isabella... Eu pensei que estávamos nos dando bem, que poderíamos ficar juntos novamente!

A maneira com a que ela me encarou, fez-me arrepender por ter falado aquilo.

-Edward, eu me dou bem até com o porteiro desse prédio, a quem sempre pergunto como a sua família está! Não confunda a nossa relação de trabalho com o que tínhamos antes! – explicou.

Passei as mãos pelos meus cabelos, bagunçando-os ainda mais. Senti os olhos arderem... Espera aí! Eu iria chorar? Não mesmo!

-Peço desculpas por isso, Isabella... Mas eu realmente pensei que...

-Pensou errado. – falou, friamente.  – Eu vou indo. Não quero mais esperar por Emmett.

Quando ela se dirigia a porta da sala, eu pedi:

-Isabella, espera...

-O que é? – perguntou, impaciente.

-Eu realmente sinto muito.

-Pelo que? – perguntou, cruzando os braços, adotando uma postura defensiva.

-Por tudo o que aconteceu. – foi apenas o que consegui falar.

-Tudo bem... E o que quer que eu faça? Dar-lhe uma estrela por bom comportamento?

-Não, Isabella... Eu quero que tudo volte a ser como antes. – expliquei.

-Como é? Quer que tudo volte a ser como era? Fala de que parte daquilo que chamávamos de relacionamento: a parte que você sacaneava a mim e ao Emmett com a Rosalie ou quando tentou me forçar em seu apartamento?

-Isabella, por favor... Não distorce as coisas... Não é assim. – supliquei

-Ah não? Então como é? Fala. – perguntou, furiosa.

Tentei ficar calmo e baguncei os cabelos mais uma vez.

-Eu... Eu sinto a sua falta. Eu me arrependo muito por tudo o que aconteceu no ano passado e... – falei, quase gaguejando.

-Não pareceu. – nem me deixou terminar de explicar – Logo tratou de engatar um noivado com a Rosalie. Por que será mesmo?

A maneira com a que falou me deixou furioso também. Ela ia se ver comigo!

-Por que você sequer deu notícias no dia que combinei de arrumarmos as nossas vidas! – explodi – Eu fui até à casa dos Cullen atrás de você, Isabella, mas você sumiu!

-Ia arrumar o que? Naquele dia a minha mãe foi atropelada e perdi a porcaria do celular que você me deu! Depois passei três dias em um quarto de hospital! Três dias! Três dias esperando-a acordar apenas para me despedir dela para sempre!

-Eu não sabia... Eu lamento. – falei, envergonhado.

-Pois está sabendo agora... – falou, com raiva.

Ficamos em silêncio, sem saber o que fazer. Logo depois, Isabella resolveu falar:

-Até parece que você iria ficar comigo: uma filha de empregada, pobre e feia para piorar tudo! Era evidente que você iria escolher a Rosalie! Muito mais vantajoso para você e para a sua família!

Mal conseguia encará-la de tanta vergonha.

-Se soubesse o que eu estava preparando para nós... Não diria isso.

-Como se eu realmente acreditasse nas suas baboseiras... – falou, cética – Eu não tenho mais nada o que fazer aqui. Diga a Emmett que cansei de esperar. Invente qualquer desculpa.

E saiu correndo da sala, me deixando em choque, com tudo o que ela falou. Isabella havia mudado mesmo. E eu era um completo filho da puta por ter feito todas aquelas coisas com ela.

Minutos depois, Emmett chegou à sala enquanto eu olhava a rua pela janela.

-Desculpem-me a demora... Tive uma audiência em Highbury Corner, acabou atrasando tudo... Mas onde está a Izzy?

-Teve de sair logo para resolver alguns problemas pessoais. – menti – Não pode mais esperar.

-A culpa é minha. Bom, vamos à reunião sem ela. Depois passo a ela o que foi acertado.

-Tudo bem...

Naquele mesmo dia, minha mãe havia combinado de almoçarmos juntos. De quebra, teria de buscar as minhas irmãs no colégio para fazermos este programa de índio juntos. Estacionei o carro em frente ao colégio e liguei para o celular de Kate.

-Já estou quase saindo. Estou esperando Claire sair da aula de Educação Física.

-Tudo bem. Estou em frente ao colégio. – disse, desligando o celular.

Liguei o rádio do carro, que começou a tocar a música de uma banda contemporânea. A música falava de um homem que corria atrás da mulher que amava. Parecia até eu. Resolvi desligar o rádio.

A sirene para avisar do fim das aulas havia tocado e logo a entrada de Chiswick se encheu de alunos. Logo Catherine e Claire apareceram para ir embora. Cathy ria enquanto Claire dançava segurando o seu iPod.

As duas atravessaram a rua e entraram no carro. Claire continuava cantando aquela música:

Why do you do what you do to me, yeah

Why won't you answer me, answer me yeah

Why do you do what you do to me yeah

Why won't you answer me, answer me yeah!

-Claire? – pedi.

A loira continuava a cantar a música sem prestar atenção.

-Claire! – disse, retirando os fones do ouvido para ela me ouvir.

-O que é? Nossa, como você é um troglodita!

-Fones de ouvido servem para ouvirmos nossas músicas favoritas sem incomodar os outros. Pode fazer isso? Eu sei que é capaz!

-Custava ter me pedido com jeito?

-Se você não estivesse cantando alto...

-Gente, vamos parar! – pediu Catherine – É melhor, não acham? Mamãe não vai gostar nada disso de chegarmos brigados ao restaurante!

-Diz isso para o Edward que vive estressado... – comentou Claire.

-Acho que já sei o motivo do stress... – disse Cathy – Mas não vamos entrar em detalhes. Vamos fazer algo bacana, que há tempos não fazemos juntos!

-Tudo bem... – falei, por fim.

Enquanto almoçava com a minha mãe e minhas irmãs, vendo-as rir, eu pensava no que havia acontecido mais cedo. Tudo o que Isabella disse me fez refletir que eu era um...

-Um tremendo babacão! – falei a Ben e a Vicky.

Em um sábado dias após a conversa que tive com Isabella, resolvi chamá-los para afogar todas as mágoas no álcool.

-Descobriu isso tarde? – perguntou Ben, em tom de gozação.

-Menos, Benjamin Hardy. – pediu Vicky – Bem menos.

-E ele está errado, por algum acaso? – perguntei – Era fato incontestável que não sairia do jeito que eu esperava, mas não achei que fosse daquele jeito. Isabella está mudada realmente.

-Eu não te disse? – perguntou Ben – Aliás, o que eu te disse uma vez? Ah, me lembrei! Nem queira estar perto de uma adolescente raivosa!

-Pois é... Isso serve para não ser mais um imbecil. Bom, vamos continuar com o que vimos fazer aqui: beber.

-Um brinde a nossa vida que está uma merda! – disse Ben, estendendo a caneca de chope.

-Por quê? O que acontece? – perguntou Vicky.

-Levei outro esparro do editor. Mais um errinho e fico na corda bamba!

-Sério mesmo? E eu achando que o seu trabalho era melhor na televisão.

-Que nada! Isso só piora!

Daí, passamos a ouvir o Ben com as suas lamúrias. Eu deveria entender que existem pessoas com problemas maiores que os meus.

FIM DO CAPÍTULO 5


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